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ATIVIDADE ASSÍNCRONA

Aluno: Amanda Shofia Alves Batista Braga


Matrícula: 2021004800
Disciplina: CSJ0003 – INTRODUÇÃO AO JORNALISMO (2021.1)
Professor: José Anderson Freire Sandes
Detalhes da atividade: Fazer leitura do livro da Marialva, da página 11
até a página 117. É sugerido a escrita em dois textos separados,
cada um com dois mil caracteres. O primeiro focando na primeira
parte - Tecnologias do novo Século (1909-1910) e Entre tragédias
e sensações: o jornalismo dos anos 1920; o segundo texto
abordando Vestígios Memoráveis: construindo identidade e
história (1920 e 1930) e Imprensa e Estado Novo: o público como
massa (1930-1940). 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA)
Juazeiro do Norte – Ceará
08/11/2021
O primeiro capitulo do livro relata as experiências vivenciadas a partir de um
período de introdução tecnológica na sociedade. Pelos anos de 1874
comentários começam a surgir pela cidade do Rio de Janeiro, noticiando a
chegada de artefatos tecnológicos que representavam a chegada do
progresso. O cinematógrafo, o fonógrafo, o gramofone, os daguerreótipos,
entre muitos outros itens foram os responsáveis por novas mudanças e amplas
transformações na cidade e nos meios informativos. Nesse mesmo período,
surgiram artefatos tecnológicos que mudaram significativamente a maneira
como se produzem jornais: máquinas linotipos capazes de substituir o trabalho
de até 12 das antigas composições manuais; máquinas de imprimir capazes de
criar de 10 a 20 mil exemplares por hora; entre muitos outros avanços na
criação de jornais, folhetins e diversos meios informativos, dando inicio em
grande estilo ao começo do século XX.
Encantado com a transformação que a tecnologia trouxe ao cotidiano dos
últimos tempos, o jornal não parou de defender a revolução que os meios
tecnológicos causaram ao mundo. A partir de então, todos os olhares foram
desviados apenas para uma intenção: Alcançar a República e viver um novo
tempo de mudanças, esquecendo todo um passado de origem colonial, dando
inicio a uma nova era. Durante esse intervalo, o diário do Rio de Janeiro teve
um papel importantíssimo, criando espaço para jornais futuros e mais liberdade
da imprensa, demonstrando o quanto o jornalismo é primordial na história.
No segundo capitulo do livro, Marialva Barbosa fala da reportagem de polícia e
do jornalismo repleto de sensações que invadiram a imprensa carioca e
conquistaram um público maior que o esperado para a década de 1920. As
redações dos jornais A Manhã e Crítica — veículos pelos quais acompanha os
dramas da cidade em notícias de assassinatos, suicídios, incêndios, adultérios,
atropelamentos, entre outros --- representam muito bem uma afirmação feita
por Paul Ricouer que declara que a escrita é a plena manifestação do discurso,
apontando a escrita como uma maneira de expressar uma discussão e dar
espaço para uma nova ideia.
Entretanto, o avanço jornalístico e envolvimento tecnológico no Rio de Janeiro
foi marcado pela delimitação dos espaços e principalmente do público que
gozaria dos novos privilégios dessa nova época. A quantidade de publicidade -
ocupando habitualmente as quatro últimas páginas, além dos anúncios que se
distribuem ao longo de todas as publicações - indica um público ávido por
consumo e modernidade. Mas esse público urbano e entusiasmado com os
ícones da modernidade e que desfruta da transformação da cidade se
concentra nos bairros nobres da cidade. A população mais pobre, que na
década anterior fora obrigada a deixar as casas de cômodos e cortiços, com o
“bota-abaixo” iniciado pelo prefeito Pereira Passos para “embelezar” o centro
urbano e expulsar os pobres da paisagem nobre da cidade, que se
concentraram nos subúrbios da Central ou da Leopoldina, refletindo até hoje no
espaço geográfico da região.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA)
Juazeiro do Norte – Ceará
08/11/2021

O terceiro capítulo retrata um cenário que antecede a era Vargas, marcado


pelo sucesso vespertino “A Noite” e pela construção de um passado mítico que
“revelou” algumas das caracterizações da identidade jornalística, mantendo
resquícios ainda hoje nos discursos dos homens de imprensa. Os relatos dos
jornalistas servem de “pano de fundo” para introduzir a discussão da formação
dos primeiros conglomerados, formando junções de duas ou mais empresas,
de diferentes segmentos, que passaram a trabalhar em função de uma única
estrutura corporativa, nesse caso, a imprensa.
Apesar de ter uma aparência positiva sobre a atuação jornalística nesse novo
tempo, há controvérsias baseadas em comentários da própria população que
declararam que o jornalismo é muito superior ao do tempo presente,
instaurando um momento de glórias e virtudes, em contraposição a um
presente, onde todos os valores existentes anteriormente se perderam.
Matérias mais sensacionalistas passaram a surgir mais frequentemente com os
anos, como uma maneira de chamar mais atenção do público para
acontecimentos mais cotidianos.
Em decorrência de novas mudanças no cenário brasileiro, o Estado surge no
capítulo quatro, tratando de relações ambíguas da imprensa com a sociedade
em um período de muitas mudanças no país. No Brasil, ocorreu uma
revolução, movimento que chega ao poder encabeçado pelo político Getúlio
Vargas e consequentemente, chega ao fim a política do café-com-leite e tem
início o Estado Novo, em novembro de 1937, inicio de uma “nova era”.

No capítulo quatro, durante o Estado Novo (1937-1945), Getúlio


Vargas implantou ideias fascistas em seu governo. Entre as medidas,
desenvolveu um sistema de controle político sobre a propaganda e a imprensa
do Brasil. A instituição foi chamada de Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP), criado em dezembro de 1939. O objetivo do departamento
era censurar principalmente os opositores ao seu governo e promover
propagandas favoráveis à sua imagem como presidente, com o propósito de
manter o Estado estável. O DIP era responsável por inspecionar o material de
quaisquer meios de comunicação, isso incluiu programas de rádios, jornais,
cinemas e revistas do período. A função do departamento era enaltecer as
ações do regime varguista e valorizar o sentimento de nacionalismo brasileiro.

Logo após, são retratados alguns acontecimentos da era Vargas, o suicídio de


Getúlio Vargas, e em seguida, a reconstrução dos primeiros 50 anos do século
XX.

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