Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
(47) 3349-2482
Site: www.inbraep.com.br
Módulo: Supervisor
Copyright - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto
Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 9
Apresentação da NR 33 ................................................................................................................9
33.1 Objetivo e Definição .......................................................................................................................... 9
33.2 Das Responsabilidades ...................................................................................................................... 9
33.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados................................................ 10
33.3.3 Medidas administrativas............................................................................................................... 11
33.3.4 Medidas Pessoais ......................................................................................................................... 12
33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados ................................................................... 13
33.4 Emergência e Salvamento................................................................................................................ 14
33.5 Disposições Gerais ........................................................................................................................... 15
Anexo I - Sinalização................................................................................................................................ 15
Anexo II - Permissão de Entrada e Trabalho - PET .................................................................................... 16
Anexo III – Glossário................................................................................................................................ 17
2. CONCEITOS BÁSICOS .................................................................................................................................. 20
2.1 Introdução .............................................................................................................................20
2.2 Objetivo ................................................................................................................................20
2.3 Definição ...............................................................................................................................20
2.4 Características do Espaço Confinado ...................................................................................21
2.5 Exemplos de Espaços Confinados ........................................................................................21
2.6 Locais em que se podem encontrar Espaços Confinados .....................................................22
2.7 Atividades típicas que exigem entrada em espaços confinados ............................................22
3. RISCOS NO ESPAÇO CONFINADO ................................................................................................................ 23
3.1 Os principais riscos no Espaço Confinado ............................................................................23
2.1.1 Deficiência de Oxigênio .................................................................................................................. 23
3.1.2 Asfixia............................................................................................................................................. 24
3.1.3 Exposição aos Agentes.................................................................................................................... 24
3.1.4 Incêndio e explosão ........................................................................................................................ 26
3.1.5 Intoxicação ..................................................................................................................................... 27
3.1.6 Elétrico e Mecânico ........................................................................................................................ 28
3.2 Composição do Ar Atmosférico .............................................................................................28
3.2.1 Níveis Incorretos de Oxigênio ......................................................................................................... 29
3.2.2 Gases e Vapores Inflamáveis........................................................................................................... 29
3.2.3 Gases e Vapores Tóxicos ................................................................................................................. 30
1. INTRODUÇÃO
Apresentação da NR 33
33.1.1 Esta Norma Regulamentadora (NR) tem como objetivo estabelecer os requisitos
mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, a avaliação, o
monitoramento e o controle dos riscos existentes, de forma a garantir, permanentemente, a
segurança e saúde dos trabalhadores, que interagem, direta ou indiretamente, nestes espaços.
33.1.2 Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente seja insuficiente
para remover contaminantes ou em que possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não
autorizadas;
b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;
c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e
mecânicos;
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;
e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos
em espaços confinados;
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para
verificar se o seu interior é seguro;
g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos
trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço
confinado;
h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os
trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se
as condições de acesso e permanência são seguras;
i) proibir a ventilação com oxigênio puro;
j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e
33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser
submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme
estabelecem as Normas Regulamentadoras NR’s 07 e 31, incluindo os fatores de riscos
psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.
33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente, com os
espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, conforme previsto no
item 33.3.5.
33.3.4.3 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços
confinados deve ser determinado conforme a análise de risco.
33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma
individual ou isolada.
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de
Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 12
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não
sejam adequados.
33.3.5.6 Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com carga
horária mínima de quarenta horas para a capacitação inicial.
33.3.5.7 Os instrutores, designados pelo responsável técnico, devem possuir comprovada
proficiência no assunto.
33.3.5.8 Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado contendo o nome do
trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço
confinado, data e local de realização do treinamento, com as assinaturas dos instrutores e do
responsável técnico.
33.3.5.8.1 Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve ser
arquivada na empresa. (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019).
Anexo I - Sinalização
Supervisor de Entrada:
Procedimentos que devem ser completados antes da entrada
1. Isolamento S() N()
2. Teste inicial da atmosfera: Horário:
Oxigênio % O2:
Inflamáveis % LIE:
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:
Abertura de linha: abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que está sendo
utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos, inflamáveis, corrosivos, gás, ou qualquer
fluido em pressões ou temperaturas capazes de causar danos materiais ou pessoais visando a
eliminar energias perigosas para o trabalho seguro em espaços confinados.
Alívio: o mesmo que abertura de linha.
Análise Preliminar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, suas causas,
consequências e medidas de controle.
Área Classificada: área potencialmente explosiva ou com risco de explosão.
Atmosfera IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde: qualquer atmosfera
que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde.
Avaliações iniciais da atmosfera: conjunto de medições preliminares realizadas na
atmosfera do espaço confinado.
Base técnica: conjunto de normas, artigos, livros, procedimentos de segurança de trabalho,
e demais documentos técnicos utilizados para implementar o Sistema de Permissão de Entrada e
Trabalho em espaços confinados.
Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como: pressão,
vapor, fluidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de energias perigosas para trabalho
seguro em espaços confinados.
2. CONCEITOS BÁSICOS
2.1 Introdução
Só nos Estados Unidos, mais de 300 trabalhadores morrem anualmente como resultado de
acidentes ocorridos por entrada em espaços confinados.
A entrada nesses espaços exige uma autorização ou liberação especial. Virtualmente,
qualquer ambiente industrial tem exemplos de espaços confinados. Nesses locais, somente pessoas
treinadas e autorizadas podem ingressar. O empregador é o responsável por este treinamento, que
deve ser repetido sempre que houver qualquer alteração nas condições ou procedimentos, que não
foram cobertos na sessão de treinamento anterior.
Antes de o profissional ingressar no espaço confinado, a atmosfera deve ser testada pelo
supervisor, para verificar a presença de riscos a fim de se tomarem as medidas de proteção
necessárias à preservação da vida dos trabalhadores.
A Norma Regulamentadora 33, a seguir designada por NR 33 está publicada na Portaria nº
202, de 22/12/2006 do DOU de 27/12/2006.
Tal Norma Regulamentadora entrou em vigência em 27/03/2007 (90 dias após a publicação).
2.2 Objetivo
2.3 Definição
Espaço confinado é todo e qualquer local, bem como equipamento largo suficientemente e de
tal forma configurado, em que existe a possibilidade de um trabalhador inserir a cabeça, o tórax ou o
corpo inteiro, e que possui meios limitados de entrada/saída, que não é projetado para ocupação
contínua de um trabalhador e possui qualquer uma das seguintes características (antes do processo
de isolamento e limpeza).
A NBR 16577 define espaço confinado como qualquer área não projetada para ocupação
humana contínua, a qual tem meios limitados de entrada e saída ou uma configuração interna que
possa causar aprisionamento ou asfixia em um trabalhador e na qual a ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio, que
possam existir ou desenvolver.
A NIOSH define espaço confinado como um espaço que apresenta passagens limitadas de
entrada e saída, ventilação natural deficiente que contém ou produz perigosos contaminantes do ar e
que não é destinado para ocupação humana contínua.
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de
Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 20
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
• Contém ou possui potencial para conter atmosfera perigosa (contaminada por vapores, gases
e/ou poeiras, inflamáveis, tóxicas e/ou explosivas, ou com deficiência ou excesso de
oxigênio);
• Contém material capaz de encobrir totalmente seus ocupantes, causando asfixia;
• Possui configuração interna capaz de aprisionar ou asfixiar seus ocupantes;
• Possui potencial para sérios danos à saúde e à integridade física de seus ocupantes, tais
como: choque elétrico, radiação, movimentação de equipamentos mecânicos internos ou
stress calórico;
• Possui tamanho e a configuração em que é possível adentrar e executar um trabalho;
• Não foi construído para trabalho contínuo;
• Possui entrada e/ou saída limitados ou restritos.
• SILOS
O trabalho em espaços confinados ocorre como uma parcela representativa das atividades,
que são desenvolvidas nas indústrias, em veículos tanques e nas concessionárias de serviços
públicos. Os profissionais de segurança e as linhas de supervisão devem ter conhecimento para
reconhecer, avaliar e controlar os riscos inerentes aos trabalhos em espaços confinados. Para isso, é
preciso diferenciar Risco de Perigo.
Deve-se ter a consciência que o risco é inerente à presença de um agente ou de um
ambiente, e o perigo é a exposição ao risco.
Um exemplo simples facilita entender essa diferença:
Atravessar uma rodovia é um risco ou um perigo?
O risco: a circulação de veículos na rodovia.
O perigo: A exposição dos pedestres.
A existência de uma passarela é uma forma de controlar o risco, ou seja, de oferecer um
recurso de segurança que não torne necessária a exposição das pessoas. Esse exemplo permite
concluir que é possível conviver com atividades de risco sem exposições significativas, ou seja, sem
perigo. O trabalho em espaços confinados é uma dessas atividades.
Constituem-se como barreiras de segurança ou medidas mitigadoras aquelas que impedem
ou minimizam as exposições aos riscos. Entretanto, essas barreiras devem ser necessárias e
suficientes, quando superdimensionadas representam desperdício de recursos e quando
subdimensionadas expõem as pessoas e o patrimônio ao risco. A análise preliminar do trabalho que
será realizado é conveniente para reconhecer, avaliar e determinar essas barreiras de segurança.
3.1.2 Asfixia
Se a porcentagem de oxigênio ficar menos que 18% irá provocar sintomas de asfixia, que se
vão agravando, conforme diminua essa percentagem.
É também importante mencionar que, em virtude do tipo de trabalho que se desenvolve
nestes espaços, por exemplo, trabalhos de soldadura, o consumo de oxigénio aumenta agravando-
se o risco de asfixia.
• Vibração
• Ruído
• Engolfamento
• Baixa Luminosidade
• Quedas
• Engolfamento
• Choques elétricos
• Serviço em Esgotos.
Em um espaço confinado existe risco de incêndio e explosão por ser muito fácil a criação de
uma atmosfera inflamável. Esta se deve a muitas causas ligadas à evaporação de dissolventes de
pintura, bem como gás de iluminação e líquidos inflamáveis diversos.
Explosão é uma reação química exotérmica em misturas explosivas, em que ocorre grande
liberação de energia instantânea após a ignição. Em explosões, a onda de pressão precede a frente
da chama (cerca de 100 - 300 m/s, com pressões de 3 - 10 BAR).
• Reações químicas que originam gases inflamáveis. O ácido sulfúrico diluído reagindo com o
ferro liberta o hidrogénio. O carboneto de cálcio em contacto com a água dá origem ao
acetileno;
O incêndio é uma reação química de oxidação rápida e exotérmica, em que há geração de luz e calor,
sendo dividido em quatro classes:
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 26
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
3.1.5 Intoxicação
• Cloro (CL2)
• Ozono (O2)
• Ácido clorídrico (CIH)
• Ácido fluorídrico(FH)
• Ácido sulfúrico (SO4H2)
• Amoníaco (NH3)
• Dióxido de enxofre (SO2)
• Dióxido de nitrogénio (NO2)
• Benzeno (C6H6)
• Tetracloreto de carbono (CCI4)
• Tricloroetano (CH3CL3)
• Tricloroetileno (CHCICCI2)
• Cloreto de etilo (C2H5CI)
Alguns ambientes podem ter uma somatória dessas três condições de risco.
A utilização de analisadores portáteis de gases é o primeiro passo para identificação desses
riscos. A maioria deles tem condição de detectar mais de um gás e o mais típico deles mede: oxigênio,
gás combustível, CO (monóxido de carbono) e H2S (gás sulfídrico). Outros gases também podem ser
detectados, dependendo do caso particular de cada situação.
Quando se trata de uma atmosfera remota, antes da entrada em um espaço confinado, utiliza-
se uma sonda de teflon acoplada ao analisador de gás, para o processo poder ser executado do lado
de fora, eliminado risco para os operadores. Executa-se o teste em diversos níveis, porque o ar
contaminado não é necessariamente igual em sua composição.
Inferior de Inflamabilidade (L.I.I.) pode ser atingido até antes que se proceda a medições ambientais.
Antes do ingresso, tais ambientes podem ser inundados com gás inerte, que não suporta combustão,
tal como o nitrogênio, em um processo denominado inertização. Uma necessidade, após a inertização,
é medir o teor de oxigênio e decidir que não haja risco de explosão ou fogo, para se deixar entrar
oxigênio de volta ao ambiente durante o ingresso.
É comum associar combustão com líquidos, esquecendo-se da poeira combustível, mas estas
podem se tornar uma séria ameaça. Silos contendo produtos de agricultura também podem explodir
violentamente em presença de uma fonte de ignição. Como regra, níveis de poeiras suficientes para
obscurecer a visão em 1,5m devem ser considerados perigosos.
*Tabela: A tabela trata dos níveis de Oxigênio no Ambiente de Trabalho (Espaço confinado)
A análise prévia deve identificar todos os riscos decorrentes do trabalho, bem como a
combinação desses riscos. A combinação de riscos pode resultar em outro risco, como exemplo: um
curto circuito pode provocar uma centelha, que pode causar uma explosão ou um incêndio, que pode
provocar deficiência de oxigênio. Sendo assim, o reconhecimento e avaliação dos riscos combinados
são importantes para determinar as medidas de controle.
• Imediatamente perigoso para a vida, uma vez que requer procedimentos de resgate com mais
de um indivíduo completamente equipado com equipamento de ar mandado - manutenção de
comunicação necessária e um vigia adicional fora do espaço confinado.
• OXIGÊNIO - Percentual menor de 16% (122 mmHg) ou maior 25% (190mmHg)
• INFLAMABILIDADE - 20% ou mais do L.I.E.
• TOXICIDADE - IDHL (IPVS)
Estes espaços considerados como de Classe B não apresentam perigo para à vida ou à saúde,
mas têm o potencial para causar lesões ou doenças se medidas de proteção não forem usadas.
4.2.1 Características de um Espaço Confinado Classe B
• Perigoso, mas não imediatamente ameaçador, uma vez que requer procedimentos de resgate
com um indivíduo completamente equipado com equipamento de ar mandado - visualização
indireta ou comunicação frequente com os trabalhadores.
• % DE OXIGÊNIO - 16.1 a 19,4 (122 mmHg - 149 mmHg) ou
21.5 a 25 (163 mmHg - 190 mmHg)
• INFLAMABILIDADE - 10% a 19% do L.I.E.
• TOXICIDADE - Maior que o limite de contaminação
Menor que o valor IDHL (IPVS)
Os espaços considerados como Classe C são aqueles em que os riscos existentes são
insignificantes, não requerendo procedimentos ou práticas especiais de trabalho.
5 CHECK LIST
Para caracterizar um “espaço” como “espaço confinado” deve-se fazer a seguinte avaliação:
Foi projetado e
construído para Pode ocorrer uma É um espaço
ocupação humana atmosfera perigosa? confinado?
contínua ?
