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RESUMO
INTRODUÇÃO
colaboradores e será dividido em três capítulos. O primeiro capítulo tratará sobre liderança,
onde serão estudados seus estilos, as características do líder e a diferença entre líder e chefe.
No segundo capítulo, será abordado o clima organizacional. Já no terceiro capítulo será
tratado sobre o comprometimento organizacional e a motivação dos colaboradores. Ao final
do artigo, serão apresentadas as considerações finais a respeito do assunto em questão.
1. LIDERANÇA
Ao longo dos anos ouve-se muito falar em liderança. Pesquisas foram feitas com o
propósito de conceituar o termo liderança. Apesar das diversas definições encontradas,
destaca-se a de Chiavenato (2000, p.107) onde afirma que “liderança é a influência
interpessoal exercida numa situação e dirigida por meios do processo da comunicação
humana para a consecução de um determinado objetivo.” Chiavenato (2000, p.89) ressalta
ainda que “liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou grupos nos esforços
para realização de objetivos em uma determinada situação”.
Como se pode observar, o líder deve saber influenciar pessoas para alcançar os
objetivos estabelecidos. Deve possuir o poder de entusiasmar e persuadir o outro.
Franco (2008, p.55) diz que “a melhor maneira de conduzir uma empresa para o
sucesso é por meio dos líderes que lá estão que viabilizarão os resultados por meio das
pessoas”.
Já Maximiano (2000, p.331) afirma que “a liderança é uma função, papel, tarefa ou
responsabilidade que qualquer pessoa precisa desempenhar, quando é responsável pelo
desempenho de um grupo”.
Assim, os líderes são de extrema importância para o desempenho e o crescimento da
organização, dirigindo equipes para servirem ao bem comum. Carlzon (2005, p.43) descreve
que:
Um líder não é escolhido porque sabe tudo e pode tomar qualquer decisão. É
escolhido para reunir o conhecimento disponível e então criar os pré-
requisitos para a realização do trabalho. Elabora os sistemas que lhe
permitem delegar responsabilidade para as operações do dia-a-dia.
Com a evolução dos estudos sobre liderança, observou-se que os líderes poderiam
adquirir e modificar habilidades e atitudes através da aprendizagem (McGREGOR, 1992 apud
FERREIRA, 2006, p.25). Assim, com o passar do tempo essa teoria apresentou falhas e por
isso, acabou perdendo sua importância.
Entende-se, então, que mesmo não acreditando que existia um conjunto de traços que
identificasse um líder, não podia deixar de reconhecer, ao longo de vários estudos, a
existência de duas características da liderança: a influência e a confiança.
Assim, percebe-se no que foi estudado até agora, que sem entusiasmo um objetivo
jamais será alcançado. O líder entusiasmado é otimista e consegue enxergar oportunidade
onde os outros enxergam dificuldade.
Alguns atributos que servem de alicerce para a liderança são mencionados por
Nascimento (2008, p.70) onde afirma que:
[...] os líderes devem cultivar as seguintes características e atributos: ouvir
atentamente; despertar empatia; desenvolver atitudes positivas e otimistas;
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É comum observar que muitas pessoas em cargos de chefia não estão preparadas para
conduzir uma equipe. Muitas acham que ser chefe é a mesma coisa que ser líder. Isso não é
verdade, pois liderar não é a mesma coisa que chefiar. Segundo Tourinho (1981 apud
SOBRINHO e ALMEIDA, 2002, p.26):
Chefe é alguém que exerce o poder de mando em virtude de uma autoridade
oficial ou oficiosa. Líder é uma pessoa que, graças à própria personalidade e
não a qualquer injunção administrativa, dirige um grupo com a colaboração
dos seus membros.
Assim, infere-se que o líder é uma pessoa que dirige sua equipe com a ajuda dos seus
liderados, sendo que todos estão voltados para um objetivo coletivo.
Warren Bennis (2003 apud NASCIMENTO, 2008, p.72) faz as seguintes distinções
entre gerentes e líderes:
Quadro 1: Diferenças entre gerentes e líderes.
