A industrialização são atividades que levam a transformação de um bem tangível para outro
com maior utilidade.
As empresas foram obrigadas a ouvir o mercado e saber o que o mercado quer. Isto define e
revoluciona todo o processo industrial onde as empresa começam a traçar estratégias
competitivas, como: inovação, flexibilidade, custo competitivo, qualidade, produtividade.
2 O PLANEJAMENTO EMPRESARIAL
Benefícios do planejamento
- Maior produtividade
- Melhora o direcionamento da empresa
- Antecede fatos importantes
- Reduz a margem de erro
Etapas do planejamento
- Reconhecimento da situação atual
- Definição da situação ideal desejada
- Identificação do que falta para chegar lá
- Levantamento de soluções possíveis
- Escolha da melhor solução
- Organização dos recursos e atividade para executar
- Implantação ou ação
- Controle ou acompanhamento
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Disciplina: Administração da Produção
Professor: Tom C. Bonfim
3 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Área da administração que cuida dos recursos físicos e materiais que realizam o processo
produtivo. Seu objetivo é alcançar a eficiência e eficácia com efetividade, sendo seus
fatores e recursos:
Fatores:
_ Insumos – matéria-prima qualificada e mais barata;
_ Trabalho – mão-de-obra adequada, reciclada e atualizada;
_ Capital – dinheiro (investimento);
O setor primário (no Brasil) é o conjunto de atividades econômicas que produzem matéria-
prima. Isto implica geralmente a transformação de recursos naturais em produtos primários.
Muitos produtos do setor primário são considerados como matérias-primas levadas para
outras indústrias, a fim de se transformarem em produtos industrializados. Os negócios
importantes neste setor incluem agricultura, agronegócio, a pesca, a silvicultura e toda a
mineração e indústrias pedreiras.
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Disciplina: Administração da Produção
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Definição
O setor terciário é definido pela exclusão dos dois outros setores. Os serviços são definidos
na literatura econômica convencional como "bens intangíveis".
SETORES
Ao Primeiro Setor, representado pelo Governo, cabe a missão de dar oportunidades (iguais)
para que a população tenha acesso a serviços públicos de excelente qualidade, como uma
das formas de eliminar o perverso abismo que separa a ilha dos ricos do oceano dos pobres.
A política de desenvolvimento econômico deve privilegiar a geração de empregos e a
melhoria da distribuição de renda, como pré-requisitos para que o país melhore a sua
classificação no ranking mundial do IDH - índice de desenvolvimento humano.
Na iniciativa privada vamos encontrar o Segundo Setor, que tem no lucro a sua singular
motivação. Estatísticas divulgadas pela imprensa comprovam que o índice de mortalidade
de pequenas empresas tem sido excessivamente elevado. Entre as causas desses tropeços
destacam-se falhas de planejamento e de pesquisas de mercado, recursos financeiros
insuficientes para capital de giro, inexperiência em gestão empresarial e relacionamento
insatisfatório junto à clientela. Apostar na melhoria contínua do processo é uma das mais
inteligentes estratégias gerenciais.
No Terceiro Setor encontram-se os mais diversos tipos de instituições sem fins lucrativos e
os investimentos em projetos sociais desenvolvidos pela iniciativa privada. Este setor, que
movimenta bilhões de dólares mundialmente e gera milhões de empregos, tem como
objetivo maior tornar a sociedade mais justa economicamente e mais igualitária socialmente.
A importância do tema nos leva a uma reflexão sobre o editorial da revista "Falando de
Qualidade" (edição de 04/2004): "Tem como base de sustentação a ética, que se expressa
por meio dos princípios e valores adotados pela organização, pois não adianta remunerar
mal os funcionários, corromper a área de compras dos clientes, pagarem propinas aos fiscais
do governo e, de outro lado, desenvolver programas junto a entidades sociais da
comunidade. Esse comportamento não segue uma linha de coerência entre o discurso e a
ação."
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Recursos:
De materiais (adm. De produção);
Financeiros (adm. Financeiro);
Humanos (adm. De pessoal);
Mercadológicos (adm. Mercadológica);
Administrativo (adm. Geral);
Bens tangíveis:
De consumo
Duráveis (geladeira)
Semiduráveis (roupas)
Perecíveis (alimentos)
De produção
Equipamentos industriais
Bens intangíveis ou serviços
Prestadores de serviços
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- Custo de distribuição:
Transporte.