6.1 Vigia
Trabalhador designado para permanecer fora do espaço
confinado e que é responsável pelo acompanhamento, comunicação e
ordem de abandono para os trabalhadores.
Funções e atividades:
• Permanecer sempre do lado de fora;
• Monitoramento Atmosférico Permanente;
• Contagem e Controle;
• Comunicação (contato permanente);
• Alertar sobre riscos;
• Noções de Primeiros Socorros / Resgate;
• Aciona a equipe de resgate.
6.3 Supervisor
• Emitir a PET;
• Avaliar e monitorar os riscos;
• Executar os Primeiros Socorros / Resgate;
• Encerrar a PET.
6.4 Resgatista
Supervisor de Entrada:
Procedimentos que devem ser completados antes da entrada
1. Isolamento S() N()
2. Teste inicial da atmosfera: Horário:
Oxigênio % O2:
Inflamáveis % LIE:
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:
8 RESPONSABILIDADES
• NR não define profissional que pode ser designado como RESPONSÁVEL TÉCNICO;
• RESPONSÁEL TÉCNICO deve também ter capacidade para trabalhar em equipe e para tomar
decisões;
• Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão da Permissão de
Entrada e Trabalho;
• Responsável Técnico e Supervisores devem ter autoridade para não permitir
o acesso ao interior do espaço confinado;
• Acompanhar a implementação das medidas de Segurança e Saúde dos Trabalhadores (SST) das
empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em
conformidade com esta Norma Regulamentadora (NR 33)
• Contratada possui Responsável Técnico?
Sim → Contratante supervisiona ou fiscaliza
Não → Contratante coordena
O contratante deve:
FISCALIZAR o cumprimento das normas por parte da contratada.
Se a instituição escolheu bem, mas não fiscalizou o contrato celebrado, falhou em negligência
por ausência de vigilância ou de fiscalização.
• Interromper o trabalho em caso de suspeição de condição de riscos grave e iminente,
procedendo ao imediato abandono do local.
• Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso
aos espaços confinados
• Procedimentos, orientações, folhetos, etc.
• Medidas de segurança, emergência, abandono, etc.
• Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços
confinados;
• Não realizar serviços não programados;
• Evitar entradas e saídas desnecessárias do espaço confinado.
O empregador, ou seu representante com habilitação legal, deve assegurar que todos os
trabalhadores autorizados:
Alertas
Abandono
h) Não realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o dever primordial, que é o
de monitorar e proteger os trabalhadores.
Abandono
Sistemas de Resgate:
Algumas práticas preventivas são fundamentais para manter as condições iniciais do trabalho,
sendo estas entendidas, conforme segue em exposição. O isolamento mecânico, que consiste no
isolamento físico com retirar válvulas, colocação de falanges cegas e de raquetes nas entradas e saídas
das tubulações do espaço confinado.
O simples fechamento de válvulas, mesmo bloqueando-as na posição fechada, muitas vezes,
não é suficiente para a segurança na execução do trabalho. A supervisão deve estar sempre atenta a
práticas operacionais, que no desenvolvimento do trabalho, podem provocar desvios das medidas de
segurança estabelecidas, como exemplo, é possível citar: a limpeza de tanques e vasos com solventes,
a raspagem ou aquecimento de crostas de óleo, instalações elétricas não apropriadas, pequenos
vazamentos de gás de corte (acetileno, G. L. P.).
Uma análise cuidadosa deve ser feita antes e durante trabalhos desenvolvidos em espaços
confinados. Tomando como exemplo conveniente, em um navio, a análise dos riscos tem que ser feita
não só no tanque em que será realizado o trabalho, como também em todos os tanques adjacentes e
tubulações comuns.
As medições da concentração de gases e vapores têm que ser feitas por pessoa habilitada,
utilizando instrumentos (explosímetro, oxímetro) aferidos por órgão qualificado. Esta pessoa gera um
documento liberando o espaço confinado para o trabalho, estabelecendo rotinas de medições,
verificações, procedimentos e algumas medidas para garantia da condição de trabalho seguro.
As medições de concentrações dos gases, vapores e pós devem ser feitas, imediatamente
antes, da liberação do trabalho. Muitas explosões e incêndios ocorrem devido ao tempo decorrido entre
as medições e a realização do trabalho, motivadas pela alteração das condições ocorridas nesse
período.
Dentre os métodos de controle na fonte podem ser citados: no projeto, momento que se torna
mais eficiente e econômico, uma vez que permite a substituição ou modificação de substâncias por
outras de menor toxicidade, modificação do processo ou operação, isolamento de uma operação ou
processo e a utilização do processo úmido para reduzir a concentração de aerodispersóides sólidos.
LIMPEZA - a limpeza no local de trabalho é uma medida simples, mas eficiente. É a primeira
medida a ser tomada para o controle dos contaminantes atmosféricos. O procedimento para a
remoção de contaminantes deve evitar a dispersão no ar. Aspiradores industriais são muito usados
em substituição a processos manuais.
As medidas de controle no receptor implicam aquelas que sejam relativas ao pessoal e devem
ser adotadas, quando os métodos de controle anteriores não são tecnicamente viáveis, ou então, não
oferecerem proteção adequada para o trabalhador. É processo também conhecido como controle
complementar.
Controle médico - é feito por meio dos exames médicos exigidos pela norma (N.R.7). Exames
pré-admissionais, periódicos ou demissionais.
Treinamento - é uma obrigação legal do empregador, informar ao empregado sobre os riscos
inerentes ao local de trabalho e sobre as medidas de prevenção necessárias para minimizar ou
neutralizar a exposição. O treinamento é indispensável, independente da existência de outros métodos
de controle, ou seja, é uma medida complementar. Tem como principal objetivo dar condições para
que o trabalhador identifique os riscos, as medidas de prevenção, bem como propicia informar e
desenvolver habilidades referentes aos procedimentos operacionais apropriados, que garantam a
eficiência das medidas de controle adotadas.
Limitação do tempo de exposição - para determinadas condições pode ser uma medida
complementar importante. Os limites de tolerância são sempre estabelecidos em função do tempo de
exposição. A rotatividade de trabalhadores em determinadas tarefas é praticada para limitar o tempo
de exposição.
Equipamentos de proteção individual - EPI - estes equipamentos são destinados a proteger
a integridade física do trabalhador, minimizar o risco de lesões, mas não interferem nas suas causas.
A identificação da necessidade do uso do EPI caracteriza uma situação de risco para o empregado. A
norma (NR 6) estabelece que o uso do EPI se relaciona com a inviabilidade técnica de medidas de
proteção ou, ainda, antes da sua implantação, ou para atender as situações de emergência.
O controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições ambientais com
utilização de equipamento adequado. As medições devem efetuar-se antes e durante a realização dos
trabalhos, se estes forem susceptíveis de produzir variações na atmosfera. Estas medições devem ser
efetuadas do exterior. Se não for possível alcançar do exterior a totalidade do espaço, deve-se
avançar cautelosamente tomando as medidas necessárias para que a medição se efetue a partir de
uma zona segura.
• Nível de oxigênio;
• Inflamabilidade;
• Gases Tóxicos (monóxido de carbono, gás sulfídrico);
• Densidade (medir gases abaixo, no meio e acima);
DETECTOR MULTIGAS
RAQUETEAMENTO
9.5 Inertização
9.6 Ventilação
OXIGÊNIO PURO
contínuo, ou por outro meio de comunicação eficaz, com o operador que intervém no espaço
confinado.
O colaborador que está no exterior é responsável por atuar em caso de emergência. O
operador, que está no interior, deve estar equipado com cinto de segurança com arnês, ligado a um
tripé com guincho no exterior para que, em caso de acidente, possa ser resgatado o mais rápido
possível. Devem também estar disponíveis equipamentos de proteção respiratória para utilização em
emergências.
9.8 Formação
9.9 Acompanhamento
11 DETECTORES DE GASES
Como já visto, o controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições
ambientais com utilização de equipamento adequado. As medições devem ser efetuadas antes e
durante a realização dos trabalhos, se estes forem susceptíveis de produzirem variações na
atmosfera. Para fazer as medições dessa atmosfera deve ser utilizado um detector de gás multi
sensor, que pode ser configurado para satisfazer uma ampla variedade de necessidades encontradas
em trabalhos em espaços confinados.
Atualmente, muitos dos detectores de gases monitoram e exibem, simultaneamente, cinco
riscos atmosféricos. Sendo adaptáveis a uma variedade de aplicações, tendo uma seleção abrangente
de opções de campo selecionáveis pelo usuário. Porém, as funções e configurações de cada detector
dependerão do modelo e do fabricante, por isso, é recomendável fazer a leitura do manual do
equipamento antes de utilizá-lo.
Alguns dos detectores de gases podem ser usados em modo de difusão ou de extração de
amostra. Em qualquer dos modos, a amostra de gás precisa atingir os sensores para que o
instrumento registre uma leitura de gás.
Os sensores podem estar localizados na parte inferior ou superior do instrumento, dependendo
do modelo tendo, geralmente, três portas de sensor distintas, que permitem que o ar atinja os
sensores individuais. Para isso, é importante que essas portas sejam mantidas sem obstrução, pois
portas de sensores se estiverem bloqueadas podem causar leituras imprecisas e potencialmente
perigosas.
No modo de difusão, a atmosfera que será medida alcançará os sensores por meio de difusão
por meio dos respiradouros localizados no instrumento. Os movimentos normais do ar são suficientes
para transportar a amostra até os sensores. Os sensores reagem rapidamente a alterações nas
concentrações dos gases, que estão sendo medidos. A operação no estilo de difusão monitora
somente a atmosfera, que circunda o detector em sua proximidade imediata.
Alguns modelos que fazem a extração de amostra são usados para amostras de locais remotos
com o kit de extração de amostra com aspiração manual ou com a bomba de extração de amostra
motorizada, contínua. Durante a amostragem remota, a amostra de gás é coletada para o
compartimento do sensor através do conjunto da sonda e/ou de um tubo. As operações de
amostragem remota monitoram somente a atmosfera localizada na extremidade da sonda de coleta de
amostra.
11.2 Capacidade
Obs: importante lembrar que as unidades de medida podem variar dependendo do modelo e
fabricante do equipamento.
11.3 Alarme
Os alarmes de gás, geralmente, podem ser regulados com Software em um PC fornecido pelo
fabricante ou diretamente no aparelho, dependendo do modelo. Há modelos que podem ser regulados
em ambos os casos. Os alarmes podem ser regulados para qualquer ponto dentro da faixa nominal do
tipo de sensor específico. Quando um ponto de regulagem do alarme é excedido, um alarme audível
soa alto e as luzes de alarme se acendem.
alerta automático em caso de falhas de respostas de sensor de LEL devidas à falta de oxigênio.
Podendo incluir uma função de apito de segurança, que é projetada para comunicar ao usuário que o
instrumento está suficientemente energizado e funcionando.
É importante que os detectores incluam vários alarmes adicionais projetados para assegurar a
operação correta do instrumento. Quando detecta a ocorrência de um defeito eletrônico ou de uma
condição de falha, os alarmes audíveis e visíveis são ativados e uma mensagem explanatória ou
código de mensagem são exibidos.
Todo detector é projetado para detectar condições atmosféricas que, potencialmente,
ameaçam a vida. Qualquer condição de alarme deve ser levada a sério. Lembra-se que o curso de
ação mais seguro é conscientizar os trabalhadores a abandonar, imediatamente, a área afetada e
retornar somente após testes adicionais que irão determinar que a área se apresenta novamente
segura para ocupação, ou esteja utilizando os equipamentos de proteção adequados aos riscos.
12.2 Equipamentos
Segundo a NBR 16577, deverão estar disponíveis os seguintes equipamentos, sem custo aos
trabalhadores, funcionando adequadamente e assegurando a utilização correta:
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 61
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
Óculos de segurança
Os olhos se apresentam como uma das regiões mais sensíveis de todo o corpo humano e, por
isso, merecem atenção redobrada em serviços em indústrias e construções, em que pequenas
porções de matéria podem atingi-los, ou mesmo faíscas e gases. Por isso, os equipamentos são tão
importantes para protegê-los não somente de partículas, mas de outros fatores, como é o caso dos
seguintes:
Capacetes de proteção
A audição é um dos sentidos humanos mais atacados na maioria das vezes no ambiente de
trabalho. O ruído é seu principal inimigo. O cuidado e o uso de protetores auriculares no trabalho são
indispensáveis para a manutenção da saúde auditiva em ambientes ruidosos. Com a utilização do EPI,
a empresa poderá eliminar ou neutralizar o nível do ruído já que, com a utilização adequada do
equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição do empregado será eliminado.
A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de tolerância isenta a
empresa do pagamento do adicional, além de evitar quaisquer possibilidades futuras de pagamento de
indenização de danos morais ou materiais em função da falta de utilização do EPI. Para a definição do
tipo de protetores auditivos, é importante levar em consideração os seguintes aspectos:
• O tempo médio diário de exposição ao ruído que sofre o trabalhador, não apenas ao
ruído gerado por determinado equipamento ou ao ruído existente em uma área
específica;
• A capacidade auditiva do trabalhador. Para aquele portador de alguma deficiência
auditiva deve ser fornecido um tipo especial ou um abafador com menor nível de
atenuação;
• A necessidade de comunicação que tem um trabalhador em sua atividade, como por
exemplo, entender o que fala uma pessoa ou perceber um sinal de advertência; e
• A compatibilidade do abafador com outros equipamentos;
• Os níveis de temperatura e umidade. Os plugues de inserção são mais cômodos que os
abafadores tipo concha para uso em ambientes quentes e úmidos; e
• Qualquer limitação ocasionada pelas características ou atividades físicas que realiza o
trabalhador.
Luvas
Na seleção de uma luva deve-se levar em consideração o tipo de tarefa a ser desempenhado e
suas características (riscos existentes, produtos manuseados, etc.), bem como as características do
utilizador (tamanho da mão) e a marcação existente no equipamento e embalagem. É admissível
relacionar o tipo de material das luvas com a utilização indicada para as mesmas, como se exemplifica
a seguir:
a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água; e
i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
As luvas devem ser utilizadas dentro do prazo de validade e durante o período de duração
estimado pelo fabricante, devendo ser aplicadas para o fim a que se destinam, tendo em consideração
as suas propriedades e características, depois de usadas, devem ser limpas e secas.
Os materiais sintéticos e borracha natural que compreendam ou não um suporte em algodão,
devem ser lavadas regularmente com água e sabão, a fim de evitar as dermatoses e infecções.
Sempre que seja detectado algum defeito durante a utilização deste equipamento, deve proceder-se à
imediata substituição.
