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Material do Aluno
(PARA USO NO 2º SEMESTRE DE 2021)
2021
1
CURRÍCULOS RESUMIDOS DAS AUTORAS
Tânia Sandroni
Doutora em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada), Mestra em Ciências da Comunicação
(Jornalismo), Bacharela em Comunicação Social (Jornalismo) e Licenciada em Letras (Português).
Professora titular da Universidade Paulista.
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Questão 1.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto a seguir, publicado em 7 de maio de 2020 no site G1.
Nova obra de Banksy mostra enfermeira como heroína
Pintura do artista de rua apareceu no Hospital da Universidade de Southampton, no sul
da Inglaterra.
Obra de Banksy mostra um menino que tem nas mãos uma heroína: uma enfermeira.
Foto. Reprodução/Twitter/Banksy
Uma nova obra de Banksy mostra a gratidão britânica pelos profissionais do Serviço Nacional de
Saúde (NHS) durante a crise do coronavírus. O desenho ilustra um menino que escolheu o boneco
de uma enfermeira como super-heroína, e não o boneco do Batman ou do Homem-Aranha.
A pintura do artista de rua apareceu no Hospital da Universidade de Southampton, no sul da
Inglaterra, na quarta-feira (6). Uma imagem da obra também foi publicada na página de Instagram
de Banksy, com a legenda “Quem Vira o Jogo”.
A executiva-chefe do hospital, Paula Head, disse: “tenho muito orgulho de revelar esta obra de arte
incrível, criada por Banksy, como um agradecimento a todos que trabalham com e para o NHS e o
nosso hospital”.
“Um pano de fundo inspirador para parar e refletir nesta época sem igual”, acrescentou ela no
Twitter.
Disponível em <https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/05/07/nova-obra-de-banksy-mostra-enfermeira-como-super-
heroina.ghtml>. Acesso em 08 mai. 2020 (com adaptações).
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IV. O artista expressou, em linguagem não verbal, a admiração e a gratidão pelo trabalho dos
profissionais de saúde, mostrando que o heroísmo não pressupõe poderes sobrenaturais.
É correto o que se afirma somente em
A. I e IV. B. II e IV. C. III e IV. D. I, II e IV. E. IV.
Justificativa.
Questão 2.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Segundo relatório do Instituto Superior Sanitário de Roma, até 28 de abril de 2020, havia 25.215
óbitos na Itália em decorrência do coronavírus (covid-19). De acordo com os dados presentes nesse
documento, foram construídos os gráficos I e II a seguir.
Gráfico I. Distribuição percentual dos óbitos na Itália, por faixa etária, em decorrência do coronavírus (covid-19) até 28 de
abril de 2020.
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Gráfico II. Percentuais de letalidade na Itália, por faixa etária, em decorrência do coronavírus (covid-19) até 28 de abril
de 2020.
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Questão 3.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2018). Leia o infográfico a seguir.
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Justificativa.
Questão 4.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2018). Leia o texto a seguir.
A Economia Solidária expressa formas de organização econômica – de produção, prestação de
serviços, comercialização, finanças e consumo – baseadas no trabalho assalariado, na autogestão, na
propriedade coletiva dos meios de produção, na cooperação e na solidariedade. São diversas
atividades econômicas realizadas por organizações solidárias como cooperativas, associações,
empresas recuperadas por trabalhadores em regime de autogestão, grupos solidários informais,
fundos rotativos etc. Nos últimos anos, a Economia Solidária tem experimentado expansão no Brasil,
em especial, dentre os segmentos populacionais mais vulneráveis.
Disponível em <http://www.unisolbrasil.org.br/>. Acesso em 12 jul. 2018 (com adaptações).
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Justificativa.
Questão 5.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2018). Leia o texto e analise a ilustração a seguir.
As questões relacionadas a organismos geneticamente modificados deixaram, há muito tempo, de
ser discutidas no âmbito acadêmico-científico. Também na arte, a transgenia ganhou lugar,
ocupando o imaginário e a criatividade de artistas. Nesse campo, o brasileiro Eduardo Kac transita
pela zona fronteiriça entre arte, ciência e tecnologia.
Os trabalhos de Eduardo Kac têm sido exibidos em exposições internacionais. Em seu currículo,
constam obras de arte transgênicas, como GFP Bunny, uma coelha geneticamente modificada cujo
pelo emite fluorescência verde ao ser iluminado por luz ultravioleta. Ela foi batizada com esse nome
em razão da proteína verde fluorescente (green fluorescente protein) obtida de uma água-viva do
Pacífico e injetada em óvulos de coelhos albinos, procedimento efetivamente realizado em um centro
de pesquisa na França.
Disponível em <www.g1.globo.com/Noticias/PopArte/>. Acesso em 18 ago. 2018 (com adaptações).
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É correto o que se afirma em
A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas.
D. II e III, apenas. E. I, II e III.
Justificativa.
Questão 6.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2018). Leia o infográfico a seguir.
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Considerando as informações do infográfico, avalie as afirmativas.
I. No planejamento das cidades, deve-se priorizar o transporte coletivo, situação que está em
consonância com o que ocorre nas cidades mais populosas do Brasil.
II. O engajamento dos cidadãos nos debates e no planejamento das cidades é essencial para o
desenvolvimento de projetos urbanos viáveis, acessíveis e sustentáveis.
III. É necessário que o planejamento de uma cidade sustentável esteja focado na fluidez dos
veículos automotores autônomos, na diversidade de opções de mobilidade e nas modalidades
compartilhadas de transporte.
IV. A utilização de painéis solares para abastecer veículos e a diminuição da emissão de gases
poluentes em uma cidade sustentável são metas ainda distantes de serem atingidas no Brasil,
devido à primazia dos meios de transportes movidos a combustíveis fósseis.
É correto apenas o que se afirma em
A. I. B. II. C. I e III. D. II e IV. E. III e IV.
Justificativa.
Questão 7.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2018 – com adaptações). Leia os textos 1 e 2 a seguir.
Texto 1
Os fluxos migratórios, fenômenos que remontam à própria história da humanidade, estão em ritmo
crescente no mundo, tornando urgentes, em todos os países, as discussões sobre políticas públicas
para migrantes. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), 65,6 milhões de
pessoas foram deslocadas à força no mundo em 2016.
Em relação aos destinos de acolhimento, no mesmo período, dados oficiais do Alto Comissariado das
Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) apontam que 56% das pessoas deslocadas no mundo
foram acolhidas por países da África e do Oriente Médio, 17% da Europa e 16% das Américas.
Considerando o contexto brasileiro, de 2010 a 2015, a população de migrantes vindos de países da
América do Sul cresceu 20% e alcançou o total de 207 mil pessoas.
Disponível em <https://nacoesunidas.org/populacao-de-migrantes-no-brasil-aumentou-no-periodo-2010-2015-revela-agencia-da-onu/>. Acesso em 11 set.
2018 (com adaptações).
Texto 2
Recentemente, a situação de imigração no Brasil, por ondas de deslocamento de pessoas nas
fronteiras, tem sido percebida cotidianamente em matérias divulgadas pela grande mídia,
principalmente no caso do estado de Roraima, que tem notificado a entrada de grande número de
venezuelanos. Somente em solicitações, na condição de refugiados, os venezuelanos formalizaram
17.865 pedidos de acolhida ao Brasil em 2017.