Conhecimento:
Mão-de-obra não qualificada;
Mão-de-obra qualificada;
Mão-de-obra especializada;
Equipamento:
Com tecnologia – intensiva;
Com média tecnologia;
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*obs. Para calcular esta capacidade terá que levar em consideração os seguintes itens:
Medidas de tempo: Homens hora de trabalho;
Carga horária da maquina;
Tempo de atendimento;
Proximidade Da Mão-De-Obra;
Proximidade Da Matéria-Prima – Fornecedor;
Proximidade do mercado consumidor;
Facilidade do transporte;
Infra-estrutura;
Tamanho do local;
Incentivos fiscais;
- Layout por processo – é a disposição que demonstra as etapas, seções de cada processo;
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- Projeto de Produção:
Quantidade e características das maquinas e equipamentos;
Quantidade de pessoal disponível – inventario das pessoas, cargos e funções em
cada área;
Volume de estoques e tipos de matéria-prima – inventario de estoques;
Métodos e procedimentos de trabalho – cálculos;
- Coleta de informações:
Movimentação / fluxograma da produção – capacidade produtiva;
Horário de trabalho – cronograma;
Volume necessário – estoque (compra, venda, produção p/ alcançar as metas);
Tempo padrão / tarefas;
- Planejamento de Produção:
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O controle da produção são os registros das atividades exercidas e comparando o que foi
planejado e o realizado.
Produtividade
Significa produzir o máximo possível com as pessoas, máquinas e materiais com menor
recurso possível, podendo ser representado também pela fórmula:
3.13 – ESTOQUES
O termo "estoque" designa o "conjunto" dos itens materiais de propriedade da empresa que:
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As empresas comerciais – tendo como função a revenda de bens adquiridos prontos de seus
fornecedores- têm avaliação de seus estoques simplificada.
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Níveis de estoque
- Matéria prima;
- Materiais de expediente e limpeza;
- Peças e componentes;
- Produtos em processo de elaboração;
- Produtos acabados;
- Mercadorias;
- Ferramentais;
- Embalagens;
1. GRUPO
1.1 SUBGRUPO
1.1.1 ESPECIFICAÇÃO
EX. 1.1.1 CANETA AZUL
GRUPO 1 – MATERIAL DE ESCRITORIO
SUBGRUPO 1.1 CANETA
ESPECIFICAÇÃO 1.1.1 MARCA/COR
As informações deverão estar sendo monitoradas para ajudar nas decisões, nestes controles
também deve verificar a rotatividade dos produtos, para isto é calcular rotatividade =
consumo médio : estoque médio.
Podendo ser diário, semanal, quinzenal, mensal, bimestral, anual conforme a necessidade da
empresa.
Em adição ao fator lucro, existe um número de outros fatores que influenciam as decisões
relativas à seleção dos métodos de custeio de estoque.
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Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos materiais entre
duas ou mais compras (inflação, custo do transporte, procura de mercado, outro fornecedor,
etc.), surge o problema de selecionar o método que se deve adotar para avaliar os estoques.
Os métodos mais comuns são:
Custo médio;
Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS);
Último a entrar, primeiro a sair (UEPS).
Custo Médio
Este método, também chamado de método da média ponderada ou média móvel, baseia-se
na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de avaliação do
estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco e usado amplamente.
Para ilustrar numericamente, suponha-se que uma empresa, no início do mês de março,
possua um estoque (inicial) de 20 unidades de certa mercadoria avaliada a R$ 20 cada uma,
ou seja, um total de R$ 400 de Estoque Inicial. A movimentação dessa mesma mercadoria
em março é a seguinte:
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Com base nesse critério, dá-se saída no custo da seguinte maneira: o primeiro que entra é o
primeiro que sai (PEPS). À medida que ocorrem as vendas, vamos dando ba ixas no estoque
a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao raciocínio de que
vendemos/compramos primeiro as primeiras unidades compradas/produzidas, ou seja, a
primeira unidade a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada no processo de produção o
ou a ser vendida.
Dentro desse procedimento, o estoque é representado pelos mais recentes preços pagos
apresentando, dessa forma, uma relação bastante significativa com o custo de reposição.