Creme protetor
Um creme de proteção ou barreira é uma substância que se aplica sobre a pele antes do
trabalho para reforçar as funções protetoras, não devendo ser confundidos com os cremes comuns
destinados a dar à pele sua função fisiológica. Os cremes de proteção formam uma película que tem
por finalidade colocar-se entre a pele e as substâncias nocivas, deixando as mãos com sua
flexibilidade e seu sentido tátil.
Os cremes de proteção devem ser utilizados em situações em que o trabalhador necessita de
toda a habilidade e destreza manuais e quando as luvas de qualquer material prejudicam a
manipulação podendo causar acidentes e não oferecem a proteção adequada, ficando o trabalhador
exposto a agentes químicos que podem ocasionar dermatoses irritativas e/ou alérgicas.
A ação de um creme de proteção em barreira ocorre, basicamente, por dois mecanismos
diferentes, isto é, pela neutralização da ação agressiva de determinadas substâncias com a
manutenção do PH da pele dentro de níveis normais, ou pelo estabelecimento de uma barreira que
visa deter ou dificultar a penetração de agentes agressivos na pele do trabalhador.
Manga
A manga de proteção é uma excelente opção que protege braços e antebraços em diversas
atividades que deixam estas regiões mais suscetíveis a eventuais acidentes. Observe abaixo os
diferentes perigos que ela protege o trabalhador:
a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e
escoriantes;
c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e
perfurantes;
d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de
operações com uso de água; e
e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.
Braçadeira
A braçadeira é utilizada como segurança do braço e antebraço contra agentes cortantes. Entre
seus modelos, temos:
O calçado de segurança é uma peça importante a ser utilizada para a proteção dos pés, tanto
para a prevenção de cortes e fraturas quanto para a proteção contra agentes químicos e outras
substâncias danosas à saúde. Existem vários modelos de calçados de segurança e este tipo de
calçado pode ser incorporado ao uso diário.
O modelo correto do calçado de segurança a ser utilizado pelo trabalhador só será definido
após uma análise de risco do seu ambiente de trabalho. O calçado de segurança, como todo
equipamento de proteção, deve ser submetido pelo fabricante à certificação do produto por entidades
creditadas competentes. Observe abaixo as diferentes proteções que os calçados de segurança
podem oferecer:
a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações
com uso de água; e
g) calçado para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.
Meia
Meias de segurança são utilizadas para proteção dos pés dos trabalhadores contra baixas
temperaturas.
Perneira
A perneira protege os membros inferiores do usuário contra lesões provocadas por materiais
ou objetos cortantes, partículas volantes, escoriantes, perfurantes, picadas de animais peçonhentos e
névoas na aplicação de produtos químicos.
Calça
O Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores, exige que os profissionais
utilizem Equipamento de Proteção Individual para trabalhos em altura quando as atividades forem
realizadas acima de dois metros do solo e houver risco de queda. Um sistema de proteção contra
quedas é formado por ancoragem, elemento de conexão e cinto paraquedista que garante a proteção
efetiva.
A ancoragem é o ponto em que o sistema será fixado e pode ser constituída de um ponto ou de
uma linha de vida fixa a este ponto. Com talabarte ou trava-quedas, o elemento de ligação executa a
união entre a ancoragem e o cinto. Já o cinto paraquedista envolve o corpo do trabalhador de forma
ergonômica e possui ponto para conexão ao sistema.
Os sistemas de trabalho são divididos em sistema de restrição de movimentação,
posicionamento no trabalho, retenção de queda e acesso por corda. Cada um deles supre uma
demanda específica de trabalho a partir da análise de riscos. Outra tendência é o conforto, como o
acolchoamento dos cinturões abdominais e equipamentos como absorvedor ou desacelerador, que
atenuam o impacto da queda.
O cinturão é utilizado para a proteção do empregado contra quedas em serviços em que exista
diferença de nível. Para manter a conservação do mesmo, deve-se realizar uma higienização
adequada e o armazenamento em local protegido da umidade, raios solares, produtos químicos,
solventes, vapores e fumos.
Dispositivo trava-queda
O propósito das roupas de proteção é prevenir contaminações da pele e prevenir que não se
carregue contaminantes para fora do ambiente de trabalho. Roupas de uso comum conferem proteção
limitada, mas podem carregar contaminantes.
Macacão
12.3.8 Sinalização
Colete de sinalização refletivo
O uso de respiradores deve ser esporádico e para operações não rotineiras. Uma máscara
respiratória facial, também conhecida como respirador, é um equipamento desenvolvido para filtragem
e separação de partículas como fumaça, vapores orgânicos e gases maléficos para a respiração,
destinado a utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e poeira.
Respiradores vêm em uma ampla gama de tipos e tamanhos. O respirador pode ser mais
barato, descartável ou reutilizável com cartuchos substituíveis, ou um respirador mais sofisticado, em
que se inclui oxigênio próprio para o consumo, sem ter que retirá-lo do ambiente. Porém, para a
utilização de um respirador, este deve ser usado somente com certificado de aprovação emitido pelo
Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores.
Qualquer modificação, mesmo que pequena, pode afetar de modo significativo o desempenho
do respirador e invalidar a aprovação. A utilização de EPI para proteção respiratória deve ser feita
apenas quando as medidas de proteção coletiva não existirem, não puderem ser implantadas ou
forem insuficientes.
Conforme a NBR 12543, os respiradores podem ser divididos em dois grandes grupos: os de
adução de ar e os purificadores de ar. Os de adução de ar são independentes do ar ambiente e os
purificadores de ar são dependentes do ar ambiente.
Respiradores de adução de ar
a) Máscaras autônomas;
b) Respiradores de linha de ar comprimido; e
Respiradores Purificadores de Ar
Importante:
1 - Os guinchos não devem ter peças gastas, quebradas, trincadas ou com aparência
duvidosa.
3. Manter os eixos lubrificados, por meio dos três furos, com óleo tipo máquina de costura.
(dependendo de cada modelo)
Estes dispositivos são, normalmente, feitos em aço inoxidável e possuem tripla trava de
segurança. Resistem ao contato com os produtos corrosivos que, geralmente, são usados em serviços
de limpeza. Efetuam travamento simultâneo em dois pontos da linha de segurança, aumentando,
consequentemente, a eficiência da frenagem. Todos os equipamentos devem ser aprovados pelo
Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores possuindo o número de CA. O
dispositivo trava quedas possui um fácil funcionamento, não necessitando das mãos para funcionar.
A alça do aparelho, forçada por uma mola, normalmente, fica abaixada, mantendo o
equipamento travado no cabo de segurança. Na subida ou descida, o cinturão de segurança mantém
a alça levantada, destrava o aparelho e permite perfeita movimentação. Nas quedas ou descidas
bruscas o equipamento deve travar imediatamente no cabo. O aparelho pode ser colocado ou retirado,
imediatamente, em qualquer ponto do cabo. O trava queda guiado é indicado para movimentação em
linhas verticais de qualquer comprimento.
Antes de usar o aparelho faça o teste inicial de funcionamento, que segue da seguinte forma:
a) Puxe o mosquetão que se liga ao cinturão para cima, até que o aparelho se desloque
alguns centímetros para cima;
b) Só use o aparelho após constatar que o mesmo seja travado, imediatamente, no cabo
vertical, após o mosquetão deixar de ser puxado para cima.
Não se esqueça: o trava queda deve ser ligado, obrigatoriamente, à argola das costas (ligação
dorsal) ou às alças do peito (ligação frontal) do cinturão paraquedista.
• Os trava quedas não devem ter rebites frouxos, peças gastas, tortas ou aparência
duvidosa.
Nota: inutilizar o aparelho que apresentar algum dos problemas acima ou após a retenção de
uma queda.
1) Todas as fitas de nylon estejam perfeitas, sem cortes, furos, rupturas, partes
queimadas, desfiamentos, mesmo que parciais.
2) Todos os pontos de costura estejam perfeitos, sem desfiamentos ou descosturados.
3) Todos os componentes metálicos estejam sem ferrugem, amassados ou danificados.
4) Não há suspeita de contaminação por produtos químicos.
• Armazená-lo: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de
calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
• Lavá-lo: com sabão neutro, água com temperatura até 30° e escova de cerdas macias
(plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
• Aposentá-lo: os cinturões são fabricados em poliéster e envelhecem naturalmente em
contato com o ar, mesmo sem serem utilizados.
Teoricamente, a vida útil do cinturão não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar. Praticamente, para os cinturões de poliéster, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas, o cinturão é aposentado após um ano de
uso ou, ainda, imediatamente após reter uma queda.
Os cabos de aço utilizados nas cadeiras suspensas, guinchos e trava quedas são de
construção 6x19, galvanizados ou inoxidáveis. São seis pernas com dezenove arames cada, torcidas
em torno de uma alma que pode ser de fibra ou aço.
13.4.1.2 Manuseio do cabo de aço: o cabo de aço deve ser enrolado e desenrolado
corretamente, a fim de não ser estragado facilmente por deformações permanentes e formação de nós
fechados. Se o cabo for manuseado de forma errada, ou seja, enrolado ou desenrolado sem girar o
rolo ou o carretel, o cabo ficará torcido e formará laço. Com o laço fechado (posição 2), o cabo já
estará estragado e precisará ser substituído ou cortado no local.
Importante: mesmo que um nó esteja aparentemente endireitado, o cabo nunca poderá render
serviço máximo, conforme a capacidade garantida. O uso de um cabo com este defeito torna-se
perigoso, podendo causar graves acidentes.
13.4.1.3 Superlaço: os cabos de aço devem ser fornecidos com olhal tipo superlaço, de
máxima segurança, inviolável por lacre prensado industrialmente com sapatilha protetora. A
construção deste superlaço é detalhada nas figuras abaixo.
Importante: mesmo sem o lacre e a sapatilha protetora, o olhal já suporta uma carga superior
à carga de trabalho do cabo (posição 5).
13.4.2 Inspeção:
Antes de cada uso, o cabo de aço deve ser inteiramente inspecionado quanto aos seguintes
problemas:
Atenção:
1) Havendo problemas em todo o cabo, ele deve ser aposentado. Havendo problemas
localizados, ele pode ser cortado e usado.
2) Ao se observar um cabo de aço, se for encontrado algum outro defeito considerado
grave, o cabo deve ser substituído, mesmo que o número admissível de arames
rompidos não tenha atingido o limite encontrado na tabela, ou até mesmo sem ter
nenhum arame rompido.
A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição dos
mesmos.
13.4.3 Manutenção:
1) Mantê-lo: afastado de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos afiados.
2) Armazená-lo: em local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção
estrutural.
3) Olhal com grampos: os cabos de aço poderão ter olhal confeccionado com grampos
de aço galvanizados (figura abaixo), conforme tabela abaixo:
• Para cabo de aço com diâmetro de 4,8 mm são usados três grampos de 3/16”
com espaçamento entre si de 29 mm.
• Para cabo de aço com diâmetro de 8 mm são usados três grampos de 5/16” com
espaçamento entre si de 48 mm.
Os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o uso do cabo de
aço.
Alguns modelos de cabos de aço não podem ser lubrificados, para evitar escorregamento dos
aparelhos. (da cadeira suspensa)
13.5.2 Inspeção:
Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.
• Inspeção externa: a capa da corda deve estar perfeita, diâmetro constante, sem cortes,
fios partidos, partes queimadas, sem desgastes significativos por abrasão e sem
suspeita de contaminação por produto químico nocivo a sua estrutura.
Importante: havendo problemas em toda a corda, ela deve ser aposentada. Havendo
problemas localizados, ela pode ser cortada e usada.
13.5.3 Manutenção:
A corda de segurança deve ser usada por um único trabalhador, com as cordas é importante
tomar os seguintes cuidados:
1) Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos afiados e piso
das obras.
Jamais pisá-la com sapatos sujos: partículas de areia, terra e pó penetram nas
fibras e causam grande desgaste dos fios durante o uso.
Recomenda-se armazenar a corda em carretel para fácil manuseio, sem torção
estrutural.
2) Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com o piso de cimento, fontes de
calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
3) Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas
macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
4) Aposentá-la: as cordas são fabricadas em poliamida, produto que envelhece
naturalmente em contato com o ar, mesmo sem ser usado.
Teoricamente, a vida útil da corda não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar. Para as cordas de poliamida, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro anos após sua
fabricação. Em situações bastante severas de trabalho, costuma-se aposentá-la após um ano de uso.
manivela de resgate é mantida desativada e o aparelho funciona de forma idêntica a qualquer trava
queda retrátil.
O trava queda resgatador usa cabo de aço galvanizado ou inoxidável (opcional) com 4,8 mm
de diâmetro, comprimento de até 20m, revestimento sintético (opcional) para uso em atmosfera
potencialmente explosiva.
2) O trava queda retrátil deve ser fixado em um ponto com resistência igual ou superior a
1500 kg (NBR 14628).
3) A carga máxima de trabalho dos trava quedas retráteis (peso do trabalhador) é de 100
kg (NBR 14628).
4) Antes de conectar o trava queda ao cinturão, faça o teste inicial de bom funcionamento:
só use o aparelho após constatar:
a) Imediato travamento do cabo, após ser puxado com força para fora.
b) Retorno integral do cabo retrátil, após deixar de ser puxado.
5) O cabo retrátil deve ser conectado à argola dorsal (costas) do cinturão paraquedista ou
ao suporte de ombros, e durante o uso é necessário que fique esticado pela ação da
mola retrátil.
6) Após o uso, nunca se deve deixar o cabo recolher com velocidade (tomar o mesmo
cuidado que se exige com trenas de medição).
8) Cabo de aço com revestimento sintético: para trabalho em locais com atmosfera
potencialmente explosiva, os trava quedas podem ser fornecidos com cabo de aço
revestido.
9) Retificação do cabo de aço: durante o uso do cabo de aço retrátil podem ocorrer
pequenas deformações, que podem ser eliminadas com a retificação manual. Alerta-se
Os trava quedas retráteis devem ser obrigatoriamente inspecionados antes de cada uso,
fazendo-se o teste de bom funcionamento.
Importante: não efetuar teste de queda livre de peso, visto que, rompendo ou danificando o
pino de segurança do distorcedor do aparelho, este deverá ser enviado para revisão.
O cabo de aço retrátil deve ser inspecionado, conforme visto no item 13.4.
O cinturão paraquedista deve ser inspecionado, conforme item 13.3 e inutilizado após reter
uma queda (NBR 11370).
O trava queda retrátil deve ser revisado junto ao fabricante nas seguintes condições:
3) Cabo retrátil frouxo devido às deformações permanentes, fios partidos e/ou mola interna
retrátil desregulada.
Nota: Os aparelhos a serem enviados para revisão não devem ser abertos (risco de ferimento).
O Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores exige, para serviços em
espaços confinados com escadas, equipamentos adequados que garantam, em qualquer situação,
conforto e segurança do trabalhador nas três operações fundamentais:
b) Proteção contra queda por meio de dispositivo trava queda, conforme exigência do
Anexo I da NR 6.