Disponível em <https://acnur.org/portugues/dados-sobre-refugio/dados-sobre-refugio-no-brasil/>. Acesso em 11 set. 2018 (com adaptações).
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Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmativas.
I. A situação econômica dos países é fator determinante dos padrões de contorno dos
deslocamentos internacionais e está representada na distribuição geográfica dos continentes
que mais acolhem pessoas deslocadas no mundo.
II. A América do Sul é a região em que há maior acolhimento de povos que, em razão de
conflitos internos em seus países, têm se deslocado em massa.
III. As situações de conflitos entre brasileiros e venezuelanos apontam para a necessidade de
revisão da infraestrutura e das políticas públicas voltadas aos migrantes e refugiados.
É correto apenas o que se afirma em
A. I. B. III. C. II. D. II e III. E. I e III.
Justificativa.
Questão 8.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2018). Leia a imagem e os textos 1 e 2 a seguir.
Texto 1
A frase em latim “Ex Africa semper aliquid novi”, do escritor romano Caio Plínio, dita há 2.000 anos,
significa “da África sempre há novidades a reportar”. A partir dessa ideia, o curador alemão Alfons
Hugs montou a exposição “Ex Africa”, que conta com 18 artistas de oito países africanos e dois
artistas brasileiros. A ideia da mostra é retratar a produção artística africana sem estereótipos aos
quais estamos acostumados, como objetos de artesanato e referências iconográficas.
Disponível em <https://www.1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/>. Acesso em 12 jul. 2018 (com adaptações).
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Texto 2
Até as vésperas da era colonial era comum encontrar as imagens positivas sobre a África. Árabes e
europeus descreveram as formas políticas africanas altamente elaboradas e socialmente
aperfeiçoadas, entre as quais se alternavam reinos, impérios, cidades-Estado, entre outras. Após a
conferência de Berlim (1885), que definiu a partilha colonial da África, essas imagens “simpáticas”
começaram a sombrear. Reinos e Impérios foram substituídos pelas tribos primitivas, em estado de
guerra permanente, umas contra outras, para justificar e legitimar a Missão Civilizadora, que até hoje
alimenta o imaginário da África no Brasil.
VIEIRA, F. S.S. Do eurocentrismo ao afropessimismo: reflexão sobre a construção do imaginário “África” no Brasil. Em Debate. PUC-Rio, n. 03, 2006 (com
adaptações).
Questão 9.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
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estando no limite da indigência ou da pobreza extrema, com comprometimento da própria
sobrevivência. A situação desse grupo excluído e marginalizado pode decorrer de diversos fatores,
como desemprego estrutural, migração, uso prejudicial de álcool e outras drogas, presença de
transtornos mentais, conflitos familiares, entre outros.
HINO, P.; SANTOS, J. O.; ROSA, A. S. Pessoas que vivenciam situação de rua sob olhar da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem. v. 71. Suplemento 1,
p.732-740, 2018 (com adaptações).
Texto 2
O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), lançou uma
campanha que objetiva valorizar a saúde como um direito humano de cidadania e ressaltar que as
pessoas em situação de rua têm o direito de ser atendidas na rede de serviços do SUS.
Disponível em <http://portalsaude.gov.br/index.php/cidadao/principal/campanhas-publicitarias/19330-campanha-pop-rua>. Acesso em 11 set. 2018 (com
adaptações).
A respeito da população que vivencia situação de rua e considerando os textos apresentados, avalie
as afirmativas.
I. Na elaboração de políticas públicas, devem ser considerados os fatores pessoais e contextuais
que levam pessoas a viver em situação de rua, o que exige o trabalho de equipes
multidisciplinares, com o objetivo de assegurar direitos de saúde, dignidade e cidadania a
essa população.
II. A inexistência de endereço fixo que possibilite fazer cadastros oficiais e estabelecer contato
quando necessário inviabiliza a inserção dos indivíduos em situação de rua nas políticas
públicas de saúde, educação e moradia.
III. A homogeneidade do grupo de pessoas que vivem em situação de rua contribui para o
desenvolvimento das estratégias de acolhimento e de atendimento pelas equipes envolvidas
em campanhas dirigidas a esse público.
IV. A falta de moradia convencional e o comprometimento da identidade, da segurança, do bem-
estar físico e emocional e do sentimento de pertencimento são problemas vivenciados pelas
pessoas que vivem em situação de rua e requerem atenção do poder público.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e III. B. I e IV. C. II e III.
D. I, II e IV. E. II, III e IV.
Justificativa.
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Questão 10.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2018). Leia o texto a seguir.
A seleção francesa participante da Copa do Mundo de Futebol de 2018, composta de 19 jogadores
filhos de imigrantes da África e dos outros países da Europa, foi mais multicultural que o elenco
campeão da Copa de 1998. Apenas o goleiro Lloris, o lateral Pavard, o atacante Giroud e o meia
Thauvin não se encaixam nessa descrição. Tal composição suscitou inúmeros debates acerca da
presença de imigrantes na sociedade francesa e do multiculturalismo na Europa. À perspectiva
multicultural se contrapõem a xenofobia, o racismo, a islamofobia, entre outras formas de
segregação humana, sobretudo de imigrantes e seus descendentes.
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E. A composição da seleção francesa aponta para a importância da perspectiva multicultural, em
que se valorizam as formas de convívio entre os diferentes, a mediação de conflitos identitários e
o exercício da alteridade.
Justificativa.
Questão 11.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os textos 1 e 2 a seguir.
Texto 1
Todo mundo já viu, escutou e não conseguiu deixar de entreouvir a conversa de outros passageiros
no ônibus falando sem parar em seus telefones. (...) Há adolescentes e jovens de ambos os sexos
dizendo a alguém, em casa, por qual estação haviam acabado de passar e qual seria a próxima.
Você pode ter tido a impressão de que eles estavam contando os minutos que os separavam de seus
lares e mal podiam esperar para estar com seus interlocutores em pessoa. Talvez não tenha lhe
ocorrido que muitas dessas conversas entreouvidas não eram ´ouvertures’ de conversas mais longas
e substantivas que prosseguiriam em seu lugar de destino – mas seus substitutos. Que essas
conversas não estavam preparando o terreno para a coisa real, mas eram, elas próprias, exatamente
isso: a coisa real... Que muitos desses jovens ávidos por dar seus paradeiros a ouvintes invisíveis
iriam dentro em breve, logo que chegassem, correr para seus próprios quartos e trancar as portas.
BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
Texto 2
15
É correto o que se afirma em
A. I, apenas. B. I e II, apenas. C. II e III, apenas.
D. I e III, apenas. E. I, II e III.
Justificativa.
Questão 12.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto e o infográfico a seguir.
O campo de estudos sobre sustentabilidade é um dos que mais cresce: trata-se de uma tendência
mundial que parte do princípio clássico de que as empresas devem criar e produzir produtos que
agridam menos a natureza e tornem a vida da comunidade melhor. É preciso lembrar que as
empresas têm papel na sociedade muito mais importante do que apenas gerar lucros para
empresários e acionistas. Geram empregos e possibilitam a movimentação da economia, oferecendo
produtos e serviços com o objetivo de facilitar o dia a dia das pessoas e incentivar a inovação. Nesse
contexto, o mundo corporativo vem adotando atitudes e estratégias para diminuir seus impactos
ambientais e garantir a manutenção a longo prazo dos empreendimentos.
