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A série Gossip Girl retrata os efeitos das redes socias na vida dos adolescentes e,

durante um episódio, retratou os efeitos que a personagem Blair sofreu com a abstinência
do seu celular durante um dia. Nesse viés, na contemporaneidade, a nomofobia - uso
compulsivo de aparelhos eletrônicos- se tornou uma grave problemática, tendo sido
agravada no contexto do “home office”. Dessa forma, esse transtorno traz consequências
para a vida social e profissional do indivíduo.
Nesse contexto, é importante destacar a fobia social como uma consequência da
nomofobia. Segundo Zygmunt Bauman, a facilidade com que criamos e desfazemos
relações sociais nas redes sociais desestimula os indivíduos a criarem relações em
ambientes não virtuais. Assim, podemos inferir que os indivíduos portadores desse
transtorno compulsivo muitas vezes perdem o interesse e passam a temer o processo de
socialização tradicional. Dessa maneira, fica evidente a gravidade da problemática.
Outrossim, cabe-se destacar que esse transtorno pode causar a demissão do
profissional. O modelo de produção comumente adotado no Brasil é o Toyotismo,
caracterizado pelo profissional ser submetido a um tempo livre mínimo durante o horário de
trabalho. Como consequência, pessoas com nomofobia podem ter mais dificuldades em
inserirem-se no mercado de trabalho, uma vez que necessitam estar constantemente em
contato com seu aparelho tecnológico, o que normalmente é visto como um ponto negativo
pelos empregadores que não entendem o transtorno.
Portanto, tendo em vista as graves consequências dessas problemática, torna-se
necessária a tomada de diversas medidas. Dentre elas, é imprescindível que a Governo
crie espaços para acolhimento de pessoas com fobia social, a partir da contratação de
especialistas nesse transtorno, visando readaptar esses indivíduos às relações socias do
cotidiano e, consequentemente, melhorar a vida e garantir o direito à saúde desses
indivíduos. Além disso, é necessário que a população seja informada sobre a nomofobia,
por meio da criação de campanhas publicitárias financiadas pelo Ministério da Cidadania, a
fim de facilitar a inserção dos possuidores desse transtorno no mercado de trabalho.

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