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APS: DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS E PROTETIVOS

ALUNA: GABRIELLE SOUZA ANDRADE | RA: 1726689 |TURMA: 003206A03

RESENHA DO TEXTO: SUPREMACIA DO MODELO NEGOCIADO SOBRE O MODELO LEGISLADO


NA REFORMA TRABALHISTA SOB O ENFOQUE DOS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS DOS
TRABALHADORES.

Com a Reforma Trabalhista trazida pela Lei Lei 13.467/17, houve uma valorização
da autonomia da negociação privada coletiva, permitindo assim que as partes possam
estabelecer, através de negociação, as regras que nortearão suas próprias vidas, essa
autonomia aparenta ser uma grande passo, no entanto, é de extrema importante pensar
sobre os limites da mesma. A CF/88, em seu art. 7º, inciso XVII, nos traz um importante
passo na valorização da autonomia privada coletiva prevendo o reconhecimento das
convenções e acordos coletivos de trabalho como um direito social do trabalhador, mas
havendo uma limitações daquilo que pode ser negociado coletivamente, visto que o
objetivo é não ferir os direitos daqueles que são indisponíveis.
Com essa insegurança jurídica encima da autonomia da negociação privada coletiva,
a lei 13.467/2017 inseriu os arts. 611-A e 611-B na CLT, que visa listar as matérias que
poderão ser objeto de negociação, porém, há quem diga que a norma não ampliou os
direitos contidos na CLT e sim transformou direitos constitucionais em direitos disponíveis.
Olhando por essa perspectiva, o risco é de que prevaleça o que foi negociado sobre a
legislação, reduzindo assim os direitos dos trabalhadores caso as negociações sejam feitas
em organizações sindicais que não o representem.
Há existência de jurisprudências trabalhistas que entende não poder haver
acordo coletivo baseado apenas em atos de renúncia, sendo necessário, portanto
haver uma negociação típica, onde as concessões sejam recíprocas. Há ainda uma
preocupação em garantir uma maior segurança jurídica nas negociações coletivas,
ao delinear com maior precisão quais direitos poderão ser negociados coletivamente.
Conclui-se que a Reforma Trabalhista deixou algumas lacunas em sua aplicação,
podendo incentivar os empregadores a usarem de tais lacunas para aplicar condições que
só sejam benéficas para sua empresa, além disso, entende-se que isso pode ser considerado
um desrespeito aos trabalhadores e á constituição, visto que defende um modelo
negociação sobre a lei, gerando uma vantagem unilateral.

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