Disponível em <https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/sustentabilidade-e-desenvolvimento-sustentavel-conheca-a-diferenca>. Acesso em
26 set. 2018 (com adaptações).
16
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. De acordo com o texto, além de gerar empregos e possibilitar a movimentação da economia, as
empresas devem oferecer produtos e serviços com o objetivo de facilitar o dia a dia das pessoas
e incentivar processos de inovação.
II. De acordo com o infográfico, a China, adotando a medida de exportação de lixo para a produção
de papel e brinquedo, consegue economizar 1,2 milhão de toneladas de matéria-prima.
III. De acordo com o infográfico, apenas 6.890.000 toneladas de lixo eletrônico são recicladas no
mundo.
Está correto somente o que se afirma em
A. I e III. B. II. C. III. D. I e II. E. I.
Justificativa.
Questão 13.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a matéria a seguir, publicada no jornal O Globo.
Cientistas veem retrocessos no cenário das pesquisas
Levantamento expõe decepção com perda de apoio público
Renato Grandelle
Grande parte dos pesquisadores compartilha da mesma inquietação e lamenta o cenário nacional da
ciência, duramente afetado pela crise financeira dos cofres públicos, que começou a se agravar em
2015. O otimismo vivido no início da década deu lugar a críticas e consternação. Com a crise
econômica, os laboratórios brasileiros perderam força. Desde 2015, pesquisadores veteranos e
cientistas iniciantes convivem com atrasos de pagamento, ameaças e cortes efetivos de verba. Esta
realidade é observada tanto em órgãos federais, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), quanto estaduais, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio
de Janeiro (Faperj).
17
Disponível em <https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-veem-retrocessos-no-cenario-das-pesquisas-20743035>. Acesso em 05 dez. 2017 (com
adaptações).
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Questão 14.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o artigo e a charge a seguir.
A longa história das notícias falsas
Utilização política das mentiras começou muito antes das redes sociais, e a construção
de outras realidades era uma constante na Grécia antiga
A primeira vítima da guerra é a verdade, afirma um velho ditado jornalístico. Embora o mais correto
fosse dizer que a verdade é vítima recorrente em qualquer sociedade organizada, porque a mentira
política é uma arte tão velha quanto a civilização. A verdade é um conceito fugidio na metafísica e
mutante nas ciências – uma nova descoberta pode anular o que se dava como certo –, mas, no dia a
dia, o assunto é bem diferente: há coisas que aconteceram, e outras que não; mas os fatos, reais ou
inventados, influenciam a nossa percepção e opinião.
Desde a Antiguidade, verdade e mentira se misturaram muitíssimas vezes, e essas realidades falsas
influenciaram nosso presente. Assim já escreveu o grande historiador francês Paul Veyne em seu
ensaio “Os gregos acreditavam em seus mitos?” (Unesp): “Os homens não encontram a verdade, a
constroem, como constroem sua história”.
Chegados a este ponto, convém fazer uma distinção entre notícias falsas e propaganda: ambas
crescem e se multiplicam no mesmo ecossistema, mas não são exatamente iguais. A propaganda
procura convencer, ser eficaz, e para isso pode recorrer a todo tipo de instrumento, da arte e do
cinema aos pasquins e redes sociais. As notícias falsas, um dos ramos da propaganda, são
diferentes: procuram enganar, criar outra realidade. A preocupação com a perpetuação desses
equívocos e com os mecanismos que os criam e multiplicam não é nova.
Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/08/cultura/1528467298_389944.html>. Acesso em 14 jul. 2018 (com adaptações).
19
Justificativa.
Questão 15.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Observe a ilustração a seguir.
O objetivo da ilustração é
A. enaltecer o papel das novas tecnologias no desenvolvimento do pensamento autônomo.
B. mostrar que o homem depende da agricultura, pois todas as riquezas são decorrentes dela.
C. criticar a homogeneização do pensamento e do comportamento.
D. criticar as sociedades agrárias, que não têm acesso às tecnologias de comunicação.
E. denunciar o trabalho escravo, especialmente nas lavouras.
Justificativa.
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Questão 16.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Analise o texto e a charge a seguir.
Já se sabe que problemas psicológicos atingem grande parte da população ativa: a pressa para fazer
mais em menos tempo, a urgência para terminar e entregar as tarefas, a pressão por resultados, a
ansiedade, a autocobrança para ser o melhor profissional, além dos problemas externos à empresa,
que também podem influenciar negativamente o rendimento do colaborador.
Por esse motivo, líderes e empresas precisam prestar muita atenção ao que acontece com os seus
colaboradores, pregar valores positivos entre eles, compreender suas dificuldades circunstanciais e
oferecer-lhes apoio e respeito.
As relações dentro de uma empresa não precisam ser baseadas apenas em competitividade. Com a
empatia, é possível construir, no ambiente de trabalho, laços de convivência preponderantemente
respeitosos.
Disponível em <http://oreporterregional.com.br/noticia/809/empatia>. Acesso em 26 set. 2018 (com adaptações).
21
Questão 17.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge e a reportagem a seguir.
22
Justificativa.
Questão 18.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge e o texto a seguir.
23
Comentários em redes sociais são ainda piores. Lá, não é necessário nem mesmo clicar na notícia
para palpitar sobre ela. Basta ler o título do post que um amigo compartilhou e o campo de
comentários estará logo abaixo, com todos os seus encantos.
(...)
No último primeiro de abril, o site da National Public Radio (NPR) aplicou uma pegadinha impiedosa
em seus leitores: publicou, no Facebook, um texto com o título "Por que a América não lê". Centenas
de pessoas comentaram o assunto. Algumas discordavam, indignadas. Outras concordavam e
discorriam longamente sobre as causas desse fenômeno. O texto da notícia, que ninguém leu,
explicava a piada e dizia algo como "os americanos leem, mas temos a impressão de que eles só
olham o título antes de comentar". Eu não saberia dizer precisamente o que estava escrito lá:
confesso que não li o texto da NPR. Vi o link no Facebook de um ou dois amigos e decidi comentar
sobre o assunto mesmo assim.
Por muito tempo, acreditei que a multidão que comenta sem ler era a escória da internet. Que o
mundo seria melhor se lêssemos todos os textos antes de palpitar sobre eles. Eu estava errado. Hoje
penso exatamente o contrário. A enorme maioria dos textos que circulam pela internet é inútil. Os
comentaristas ensandecidos simplesmente decidiram parar de perder tempo com esse tipo de
bobagem. São seres mais evoluídos do que nós. Basta aplicarem em algo útil todas as horas de
leitura superficial que economizam e logo dominarão o mundo.
Saber comentar sem ler é uma habilidade indispensável para ser bem sucedido no mundo digital. Se
você ainda não aderiu, pare de ler agora e junte-se a nós. Seja bem-vindo ao futuro.
O próximo passo rumo à iluminação digital é aprender a não ler e não comentar.
As discussões na internet, convenhamos, nunca mudaram a opinião de ninguém. Nos meus anos
menos esclarecidos, li muitos debates em seções de comentários. Nunca vi um crítico do governo
terminar uma discussão com "pensando bem, acho que a culpa não é da Dilma". Ou um ativista,
após longas réplicas e tréplicas, decidir dar o braço a torcer: "diante de todos os argumentos aqui
expostos, cheguei à conclusão de que #vaitercopa". As discussões virtuais são tão dispensáveis
quanto as notícias que as antecedem. Abençoado seja quem guarda sua opinião para si e cultiva o
silêncio digital. É o que vou fazer agora. Até a próxima semana.