Gerente Líder
Administra Inova
É uma cópia É o original
Focaliza os sistemas e a estrutura Focaliza as pessoas
Confia no controle Inspira a confiança
Tem uma visão de curto alcance Tem uma perspectiva de longo alcance
Pergunta como e quando Pergunta o quê e por quê
Sempre almeja os resultados financeiros Volta seus olhos para o horizonte
Imita Gera
Aceita o status quo Desafia
É o clássico bom soldado É ele mesmo
Faz as coisas corretamente Faz a coisa certa
Fonte: Warren Bennis (2003 apud NASCIMENTO, 2008, p.72).
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De acordo com Beal & Bohlen & Raudabaugh (1965 apud SOBRINHO e
ALMEIDA, 2002, p.27):
A palavra é usada não só para designar quem comanda (chefe) como para
quem guia (líder). Na prática há enormes diferenças nos tipos de liderança.
Às vezes o chefe não lidera e sim tem um poder autoritário sobre os
liderados. Já o líder é a pessoa que tem maior domínio sobre os membros do
grupo ou equipe.
Dentre várias teorias de liderança estudadas ao longo do tempo por diversos autores,
será abordada aqui apenas a Teoria Comportamental e seus três estilos de liderança. Primeiro
pretende-se entender o que significa estilo de liderança.
Segundo Maximiano (2000, p.343) “estilo de liderança é a forma como o líder se
relaciona com os integrantes da equipe, seja em interações grupais ou pessoa a pessoa. O
estilo pode ser autocrático, democrático ou liberal, dependendo de o líder centralizar ou
compartilhar a autoridade com seus liderados”.
De acordo com a Teoria Comportamental, Bonome (2008, p.60) conceitua liderança
autocrática como:
Supervisão cerrada com a chefia determinando o que deve fazer, escolhendo
os membros, elogiando ou criticando, não se envolvendo pessoalmente com
os indivíduos. Os indivíduos mostraram-se frustrados, tensos e
consequentemente agressivos.
Por meio desses conceitos entende-se que o líder autocrático é centralizador, define
os objetivos de seus subordinados, além de escolher o método de trabalho, não deixando que
os liderados participem das decisões tomadas.
Quanto à liderança democrática, Bonome (2008, p.60) diz que:
O líder portou-se de modo impessoal – orientação e decisão em grupo,
tarefas previamente decididas e bem comunicadas em que o grupo escolhia e
dividia o trabalho por si mesmo. O líder elogiava o grupo e não o indivíduo.
Facilidade de comunicação, franqueza, amizade e responsabilidade
predominavam.
Portanto, observa-se que o líder democrático toma suas decisões com o consenso do
grupo incentivando a participação de todos na tomada de decisões. Delega autoridade para
que seus liderados sugiram e executem os objetivos traçados, aceitando as decisões do grupo e
não esquecendo de usar o feedback.
O terceiro estilo de liderança da Teoria Comportamental é a liderança liberal, onde
Bonome (2008, p.60) comenta que:
O grupo permaneceu à vontade no trabalho. O líder deu completa liberdade,
nada fez para interferir no trabalho do grupo. Não houve crítica, elogio ou
orientação ao grupo. Os indivíduos mostram-se confusos, porém com muita
atividade. Embora não tivesse ocorrido interferência do líder, o respeito deu
lugar a atitudes agressivas.
Maximiano (2000, p.344) em seu conceito sobre comportamento liberal comenta que
“o líder transfere sua autoridade para os liderados, conferindo-lhes o poder de tomar
decisões”. Diz ainda, que “quanto mais o líder delegar decisões para os liderados, mais liberal
é seu comportamento”.
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Assim, percebe-se que esse tipo de líder toma poucas decisões, pois a maior parte
delas é tomada pelos seus subordinados que tem ampla liberdade, em virtude da ausência de
avaliação de desempenho.
Segundo Maximiano (2000, p.344) “uma ideia bastante disseminada sobre os estilos
de liderança coloca dois comportamentos – autocracia e democracia – como pontos de uma
escala”. Diz ainda que “conforme a autoridade se concentra no líder, a autonomia do liderado
diminui, e vice-versa”.