Obviamente, com a adoção desse método, o efeito da flutuaç ão dos preços sobre os
resultados é significativo, as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta
uma das principais razões pelas quais alguns contadores mostram-se contrários a esse
método. Entretanto, não é objeto do o procedimento em si, e sim o conceito do resultado
(lucro).
O UEPS (último a entrar, primeiro a sair) é um método de avaliar estoque muito discutido.
O custo do estoque é determinado como se as unidades mais recentes adicionadas ao
estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair).
Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao
custo destas unidades. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos itens
vendidos/saídos tende a refletir o custo dos itens mais recentemente comprados (comprados
ou produzidos, e assim, os preços mais recentes). Também permite reduzir os lucros
líquidos relatados por uma importância que, se colocada à disposição dos acionistas,
poderia prejudicar as operações futuras da empresa.
O método UEPS não alcança a realização do objetivo básico, porque são debitados contra a
receita os custos mais recentes de aquisições e não o custo total de reposição de todos os
itens utilizados.
Em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras mais recentes são
apropriados mais rapidamente às produções reduzindo o lucro;
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Outros Métodos
Programa do 5 S
Ferramenta de trabalho com os conceitos de qualidade que inicia com pequenas atitudes e
que tem resultado rápido, fácil de aplicar e tem aceitação de todos os empregados. Por isto é
utilizado em muitas empresas com muito êxito. Muitas empresas iniciam o processo de
qualidade com certificação da ISO 9000 com a implantação dos 5 sensos:
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O controle de qualidade
Materiais necessários, na hora certa, no dia certo, na quantidade certa. Utilizam os conceitos
básicos em:
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Por ser uma atividade responsável pela maior fatia do Capital de Giro de uma
empresa, comprar bem é tão importante quanto produzir e vender. As funções são:
- Conhecer o mercado
- Conhecer o nível de estoque
- Manter atualizado o cadastro de fornecedores
- Estar em sintonia com as áreas de produção, vendas e finanças da empresa.
Preços – pesquise, compare e negocie sempre para reduzir os custos dos produtos,
ter um bom preço para o cliente e vender com certa margem de lucro.
A necessidade do cliente deverá ser analisado e atendido pelo estoque existente ou pela
reposição da compra. O recebimento e armazenamento deverá estar sendo conferido e
controlado pela área responsável, observando a qualidade. A distribuição dos materiais
deverá ser considerada os seguintes fatores: local, prazo, custo, em condições de qualidade.
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4 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL
O meio empresarial está vivenciando uma fase em que a competitividade esta cada vez mais
acirrada nos diversos segmentos de mercado, isto devido a globalização econômica que tem
se acompanhado.
Neste ambiente as empresas têm buscado alternativas para manter sua competitividade
através de dois tipos básicos de vantagem competitiva: menor custo e diferenciação nos
serviços. Portanto, não basta às empresas tentarem se sustentar apenas na marca de seu
produto, a qualidade também é um ponto muito importante. Qualidade entendida não
apenas do produto, mas qualidade também no nível de serviço oferecido aos clientes, isto
faz com que surja canais alternativos tal como a logística com o intuito de auxiliar a
empresa tornar-se competitiva.
Para que a logística possa obter êxito é necessário considerar um fator muito importante qu e
é a capacitação e o treinamento. Deve haver a capacitação de profissionais nesta área para
que estes possam desenvolver e aplicar programas de treinamento aos funcionários destas
empresas. Mas, para alcançar o objetivo proposto, é necessário haver o comprometimento e
a conscientização por parte das pessoas envolvidas no processo.
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O ambiente não permanece estático ele está em constante mutação de época para época. Se
fosse estabelecida uma comparação com um processo hidrodinâmico para caracterizar o
macroambiente, poderia se distinguir uma mudança de caráter laminar e outra de turbulento
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Para atingir esses resultados a empresa sofre pressões do ambiente externo com a qual ela
mantem interrelação, como: políticas do governo, infra-estrutura, religioso, cultural,
ecológico, jurídico, sanitário, financeiro.
Ela é uma atividade muito antiga, porém experimentou uma grande evolução
principalmente nas últimas décadas, como exemplos têm a II Guerra Mundial e mais
recentemente na Guerra do Golfo em 1991.
1) Antes de 1950
Diferentes áreas eram responsáveis pelas atividades logísticas.
Transporte era responsabilidade da gerência de produção.