Disponível em <https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/04/gente-que-bcomenta-sem-lerb.html>. Acesso em 20 set. 2018.
24
Questão 19.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os textos a seguir.
Texto 1
Brasil tem mais de 244 mil patentes e 422 mil marcas na 'fila' para registro
Com prazo médio de 11 anos para analisar uma patente, Brasil ocupa a 30ª posição no
ranking mundial do setor. O maior entrave é o baixo número de examinadores no INPI.
Daniel Silveira
O Brasil fechou 2016 com um estoque de mais de 244 mil patentes e 422 mil marcas aguardando
análise de registro. A lentidão desses processos afeta a competitividade e a capacidade de inovação
da indústria nacional, segundo especialistas.
Para analisar uma marca, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) demora cerca de 30
meses. Para patente, o prazo médio é de 10,8 anos, deixando o país na 30ª posição do ranking
mundial de patentes. Os Estados Unidos, primeiro colocado, levam em média 2 anos e meio para
analisar um pedido.
Segundo o presidente do INPI, o ideal seria reduzir os prazos para 4 anos, no caso das patentes, e
18 meses para marcas. “É o que permitiria que o Brasil pudesse assinar e participar do protocolo de
Madri, que é um mecanismo jurídico que permite a apresentação de um pedido de marcas em vários
países”, afirmou Pimentel.
O INPI empossou, nesta terça-feira (2), 70 novos servidores que serão encarregados pela análise de
pedidos de registros de marcas e patentes no país. Com o reforço no quadro, o instituto espera
aumentar, até o ano que vem, em 160% a produção de patentes em relação a 2015 e em 14% o
número de exames de marcas até 2020.
(...) De acordo com o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, a demora
para o registro de marcas e patentes no INPI é um “problema histórico e de longa data” que não
será solucionado com a nomeação destes novos servidores.
Segundo Pereira, são estudadas medidas para dinamizar o processo. “A equipe técnica do instituto
está desenhando e redesenhando os processos que, nós cremos, poderá minimizar a situação”,
disse.
(...) Embora o aumento do quadro de pessoal permita ampliar o volume de análise, o estoque de
patentes deverá se manter estável até 2020. O de marcas poderá cair 21% em relação ao ano
passado.
Disponível em <https://g1.globo.com/economia/noticia/brasil-tem-mais-de-244-mil-patentes-e-422-mil-marcas-na-fila-para-registro.ghtml>. Acesso em 17 set.
2018 (com adaptações).
Texto 2
Brasil tem recorde de patentes em 2017
Concessão de patentes é a maior em 17 anos. Um total de 6.250 pedidos foram deferidos
pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Ariadne Sakkis
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Em 2017, o Brasil teve o maior número de patentes concedidas nos últimos 17 anos. Levantamento
da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 6.250 pedidos foram deferidos pelo
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o mais alto desde o ano 2000, quando o país
concedeu 6.695 pedidos. O número também é 30% maior em relação ao de 2016.
"O resultado também reflete melhorias e contratações feitas pelo INPI ao longo do ano", afirma o
gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves.
Apesar do número recorde de concessões, o total de depósitos de patentes teve redução de 7,6%
em relação a 2016, com 28.667 pedidos. Segundo o INPI, as solicitações vieram de 84 países. Entre
os 10 países que mais depositaram pedidos de patentes de invenção, estão: Estados Unidos (31%),
Brasil (21%), Alemanha (7%), Japão (7%), França (5%), Suíça (4%), Holanda, China e Reino Unido
(3% cada) e Itália (2%).
Disponível em <https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecnologia/brasil-tem-recorde-de-patentes-em-2017/>. Acesso em 17 set. 2018
(com adaptações).
Questão 20.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os gráficos a seguir.
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Disponível em <https://brainly.com.br/tarefa/10217613>. Acesso em 30 jul. 2018.
27
Considerando as informações apresentadas nos gráficos, assinale a opção correta.
A. A população brasileira tende a diminuir, pois a taxa de natalidade vem decrescendo.
B. A partir de 2009, a taxa de mortalidade anual manteve-se praticamente estável em 6.000
pessoas para cada milhão de habitantes.
C. Embora a taxa de natalidade venha diminuindo, existe uma compensação pela redução da taxa
de mortalidade, fazendo com que exista a tendência de manutenção do tamanho da população
brasileira.
D. Em 1980, a maior parte da população brasileira era composta por cidadãos entre 0 e 14 anos e,
por isso, o Brasil era considerado um país jovem.
E. Em 2010, o número de pessoas com mais de 65 anos era 1,5 vezes maior do que o número de
pessoas, na mesma faixa etária, em 1980.
Justificativa.
Questão 21.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto a seguir.
Profissional generalista ou especialista?
Fernanda Andrade
Essa é uma dúvida que sempre gera questionamentos em muitos profissionais. Embora a maioria das
formações disponíveis no mercado estejam direcionadas para preparar especialistas, o mercado tem
valorizado cada vez mais os profissionais generalistas, aqueles que têm uma visão mais holística.
Um estudo realizado pela Columbia Business School e a Tulane University acompanhou mais de 400
estudantes que se formaram nos melhores MBAs dos Estados Unidos, entre 2008 e 2009, e seguiram
carreira em bancos de investimento. A amostra foi dividida em dois grupos. O grupo dos
especialistas, que era formado por pessoas que já trabalhavam com investimentos antes do MBA, fez
estágio na área e aprofundou-se em finanças.
28
O grupo dos generalistas que, antes do curso, atuou em outras áreas, como publicidade, fez estágio
em uma consultoria e só mais tarde foi para o mundo dos investimentos. O resultado foi o seguinte:
os bônus recebidos pelos especialistas eram até 36% mais baixos do que os recebidos pelos
generalistas.
Outro estudo, feito pela IDC em parceria com a Microsoft, aponta o mesmo resultado. A pesquisa
analisou mais de 76 milhões de vagas de emprego nos Estados Unidos para selecionar aquelas que
teriam maiores salários e melhores condições de ascensão profissional entre 2016 e 2024. A
conclusão é a de que as oportunidades mais promissoras exigem competências multifuncionais, em
detrimento de habilidades técnicas ou específicas. Novamente, os generalistas aparecem como os
mais valorizados.
Contudo, cabe destacar que os profissionais generalistas não são melhores do que os especialistas. A
diferença, basicamente, está no fato de que os generalistas costumam assumir os cargos mais
elevados, como diretoria e presidência. Esses cargos exigem, além de conhecimento técnico,
habilidades em comunicação, negociação, inteligência emocional, empatia e, logicamente, uma
ampla visão do mercado em que se atua. Entretanto, sempre haverá espaço para os especialistas,
afinal, as questões técnicas devem ser executadas por eles.
Para minimizar as desigualdades entre os dois perfis profissionais, é importante que as empresas
possibilitem a gestão de carreiras em Y. Nesse sentido, esse novo modelo visa à maior valorização
do conhecimento técnico, entendido, atualmente, como tão importante quanto o conhecimento
estratégico e gerencial. Nesse formato, especialistas podem ganhar tanto quanto generalistas e os
dois profissionais são reconhecidos de acordo com a sua relevância. Colocar os dois perfis em pé de
igualdade é fundamental para criar um ambiente de trabalho harmônico e que favoreça uma
competição saudável entre todos, independentemente da função que desempenhem.