O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo
retrátil nunca fica frouxo devido à ação de uma mola de retorno. Havendo movimento brusco ou
desiquilíbrio do trabalhador, o equipamento deve travar imediatamente e evitar a queda do
profissional.
Havendo necessidade de resgatar o trabalhador, durante a movimentação na escada ou no
piso do espaço confinado, bastará o vigia ativar e movimentar a manivela de resgate.
Guincho para Pessoas em Conjunto com um Trava Queda Guiado
O trabalhador pode movimentar-se, com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo de
aço do trava queda ou corda do trava queda é preso no tripé, mantido esticado por um pequeno peso.
Havendo movimento brusco ou desiquilíbrio do trabalhador, o equipamento deve travar imediatamente
e evitar a queda da pessoa.
Havendo necessidade de resgatar o trabalhador, durante a movimentação na escada ou no
piso do espaço confinado, bastará o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de içamento.
Não havendo escada, a movimentação vertical, geralmente, é feita por cadeira suspensa e em
alguns casos por suporte de ombros. O Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos
Trabalhadores exige, para serviços em espaços confinados sem escadas, equipamentos adequados
que garantam, em qualquer situação, conforto e segurança ao trabalhador nas três operações
fundamentais descritas no item anterior. Na hora de escolher o equipamento com cabo de aço ou
corda siga dos critérios de escolhas igualmente descritos nos trabalhos com escada.
O suporte de ombros deve ser utilizado apenas para pouca profundidade e pequenas
dimensões, devido ao desconforto da posição. Serve para ligação do cabo do guincho às argolas dos
ombros do cinturão paraquedista. A capacidade de resistência e de carga deve ser verificada com o
fabricante.
O uso da cadeira suspensa oferece máximo conforto e permite pendurar material, sendo que o
peso total, trabalhador mais carga, não ultrapasse o peso estipulado pelo fabricante. O uso da cadeira
suspensa oferece desempenho eficiente, principalmente para trabalho nas paredes ao longo do
espaço confinado.
As cadeiras suspensas devem obedecer às exigências do Órgão Responsável pela Segurança
e Saúde dos Trabalhadores, da norma NBR 14.751 da ABNT e também da NR-35 Trabalho em Altura.
Em alguns tipos de serviço, é necessário um constante ajuste de posicionamento do trabalhador para
manuseio de equipamentos / instrumentos instalados nas paredes do espaço confinado. Nestes
casos, pode ser conveniente utilizar cadeira suspensa com comando local (manivelas).
13.8.3 Guinchos
Os guinchos para pessoas devem obedecer a todos os requisitos da NBR 14.751 da ABNT,
com desempenho comprovado. Devendo possuir três travas de segurança, de acordo com a exigência
de duas travas do Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores. Durante a descida
e a movimentação horizontal do trabalhador, bastará o vigia liberar o cabo em quantidade suficiente.
Na subida do trabalhador, o vigia deve recolher o cabo.
14.1 Objetivo
Manter o controle para o correto uso de protetores das vias aéreas (respiratórias), e dos
funcionários envolvidos em ambientes contendo elementos que provoquem danos às vias aéreas
(pulmão, traqueia, fossas nasais, faringe). Utilizam-se protetores, quando ocorrem emergências,
quando medidas de controle coletivo não são viáveis ou enquanto não estão sendo implantadas ou
estão em fase de implantação.
No controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado com, por
exemplo, poeiras, fumos, névoas, gases e vapores, o objetivo principal deve ser minimizar a
contaminação do local de trabalho. Isto deve ser alcançado, tanto quanto possível, pelas medidas de
controle de engenharia (enclausuramento, ventilação, ou substituição de substâncias por outras
menos tóxicas). Quando as medidas de controle não são viáveis, ou enquanto estão sendo
implantadas ou avaliadas, ou em situações de emergência, devem ser usados respiradores
apropriados em conformidade com os requisitos, que serão apresentados.
• Se observar que o respirador não está funcionando bem, deverá deixar imediatamente a
área contaminada e comunicar o defeito à pessoa responsável indicada pelo empregador nos
"Procedimentos operacionais escritos".
• Comunicar a pessoa responsável sobre qualquer alteração do estado de saúde, que possa
influir na capacidade de usar o respirador, de modo seguro.
14.3.1 Qualificações
14.3.2 Responsabilidades
O programa, por mais abrangente que seja, terá pouco valor se não for mantido e executado
conforme planejado. Portanto, além de ter acompanhado o desenvolvimento, este deve ser avaliado
periodicamente.
a) Seleção;
b) Ensaios de vedação;
c) Treinamento dos usuários;
d) Distribuição dos respiradores;
e) Limpeza, inspeção, higienização, guarda e manutenção;
f) Monitoramento do uso;
g) Monitoramento do risco.
Embora não seja possível prever todas as situações de emergência e de salvamento para cada
tipo de operação industrial, podem ser previstas muitas condições nas quais será necessário o uso de
respiradores. A análise cuidadosa dos riscos potenciais devidos a enganos na condução do processo
industrial ou a defeitos ou falhas no funcionamento permite a escolha de respiradores apropriados
para uma situação concreta.
A frequência e a duração da tarefa devem ser a primeira preocupação a ser levada em conta.
O tempo de uso de uma máscara autônoma, tanto de circuito aberto, quanto de circuito fechado, é
muito crítico visto que o volume de ar/gás respirável é limitado. Da mesma forma, para os respiradores
purificadores de ar o tempo de uso é igualmente um fator importante, visto que o conforto e a
aceitação pelo usuário são essenciais para assegurar o uso prolongado do respirador.
Deve ser estabelecido e implementado um programa de troca de filtros, que depende do tempo
de uso, do esforço físico e da concentração do contaminante. As baterias empregadas nos
respiradores motorizados têm um tempo de serviço limitado, o qual deve ser suficientemente longo
para cobrir a tarefa a ser executada.
O nível de esforço físico influencia na autonomia das máscaras autônomas e, também, na vida
útil dos filtros químicos e para partículas. Assim, o aumento da frequência respiratória esgota o ar do s
cilindros antes do tempo de serviço nominal e os filtros químicos e para partículas atingem a saturação
tanto mais rápido, quanto maior for o volume de ar inspirado.
As classes vão de trabalho leve a trabalho muito pesado e se referem às atividades do
cotidiano, que podem se repetir várias vezes ao dia, durante cinco dias de trabalho por semana. Os
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 93
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
valores apresentados são valores médios para uma jornada de trabalho, incluindo os tempos de
parada. As três últimas classes descrevem atividades em períodos de tempo limitado, que podem se
repetir durante atividades de resgate, de segurança ou de combate a incêndio. Esses valores são a
média para somente o período de atividade e incluem o uso de respiradores.
A ISO 16975.1 descreve os níveis de esforço, conforme a atividade:
blocos de concreto).
se estas não forem limpas ou trocadas frequentemente. Nestes casos, devem ser preferidos os
respiradores com válvulas bem protegidas.
• Ferramentas motorizadas podem prejudicar o desempenho do respirador devido à
transmissão de vibrações, impacto de jatos de ar proveniente delas ou impacto de partículas que
possam atingir o respirador. Em tais casos, se os jatos ou as partículas atingirem a zona de selagem
facial ou as válvulas poderá ocorrer uma significativa redução da proteção oferecida. Deve-se
assegurar que nenhum jato de ar ou partículas, em alta velocidade, interaja com o respirador nessas
áreas sensíveis.
14.5.1.1.4 Mobilidade
Deve ser avaliada a mobilidade necessária para se realizar determinada tarefa e o quanto o
respirador selecionado compromete os movimentos. A localização da área perigosa poderá limitar os
tipos de respiradores que podem ser usados com segurança. Por exemplo: os equipamentos de linha
de ar comprimido não devem ser usados, quando a entrada em uma área perigosa requer andar por
muitos metros, quando há deslocamentos entre pisos ou níveis em edifícios, há passagem por
aberturas muito estreitas ou em dutos e túneis, quando são usadas escadas de mão ou existe a
necessidade de cruzar linhas férreas. Nestes casos, existe a possibilidade da mangueira adutora de ar
ficar enroscada ou sofrer danos.
O comprimento máximo das mangueiras dos respiradores de linha de ar comprimido
especificado nas respectivas normas técnicas define o máximo avanço do usuário no local de trabalho.
Quando se usa a máscara autônoma ou um respirador de linha de ar comprimido com cilindro
auxiliar para fuga, a distância entre o local contaminado e a área segura mais próxima com atmosfera
respirável deve ser conhecida, a fim de assegurar que a quantidade de ar/gás respirável disponível no
cilindro seja suficiente.
Os espaços confinados devem receber atenção especial no tocante à avaliação do nível de
exposição, limitações do espaço e meios de comunicação entre o usuário do respirador e o pessoal
auxiliar de prontidão.
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 97
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
Certas tarefas podem envolver o acesso a áreas difíceis, tais como: dutos, túneis, espaços
estreitos, ou exigir trabalhos em posições desajeitadas.
Há locais que exigem movimentos significativos do corpo, tais como: dobrar, curvar, esticar,
rastejar ou executar trabalhos manuais. Nesses casos, deve ser avaliada a influência desses
movimentos na segurança. Devem ser avaliadas as possibilidades de tais movimentos causarem
desconforto ou lesões no sistema musculoesquelético do trabalhador em virtude do uso do respirador,
bem como o fato de que tais movimentos podem afetar a selagem e a proteção oferecida.
O respirador deve ser selecionado, com muito cuidado, para que não sofra danos durante a
atividade nem limite em demasia os movimentos.
Mochilas, bolsas volumosas ou cilindros de ar comprimido podem causar problemas se o
usuário tiver que girar o corpo ou tiver que transpor passagens estreitas. Em alguns casos, poderá ser
necessário retirar temporariamente a mochila, a bolsa ou o cilindro. Nesses casos, a segurança tem
que ser mantida. O risco de que mangueiras e tubos fiquem enroscados ou que estes sejam atacados
pelos agentes químicos deve ser devidamente avaliado, a fim de que seja selecionado um
equipamento que minimize os riscos de avarias e falhas na proteção. As limitações da mobilidade no
uso de roupas encapsuladas ou com suprimento de ar devem ser avaliadas considerando-se
pormenores de construção e volume.
• Diafragma de voz
É uma superfície ressonante instalada em uma cavidade, que vibra durante a fala do usuário
do respirador, ampliando sua voz. As peças faciais inteiras, normalmente, são fornecidas com esses
diafragmas vibratórios.
Quando presentes, os seguintes pontos devem ser considerados:
• Microfone interno
Um microfone de pequenas dimensões é instalado dentro da peça facial do respirador ou
conectado a ele. O microfone pode estar ligado a um rádio, telefone, alto-falante ou outro meio de
comunicação eletrônica.
Quando existirem microfones, considerar que:
a) Qualquer componente colocado na cobertura das vias respiratórias ou que a perfure pode
afetar o funcionamento ou mesmo invalidar o Certificado de Aprovação do respirador. Quando
o componente é fornecido pelo fabricante do respirador devem ser obedecidas, integralmente,
as instruções de instalação e realizados os testes de vedação recomendados para verificar a
ocorrência de vazamentos;
b) Os respiradores purificadores de ar motorizados ou de linha de ar comprimido, os sistemas
de comunicação ativados pela voz do usuário podem apresentar um ruído de fundo, provocado
pela ventoinha ou pelo ar comprimido.
• Telefone de mão
A maioria dos respiradores interfere de alguma maneira na visão, seja pela redução do campo
visual ou pela qualidade óptica do visor ou da cobertura facial. Os respiradores devem atender a
requisitos mínimos normativos neste aspecto, porém as necessidades visuais podem ser maiores em
certas tarefas. Assim, quando o usuário precisa observar detalhes como, por exemplo, acabamento de
superfícies, luzes de alerta, ler textos, pode ser necessária uma boa qualidade óptica do visor.
Quando não estão presentes perigos para os olhos, é aceitável selecionar respiradores com
peça semifacial ou um quarto facial, nos quais a visão é total.
Quando é necessário amplo campo visual como, por exemplo, no ato de subir ou descer
escadas, em que haja a circulação de veículos ou a necessidade de movimentação na área, é
necessária a seleção de um respirador, que provoque a menor redução possível do campo visual.
Todo o respirador impõe certa carga e desconforto ao usuário que influem na aceitação. Como
muitos perigos respiratórios não podem ser percebidos pelos sentidos humanos ou não apresentam
efeitos imediatos sobre a saúde, o usuário deve ser instruído para entender a importância de colocar e
usar o respirador corretamente. Ele deve, entretanto, estar apto a usar o respirador selecionado e isso
inclui aspectos físicos e psicológicos.
Requisitos Físicos
O estado clínico do usuário deve ser verificado antes de iniciar o uso do respirador e repetido
regularmente.
Dependendo do tipo do respirador, o exame médico inclui prova de função pulmonar,
funcionamento do sistema músculo esquelético, problemas cardiovasculares e outros. Se há um
histórico cardíaco ou de doença pulmonar severa, isso deve ser considerado pelo profissional da
saúde.
A condição física diária do usuário também é importante e ele não deve utilizar o respirador se
não se sentir em condições de saúde suficientes para isso.
• Peso do respirador
Um respirador pode ser pesado. Mesmo que as normas exijam que o respirador tenha um
desenho ergonômico, o que inclui peso e respectiva distribuição, a capacidade fisiológica de cada
usuário deve ser levada em consideração. Alguns respiradores podem ser muito pesados para serem
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 101
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
utilizados por alguns usuários, especialmente, quando devem ser usados por tempo prolongado.
• Irritação da pele
Alguns usuários poderão desenvolver sensibilidade dérmica devido ao contato direto de certos
materiais do respirador com a pele.
• Seleção do respirador
Se um usuário não está apto a utilizar um determinado tipo de respirador, por razões
fisiológicas, poderá ser escolhido outro tipo, que ofereça a mesma proteção e que seja adequado sob
todos os demais aspectos.
Requisitos Psicológicos/Neurológicos
Respiradores causam desconforto que pode ser um importante fator limitante na capacidade de
uso. A natureza do desconforto varia desde o desconforto físico até quadros de ansiedade. Alguns
usuários poderão estar inaptos a usar respiradores, em virtude de razões psicológicas, como
claustrofobia, sensação de isolamento ou por problemas neurológicos, tais como: epilepsia, ataxia e
tremores.
Algumas vezes, as restrições psicológicas podem ser superadas com treinamento e
aclimatação. Os aspectos psicológicos são tão importantes quanto os aspectos físicos no uso de
respirador.