Conforme os estudos sobre os estilos de liderança foram evoluindo, criaram-se
outros nomes para designar os dois estilos básicos - liderança democrática e autocrática -,
como se vê no quadro a seguir, segundo Maximiano (2000, p.345):
Segundo Maximiano (2000, p. 346) o líder orientado para a tarefa tende a apresentar
os seguintes comportamentos:
Focaliza o trabalho do subordinado ou grupo, enfatizando o cumprimento de
prazos, os padrões de qualidade e a economia de custos; insiste na
necessidade de cumprir as metas, e superar a concorrência ou o desempenho
passado; esclarece as responsabilidades individuais e designa tarefas para
pessoas específicas.
2. CLIMA ORGANIZACIONAL
Entende-se, então, que o clima influencia na motivação das pessoas, podendo ou não,
deixá-las motivadas para o trabalho, levando-as a colaborarem em prol dos objetivos da
empresa.
Segundo Franco (2008, p.79):
Muito tem-se falado sobre o clima organizacional e sobre a importância dele
no comportamento das pessoas no ambiente de trabalho propriamente dito, e
isso certamente leva a uma melhora tanto nas relações interpessoais quanto
na produtividade, competitividade e qualidade dos serviços prestados ou
produtos oferecidos por uma empresa.
Com isso, pode-se dizer que o líder é o principal responsável por criar boas relações
dentro da empresa conduzindo sua equipe a desenvolver as atividades com maior eficiência.
Do contrário, poderá haver influências negativas que afetarão diretamente o ambiente
organizacional e o relacionamento entre os liderados.
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Contudo, para que haja um ambiente saudável é necessário que o líder saiba ouvir as
pessoas, pois assim, identificará problemas que venham impedir o crescimento das relações
organizacionais e pessoais.
Dessa forma, quando o líder favorece o diálogo entre sua equipe, as pessoas sentirão
mais liberdade para falar sobre questões que podem ser resolvidas e assim, ajudarão a criar
um ambiente mais harmonioso.
Segundo Maximiano (2000, p.260):
O clima é formado pelos sentimentos que as pessoas partilham a respeito da
organização e que afetam de maneira positiva ou negativa sua satisfação e
motivação para o trabalho. Sentimentos negativos exercem impacto negativo
sobre o desempenho. Sentimentos positivos exercem impacto positivo.
Assim, por meio desses sentimentos negativos, é que surgem os conflitos que,
consequentemente, causarão insatisfação, desgastes emocionais, além de trabalhos
desenvolvidos com má qualidade.
Quadros (2006 apud NASCIMENTO, 2008, p.22) comenta sobre alguns efeitos
ocorridos dentro da empresa:
Competição: em um ambiente de poucos recursos é intensificada a interação
entre organizações que disputam alguma coisa. Essa disputa nem sempre
envolve meios lícitos, proporcionando uma série de divergências quanto ao
modo de obtenção dos resultados. [...]
Conflitos: a individualidade dos empregados trás desejos e necessidades
com intensidade e orientações diferentes, despertando interesses nem sempre
compartilhados. [...]
Mudança: as empresas são ameaçadas de diversas formas e por diferentes
fontes que provocam um permanente quadro de mudanças. Por outro lado, os
seres humanos precisam de estabilidade e previsibilidade em suas ações,
sendo fortemente afetados em seus comportamentos pelas necessidades
constantes de alterações. [...] (grifo do autor)
uma tarefa difícil e torna-se um desafio para o líder. Assim, é muito importante que a
liderança tenha conhecimento sobre motivação humana e comprometimento organizacional.
Mas qual o significado de motivação? Segundo Nascimento (2008, p.49) “motivação
é uma força que nos impulsiona em busca de alguma coisa”. Diz ainda que “ninguém pode
motivar ninguém! A motivação vem das necessidades internas de cada indivíduo e não de
nossa vontade”.
Já Maximiano (2000, p.297) diz que:
Motivação abrange as causas ou motivos que produzem determinado
comportamento, seja ele qual for. No campo da administração, pessoa
motivada usualmente significa alguém que demonstra alto grau de
disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer natureza.
NECESSIDADES DE AUTO-REALIZAÇÃO
NECESSIDADES DE AUTO-ESTIMA
NECESSIDADES SOCIAIS
NECESSIDADES DE SEGURANÇA
NECESSIDADES FISIOLÓGICAS
Assim, quando o colaborador sente que faz parte de uma equipe bem gerida, suas
ações ajudarão a empresa a alcançar o sucesso e todos sairão ganhando com isso.