Também é possível que um especialista se torne um generalista e um generalista, um especialista. A
transição entre os perfis pode ser muito enriquecedora nos dois casos. O mundo corporativo é muito
volátil e tudo muda o tempo todo. Com foco e determinação, é possível se preparar para assumir
funções diferentes, mesmo depois de tantos anos executando a mesma função. Os profissionais
devem estar antenados nas oportunidades, estando sempre preparados para quando elas surgirem,
seja como especialista ou como generalista.
Disponível em <http://cio.com.br/carreira/2018/09/17/profissional-generalista-ou-especialista/>. Acesso em 18 set. 2018 (com adaptações).
29
Justificativa.
Questão 22.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
No quadro a seguir, encontram-se algumas observações de número de casos de diarreia, por bairro
de residência, de um município em determinado período.
Com base nos dados apresentados no quadro e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. A distribuição de casos de diarreia ocorreu de modo uniforme nos bairros listados.
II. O bairro Grajaú apresentou a maior taxa de incidência de casos.
III. O conhecimento dos fatores de risco é irrelevante para a tomada de decisão na situação em
estudo.
É correto o que se afirma em
A. I, apenas. B. I e II, apenas. C. II e III, apenas. D. II, apenas. E. I, II e III.
Justificativa.
30
Questão 23.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto a seguir.
O mundo mediado por algoritmos
Sistemas lógicos que sustentam os programas de computador têm impacto crescente no
cotidiano
Bruno de Pierro – Revista Pesquisa Fapesp
Os algoritmos estão em toda parte. Quando a bolsa sobe ou desce, eles geralmente estão
envolvidos. Segundo dados divulgados em 2016 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), robôs investidores programados para reagir instantaneamente ante determinadas situações
são responsáveis por mais de 40% das decisões de compra e venda no mercado de ações no país –
nos Estados Unidos, o percentual chegou a 70%. O sucesso de uma simples pesquisa no Google
depende de uma dessas receitas escritas em linguagem de programação computacional, que é capaz
de filtrar em segundos bilhões de páginas na web – a importância de uma página, definida por um
algoritmo, baseia-se na quantidade e na boa procedência de links que remetem a ela. Na fronteira
da pesquisa em engenharia automotiva, conjuntos de algoritmos utilizados por carros autônomos
processam informações captadas por câmeras e sensores, tomando instantaneamente as decisões ao
volante sem intervenção humana.
(...)Um algoritmo nada mais é do que uma sequência de etapas para resolver um problema ou
realizar uma tarefa de forma automática, quer ele tenha apenas uma dezena de linhas de
programação ou milhões delas empilhadas em uma espécie de pergaminho virtual. “É o átomo de
qualquer processo computacional”, define o cientista da computação Roberto Marcondes Cesar
Junior, pesquisador do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-
USP).
(...)A construção de um algoritmo segue três etapas. A primeira consiste em identificar com precisão
o problema a ser resolvido – e encontrar uma solução para ele. “O desafio é mostrar que a solução
do problema existe do ponto de vista prático, que não se trata de um problema de complexidade
exponencial, aquele para o qual o tempo necessário para produzir uma resposta pode crescer
exponencialmente, tornando-o impraticável”, explica o cientista da computação Jayme Szwarcfiter,
pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A segunda etapa consiste em descrever a sequência de passos no idioma corrente, para que todos
possam compreender. Por último, essa descrição é traduzida para alguma linguagem de
programação. Só assim o computador consegue entender os comandos – que podem ser ordens
simples, operações matemáticas e até algoritmos dentro de algoritmos –, tudo em uma sequência
lógica e precisa.
(...) Um dos casos em que os algoritmos estão sendo utilizados é na automatização de investigações
sobre pornografia infantil. Constantemente, os policiais apreendem grandes quantidades de fotos e
vídeos no computador de suspeitos. Se existirem arquivos com pornografia infantil, o algoritmo ajuda
a encontrá-los. “Expusemos o robô a horas de vídeos pornográficos da internet para extrair dados.
Tivemos que ensinar a ele o que é pornografia”, conta Rocha. Depois, para que pudesse distinguir a
presença de crianças, o algoritmo precisou “assistir” a conteúdos de pornografia infantil apreendidos.
“Essa etapa foi realizada estritamente por técnicos da polícia. Nós da Unicamp não tivemos acesso a
esse material”, salienta. Rocha conta que a análise dos arquivos era feita sem muita automação. “Ao
tornar esse processo mais eficiente, os investigadores da Polícia Federal ganharam tempo e
capacidade para analisar maiores quantidades de dados”.
O impacto dos algoritmos é objeto de análise de outros campos do conhecimento. “Algoritmos já
estão desempenhando um papel moderador. Google, Facebook e Amazon conquistaram um poder
extraordinário sobre o que encontramos hoje no campo cultural”, avalia Ted Striphas, professor de
história da cultura e da tecnologia na Universidade do Colorado, Estados Unidos e autor do livro
Algorithmic culture (2015), que examina a influência dessas ferramentas. O antropólogo norte-
americano Nick Seaver, pesquisador da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, dedica-se
atualmente a um projeto baseado em pesquisa etnográfica e entrevistas com criadores de algoritmos
de recomendação de músicas em serviços de streaming. Seu interesse é compreender como esses
sistemas são desenhados para atrair usuários e chamar a sua atenção, trabalhando na interface de
áreas como aprendizado de máquina e publicidade on-line. “Os mecanismos que controlam a
31
atenção e suas mediações técnicas tornaram-se objeto de grande preocupação. A formação de
bolhas de interesse e de opinião, as fake news e a distração no campo político são atribuídas a
tecnologias desenhadas para manipular a atenção dos usuários”, explica.
Questão 24.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto e a figura a seguir.
32
Brasil é líder de descarte de lixo eletrônico da América Latina; reciclagem é o caminho
para evitar danos à saúde humana e ao meio ambiente
Mathias Felipe
O Brasil é o líder na América Latina, e sétimo no mundo, na produção de lixo eletrônico. Segundo
estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o país produz anualmente 1,5 tonelada
de lixo eletrônico. De todo lixo eletrônico produzido pelo país, apenas 3% é coletado de maneira
adequada para ser reciclado ou descartado de forma apropriada.
A destinação apropriada para o lixo eletrônico é importante, pois os equipamentos eletrônicos têm
componentes feitos com materiais que em sua composição química possuem substâncias altamente
tóxicas e sua decomposição pode trazer muitos prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente.
O lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo, é composto por produtos eletrônicos que não têm
mais valor. A categoria inclui refrigeradores, máquinas de lavar, micro-ondas, televisores,
computadores, telefones celulares, tablets, drones, pilhas, baterias, cartuchos e toners. O destino
dos resíduos dessa categoria virou um desafio planetário.
Os especialistas apontam que esses aparelhos devem ser reciclados de forma cuidadosa por pessoas
especializadas. Caso contrário, o risco de contaminação para o meio ambiente e perigo à saúde
humana são altos. Países em desenvolvimento como a Índia e a China, quarto e primeiro lugar na
produção de lixo no mundo, apresentaram um crescente corpo de evidências epidemiológicas e
clínicas que ligaram o alerta vermelho à ameaça do lixo eletrônico.