O nível de proteção de um respirador com vedação facial depende de quanto o ajuste da peça
facial ao rosto do usuário é perfeito. A superfície da peça é projetada para se adaptar a uma ampla
gama de faces de usuários com certa semelhança de contorno. De qualquer maneira, além de
tamanho, comprimento ou largura de um rosto, as características faciais sempre devem ser
consideradas em um processo de análise da adequação do respirador ao usuário.
Mesmo que a peça facial tenha sido desenhada com base em uma ampla gama de usuários,
levando em conta contornos faciais de grupos étnicos, poderá haver acentuados desvios, tais como:
maçãs do rosto exageradas, queixos muito cônicos ou narizes muito aduncos, que poderão interferir
na selagem do respirador com peça facial no rosto do usuário.
Além disso, características da pele do rosto como: cicatrizes, rugas ou dobras muito profundas,
o uso de joias faciais ou rosto não barbeado podem afetar, significativamente, a proteção
proporcionada por alguns respiradores.
Isto será particularmente verdadeiro nos respiradores com peça semifacial ou facial inteira, em
que o nível de proteção alcançado depende de uma boa selagem facial. Tais respiradores não devem
ser escolhidos, quando houver pelos faciais ou irregularidades faciais na área de selagem. Nesses
casos, serão mais adequados os respiradores com selagem na gola como capuz ou roupas/macacão.
Neste contexto, rosto não barbeado significa uma barba que tenha sido feita em um período
superior a oito horas da jornada de trabalho. Estudos indicam que o crescimento da barba, mesmo
com menos de um dia, pode elevar consideravelmente a penetração por meio da selagem. O
respirador do tipo com vedação facial somente oferecerá a proteção esperada, quando se ajustar ao
contorno da face e se mantiver firme na posição.
O uso de alguns acessórios de efeito pessoal (piercing) pode interferir no funcionamento da
válvula ou no posicionamento da peça facial. O uso de cremes, maquiagens ou loções também pode
provocar o deslizamento da peça facial.
• Óculos
O uso de óculos com lentes corretivas pode interferir na proteção oferecida por muitos tipos de
respiradores. Quando óculos corretivos são necessários, estes devem ter um desenho compatível com
o respirador. Há óculos que se adaptam no interior da cobertura facial do respirador sem
comprometerem a selagem do rosto, sendo oferecidos como acessórios pelos fabricantes de
respirador. Como alternativa, podem ser selecionados respiradores com cobertura das vias
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 103
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
respiratória sem vedação facial, como o capuz. O fabricante do respirador pode orientar na solução
adequada.
• Lentes de contato
Lentes de contato podem ser usadas com o respirador se o usuário já estiver perfeitamente
acostumado a este tipo de lente e após ter praticado seu uso em conjunto com o respirador. Em certos
casos, entretanto, o uso dessas lentes pode causar problemas, tais como excessiva secagem dos
olhos devido ao fluxo de ar do respirador e deslocamento das lentes durante o uso.
Em ambos os casos, o usuário tenderá a remover o respirador para corrigir o problema, ficando
então exposto ao contaminante. O usuário deve ser orientado a se dirigir a uma área limpa, em que
ele possa remover o respirador para corrigir o problema com as lentes. Se isto não puder ser feito,
rapidamente, e sem expor o usuário ao contaminante, é recomendável que seja evitado o uso de
lentes de contato.
Os soldadores e as pessoas que circulam nas proximidades da área de soldagem não devem
usar lentes de contato.
Deve ser conhecido o fato de um usuário de respirador utilizar lentes de contato e isto deve
constar em seu prontuário médico. No local em que este trabalhador estiver atuando deve haver
pessoas com conhecimentos mínimos sobre remoção das lentes em emergências. Isto inclui, também,
paramédicos e socorristas.
Mais de um tipo de perigo pode estar presente, em muitos ambientes de trabalho, sendo então
necessário o uso de mais de um equipamento de proteção individual. É importante que esses
equipamentos sejam compatíveis entre si e que continuem proporcionando proteção efetiva contra os
riscos.
Quando o capacete de segurança, protetor auditivo, proteção para os olhos, roupa de
segurança e respirador forem usados, simultaneamente, é importante que a proteção de cada um
desses equipamentos não seja prejudicada por qualquer interferência entre eles. Essas interferências
incluem: jugular do capacete passando sobre as hastes do protetor auricular tipo concha, óculos
deslocando o respirador, roupa interferindo na selagem do respirador na face.
Quando for necessário o uso de vários equipamentos de proteção, simultaneamente, deve ser
dada preferência ao uso de EPIs conjugados. São exemplos de equipamentos conjugados aqueles
fabricados para aplicações especiais, como: soldagem e jateamento, os quais dão proteção
simultânea à cabeça, à face, aos olhos e aos ouvidos.
Quando mais de um equipamento deve ser utilizado, simultaneamente, é necessário definir a
sequência da retirada deles para garantir que a proteção respiratória seja mantida, enquanto
necessária como, por exemplo, na descontaminação que deve ser feita, após a exposição ao asbesto.
O processo de seleção deve incluir uma avaliação dos possíveis efeitos da temperatura ou da
umidade extrema existentes no ambiente de uso do respirador. De um modo geral, os fabricantes
incluem essas limitações nas instruções de uso. Os limites de temperatura e umidade, normalmente,
são mencionados tanto para a armazenagem, quanto para o uso do respirador.
• Baixas temperaturas
• Altas temperaturas
O conforto térmico do usuário deve ser levado em conta em todas as aplicações. Ele pode ser
afetado pela intensidade do trabalho, pelas condições do meio ambiente e pelo uso de outros
equipamentos de proteção individual.
A dissipação do calor produz suor, o qual, em excesso, faz com que a peça facial escorregue
na face, reduzindo a proteção oferecida pelo respirador. Além disso, a dissipação do calor e o
desconforto podem levar o usuário a folgar ou abrir a roupa de proteção, anulando, assim, a proteção
proporcionada por ela. Quando um usuário de respirador e roupa de proteção necessita realizar
trabalhos muito intensos é importante que sejam tomadas medidas adequadas, tais como: períodos de
descanso adequado e, se necessário, existência de um bom sistema de refrigeração ou de
acompanhamento médico.
Como os equipamentos de proteção respiratória podem cobrir a cabeça e outras partes do
corpo, a dissipação natural do calor do corpo pode reduzir-se de maneira significativa. Essa dissipação
pode ser impedida, de tal maneira, que a temperatura central do corpo possa chegar, com relativa
rapidez, em níveis desconfortáveis ou perigosos, principalmente, em condições de altas temperaturas
ambientais ou umidade e/ou alta intensidade de trabalho ou, ainda, quando são usadas roupas
isolantes ou impermeáveis.
Essa elevação da temperatura central do corpo pode levar, progressivamente, ao estresse
térmico: desconforto, vertigens, fadiga, desorientação, mal-estar, inconsciência, coma e morte, a não
ser que seja feita uma intervenção rápida e eficaz.
Quando se prevê a possibilidade da ocorrência do estresse térmico em ambientes com
temperatura elevada, é recomendável o uso de respiradores purificadores de ar motorizados ou
respiradores de adução de ar do tipo fluxo contínuo, que terão um efeito refrescante sobre o corpo,
bem como respiradores com peça semifacial no lugar de facial inteira, desde que ofereçam nível de
proteção suficiente. O uso do tubo Vortex nos respiradores de ar comprimido de fluxo contínuo reduz a
temperatura do ar fornecido à peça facial.
Além disso, devem ser planejadas e implementadas paradas ou intervalos no trabalho,
fornecimento suficiente de água potável (fria, não efervescente e, se possível, com adição de
eletrólitos essenciais), bem como planos de escape, resgate e primeiros socorros.
Em clima frio ou em áreas de trabalho refrigeradas, o estresse provocado pelo frio pode se
tornar preocupante. O uso de respiradores purificadores de ar motorizados ou de fluxo contínuo pode
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 108
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
aumentar a perda de calor corpóreo e causar enregelamento parcial ou ulceração localizada. Alguns
respiradores de linha de ar comprimido são fornecidos com um aquecedor para ar respirável.
Considerando que o ar respirável comprimido, ao chegar à cobertura das vias respiratórias,
apresenta umidade relativa muito baixa, o uso de respiradores com alta vazão e por períodos
prolongados pode provocar desidratação, mesmo em condições ambientais normais, assim, devem
ser adotadas providências para que haja intervalos regulares de paradas e disponibilidade suficiente
de água potável.
Atmosferas ricas em O2
Uma atmosfera rica em oxigênio é pouco comum nos ambientes de trabalho, mas pode
ocorrer, por exemplo, em espaços confinados com alguns tipos de soldagens, aumentando
significativamente o risco de ocorrência de fogo ou explosão. Nas atmosferas ricas em oxigênio, o
respirador deve ser cuidadosamente selecionado para que seja de material antiestático, não produza
faíscas e não seja inflamável. Na manutenção de respiradores para uso nessas condições, somente
devem ser utilizados os lubrificantes recomendados pelo fabricante.
Atmosferas corrosivas
Em algumas situações, pode ser necessário o uso de respiradores para proteção contra
contaminantes que sejam corrosivos por natureza. Durante o trabalho, esses contaminantes sob a
forma de gases, aerossóis, respingos ou esguichos de líquidos podem entrar em contato com a pele,
os olhos ou o respirador e isso também deve ser considerado na seleção do respirador adequado. No
caso do uso de roupa de proteção e respirador, é necessário levar em conta a interferência entre eles.
Certas substâncias são capazes de enfraquecer componentes e peças do respirador, fazendo
com que ocorra uma redução da resistência ao longo do tempo. Nestes casos, deve-se levar em conta
a diminuição do desempenho com o tempo como, por exemplo, dano nas válvulas ou em outros
componentes do respirador, tais como: capacetes ou visores, tornando-os significativamente mais
fracos ou opacos e exigindo uma manutenção e/ou um programa de substituição de peças mais
cuidadoso.
Informações do fabricante devem ser solicitadas, a fim de se certificar de que o equipamento é
adequado para o ambiente e, se necessário, alterar a escolha.
Altas temperaturas resultantes de calor radiante podem provocar danos nos respiradores. Em
casos extremos, como em fundições, o calor irradiado pode fundir ou amolecer os componentes
plásticos do respirador. Nestes casos, deve-se usar respirador de classe resistente a altas
temperaturas ou ao calor radiante.
Velocidade do vento
Ventos com velocidade acima de 7 km/h podem diminuir a proteção oferecida por alguns
respiradores, particularmente, os com cobertura das vias respiratórias sem vedação facial, nos quais o
ar contaminado pode penetrar na zona respiratória apesar do fluxo de ar do respirador. A seleção de
respiradores para uso em áreas com vento deve levar em conta essa possibilidade. O fabricante do
respirador deve ser consultado para informações adicionais.
O respirador adequado ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida deve
ser selecionado por pessoa competente, conforme o seguinte procedimento:
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 111
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
inicialmente, o Fator de Proteção Mínimo Requerido (FPMR) para cada substância, como indicado em
(e). Se as substâncias não apresentarem efeitos tóxicos similares sobre o mesmo órgão ou sistema
(fígado, rim, sistema nervoso central etc.), considerar, para a seleção do respirador, o maior Fator de
Proteção Mínimo Requerido (FPMR) calculado. Se as substâncias apresentarem efeitos tóxicos
similares sobre o mesmo órgão ou sistema, devem ser considerados os efeitos aditivos. Isto é feito
utilizando a fórmula:
(Cm/Tm) = (C1/T1) + (C2/T2) + .... + (Cn/Tn)
Em que: C1,2,…,n = concentração de cada substância
T1,2,...,n = seu respectivo limite de exposição
Cm e Tm= concentração e limite de exposição da mistura
Se o valor de (Cm/Tm) for menor que a unidade, não é necessário o uso de respirador. Se a
soma dos quocientes (Ci/Ti) for maior que a unidade, tal valor é o Fator de Proteção Mínimo Requerido
(FPMR) para a mistura. Continuar em (g).
g) Com base no Quadro 1, deve-se selecionar um respirador ou tipo de respirador que possua
FPA maior que o Fator de Proteção Mínimo Requerido (FPMR), considerando, para a escolha final, a
adequação do respirador ao usuário, à tarefa (o tipo de trabalho a ser realizado, o nível de esforço
físico, a duração e a frequência da tarefa, necessidades quanto à mobilidade, comunicação e visão
etc.) e ao ambiente de trabalho. Se o contaminante for irritante aos olhos ou a concentração no local
de trabalho for tal que cause danos aos olhos, deve-se selecionar um respirador com peça facial
inteira, capuz ou capacete. Se o respirador selecionado for do tipo purificador de ar, deve-se continuar
no item (h);
Nota: Informações sobre o potencial irritante das substâncias podem ser obtidas na FISPQ ou em
International Chemical Safety Cards, no site http://www.cdc.gov/niosh/ipcs/
h) se o contaminante for um gás ou vapor, escolher o filtro químico apropriado. As seguintes
condições devem ser satisfeitas simultaneamente: 1) a concentração do contaminante no ambiente
deve ser menor que a sua concentração IPVS; 2) a concentração do contaminante no ambiente deve
ser menor que a Máxima Concentração de Uso (MCU) do filtro, conforme Quadro 2; 3) o filtro químico
deve ser compatível com a peça facial do respirador selecionado em (g); 4) para algumas substâncias
ver também o item (i). Se também estiver presente contaminante do tipo particulado ou se o
contaminante for somente do tipo particulado, continuar no item (j);
Nota: Quando estiverem presentes gases ou vapores e também contaminantes particulados,
devem ser usados filtros combinados (filtro químico + filtro para partículas), observando os critérios de
seleção dos itens (h) a (j).
i) se o contaminante for um gás ou vapor com fracas propriedades de alerta, ou de toxidez
elevada, ou de difícil retenção pelo sorbente é recomendado, de modo geral, o uso de respiradores de
adução de ar. Se estes não puderem ser usados por causa da inexistência de fonte de ar respirável,
ou por causa da necessidade de mobilidade do trabalhador, o respirador purificador de ar poderá ser
usado somente quando:
i1) o filtro químico possuir um indicador confiável de fim de vida útil que alerte o usuário
antes de o contaminante começar a atravessar o filtro;
i2) existir um plano de troca de filtro que se baseie em informações ou dados, tais como a
vida útil do filtro, a dessorção (a não ser que a substituição seja diária), a concentração
esperada e o tempo de exposição, que assegure que os filtros sejam substituídos antes de
atingirem a saturação.
j) se o contaminante for do tipo particulado, a seleção do filtro depende também da presença
ou ausência de partículas oleosas no aerossol. Se o aerossol:
j1) for mecanicamente gerado (poeiras ou névoas), usar filtro classe P1(*)(**) ou peça
semifacial filtrante para partículas PFF1(*)(**) se o FPMR for menor que 5;
* Se o aerossol contiver asbesto abaixo do limite de exposição, deverá ser utilizado, no
mínimo, peça semi facial com filtro P2 (ou PFF2). Se a concentração de asbesto for igual
ou maior que o limite de exposição, deverá ser selecionado filtro classe P3. Se o aerossol
contiver sílica cristalina, deverá ser selecionado, no mínimo, filtro classe P2 (ou PFF2, se
Fator de Proteção Mínimo Requerido (FPMR) for menor que 10). Para substâncias com
limite de exposição menor ou igual a 0,05 mg/m3, usar filtro classe P3 (ou PFF3 se Fator
de Proteção Mínimo Requerido (FPMR) for menor que 10).