Bastos (1993, p.58) afirma ainda que:
Quanto mais forte o comprometimento, maior a predisposição do indivíduo
guiar as suas ações por padrões internalizados, mais do que considerações
racionais acerca das consequências dessas ações. Assim, indivíduos
comprometidos apresentam certos comportamentos não porque eles
calculam que, em os apresentando, obterão benefícios pessoais, mas porque
eles acreditam que é certo e moral fazê-lo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio dos estudos apresentados, observou-se que o líder deve estar preparado
para influenciar seus liderados, levando-os a alcançar os objetivos traçados pela empresa.
Além disso, um bom líder tem a grande responsabilidade de construir um clima
organizacional satisfatório e equilibrado para que haja boas relações de trabalho e resultados
positivos. Confirmou-se também, que um líder entusiasmado enxerga oportunidade onde
outras pessoas só enxergam dificuldade.
Com isso, analisou-se a diferença entre líder e chefe chegando à conclusão que o
líder focaliza as pessoas e ajuda sua equipe a alcançar os objetivos traçados. Já o chefe, exerce
o poder de mando focalizando mais nos sistemas e estruturas, além de correr o risco de ser
sabotado pelos seus empregados se não tiver suas ideias aceitas pelo grupo.
Quanto aos tipos de liderança, foi dada ênfase à Teoria Comportamental e seus três
estilos: autocrático, democrático e liberal. Por meio desses três estilos, pode-se entender que
cada tipo de liderança pode influenciar, diferentemente, o clima organizacional e o
comportamento dos colaboradores.
Uma liderança com um comportamento autocrático terá o líder dizendo aos seus
liderados o que deve ser feito, mas não se envolvendo com as pessoas. Ele toma decisões sem
que haja a participação ou aceitação do grupo. Com isso, as pessoas se mostrarão frustradas,
tensas e até mesmo agressivas, tornando o clima organizacional mais difícil e cheio de
conflitos.
Já o líder democrático toma decisões em grupo, decidindo as tarefas e deixando que a
equipe divida entre si o trabalho proposto. O líder elogia o grupo, e não o indivíduo. Há
facilidade de comunicação e há predominância de responsabilidade. Provavelmente, os
liderados se sentirão mais motivados e reconhecidos pela liderança, acarretando assim, um
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ambiente mais confiante e agradável, onde será desenvolvido um serviço de qualidade por
pessoas dispostas a executar tarefas bem feitas e, por conseguinte, cometendo menos falhas.
Viu-se também, que o líder liberal deixa sua equipe à vontade no trabalho, não
interferindo na execução das atividades, nem criticando ou elogiando os integrantes do grupo.
Transfere a sua autoridade para os liderados, eximindo-se de qualquer decisão. Com isso, as
pessoas mostram-se confusas, podendo desenvolver atitudes agressivas e, consequentemente,
tornando o clima desgastante, além de desenvolver atividades com ineficiência, propiciando
desperdícios e demais prejuízos à empresa, em virtude da ausência do líder.
Assim, fica claro que o clima organizacional reflete o tipo de liderança. Por isso, é
fácil visualizar várias organizações com diferentes ambientes, diferentes atendimentos e, com
isso, entende-se o motivo pelo qual determinadas empresas alcançam o sucesso e outras não.
Por fim, este trabalho mostrou a importância do líder no clima organizacional e no
comportamento das pessoas, já que para que haja um ambiente saudável e funcionários
satisfeitos, é preciso haver a figura do líder que saiba ouvir as pessoas e ajudá-las a se
comprometerem com a empresa. Deve saber lidar, também, com os conflitos que venham
surgir, transformando-os em resultados construtivos, fazendo com que sua equipe reflita e
amadureça diante das desavenças, pois comportamentos positivos requerem pessoas com
maturidade pessoal e profissional.
REFERÊNCIAS
FRANCO, J.O. Recursos Humanos: fundamentos e processos. Curitiba: IESDE Brasil S.A.,
2008.
MILIONI, B. Dicionário de Termos de Recursos Humanos. 4ª ed. São Paulo: Fênix, 2006.