Estoque era responsabilidade de marketing, finanças ou produção.
Processamento de pedido era responsabilidade finanças ou produção.
2) Entre 1950-1970
Ambiente propício para as novidades na área administrativa ocasionando uma
decolagem tanto a nível prático como teórico.
Ênfase na importância da distribuição física por parte de professores e estudiosos
americanos.
Mudanças na distribuição física - entregas mais rápidas e minimização de custo de
estocagem.
Adoção de modelos matemáticos e programação linear, teoria de controle de
estoques e simulação para solucionar problemas logísticos.
3) Entre 1970-1990
Os princípios básicos amplamente estabelecidos começam a proporcionar benefícios
as empresas.
Preocupação na geração de lucros e não no controle de custos.
Competição mundial dos bens manufaturados, a falta de matérias-primas, elevação
do preço dopetróleo e aumento da inflação, filosofia direcionada a gestão dos
suprimentos em vez do estímulo à demanda.
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O tratamento das atividades logísticas nas empresas pode ser classificado em várias fases,
de acordo com o grau de inter-relação existente entre os diversos agentes da cadeia. Esse
relacionamento inicia-se na fase em que a empresa trata os problemas logísticos somente
em sua óptica interna, passa em seguida pelos primeiros rumos à integração empresa-cliente,
progride posteriormente em direção ao tratamento integrado empresas -fornecedores e atinge
a fase da logística integrada
O termo logística origina-se no verbo loger que significa alojar. Adotada como estratégia
militar, era responsável pelo: planejamento, transporte, armazenamento e abastecimento das
tropas no campo de batalha.
Logística pode ser conceituada como sendo a atividade responsável pela aquisição,
movimentação, armazenamento, produção e distribuição de produtos até o seu cliente final,
através dos fluxos que os coloca em movimento.
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A logística está presente nos diversos tipos de empresa e para cada o desenho esta tem
funções distintas.
Empresas atacadistas – se caracteriza pelo fato de que os produtos são idênticos aos
insumos, uma vez que não há fabricação, mas apenas comercialização em larga
escala.
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Transportes:
É a atividade logística mais importante, pois nenhuma empresa moderna pode
operar sem movimentar suas matérias-primas ou produtos.
Encontra problemas financeiros quando há a ocorrência de greves e aumento no
preço dos combustíveis, ocasionando atrasos na entrega e deterioração dos produtos.
Adiciona valor de lugar ao produto.
Existem vários modais utilizados para movimentar produtos, tais como: rodoviário,
ferroviário e aeroviário.
Envolve decisões quanto a escolha de modal, roteirização e utilização da capacidade
do veículo.
Manutenção de estoques:
Agem como amortecedores entre oferta e demanda.
Agrega valor de tempo ao produto.
Produtos mais próximos aos consumidores e/ou fábricas.
Manutenção de baixos estoques provendo disponibilidade de produtos aos clientes.
Processamento de pedidos:
Elemento crítico em termos de tempo necessário para levar bens e serviços aos
clientes.
Refere-se a coleta, verificação e transmissão de informações sobre vendas.
Atividade que inicializa a movimentação de produto e entrega de serviços.
Este conjunto de atividades formam o ciclo crítico de atividades logísticas, conforme
exposto na figura abaixo.
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As atividades primárias necessitam de uma série de atividades adicionais que lhes dão apoio.
As atividades de apoio são:
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Sistema pode ser definido como um conjunto de partes coordenadas que interagem entre si
para realizar um conjunto de finalidades.
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Segundo o enfoque sistêmico é muito importante a identificação com clareza das relações
de causa e efeito entre os elementos que constituem o sistema.
Os sistemas apresentam diversas características dentre as quais podem ser destacadas sete.
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Para se chegar a sistemas bem projetados, é necessário que seus subsistemas também
estejam otimizados, porém não de forma autônoma, e sim considerando as inter-
relações entre eles.
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Tudo aquilo em que o responsável pelo sistema (gerente) não pode interferir, faz parte
do ambiente (mundo externo). O ambiente limita o desenvolvimento livre de um
determinado sistema por meio de restrições, normas, premissas etc.