** Se o aerossol for oleoso (proveniente de lubrificantes, fluídos de corte, glicerina, veículos
com motor de combustão interna, ar comprimido de compressores lubrificados a óleo etc.),
deverá ser selecionado filtro resistente a óleo. A presença do óleo no ar pode ser
determinada pelo método NIOSH 5026 (oil mist, mineral).
j2) for mecanicamente gerado (poeiras e névoas) ou termicamente gerado (fumos), usar
filtro classe P2(*)(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF2(*)(**) se o Fator de
Proteção Mínimo Requerido (FPMR) for menor que 10);
j3) for névoa à base de tinta, esmalte ou verniz contendo solvente orgânico, usar filtro
combinado: filtro químico contra vapores orgânicos e filtro para partículas classe P2(*)(**).
Pode-se utilizar filtro da classe P1(*) (**) quando o Fator de Proteção Mínimo Requerido
(FPMR) for menor que 5;
j4) for névoa contendo agrotóxico em veículo orgânico, usar filtro combinado: filtro químico
contra vapores orgânicos e filtro para partículas classe P2(*)(**); se o contaminante for um
agrotóxico em veículo água, usar filtro para partículas classe P2(*)(**) (ou peça semifacial
filtrante para partículas PFF2(*)(**), se o Fator de Proteção Mínimo Requerido (FPMR) for
menor que 10);
j5) contiver radionuclídeos, usar filtro classe P3(**) (ou peça semifacial filtrante para
partículas PFF3(**) se o Fator de Proteção Mínimo Requerido (FPMR) for menor que 10).
(a) o Fator de Proteção Atribuído (FPA) só é válido, quando o respirador é utilizado conforme as
recomendações contidas no Programa de Proteção Respiratória (seleção correta, ensaio de vedação,
treinamento, política da barba etc.) e com a configuração constante em seu Certificado de Aprovação.
O Fator de Proteção Atribuído (FPA) não é aplicável para respiradores de fuga.
(b) Processo pelo qual não exista vazamento ou entrada de ar contaminado;
(c) inclui as peças um quarto facial e semifacial reutilizáveis e a peça semifacial filtrante (PFF).
(d) para respiradores, com peça facial inteira, aprovados somente no ensaio de vedação qualitativo, o
FPA é igual a 10.
(e) o Fator de Proteção Atribuído (FPA) é 1000 para respiradores com cobertura das vias respiratórias
que cobrem a face, a cabeça e se estendem até os ombros e também para capuzes considerados
com vedação facial (possuem uma peça semifacial em seu interior).
(f) inclui capacete, protetor facial etc.
(g) para respiradores com peças semifaciais reutilizáveis com, no mínimo, filtro P2 ou para peça semi
facial filtrante, no mínimo, PFF2, o FPA é 10. Para respiradores com peças semifaciais reutilizáveis
com filtro P1 ou para a PFF1, o Fator de Proteção Atribuído (FPA) é 5. Para respiradores com peça
um quarto facial, o FPA é 5, independentemente da classe do filtro para partículas.
(h) para respiradores com peça facial inteira, o Fator de Proteção Atribuído (FPA) é 100 somente
quando equipado com, no mínimo, filtro P2. Não se deve utilizar filtro P1 com esse tipo de respirador.
(i) não se deve utilizar filtros classe P1 com esse tipo de respirador.
(j) não se deve utilizar peça um quarto facial com esse tipo de respirador.
(k) os Fatores de Proteções Atribuídos (FPA) apresentados são de respiradores com filtros P3 ou
sorbentes (cartuchos químicos pequenos, médios ou grandes). Com filtros classe P2, deve-se usar
Fator de Proteção Atribuído (FPA) 100, devido às limitações do filtro.
(l) a máscara autônoma de demanda sem pressão positiva não deve ser usada para combate a
incêndio ou situações IPVS.
Uma concentração de contaminantes IPVS é aquela que representa um risco muito grave à
saúde, podendo ter efeitos irreversíveis sobre esta, bem como em reduzir a capacidade do indivíduo
de abandonar áreas de risco ou mesmo podendo causar a morte.
Um local é considerado IPVS, quando:
a) o contaminante presente ou a concentração destes são desconhecidos;
b) a concentração do contaminante é maior que a concentração IPVS;
c) é um espaço confinado com teor de oxigênio menor que o normal (20,9% em volume ao
nível do mar ou ppO2 = 159 mmHg), a menos que a causa da redução do teor de oxigênio seja
devidamente monitorada e controlada;
d) é um espaço confinado não avaliado;
e) o teor de oxigênio é menor que 12,5% ao nível do mar (ppO2 menor que 95 mmHg); ou
f) para um indivíduo aclimatado ao nível do mar, a pressão atmosférica do local é menor que
450 mmHg (equivalente a 4.240 m de altitude) ou qualquer combinação de redução na porcentagem
de oxigênio ou redução na pressão, que leve a uma pressão parcial de oxigênio menor que 95 mmHg.
Se o respirador será utilizado em uma área IPVS, ele deve ser alternativamente:
I. Uma máscara autônoma de ar comprimido (possui peça facial inteira) com pressão positiva
aprovada com CA e que tenha autonomia mínima de 30 minutos, ou;
II. Um respirador que seja uma combinação de peça facial inteira com pressão positiva e com
suprimento por ar de linha dotada e também de um cilindro de ar comprimido reserva para abandonos
de emergência.
Deve ser mantida comunicação contínua entre o trabalhador, que entrou na atmosfera IPVS e
o que está de prontidão. Enquanto permanecer na área IPVS, o usuário deve estar com cinturão de
segurança e cabo que permita a remoção deste, em caso de necessidade.
Podem ser usados outros recursos também, no lugar do cinturão e cabo de resgate, desde que
equivalente.
Pode ser permitida a entrada sem o uso de respiradores em espaço confinado, que contenha
de 19,5% até 20,9% em volume de oxigênio ao nível do mar, somente quando forem tomadas
precauções extraordinárias, quando é conhecida e entendida a causa da redução do teor de oxigênio
e, ainda, quando se tem certeza de que não existem áreas mal ventiladas nas quais o teor de oxigênio
possa estar abaixo da referida faixa. Não se conhecendo a causa do baixo teor de oxigênio, ou se ela
não for controlada, a atmosfera do espaço confinado deve ser considerada IPVS.
Deve ser levada em consideração qualquer condição médica adversa, que afete a tolerância de
um indivíduo a níveis reduzidos de oxigênio. Para esses indivíduos pode ser recomendável o uso de
respiradores de adução de ar a partir da pressão parcial de oxigênio mais elevada que os valores
indicados. Esta decisão deve ser tomada durante o exame médico, que antecede a atribuição daquela
tarefa.
Nota: A NR-6 especifica que um ambiente deve ser considerado como deficiente de oxigênio, quando a
concentração de oxigênio é de 18%. Como se vê, é uma situação não IPVS. Os respiradores purificadores de ar
somente devem ser usados quando a concentração de oxigênio no ambiente estiver acima de 18%.
Dentro das perspectivas dos direitos fundamentais do trabalhador em usufruir de uma boa e
saudável qualidade de vida, na medida em que não se pode dissociar os direitos humanos e a
qualidade de vida, verifica-se, gradativamente, a grande preocupação com as condições do trabalho.
A primazia dos meios de produção em detrimento da própria saúde humana é fato que,
infelizmente, vem sendo experimentado ao longo da história da sociedade moderna. É possível
conciliar economia e saúde no trabalho. As doenças aparentemente modernas (stress, neuroses e as
lesões por esforços repetitivos), já há séculos vem sendo diagnosticadas.
Os problemas relacionados com a saúde intensificam-se a partir da Revolução Industrial. As
doenças do trabalho aumentam em proporção a evolução e a potencialização dos meios de produção,
com as deploráveis condições de trabalho e da vida das cidades. O Órgão Responsável pela
Segurança e Saúde dos Trabalhadores, por meio da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho,
hoje denominado Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, regulamenta os artigos contidos
na CLT, criando Normas Regulamentadoras - NRs.
A proteção à saúde do trabalhador fundamenta-se, constitucionalmente, na tutela “da vida com
dignidade”, e tem como objetivo primordial a redução do risco de doença, como exemplifica o art. 7º,
inciso XXII, e também o art. 200, inciso VIII, que protege o meio ambiente do trabalho, além do art.
193, que determina que “a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o
bem-estar e a justiça sociais”.
Os problemas referentes à segurança, à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida no
trabalho vêm ganhando importância no Governo, nas entidades empresariais, nas centrais sindicais e
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 121
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
na sociedade como um todo. Propostas para construir um Brasil moderno e competitivo, com menor
número de acidentes e doenças de trabalho, com progresso social na agricultura, na indústria, no
comércio e nos serviços, devem ser apoiadas.
Para isso, deve haver a conjunção de esforços de todos os setores da sociedade e a
conscientização na aplicação de programas de saúde e segurança no trabalho. Trabalhador saudável
e qualificado representa produtividade no mercado globalizado.
1) O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para a devida recuperação.
4) O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:
15.3.1 Auxílio-doença
O auxílio-doença será devido ao segurado que, cumprido o período de carência exigido pelo
Ministério da Previdência e Assistência Social, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Durante os primeiros quinze dias
consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao
segurado empregado o seu salário integral.
A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame
médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias, devendo encaminhar o
segurado empregado à perícia médica da Previdência Social, quando a incapacidade ultrapassar os
quinze dias.
O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para a atividade
habitual, deverá submeter-se a processos de reabilitação profissional para o exercício de outra
atividade.
Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova
atividade, que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, for aposentado por
invalidez.
O segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa como
licenciado.
Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o
trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida ao segurado empregado, a contar do décimo sexto
dia do afastamento da atividade, ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a
entrada do requerimento decorrer mais de trinta dias.
Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade, por motivo de invalidez, caberá
à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
O aposentado por invalidez que retornar, voluntariamente, à atividade terá sua aposentadoria
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será
observado o seguinte procedimento:
II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data da
aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda sem interrupção, ou ainda quando o
segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual, habitualmente, exercia, a
aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade.
Observe-se que o beneficiário empregado, em gozo de uma das prestações, acima citadas,
tem direito ao abono anual, equivalente ao 13º salário.
Em se tratando de contrato por prazo determinado, a rescisão contratual poderá ser efetuada
no término do prazo ajustado, não havendo que se falar em estabilidade.
Ressalte-se que, se o empregado se afasta apenas por até 15 (quinze) dias da empresa, não
há concessão do auxílio-doença e não haverá garantia de emprego.
A garantia de emprego de doze meses só é assegurada, após a cessação do auxílio-doença.
Caso o empregado se afaste com periodicidade para tratamento médico, com percepção de auxílio-
doença acidentário, será computada a garantia de doze meses a partir do retorno do empregado ao
trabalho, isto é, quando da cessação definitiva do auxílio-doença acidentário.
Destaque-se, também, que o contrato de trabalho do empregado encontra-se interrompido até
o décimo quinto dia e suspenso a partir do décimo sexto dia ao do acidente.
O Seguro Acidente do Trabalho - SAT tem sua base constitucional estampada no inciso XXVIII
do artigo 7º, Inciso I do artigo 195 e inciso I do artigo 201, todos da Carta Magna de 1988, garantindo
ao empregado um seguro contra acidente do trabalho, as expensas do empregador, mediante
pagamento de um adicional sobre a folha de salários, com administração atribuída à Previdência
Social.
A base infraconstitucional da exação é a Lei nº 8.212/91, que estabelece em seu artigo 22, II:
“Art.22 – A contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade Social, além do disposto no art.
23, é de:
I - ................................................................................................................................................
Importante frisar que, para o financiamento dos benefícios de aposentadoria especial, segundo
a Lei nº 9.732/98 (DOU de 14.12.98), com vigência a partir da competência de abril/99, as alíquotas
(1%, 2% ou 3%) serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade,
exercida pelo segurado a serviço da empresa, que permita a concessão desse benefício após quinze,
vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
Ao longo da história, é possível notar que os países mais desenvolvidos e com melhor
qualidade de vida são aqueles que apostaram na força de trabalho, e os que mais contribuem para
isso são os trabalhadores. No entanto, sem leis que promovessem a prevenção e fiscalização, os
números de acidentes, doenças e mortes causadas em ambiente de trabalho eram muito elevados.
Dessa forma, houve a necessidade de assegurar normas de proteção para os trabalhadores.
No século XVIII, na Inglaterra, surge a Revolução Industrial, um movimento que iria mudar
toda a concepção em relação aos trabalhos realizados e aos acidentes e doenças profissionais que
deles provinham. Como a produção estava em primeiro lugar, não havia limites de horas de trabalho
ou critério para o recrutamento de mão-de-obra. Homens, mulheres e até mesmo crianças eram
selecionadas sem qualquer exame inicial quanto à saúde e ao desenvolvimento físico ou qualquer
outro fator humano.
As máquinas eram projetadas inadequadamente, não oferecendo qualquer segurança ao
usuário. Dessa forma, o número de acidentes de trabalho crescia assustadoramente e a morte de
crianças era frequente.
Com isso, foram surgindo os primeiros movimentos operários contra as péssimas condições
de trabalho e ambientes insalubres. Após muitas revoltas, começaram então a surgir as primeiras leis
de proteção ao trabalho, que inicialmente se voltavam apenas para crianças e mulheres. É possível
perceber, com isso, que a motivação para todas as leis foram os trabalhadores que através da não
aceitação do que era imposto, lutaram para conseguir melhorias e qualidade de vida.
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 129
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
O Brasil há muito tempo tem se destacado no cenário mundial por apresentar elevados
índices de acidentes do trabalho, tendo até mesmo o título de campeão de acidentes do trabalho na
década de 1970. Desde então, várias mudanças ocorreram e ainda vêm ocorrendo na legislação,
sendo aplicadas punições mais severas, além do aumento dos esforços para melhorar a segurança e
a qualidade de vida nos locais de trabalho.
Em decorrência da contínua evolução tecnológica e mudanças nas relações trabalhistas,
surge no Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho que compõe-se de Normas
Regulamentadoras; outras leis complementares, como portarias e decretos; e também as convenções
Internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aprovadas pelo Brasil. Essas Normas
Regulamentadoras e outras leis complementares surgem para melhorar a segurança, integridade
física e qualidade de vida dos trabalhadores.