No Brasil, um exemplo recente foi o caso da empresa Saturnia, uma das maiores fábricas de baterias
industriais e de automóveis do país, que tinha o chumbo como um dos principais componentes na
fabricação de seus produtos. O processo inadequado de desmonte e reciclagem das baterias causou
a poluição do solo na sede da empresa. A exposição humana aos metais pesados como o chumbo,
com o tempo, pode causar doenças cardiovasculares, hepáticas e do sistema nervoso.
Os cartuchos de toners de impressora contêm um pó, que, ao entrar em contato com o fogo, libera
gás metano que, além de agredir o meio ambiente, pode causar problemas respiratórios. O descarte
incorreto da tinta proveniente desses cartuchos pode contaminar o solo e o lençol freático, o que
deixa inapropriados o terreno para uso e a água para consumo.
Como medida para resolver o problema, o governo brasileiro criou em 2010, pela Lei Nº 12.305/10,
a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que instituiu a responsabilidade compartilhada entre
os fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços públicos de
limpeza sobre os resíduos e embalagens pós-consumo. A PNRS é uma orientação para que os
responsáveis tomem medidas para minimizar o volume de resíduos gerados e instituir uma cadeia de
recolhimento e destinação ambientalmente adequada aos resíduos e embalagens pós-consumo.
Para as companhias de tecnologia o descarte de resíduos eletrônicos passou a ser um dos principais
desafios ambientais. Por isso algumas marcas criaram formas de implementar a logística reversa dos
resíduos e embalagens pós-consumo. A proposta é diminuir o impacto do e-lixo ao realizar a análise
dos componentes durante o desmonte desses resíduos. A fabricante é responsável por separar os
componentes e garantir a destinação adequada de cada um deles, a fim de enviá-los para
reciclagem, utilizá-los em novos produtos ou encaminhá-los para aterros especiais.
Disponível em <https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/09/o-que-e-lixo-eletronico-veja-dicas-de-descarte-e-reciclagem-no-brasil.ghtml>. Acesso em 18
set. 2018 (com adaptações).
33
A. De acordo com o texto e com o gráfico, apenas as pilhas e as baterias são coletadas de maneira
adequada para reciclagem ou descarte, já que, no Brasil, apenas 3% do lixo eletrônico têm essa
destinação.
B. Os toners são duplamente perigosos para o meio ambiente, pois eles têm, na composição
química, componentes que, durante o uso, podem liberar gás metano, que pode contaminar o
solo e o lençol freático.
C. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tem por objetivo a redução do volume de resíduos
gerados e a destinação adequada desses resíduos, feita por meio de uma cadeia de recolhimento
e destinação ambientalmente desejável.
D. O problema no caso da fabricante de baterias citado no texto foi a exposição ao chumbo, que
provocou doenças cardiovasculares, hepáticas e do sistema nervoso nos empregados que fizeram
o desmonte e a reciclagem das baterias.
E. Na categoria conhecida como e-lixo, estão inclusos: refrigeradores, máquinas de lavar, micro-
ondas, televisores, computadores, smartphones, tablets, mensagens de e-mail, drones, pilhas,
baterias, cartuchos e toners.
Justificativa.
Questão 25.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os fragmentos dos textos a seguir. O primeiro aborda a lenda das cobras Norato e Caninana. O
segundo apresenta a definição da lenda como gênero textual.
Texto 1
No paranã do Cachoeiri, entre o Amazonas e o Trombetas, nasceram Honorato e sua irmã Maria,
Maria Caninana.
A mãe sentiu-se grávida quando se banhava no rio Claro. Os filhos eram gêmeos e vieram ao mundo
na forma de duas serpentes escuras.
Cobra Norato era forte e bom. Nunca fez mal a ninguém.
Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, atacava os
mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos.
34
No porto da Cidade de Óbitos, no Pará, vive uma serpente encantadora, dormindo, escondida na
terra, com a cabeça debaixo do altar da Senhora Sant'Ana, na Igreja que é da mãe de Nossa
Senhora. ... se a serpente acordar, a Igreja cairá. Maria Caninana mordeu a serpente para ver a
Igreja cair. A serpente não acordou, mas se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz de
Óbidos.
Cobra Norato matou Maria Cananina porque ela era violenta e má. E ficou sozinho, nadando nos
igarapés, nos rios, no silêncio dos paranãs.
CASCUDO, L. C. Lendas brasileiras para jovens. São Paulo: Global, 2015.
Texto 2
Lenda: narrativa ou crendice acerca de seres maravilhosos ou encantatórios, de origem humana ou
não, existente no imaginário popular. Trata-se de história, também chamada legenda, cheia de
mistério e fantasia, de origem no conto popular, que nasceu com o objetivo de explicar
acontecimentos que teriam causas desconhecidas. Nessa busca do maravilhoso, o ser humano
sempre procurou dar sentido à movimentação dos astros, à migração de animais, aos fenômenos
naturais, etc.
Essa narrativa de caráter maravilhoso pode também se referir a um fato histórico que, centralizado
em torno de algum herói popular (revolucionário, santo, guerreiro), se amplifica e se transforma sob
o efeito da invocação poética ou da imaginação popular. Desse modo, como o conto popular oral,
apresenta algumas características básicas: (i) rica em ações e situações antigas; (ii) permanência no
tempo; (iii) de autoria anônima ou desconhecida; (iv) transmissão e divulgação de geração em
geração entre pessoas e comunidades; (v) convergência das ações para o tema ou foco da lenda,
como a busca, por exemplo, de um mundo feliz, de paz, de justiça, etc.; (vi) sequência lógica no
tempo e no espaço narrativo; (vii) destaque de algum personagem por seus poderes sobrenaturais
ou atos de heroísmo; (viii) relação direta da história com o momento histórico da região e da
comunidade que a cria; (ix) final emblemático, com desenlace maravilhoso ou extraordinário.
COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
35
Questão 26.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto a seguir.
Bolo de rolo
O bolo de rolo, uma espécie de rocambole com camadas finíssimas de pão-de-ló, é um doce
brasileiro, originário de Pernambuco, reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do Estado, em
2007, pela Lei Ordinária Nº 379.
Considerado como uma das especialidades típicas da cozinha pernambucana, assim como o famoso
bolo Souza Leão (também reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco, em
2008), o bolo de rolo derivou-se do bolo português conhecido como colchão de noiva, que era
recheado com amêndoas. No Brasil, o colchão de noiva foi se transformando e sofrendo adaptações
devido à falta de ingredientes das receitas originais na região Nordeste.
O recheio de amêndoas acabou sendo substituído por goiabada, de preferência feita em casa. A
massa passou a ser enrolada em camadas cada vez mais finas. Ao final, o bolo ficou parecido com
um rolo, daí a origem do seu nome.
Era servido como sobremesa ou lanche. Um visitante ilustre não poderia sair de uma casa sem
degustar uma fatia de bolo de rolo. Dessa maneira, foi sendo utilizado como forma de estreitar os
laços de amizades, como forma de agradecimento, como presente e até para “amolecer corações”.
Até o papa João Paulo II, quando da visita ao Recife, em 1980, provou uma fatia.
Passando a ser cada vez mais conhecido e divulgado, o bolo de rolo ganhou fama e começou a ser
feito em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro, embora o original de Pernambuco
guarde características diferentes tanto no sabor como na maneira de fazer. Turistas, e até pessoas
de outros estados, "encomendam" o doce a algum amigo ou parente quando têm oportunidade.