Há restrições reais e fictícias, sendo que as fictícias muito perigosas pois impedem
muitas vezes a evolução e o progresso. O homem sistêmico, trabalhando na área de
logística, deve sempre considerar as restrições externas como fictícias, enquanto
estivem no papel, na cabeça ou na boca dos outros. Esta postura, de supor fictícia até
que se prove em contrário é saudável. As pressões contrárias que se seguirão,
devidamente discutidas e esplanadas, fazem com que o responsável pelo sistema
perceba com segurança as fronteiras do possível, encontrando os verdadeiros limites das
restrições.
O nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado.
De acordo com especialistas, o nível de serviço refere-se especificamente à cadeia de
atividades que atendem as vendas, em geral inicia na recepção do pedido e termina na
entrega do produto ao cliente, sendo que em alguns casos, continua com serviços ou
manutenção do equipamento ou outros tipos de apoio técnico.
O nível de serviço está composto dos seguintes fatores: prazo de entrega, avarias na carga,
extravios e reclamações diversas, sendo que cada um destes fatores pode ser medido através
de um indicador.
Há três grupos que estão ligados diretamente ao controle da logística os quais são
classificados de acordo com a venda do produto. Estes são:
Elementos de transação: são elementos que estão diretamente relacionados aos resultados
obtidos com a entrega do produto ao cliente.
A reunião de todos estes elementos forma o nível de serviço, e os clientes reagem a todo
este conjunto. Se uma empresa não oferecer um bom nível de serviço ao seu cliente,
provavelmente perderá uma grande fatia do mercado.
Um fator muito importante a ser observado é que a medida que a empresa aumenta o seu
nível de serviço o seu custo logístico também tende a aumentar, pois parte-se do
pressuposto que melhores níveis de serviços custam mais caros.
Portanto, deve-se estabelecer patamares de nível de serviço que suportem o serviço logístico,
identificando-se quais os elementos que determinam o serviço e estabelecer medidas que
permitam a administração e planejamento deste serviço.
A partir de pesquisas e teorias disponíveis, foi comprovado que as vendas tender a aumentar
ser o serviço for melhorado além daquele oferecido por fornecedores concorrentes.
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O gerenciamento, controle e minimização dos custos logísticos têm se mostrado cada vez
mais necessário se a empresa quiser competir no mercado.
Os suprimentos são o primeiro passo na cadeia logística e também a maior distância até o
consumidor, por isso é a mais afetada pelas variações do mercado e o mais difícil de
sincronizar com a demanda dos consumidores.
Trata do fluxo de produtos para a firma ao invés de a partir dela. Muitas atividades de
administração de materiais são compartilhadas com a distribuição física.
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A importância da boa administração de materiais pode ser mais bem apreciada quando os
bens necessários não estão disponíveis no momento correto para atender as necessidades de
produção ou operação.
Estoques agem como amortecedores entre suprimento e demanda ou, neste caso, entre
suprimento e necessidade de produção. São benéficos ao sistema de suprimento porque
garantem:
Maior disponibilidade de componentes para a produção.
Diminuem o tempo para manter a disponibilidade desejada.
Podem reduzir custos de transporte.
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Para item ser mantido economicamente em estoque, ao invés de ser comprado sob
encomenda, deve geralmente seguir as seguintes características:
Ser comprado em quantidades maiores ou iguais a um lote mínimo.
A tabela de preços do fornecedor deve ter desconto por volume.
Ser de valor relativamente baixo.
Ser econômico comprá-lo juntamente com outros itens.
Poder ser usado numa larga variedade de modelos ou produtos.
Ter tabelas de fretes ou requisitos de manuseio que facilitem a compra em grandes
lotes.
Ter algo grau de incerteza na entrega ou na continuidade do suprimento.
Manter em estoque todo material necessário para a produção pode ser ineficiente. Se em
algum dos materiais tiver alto valor individual e puder ser utilizado apenas num número
limitado de modelo e produtos, encomendá-lo diretamente para atender às necessidades de
produção torna-se o modo mais econômico de realizar seu suprimento. Estes materia is
fluem em quantidades pequenas comparadas com os volumes daqueles comprados para
estoques e precisam de maior atenção por parte da administração, como aumentar
comunicações ou acelerar os pedidos.
Escolha de Fornecedores
A título de exemplo, imaginemos que uma empresa tenha escolhido os seguintes critérios e
aplicado os respectivos pesos para cada um deles:
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Qualidade: peso 3;
Prazo de entrega: peso 3;
Quantidade: peso 2;
Preço: peso 2;
Total: peso 10.