As regulamentações de proteção ao trabalhador têm sua origem na Constituição Federal que,
ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre eles o cuidado e preservação da sua saúde e
segurança por meio de normas específicas.
As Normas Regulamentadoras, também chamadas de NR, são disposições complementares
ao capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, consistindo em obrigações, direitos e
deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir um
ambiente de trabalho seguro e salubre, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.
A elaboração e revisão das normas é realizada pela Comissão Tripartite que é composta por
representantes do governo, de empregadores e de empregados, tendo como base a CLT. 2 As
empresas privadas, públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário que possuam empregados conduzidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT são obrigados a verificar e aplicar as NRs de forma eficaz.
Desta forma, todos os trabalhadores têm direito a um trabalho seguro e saudável, sendo
necessário estar sempre atento aos itens fundamentais dispostos em cada norma para compreender a
importância de sua aplicabilidade no ambiente de trabalho. De forma geral, as normas
regulamentadoras se dispõem com os seguintes objetivos:
NR 8 – EDIFICAÇÕES: Esta NR dispõe requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas
edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham.
Este programa tem o intuito de preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do
meio ambiente e dos recursos naturais.
sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que estão direta
ou indiretamente em contato com instalações elétricas e serviços com eletricidade.
NR 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA: Esta NR tem por objetivo fixar as cores que devem ser
usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando, delimitando e advertindo
contra riscos.
NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS: Esta Norma tem
como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o
reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente
nestes espaços.
a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta
atividade.
Desta forma, podemos compreender que as normas se estabelecem com diferentes objetivos e
campos de aplicação, sempre com o intuito de garantir a segurança dos trabalhadores durante suas
atividades.
Entradas para resgatar trabalhador acidentado devem ser precedidas de planejamento. Todos
os riscos potenciais existentes devem ter sido revistos. O vigia e o socorrista devem conhecer,
antecipadamente, a disposição física do espaço, os procedimentos de saída de emergência e de
suporte à vida que sejam necessários.
Sob nenhuma circunstância o vigia deverá adentrar ao espaço confinado até que ele esteja
seguro e certificado que adequada assistência está presente. Enquanto aguarda a chegada de
pessoal de resgate e primeiros socorros ele deverá, do lado de fora do espaço confinado, fazer
tentativas de resgatar o trabalhador através da linha de vida.
Os riscos encontrados e associados com entradas e trabalho em espaços confinados são
capazes de causar lesões, doenças ou até mesmo a morte do trabalhador. Acidentes ocorrem porque
geralmente as pessoas que adentram esses locais falham no reconhecimento dos riscos potenciais.
Antes de iniciar o salvamento, informações sobre o espaço confinado deverão ser obtidas,
tais como: natureza do agente contaminante, metragem cúbica, o tipo de trabalho que estava sendo
realizado e quantos trabalhadores estão operando no local. Se utilizar ventilação forçada, está não
deverá criar riscos adicionais, como a recirculação do agente contaminante devido a uma má
colocação da saída da manga de exaustão.
Muito embora a norma tenha sido desenvolvida para, através da prevenção e da previsão,
evitar o resultado acidente de trabalho tornando desnecessário o emprego de equipes de salvamento,
a verdade é que as peculiares condições que envolvem operações em um espaço confinado acabam,
16.2 Incidente
A norma menciona que a empresa deverá dispor de equipamentos para realizar primeiros
socorros:
17. O SOCORRISTA
17.1 Definição
17.2 Regras
17.3 Responsabilidades
Trabalhando como socorrista, a pessoa poderá exercer uma ou todas as funções e ações que
são relacionadas em seguida:
• Controlar um local de acidente, promovendo primeiramente segurança pessoal e ao paciente,
evitando acidentes adicionais.
• Analisar o local da ocorrência, verificando se não irá precisar de auxílio de: policiais,
bombeiros, companhias concessionárias de serviço público e outros serviços, que possam ser
necessários.
• Assegurar acesso ao paciente em ocorrência de desabamento, soterramento, explosão,
incêndio, etc.
• Determinar qual o problema do paciente, colhendo informações do local, testemunhas e do
próprio paciente, verbais ou por meio de exames.
• Dar o máximo de si, promovendo cuidados de emergência dentro do seu nível de treinamento.
• Tranquilizar o paciente, parentes e testemunhas, providenciando suporte psicológico.
• Liberar o paciente utilizando técnicas e materiais apropriados.
• Transportar com segurança um paciente, para o recurso médico apropriado, monitorando-o
durante o trajeto, promovendo cuidados de emergência e comunicando-se com o Centro de
Operações.
• Informar ao setor de emergência do hospital, as informações obtidas, o trabalho realizado e
colaborar com qualquer auxílio que for solicitado.
18 PRIMEIROS SOCORROS
Por se tratar da Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados, o curso de NR-33
tem os primeiros socorros direcionados para acidentes provocados em espaço confinado, sendo
considerados os riscos diretos e indiretos e suas consequências, dependendo do trabalho a ser
executado no ambiente confinado.
Salienta-se, que um curso de primeiros socorros é bem amplo e específico, não tendo este
módulo (NR-33), o objetivo de substituir um curso de primeiros socorros, pois somente com um curso
completo e específico de primeiros socorros a pessoa terá o conhecimento profundo das técnicas para
diversas situações que podem ocorrer no dia a dia.
Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o
atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional. Geralmente, presta-se
atendimento no próprio local.
específico de primeiros socorros, para assim auxiliar ou até mesmo não agravar mais o estado da
vítima. A pessoa que presta os primeiros socorros deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter
grande capacidade de improvisação.
Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o conhecimento
das técnicas adequado capazes de auxiliar em uma emergência. O socorro imediato evita que um
ferimento se agrave ou que uma simples fratura se complique, ou que um desmaio resulte na morte do
acidentado.
É comum que as pessoas se sintam incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa
estranha. No entanto, não se esqueça de que você, parentes ou amigos também podem ser vítimas
de acidentes ou de um mal súbito.
Os primeiros socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas
dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para
garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo fundamental salvar
vidas. Se você não tiver condições emocionais de prestar socorro direto à vítima, procure por alguém
que o auxilie no atendimento e, em seguida, acione os serviços especializados: médicos, ambulâncias,
SAMU e bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem um gesto de
solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis.
Existem várias maneiras de ajudar em um acidente, até um simples ato de chamar assistência
especializada, como ambulância ou bombeiros, se mostra de suma importância para o atendimento
adequado. Ao pedir ajuda, a pessoa deve procurar passar o máximo de informações, como endereço
do acidente, ponto de referência, sexo da vítima, idade aproximada, tipo de acidente e número de
vítimas. Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial, colocar um
curativo em um ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa chamar a equipe
especializada (Bombeiros, SAMU), pegar na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os que estão
assustados ou em pânico, dar um pouco de si.
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:
Durante uma emergência, as pessoas podem se deparar com questões jurídicas, por tanto
são comentados os principais tópicos penais, que podem ser de interesse.
Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém.
Pena - Reclusão de seis a vinte anos.
Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.
Pena - Detenção de um a três anos.
Nulidade do crime
Art. 19 - Não há crime, quando o agente pratica o fato.
I - Em estado de necessidade.
II - Em legítima defesa.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
Estado de necessidade
Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 145
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se.
Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
dever legal de enfrentar o perigo.
Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o
sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois
terços.
Lesões corporais
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Pena - Detenção de um a três anos.
Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Exposição ao perigo
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente.
As questões jurídicas em relação aos primeiros socorros são bem complexas, visto que deixar
de prestar socorro como no item 18.2 do Código Penal artigo 135, a omissão de socorro é crime, cujo
sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o dever jurídico de prestar assistência.
Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os procedimentos. Por
outro lado, o artigo 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Por este motivo deve-se estar muito confiante, preparado e treinado para iniciar os
procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma de
manter a vítima viva. Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar
uma assistência psicológica para a vítima, quando não se está preparado para iniciar manobras
complexas.
• Determinar as prioridades de atendimento, fazendo uma triagem rápida das vítimas para
que as mais graves possam ser removidas primeiro.
• Providenciar o transporte de forma adequada para não complicar as lesões.
Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso
não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que não seja condutor de
eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas.
Para atender uma vítima de choque elétrico é importante seguir alguns passos básicos como:
As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que são vistos nas
ruas, quando ocorre algum choque envolvendo esses cabos, geralmente, há morte instantânea,
somente pessoas autorizadas ou da central elétrica podem desligá-los. Nesse caso, procure entrar em
contato com a central, os bombeiros ou a policia, indicando o local exato do acidente. Procedendo
dessa maneira, você certamente poderá evitar novos acidentes.
Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a
corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente
depois de desligada é que você deverá prestar socorro. Dependendo das condições da vítima e das
características da corrente elétrica o acidentado pode apresentar:
• Sensação de formigamento;
• Contrações musculares fracas que poderão tornar-se fortes e dolorosas;
• Inconsciência;
• Dificuldade respiratória ou parada respiratória;
• Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca;
• Queimaduras;
• Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos;
No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.
Nos ambientes confinados, quando não são utilizados os EPIs adequadamente, podem levar a
uma parada cardiorrespiratória, sendo essencial buscar saber do que se trata e como proceder nesses
casos. A parada cardiorrespiratória é a parada dos movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é a
ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada de
uma delas só existe em curto espaço de tempo, a parada de uma acarreta a parada da outra. A
parada cardiorrespiratória leva à morte no período de três a cinco minutos.
Como é ciente de todos, ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma
razão uma parada respiratória, a pessoa para de respirar ou sofre uma asfixia, essa última pode
ocorrer em ambientes confinados.
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 148
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
A parada respiratória pode correr por diversas situações como afogamento, sufocação,
aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpo
estranhos na garganta, choque elétrico entre outros. Há um modo bem simples para perceber os
movimentos respiratórios da vítima, chegando bem próximo da boca e do nariz da vítima e verificar:
• Se o tórax se expande.
• Se há algum ruído de respiração.
• Sentir na própria face se há saída de ar.
• Inconsciência.
• Tórax imóvel.
• Ausência de saída de ar pelas vias aéreas (nariz e boca).
Ocorrendo uma parada respiratória é importante ficar atento, pois pode ocorrer uma parada
cardíaca simultaneamente, ou seja, podem parar os batimentos do coração. As pulsações cardíacas
indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o sangue para o corpo, estas
pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais. Porém, quando isso não
ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou seja, pode estar havendo
uma parada cardíaca.
• Inconsciência.
• Ausência de pulsação (batimentos cardíacos).
• Ausência de som de batimentos cardíacos.
Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais, que passam pelo
corpo, as mais utilizadas são as que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre
uma ausência de pulsação nessas artérias é um dos sinais mais evidentes de que ocorreu uma
parada cardíaca.
Quando ocorrer de ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve-se observar
se a vítima apresenta algum sinal de circulação como:
• Respiração.
• Tosse ou emissão de som.
• Movimentação.
Em casos, em que esses sinais não são evidentes, deve ser considerado o aspecto em que a
vítima esteja sem circulação e dar início as compressões torácicas.
Primeiramente, deve-se verificar a segurança do local, em seguida, deve falar com a vítima
buscando saber se ela está consciente ou não. Após confirmação do estado de inconsciência a
prioridade é pedir auxílio qualificado. Lembre-se antes de avaliar as condições da vítima, o socorrista
deve usar os dispositivos de proteção possíveis ou improvisados como: luvas, panos ou sacos
plásticos. A iniciação deve começar com o ABC da vida, que consiste em avaliar:
• A - Vias Aéreas
• B - Boca (Respiração) ou Boa respiração
• C - Circulação
Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), ela deverá ser tratada com a
Reanimação cardiopulmonar (RCP).
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 150
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
A obstrução das vias aéreas é uma das principais causas de morte em pessoas inconscientes,
as vias aéreas podem estar obstruídas de várias maneiras como: sangue, secreções e corpos
estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a pessoa está
inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para trás, impedindo
a passagem do ar.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve ver, ouvir e sentir a respiração, caso a vítima
esteja respirando o socorrista deverá avaliar a pulsação. Em parada cardiorrespiratória o tempo é
fundamental, pois dependendo do tempo pode levar a vítima a ter lesão cerebral.
Se os procedimentos do item 12.6.3.1 obstrução das Vias Aéreas não foram suficientes para a
vítima retornar a respirar, ou até mesmo a vítima não apresenta pulsação, será necessário a
reanimação cardiopulmonar (RCP). Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca,
leigos não precisam fazer respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.
Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as chances
de vida. Até então, no Brasil, 95% dos que sofreram ataque repentino, morreram antes de chegar ao
hospital. A mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de
fazê-lo pelo receio de encostar a boca na boca de desconhecidos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas
normas, as chances de sucesso de uma pessoa que faz a massagem cardíaca corretamente são
praticamente as mesmas de quem opta pela massagem e respiração artificial, além de contar com a
vantagem de se ganhar tempo, aspecto essencial no processo.
Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde,
que sabem fazê-la com a qualidade e agilidade adequada, além de possuir os equipamentos de
proteção necessários. Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito
minutos, a chance de ela sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance
aumenta para quase 50% até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 152
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o
movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) sob braços retos, que devem fazer ao
menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.
Como demanda esforço físico, tente revezar com outra pessoa, de forma coordenada, se
puder.
Procedimentos:
Apesar da nova norma mundial não exigir a respiração artificial em reanimação cardiopulmonar
desde 2010, a NR-10 exige que seja passado o conhecimento, visto que a norma regulamentar nº10 é
de 2004.
Para uma suposta vítima de afogamento ou por asfixia, a prioridade é para fornecer cerca de 5
ciclos (aproximadamente 2 minutos) de RCP- Reanimação Cardiopulmonar convencionais
(incluindo resgate de respiração) antes de ativar o sistema de resposta de emergência. Este ciclo
corresponde a trinta massagens cardíacas e duas de respiração boca a boca.
• Tonturas e calafrios.
Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. No entanto,
infelizmente, não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima
do choque.
Deitar a Vítima
No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou
nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia, conforme demonstrado na
Figura.
Obs.: se a vitima sofreu alguma lesão grave que possa ter causado algum dando na coluna a
vitima não deve ser movimentada.
Respiração
Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar
a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar.
Pulso
Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima. No choque,
o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia).
Conforto
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se for
preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou casacos.
Tranquilizar a Vítima
Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem
demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe
segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.
18.8.1 Queimaduras
Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir
graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de localização,
extensão e grau de profundidade. A tabela a seguir, se refere à extensão da área lesada, ajudando a
avaliar a gravidade de uma queimadura.