Hoje, o bolo de rolo e o Souza Leão são receitas protegidas, conservadas e valorizadas por sua
importância histórica, cultural e gastronômica para o país.
Disponível em <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=468&Itemid=1>. Acesso em 03 ago. 2018 (com
adaptações).
36
Questão 27.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a matéria a seguir, publicada na edição Nº 269 da revista Pesquisa FAPESP.
Ciência em tirinhas
Por integrar imagem e texto de forma sintética e envolvente, a linguagem das HQs (Histórias em
Quadrinhos) tem sido utilizada com frequência para traduzir resultados de pesquisas complexas para
o público leigo e os jovens em particular. O Conselho Europeu de Pesquisa (ERC) – que apoia grupos
de pesquisa de excelência e investe 17% dos €77 bilhões do orçamento do Horizonte 2020, principal
programa científico da União Europeia – também tem uma linha específica para apoiar a produção de
HQs científicas. Trata-se do programa ERCOMICS, que financia quadrinhos on-line (webcomics)
inspirados em projetos realizados no âmbito do ERC. Um deles é Brain Trippers, que narra a jornada
de pequenos alienígenas que chegam à Terra e invadem um cérebro com a missão de entender
como funciona a mente humana. (…) “Embora seja difícil medir a influência dos quadrinhos na
população, minha experiência sugere que as HQs de ciência podem ter, entre o público em geral,
resultados didáticos similares aos obtidos em salas de aula”, disse Farinella em entrevista à Pesquisa
FAPESP. Além de pesquisador, Farinella é ilustrador e coautor de Neurocomic, uma novela gráfica
que desvenda os principais mecanismos do funcionamento do cérebro e acaba de ser lançada no
Brasil. A obra é repleta de metáforas visuais: em uma das páginas, o cérebro torna-se uma central
telefônica que recebe chamadas de várias partes do corpo. “O desafio é trocar palavras por
ilustrações. Sempre que possível, prefiro mostrar, em vez de descrever com palavras”.
37
Justificativa.
Questão 28.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
O infográfico a seguir, apresentado pelo IBGE e publicado pelo jornal O Globo, apresenta o
comportamento do desempenho da indústria brasileira entre os anos de 2014 e 2016. Nesse
infográfico, mostram-se as quedas percentuais da produção industrial em relação ao mês anterior.
38
II. A queda de desempenho menos intensa para o setor industrial foi registrada em dezembro de
2016, com índice de -0,1%.
III. No período representado no gráfico, a queda da produção acumulada para a indústria geral foi
de 16,9%, sendo as indústrias de bens de capital e de consumo de bens duráveis as mais
afetadas.
IV. A queda menos intensa em dezembro de 2016 foi um indicativo seguro de que indústria brasileira
teve um comportamento de desempenho positivo nos períodos subsequentes.
Está correto o que se afirma em
A. I, II e III, apenas. B. I, II, III e IV. C. II, III e IV, apenas.
D. I e II, apenas. E. II e III, apenas.
Justificativa.
Questão 29.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto 1, do livro Os nascimentos, de Eduardo Galeano, que narra pensamentos e mitos dos
povos pré-colombianos, e o texto 2, da filósofa Marliena Chauí.
Texto 1
O FOGO
As noites eram de gelo e os deuses tinham levado o fogo embora. O frio cortava a carne e as
palavras dos homens. Eles suplicavam, tiritando, com a voz quebrada; e os deuses se faziam de
surdos.
Uma vez lhes devolveram o fogo. Os homens dançaram de alegria e alçaram cânticos de gratidão.
Mas, de repente, os deuses enviaram chuva e granizo e apagaram as fogueiras.
Os deuses falaram e exigiram: para merecer o fogo, os homens deveriam abrir peitos com um
punhal de pedra e entregar corações.
Os índios quichés ofereceram o sangue de seus prisioneiros e se salvaram do frio.
Os cakchiqueles não aceitaram o preço. Os cakchiqueles, primos dos quichés e também herdeiros
dos maias, deslizaram com pés de pluma através da fumaça, roubaram o fogo e o esconderam nas
covas de suas montanhas.
GALEANO, E. Os nascimentos. Porto Alegre: LP&M, 2010.
39
Texto 2
O antropólogo Claude Lévi-Strauss estudou o “pensamento selvagem” para mostrar que os
chamados selvagens não são atrasados nem primitivos, mas operam com o pensamento mítico. O
mito e o rito, escreve Lévi-Strauss, não são lendas nem fabulações, mas uma organização da
realidade a partir da experiência sensível enquanto tal. Para explicar a composição de um mito, Lévi-
Strauss refere-se a uma atividade que existe em nossa sociedade e que, em francês, se chama
bricolage. O que faz um bricoleur, ou seja, quem pratica bricolage? Produz um objeto novo a partir
de pedaços e fragmentos de outros objetos. Vai reunindo, sem um plano muito rígido, tudo o que
encontra e que serve para o objeto que está compondo. O pensamento mítico faz exatamente a
mesma coisa, isto é, vai reunindo as experiências, as narrativas, os relatos, até compor um mito
geral. Com esses materiais heterogêneos, produz a explicação sobre a origem e a forma das coisas,
suas funções e suas finalidades, os poderes divinos sobre a Natureza e sobre os humanos. O mito
possui, assim, três características principais, citadas a seguir.
1. Função explicativa: o presente é explicado por alguma ação passada cujos efeitos permaneceram
no tempo. Por exemplo, uma constelação existe porque, no passado, crianças fugitivas e famintas
morreram na floresta e foram levadas ao céu por uma deusa que as transformou em estrelas; as
chuvas existem porque, nos tempos passados, uma deusa apaixonou-se por um humano e, não
podendo unir-se a ele diretamente, uniu-se pela tristeza, fazendo suas lágrimas caírem sobre o
mundo etc.
2. Função organizativa: o mito organiza as relações sociais (de parentesco, de alianças, de trocas, de
sexo, de idade, de poder, etc.) de modo a legitimar e garantir a permanência de um sistema
complexo de proibições e permissões. Por exemplo, um mito como o de Édipo existe (com narrativas
diferentes) em quase todas as sociedades selvagens e tem a função de garantir a proibição do
incesto, sem a qual o sistema sociopolítico, baseado nas leis de parentesco e de alianças, não pode
ser mantido.
3. Função compensatória: o mito narra uma situação passada, que é a negação do presente e que
serve tanto para compensar os humanos de alguma perda como para garantir-lhes que um erro
passado foi corrigido no presente, de modo a oferecer uma visão estabilizada e regularizada da
Natureza e da vida comunitária. Por exemplo, entre os mitos gregos, encontra-se o da origem do
fogo, que Prometeu roubou do Olimpo para entregar aos mortais e permitir-lhes o desenvolvimento
das técnicas. Numa das versões desse mito, narra-se que Prometeu disse aos homens que se
protegessem da cólera de Zeus realizando o sacrifício de um boi, mas que se mostrassem mais
astutos do que esse deus, comendo as carnes e enviando-lhe as tripas e gorduras. Zeus descobriu a
artimanha e os homens seriam punidos com a perda do fogo se Prometeu não lhes ensinasse uma
nova artimanha: colocar perfumes e incenso nas partes dedicadas ao deus.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994 (com adaptações).
40
Justificativa.
Questão 30.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge a seguir.