Ao final de um período de tempo, o desempenho do fornecedor foi mensurado da seguinte
maneira:
Qualidade : 98% de lotes aprovados x peso 3 = 2,94;
Prazo de entrega: 95% de lotes entregues na hora certa x peso 3 = 2,85;
Quantidade: 100% lotes entregues na quantidade certa x peso 2 = 2,00;
Preço: 95% das vezes competitivo x peso 2 = 1,90;
Total: 9,69.
Resultado de 0 a 7 - reprovado
Resultado de 7,1 a 8 - aprovado
Resultado de 8,1 a 9 - qualificado
Resultado de 9,1 a 10 – certificado
Este fornecedor, portanto, pelos resultados obtidos, teria condições de seguir fornecendo
material para a empresa.
Produto Logístico
Uma empresa pode oferecer dois tipos básicos de produto: bens ou serviços.
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Embalagem do produto
A embalagem tem por objetivo oferecer aos produtores uma forma que garanta sua
integridade, facilite a armazenagem e manuseio, ao menor custo possível.
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Nem todos estes objetivos podem ser atingidos mediante a administração logística, porém
alterações na densidade do produto e em sua embalagem protetora pode fazer diferença.
A distribuição física torna-se cada vez mais importante na solução de problemas logísticos,
é o ramo da logística que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos
dos produtos finais da firma.
Hoje as empresas têm buscado trabalhar com uma menor quantidade de produtos em
estoque visando à diminuição no custo de armazenagem procurando agilizar o manuseio,
transporte e distribuição de seus produtos.
Fábrica - consumidor.
Fábrica – centro de distribuição – consumidor.
Fábrica – atacado - consumidor.
Fábrica – varejista – consumidor.
Fábrica – atacadista – varejista – consumidor.
Fábrica – centro de distribuição – atacadista – varejista – consumidor.
Fábrica – operador logístico – consumidor.
Fábrica – operador logístico – atacadista – varejista – consumidor.
Venda por catálogo ou correspondência.
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O ciclo de pedido é o tempo transcorrido entre a colocação de pedido do cliente até a sua
entrega.
Cada evento do ciclo requer um intervalo de tempo para seu término. A soma dos tempos
individuais representa o tempo total para o cliente receber seu pedido. Os elementos
individuais do ciclo de pedido são controlados pelo pessoal de logística através de escolha e
projeto dos métodos de transmissão das ordens, dos níveis de estoque, dos procedimentos
de processamento de pedidos e dos modos de entrega. Como estes s ão diretamente
controlados pelos profissional de logística e como o tempo de ciclo é medido pelo cliente,
eles devem ser considerados fundamentais para estabelecer e controlar o nível de serviço
logístico. Outros fatores como freqüência de visitas de vendedores, restrições de tamanho
de lote, condições de compra e habilidade para consolidação de pedidos, também podem ser
importantes na consideração do nível de serviço, além do ciclo de pedido.
Os depósitos e armazéns são importantes, devido ser difícil realizar uma previsão de
demanda que seja precisa.
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O armazém é visto como uma componente do sistema logístico global. É o local onde se
realizam as atividades de apoio da logística.
Armazenagem: a armazenagem forma parte deste sistema e pode ter duração de curto
período de tempo a longo período de tempo.
Existem quatro razões básicas para uma empresa utilizar um espaço físico destinado a
armazenagem.
1. Reduzir custos de transporte e produção: ao obter a redução de custos de transportes
pela compensação nos custos de produção e estocagem, os custos totais de fornecimento e
distribuição dos produtos podem ser diminuídos.
2. Coordenação de suprimentos e demanda: Caso de empresas que têm produção sazonal
com demanda por produtos razoavelmente constantes enfrentam o problema de coordenar
seu suprimento com a necessidade de produtos. Problemas causados por oscilações nos
preços de commodities também podem gerar necessidade de armazenagem.
3. Necessidades da produção: a armazenagem pode fazer parte do processo de produção.
Depósitos servem além de guardar os produtos durante a fase de manufatura, também
servem para assegurar a mercadoria até a sua venda, caso de produtos como queijos, vinhos
etc.
4. Considerações de marketing: Para a área de marketing a disponibilidade do produto no
mercado é importante. Permitem entregas mais rápidas, consequentemente melhor nível de
serviço, disponibilidade com efeito positivo nas vendas.