Providências
As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que atinjam
uma área muito grande, ou ocorra em bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora em três dias.
Providências
Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao hospital.
Os casos mais graves a vítima deve ser encaminhada ao hospital.
Deve-se:
• Aplicação de água fria até alivio da dor, pelo menos cinco minutos;
• Secagem da zona afetada com compressa esterilizada;
• Cobrir com um pano limpo
• Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um penso
absorvente para absorver exsudado (deve ser mudado regularmente):
• As bolhas não devem ser estouradas.
• Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau.
• Não colocar nenhum produto caseiro.
Nota: Não se deve usar algodão, porque este pode aderir à ferida.
Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos que
transmitem a sensação de dor. Geralmente, a queimadura de terceiro grau é causada por contato
direto com chamas, líquidos inflamáveis ou eletricidade. É grave e representa sérios riscos para a
vítima, sobretudo se atingir grande extensão do corpo.
Providências
O tratamento de queimaduras, de modo geral, pode ser feito da seguinte forma, podendo ser
de Primeiro, Segundo ou Terceiro grau.
• Deve-se resfriar com água o local atingido, pelo menos cinco minutos.
• Proteger o local com um pano limpo.
• Providenciar atendimento médico.
Curso NR-33 Supervisores
Copyright/2012 – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INPRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 160
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro e
segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa.
Queimaduras elétricas:
Requer urgência hospitalar, porque podem afetar áreas não visíveis, como órgãos internos.
18.8.2 Insolação
A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,
podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém,
a pulsação e a respiração.
A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar sua temperatura.
Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de
transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa
com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte ou
incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.
Sinais e Sintomas:
• Tontura
• Enjoo
• Dor de cabeça
• Pele seca e quente
• Rosto avermelhado
• Febre alta
• Pulso rápido
• Respiração difícil
Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente, são observados
apenas alguns deles.
Providências
O ideal é deixar que a temperatura diminua, bem lentamente, para não ocorrer um colapso,
devido a quedas bruscas de temperatura.
18.8.3 Intermação
A intermação ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados como alguns
espaços confinados com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série de alterações no
organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.
Sinais e Sintomas:
Para prevenir a intermação, o trabalhador não deve permanecer por longos períodos de tempo
em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que contenham sal.
Providências
18.9 Intoxicações
• Dor de cabeça
• Sonolência
• Enjoo
• Fraqueza muscular
• Respiração difícil
• Inconsciência (em casos graves)
• Mudança da cor da pele (em casos graves)
Providências
18.10 Ferimentos
18.10.1 Contusão
A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão dos
tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, conta os ossos. Em alguns casos, quando
a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos sanguíneos na região, originando um
hematoma.
Procedimentos
18.10.2 Escoriações
Procedimentos
As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação.
Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feito deve-se encaminhar a vítima para
atendimento médico.
18.10.3 Amputações
Procedimentos
É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de
ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões
internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna ou mesmo estado de choque.
Procedimentos
Caso não consiga fazer o curativo de três pontas, cubra o ferimento todo com uma compressa
ou um pano limpo e leve a vítima imediatamente para o hospital.
Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma
expiração, ou seja, após a saída do ar.
Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, podendo atingir algum órgão
abdominal. Dependendo do ferimento pode perfurar a parede abdominal, deste modo, partes de algum
órgão (ex: intestino) podem vir para o exterior. Neste caso, não tente de forma alguma colocá-los no
lugar.
Procedimentos
Os olhos são órgãos muito sensíveis e, quando feridos, somente um especialista dispõe de
recursos para tratá-los. Portanto, cabe apenas adotar cuidados para não ferir ainda mais os olhos que
estiverem sendo tratados.
Procedimentos
Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não
deve ser feita, quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.
18.11 Hemorragia
É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca, etc; ela
pode ser também, interna, resultante de um traumatismo. As hemorragias podem ser classificadas,
inicialmente, em arteriais e venosas e, para fins de primeiros socorros, em internas e externas. A
hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em três a cinco minutos.
Sinais e Sintomas
• Sangramento visível;
• Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;
• Palidez de pele e mucosa.
Procedimentos
Procedimentos
Entre as hemorragias ainda podemos nos deparar com a epistaxe, que se refere à hemorragia
nasal. O sangramento nasal pode ser ocasionado por lesão, doença, exercícios, temperaturas
extremas, entre outros. Apesar de ser bastante comum, sangramentos nasais intensos podem causar
uma perda de sangue elevada. Esta hemorragia é fácil de identificar já que acontece pela saída de
sangue pelo nariz de forma abundante e persistente, mas se a hemorragia for grande pode acontecer
de sair também pela boca.
Os procedimentos adequados para esta emergência consistem em manter a vítima sentada,
imóvel e inclinada para frente de forma que a cabeça e o corpo estejam alinhados impedindo que o
sangue seja aspirado. É importante lembrar que a cabeça da vítima nunca deve ser colocada para
trás. Sendo assim, deve-se comprimir as narinas durante 10 minutos e, se for possível, aplicar
compressas frias.
Se a hemorragia não parar, o ideal é inserir gazes pequenas e limpas na narina que estiver
sangrando e pressioná-la por mais 5 minutos, a gaze introduzida deve ter uma ponta para fora do
nariz para que seja possível removê-la posteriormente. Se ainda sim o sangramento persistir se
estendendo por mais de 15 ou 20 minutos, deve-se acionar o serviço médico de emergência.
Quando há suspeitas de que o sangramento ocorreu por fratura no crânio não deve-se
suspender o fluxo de sangue pois isso prejudicaria a vítima. O procedimento correto para este caso é
cobrir o nariz da vítima com um curativo seco para absorver o sangue tomando cuidado para não
pressionar muito forte e, após isso, o serviço médico de emergência deve ser acionado rapidamente.
Assim como existem procedimentos adequados no atendimento às vítimas de hemorragia,
também é necessário levar em consideração o que não deve ser feito diante dessa emergência, como:
• Nunca usar pomadas, cremes, pastas, óleos, ou qualquer tipo de pó em ferimentos abertos;
• Não usar sabonetes muito abrasivos, detergentes ou sabão em pó para lavar o ferimento. Se
possível, deve-se usar somente sabão neutro e água;
• Caso exista alguma perfuração, seja por lâmina, pregos ou outro objeto, eles não devem ser
retirados pois o sangramento pode piorar e a melhor opção é aguardar o SME.
O atendente de emergência sempre deve usar o bom senso, avaliar toda a situação e optar
pelas melhores ações dependendo de cada caso.
18.12.1 Entorse
Procedimentos:
• Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas.
• Após este tempo aplicar compressas mornas.
• Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços).
• A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.
• Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.
18.12.2 Luxações
Sinais e Sintomas
Procedimentos
18.12.3 Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso. Como nem sempre é fácil identificar
uma fratura, o mais recomendável é que as situações de entorse ou luxação sejam atendidas como
possíveis fraturas.
Existem dois tipos de fraturas:
• Fechadas: sem exposição óssea.
• Expostas: o osso está ou esteve exposto.
Procedimentos
18.13.1 Serpentes
As serpentes são classificadas em venenosas e não venenosas. A picada das não venenosas
não provoca manifestações gerais, mas pode causar alterações locais, como dor moderada e,
eventualmente, discreta inchação. Já uma picada de cobra venenosa, se não forem tomadas
providências imediatas pode levar a vítima à morte. Por isso, é tão importante que todos aqueles que
trabalham em espaços confinados, em que estão sujeitos à aparição de cobras, tenham informações
suficientes que permitam identificá-las.
As cobras venenosas distinguem-se das não venenosas por vários fatores. Um deles tem a ver
com o comportamento: enquanto as venenosas ficam agressivas e tomam posição para dar o bote na
presença de outro animal ou pessoa, as cobras não venenosas se tornam medrosas e fogem.
Segundo o Instituto Butantã, aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas é fatal quando a
vítima não é socorrida a tempo.
Cabeça chata, triangular, bem destacada. Cabeça estreita, alongada, mal destacada.
Olhos pequenos, com pupila em fenda Olhos grandes, com pupila circular, fosseta
vertical e fosseta loreal entre os olhos e as lacrimal ausente.
narinas (quadradinho preto).
Tudo poderá ser facilmente verificado, se tiver um animal morto ou imobilizado que poderá ser
examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a situação é bem
outra, no entanto há algumas observações que, geralmente, dá para fazer.
1) Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis coloridos
das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma cobra coral.
A confusão com as serpentes denominada de coral falsa é irrelevante, pois não trará
nenhum perigo à saúde.
2) Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel. O
chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança vigorosamente a cauda
para lhe espantar com o ruído. Repete-se que o chocalho é muito óbvio e fácil de
reconhecer. Já as escamas eriçadas da cauda da surucucu são muito mais difíceis de ver.
3) Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de socorro.
Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da falsa: se
após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de envenenamento ofídico,
ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo decorrido entre o acidente e a
intensidade dos sintomas também é fundamental para avaliar a gravidade do caso e guiará
a terapêutica a ser aplicada.
4) Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local
em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc...
Procedimentos
Como o veneno se difunde para os tecidos nos primeiros 30 minutos após a picada, a ação
precisa ser rápida, seja qual for a cobra que tenha provocado o acidente.
• Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário
procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.
• Retirar anéis se o dedo for atingindo, pois o edema pode tornar-se intenso e produzir
garroteamento.
• Lavar o local com bastante água corrente.
• Compressas de gelo ou água fria retardam os efeitos do veneno.
• Mantenha o local da mordida sempre que possível, abaixo do nível do coração.
• Remover a vítima rapidamente para o local mais próximo que disponha de soro
antiofídico, uma vez que este é o único tratamento eficiente para combater os males
causados por serpentes venenosas.
Os primeiros socorros são úteis e importantes até 30 minutos depois da picada, portanto
encaminhar a vítima para atendimento médico, com a maior rapidez, é fundamental.
Tanto os escorpiões quanto as aranhas representam perigo não só para o homem, mas
também para as próprias espécies, pois se devoram mutuamente. São também inimigos naturais:
pássaros, galinhas, seriemas, corvos e alguns anfíbios (principalmente sapos), no caso dos
escorpiões: e lagartos, camaleões, sapos e pássaros, no caso das aranhas.
Ambos têm como característica comum o fato de não serem agressivos e de picarem somente
quando molestados ou para se defender. As picadas que provocarem dor intensa podem ser graves.
Segundo o Instituto Butantã, cerca de 4% das vítimas de ferroadas de escorpião morrem. Quanto
maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenamento.
18.13.2.1 Aranhas
Nem todas as aranhas representam perigo de vida. Isto faz tomar pouco cuidado com elas.
Algumas espécies, porém, são muito venenosas.
Deve-se dar ênfase às precauções, para que as picadas não ocorram.
Tarântula é marrom-clara e peluda. Vive nos A aranha marrom tem o corpo escuro e as
gramados e jardins. pernas mais claras. É pouco agressiva e não
causa dor local; sua mordida pode passar
despercebida. Os sintomas aparecem depois
de oito a 20 horas: inchaço local e bolhas são
os mais comuns. Nos casos graves, a urina do
acidentado fica com uma cor marrom escura.
Sintomas
Procedimentos
18.13.2.2 Escorpiões
O veneno dos escorpiões pode levar crianças e pessoas desnutridas à morte. Eles têm
hábitos noturnos e não são agressivos.
Procedimentos
• Se conseguir pegar o escorpião, guarde-o para levar ao médico, que extrairá dele o
antídoto contra o veneno da picada.
• O repouso é importante para que o veneno não se espalhe pelo corpo da vítima.
• Torniquete não é aconselhado.
• Aplique compressas mornas nas primeiras horas após a picada.
• Ir imediatamente à procura de atendimento médico, não espere o aparecimento dos
sintomas mais graves.
• A pessoa acidentada deverá ficar em observação por um período de seis a oito horas.
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, SAMU entre outros). O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as
lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado. A vítima somente deverá ser transportada
com técnica e meios próprios, nos casos, em que não é possível contar com equipes especializadas
em resgate ou se o local apresenta um grande risco de morte.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte
seguro.
A melhor forma de transporte de uma vítima é a maca. Se por acaso não houver uma
disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões
resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga. Porém, em
alguns casos, na impossibilidade de uso de maca o transporte pode ser feito de outra maneira,
porém tomando-se todos os cuidados para não agravar o estado da vítima. A remoção ou transporte
como indicado abaixo só é possível, quando não há suspeita de lesões na coluna vertebral e bacia.
A maca é a melhor maneira de transportar uma vítima. Dependendo do local onde o acidente
tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. O mais importante é saber colocar
a vítima sobre a maca. A maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50
cm de largura é muito eficiente, usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a
vítima imobilizada.
Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de
vassouras ou galhos de árvores, varas, guarda-chuvas grandes entre outros. O que irá variar é a
superfície sobre a qual a vítima será colocada.
Para utilizar o transporte em maca feita por varas, é imprescindível que as mesmas sejam
resistentes para suportar do peso da vítima. Para transportar para a maca uma vítima com indícios
de lesão na coluna ou na bacia, são necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas.
• Estando a vítima deitada de barriga para cima, os socorristas se ajoelham ao lado dela
e todos, ao mesmo tempo, passam os braços por sobre o corpo da vítima, de modo
que ele fique todo no mesmo nível.
• Com bastante cuidado, vão levantando a vítima, sem deixar que ele dobre qualquer
parte do corpo e a colocam sobre a maca.
Caso a suspeita da coluna seja na cervical, um dos socorristas ou pessoa treinada deverá
cuidar, exclusivamente, da cabeça da vítima, de forma a mantê-la estabilizada.
• Consiga cobertores, toalhas, colchas ou lençóis e enrole o tecido em torno dos cabos
ou dobre as laterais do tecido sobre eles.
• Pegue cintos, cordas ou tiras largas de tecido e amarre-os aos dois cabos, em cada
lateral.
Fonte: Senac
Transporte de Apoio
Transporte em cadeirinha
Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se
manter segura.
Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas
que apresentam problemas respiratórios.
Transporte no Colo
Para esse transporte é exigida a presença de três socorristas, e só é válido caso a vítima não
tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.
• Estando a vítima deitada de barriga pra cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo
aos pés.
• Pegando a vítima por baixo, a um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.
19. REFERÊNCIAS
ABNT, NBR 1214. NBb 11 350). Controle dos Riscos de Gases e Vapores em Embarcações, RJ,
1990.
CAMPOS, José Luiz Dias e CAMPOS, Adelina Bitelli Dias. Responsabilidade Penal, Civil e
Acidentária do Trabalho. Edit. LTR, 4ª ed. Atualizada.
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. Edit. Saraiva, 24ª
Edição.
GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. Edit. LTR 2000.
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção Jurídica à Saúde do Trabalhador. Edit. LTR, 3ª.
Edição.