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Para decidir a localização é envolvido uma série de julgamentos, arte e intuição. Para tanto
se deve seguir uma lista de fatores que possam auxiliar no julgamento do melhor local:
Leis de zoneamento.
Atitude da comunidade e do governo local com relação ao depósito.
Custos para desenvolver e conformar o terreno.
Custos de construção.
Disponibilidade de acesso a serviços de transporte.
Potencial para expansão.
Disponibilidade, salários, ambiente e produtividade da mão-de-obra local.
Taxas relativas ao local e à operação do armazém.
Segurança do local (fogo, furto, inundação, etc.).
Valor promocional do local.
Taxas de seguro e disponibilidade de financiamento.
Congestionamento de tráfego nas redondezas do local.
Caso seja utilizado espaço alugado com facilidades próprias, o problema será como utilizar
o espaço alugado para atender as necessidades de picos de armazenagem. Isto ocasiona a
utilização eficiente para as facilidades próprias ou alugadas e uso de espaço alugado em
armazéns de terceiros apenas quando necessário.
O dimensionamento ideal do prédio será aquele que dá o custo mínimo para a combinação
dos dois tipos de espaço físico.
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Algumas empresas com linha extensa de produtos podem fabricá-las integralmente em cada
uma de suas plantas industriais. Os clientes geralmente compram a linha completa. Podem-
se obter economias de produção pela especialização de cada fábrica na manufatura de uma
parte da linha de produtos, e entregando a produção num depósito, em vez de diretamente
aos clientes. No depósito os itens são agrupados conforme os pedidos realizados. O custo
adicional pode ser compensado pelos menores custos de manufatura, resultantes dos
maiores lotes de produção para menos itens em cada planta.
Uma empresa que necessita de espaço físico para armazenar seus produtos pode optar pela
adoção dos seguintes tipos de depósitos. São elas: depósito próprio, alugar espaço físico,
alugar o depósito e estocar em trânsito. Cada alternativa oferece diferentes níveis de custo,
risco e envolvimento gerencial.
Espaço físico próprio : a maior parte das indústrias e das organizações de serviço possuem
espaço físico próprio para armazenagem em alguma forma. Vantagens: armazenagem mais
barata, maior grau de controle sobre as operações de armazenagem, possessão do terreno,
espaço pode ser convertido para outro uso, o espaço pode servir como base para um
escritório de vendas e outros, produtos que requerem pessoal ou equipamento especializado.
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Os produtos de acordo com suas características podem ser acondicionados em: invólucros
diversificados (caixas de madeira ou papelão, sacas, tambores); pallets ou estrados;
contêineres.
Os pallets são estrados de madeira ou de plástico sobre os quais se arruma a carga, dotados
de abertura na parte inferior para acesso dos garfos das empilhadeiras.
Há muitos tipos de pallets, variando dimensões, material com que é fabricado e forma.
Na fig. é mostrado um pallet com duas entradas e , na fig. (b) é mostrado um pallet com
quatro entradas.
A maioria dos pallets em uso são reutilizáveis. Para isso, devem retornar à origem, ao fim
do processo, isto apresenta alguns inconvenientes. O primeiro problema é o custo do
transporte do estrado vazio, ao retornar ao ponto inicial da cadeia logística. O segundo
ponto negativo é a dificuldade de coordenar e controlar a devolução dos pallets vazios
quando os mesmos são entregues a terceiros junto com a mercadoria.
O conceito de pallets pode ser associado ao de contêiner ou contentor, que é uma caixa
protetora onde a carga é arrumada e transportada. Na fig. (a) é mostrado um pallet contentor
aberto e na fig. (b) um fechado, este tipo de pallet permite acondicionar merc adorias que
não se sustentam quando empilhadas sozinhas.
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Outra forma de unitização muito utilizada hoje é o contêiner. Trata-se de uma caixa fechada,
normalmente de aço ou alumínio, dentro da qual a carga é arrumada. Oferece vantagem no
manuseio, possibilita um elevado grau de segurança (roubos e extravios, redução dos níveis
de quebra). De custo elevado, utilizadas mais nas operações de importação e exportação de
produtos de maior valor agregado.
A doca é constituída geralmente por uma plataforma elevada (cerca de 1,20m do solo), onde
os caminhões encostam de ré, a um ângulo de 90 graus ou 45 graus.
Desvantagem:
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Na acostagem a 90 graus, a borda da plataforma é formada por uma linha contínua. Este
tipo de solução pode ser utilizado para carga/descarga através da traseira do caminhão.
A acostagem de 45 graus permite acesso tanto pela traseira quanto pela lateral do veículo.
No caso de operação com veículos abertos, esse duplo acesso pode agilizar o processo de
carga/descarga, principalmente quando usadas empilhadeiras.
O método mais simples de descarga é o manual, que pode ser feita de formas diversas, tais
como:
a) Cada homem da equipe entra no veículo (plataforma elevada) apanha uma quantidade de
carga sobre a cabeça ou nos braços, deslocando a mercadoria até a área de recepção. Nesse
ponto coloca a mercadoria no piso, num pallet ou num carrinho conforme o caso.
Modais de Transporte
Transporte unimodal: caracteriza-se pela utilização de um único modal de transporte
na movimentação da carga.
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j) Aero-dutoviário.
k)
Dentro das alternativas de equipamentos mais populares no transporte multimodal está o
contêiner em segundo lugar vêm os pallets.
Em geral o veículo realiza um roteiro de entregas, visitando vários clientes numa viagem, a
partir de um armazém ou centro de distribuição. Os roteiros de entregas podem ser:
Atrasos na viagem: os atrasos na viagem podem ser ocasionados por: quebra de veículos,
consolidação da carga, problemas climáticos, greves e paralisações, etc.
Avarias na carga e na descarga: É nas pontas (carga e descarga) que esse tipo de
problema ocorre, decorrente da manipulação da mercadoria. Os problemas podem ser
reduzidos através do uso de veículos adequados, unitização da carga (pallets e contêineres),
melhor capacitação do pessoal , uso de equipamentos apropriados. etc.
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A decisão da escolha do modal a ser adotado pela empresa deve levar em consideração os
seguintes pontos:
Produto fabricado pela empresa: que tipo de produto a empresa fabrica, é um
produto de alto valor agregado ou de baixo valor agregado?
Periodicidade de entrega: com qual o prazo de entrega eu trabalho com os meus
clientes?
Localização geográfica do cliente: onde estão localizados os meus principais
clientes?
Avarias na carga: que tipo de avaria poderia ser causado ao meu produto se eu
escolhesse um modal errado?
Frota própria ou de terceiro: é mais vantajoso manter uma frota própria para realizar
a entrega dos produtos ou contratar alguma empresa especializada na área? No caso
da contratação de terceiros com quem posso obter referências sobre seu serviço?
Custo de transporte: qual a melhor alternativa em custo? Nem sempre a que tem o
menor custo é efetivamente a melhor alternativa.
Capacidade do modal: qual a capacidade máxima que pode ser transportada em cada
modal.
Que distância será percorrida e qual será o tempo de ciclo gasto neste percurso?
Administração de Tráfego
Para atingir seus objetivos é necessária a seleção do transportador que pode ser através de
terceiros ou por frota própria.
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Transporte Próprio
Uma empresa pode adquirir meios de transportes através da compra ou do leasing (aluguel)
de equipamentos.
O gerente de tráfego tem como preocupação decisões referente a utilização da frota que
fazem parte do dia-dia, tais como: rota ou plano de viagem, roteirização e programação de
veículos, despacho de veículos, seqüenciação de roteiros, balanceamento de viagens com e
sem carga.
Uma primeira divisão dos custos se dá em função de sua relação com a operação.
São elementos que formam o custo do transporte rodoviário de cargas:
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Lubrificação.
Pneus.
Licenciamento.
Todas essas despesas estão diretamente relacionadas com a atividade produtiva, ou seja,
com a operação propriamente dita.
b) Custos variáveis
Os custos variáveis podem ser subdivididos em custos fixos e variáveis. No caso do
transporte rodoviário de carga a variável operacional de referência é a distância percorrida
do veículo, medida através da quilometragem registrada no hodômetro.
Os custos variáveis são os seguintes:
Combustível
Lubrificação
Manutenção
Pneus
c) Custos fixos.
Os custos fixos são:
Depreciação
Remuneração do capital
Salários e obrigações do motorista e ajudante
Cobertura do risco
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