Disponível em <https://www.facebook.com/photo.php?fbid=218228768604968&set=a.122730144821498.1073741829.100012535396791&type=3&theater>.
Acesso em 25 jul. 2018.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A charge, ao ilustrar o mapa do Brasil rachado, propõe o separatismo das regiões do país
como possível solução para os problemas que atingem a nação.
II. A charge apresenta o Brasil como um país separado pelas desigualdades sociais.
III. A charge tem por objetivo mostrar que o país está em um buraco e que a crise que vivemos
afeta igualmente ricos e pobres.
É correto o que se afirma somente em
A. I. B. II. C. III. D. II e III. E. I e II.
41
Justificativa.
Questão 31.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge e o texto com dados do IBGE, de 26.04.2018.
42
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A charge mostra um cenário promissor em termos de ocupação para a população, que,
conforme os dados do IBGE, está envelhecendo.
II. De acordo com o texto, os idosos representam 18% da população brasileira.
III. O texto afirma que a melhoria nas condições de saúde da população é um dos fatores
responsáveis pelo aumento da expectativa de vida e, portanto, pelo envelhecimento
populacional.
É correto o que se afirma em
A. I e III, apenas. B. II, apenas. C. III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III.
Justificativa.
Questão 32.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Os gráficos a seguir apresentam a evolução das porcentagens de diferentes impostos, em relação ao
total de impostos, na Argentina e no Brasil. Nos eixos verticais, temos a porcentagem em relação ao
total de impostos e, nos eixos horizontais, o ano.
43
I. Depois de 2010, tanto a Argentina quanto o Brasil apresentaram tendência de queda nos
percentuais de impostos sobre bens e serviços em relação ao total de impostos.
II. De 1990 a 2000, a taxa de crescimento dos percentuais dos impostos sobre lucros e
rendimentos em relação ao total de impostos foi maior na Argentina do que no Brasil.
III. Os dados apresentados permitem concluir que, com exceção dos impostos relativos aos
lucros e aos rendimentos, a carga tributária na Argentina é maior do que a do Brasil.
É correto o que se afirma em
A. I e II, apenas. B. II e III, apenas. C. I e III, apenas. D. II, apenas. E. I, II e III.
Justificativa.
Questão 33.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os textos a seguir.
Texto 1
Texto 2
O número de brasileiros em situação de extrema pobreza aumentou 11,2% de 2016 para 2017,
aponta um levantamento realizado a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad
Contínua) do IBGE.
44
De acordo com o estudo, ao todo, 14,83 milhões de pessoas viviam com até 136 reais mensais em
2017, linha de corte adotada pelo Banco Mundial para países de desenvolvimento médio a alto e
seguida pelos pesquisadores.
Tais dados contrastam com os indicadores macroeconômicos. Após dois anos de retração, o Produto
Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1% em 2017, enquanto a inflação oficial fechou o ano em
2,95%, a menor taxa desde 1998.
De acordo com economistas de diferentes correntes, a análise do tema passa, necessariamente,
pela taxa de desemprego. No ano passado, a desocupação média ficou em 12,7%, a maior taxa
registrada desde 2012.
Bruno Ottoni, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas
(FGV IBRE) e do IDados, recorre à evolução demográfica da população brasileira para detalhar a
trajetória negativa tanto da renda quanto do desemprego, apesar do crescimento econômico.
Acredita, ainda, que o mau desempenho econômico tenha impacto maior do que cortes de
programas sociais feitos pelo governo. Segundo ele, “a chave para interromper essa lamentável
trajetória social é mudar drasticamente o modelo econômico que vem sendo adotado pelo governo”.
Disponível em <https://www.cartacapital.com.br/economia/o-que-explica-o-aumento-da-pobreza-extrema-no-brasil>. Acesso em 29 ago. 2018 (com
adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. No último quadrinho, a ideia proposta pela personagem Susanita consegue apenas solucionar
o mal-estar que a pobreza provoca em pessoas que a veem, mas não resolve a questão
social.
II. O texto 2 aponta que, se houver crescimento do PIB acima da inflação, a pobreza será
erradicada.
III. De acordo com o texto 2, a pobreza atinge 11,2% da população.
É correto o que se afirma somente em
A. I e II. B. II. C. III. D. I. E. I e III.
Justificativa.
Questão 34.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os textos 1 e 2 a seguir.
Texto 1
Entre transgressão e arte
Christina Queiroz
Representação gráfica entre a letra e o símbolo, o “pixo” é um elemento visual que permeia a
paisagem paulistana. Pode ser visto em marquises, muros, casas e edifícios, comerciais e
residenciais. Em projeto de pesquisa recém-concluído, o antropólogo Alexandre Barbosa Pereira
analisou “pixações” feitas em diversas regiões da cidade desde os anos 1980. Nesse percurso,
constatou como jovens de periferia envolvidos com a atividade, caracterizada como gênero de arte
45
urbana cuja essência está em ir além das regras do espaço público, conseguiram obter
reconhecimento em circuitos artísticos nacionais e estrangeiros, apesar da relação de tensão
permanente com o Estado e suas esferas institucionais.
O pesquisador explica que os integrantes do movimento diferenciam o conceito de pixação (com “x”)
de pichação (com “ch”). Enquanto a palavra grafada com “ch” se refere a frases e inscrições legíveis,
o vocábulo com “x” diz respeito à grafia que é entendida apenas pelos integrantes do movimento.
Além disso, envolve articulação em grupos, muitos deles da periferia, que buscam lugares de grande
visibilidade e acesso difícil para deixar marcas individuais ou coletivas e, com isso, questionar a
maneira como a paisagem urbana se estrutura. Qualquer tipo de pichação (ou pixação) é
considerada crime ambiental, conforme dispõe a Lei federal Nº 9.605/98. Além de multa, está
prevista pena de três meses a um ano de prisão aos autores de pichação e grafites não autorizados.
As penalidades são maiores quando envolvem edificações tombadas pelo patrimônio histórico.
Estudioso do tema há mais de 15 anos, Pereira, que integra a Rede de Pesquisa Luso-Brasileira em
Artes e Intervenções Urbanas, explica que a pichação, com rabiscos e frases feitas ao acaso, sempre
existiu em São Paulo, porém identifica que a prática se intensificou a partir dos anos 1970, com
versos poéticos escritos em muros e manifestações contra a ditadura. O início da pixação, no
entanto, é mais recente. Surgiu nos anos 1980, por influência de movimentos como punk, heavy
metal, hip hop e de skatistas.
Ao reconhecer a transgressão como parte intrínseca da história do urbanismo, Carlos Zibel, professor
aposentado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP),
lembra que escavações em Pompeia revelaram, nas paredes da cidade italiana soterrada pela
erupção de um vulcão no ano 79 d.C., pichações em grafita e piche feitas contra senadores. “As
linguagens do grafite e do pixo passaram a integrar o repertório da arte contemporânea, mas isso
não elimina as tensões que a pixação indevida gera no espaço urbano. Justamente pelo caráter
transgressor, os pixadores desempenham papel importante na investigação dos limites artísticos”,
conclui.
Disponível em <http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/07/04/entre-transgressao-e-arte>. Acesso em 05 ago. 2018 (com adaptações).
Texto 2
46
É correto o que se afirma apenas em
A. I e II. B. II e IV. C. I, II e III.
D. I, III e IV. E. II, III e IV.
Justificativa.
Questão 35.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a reportagem e o gráfico a seguir, publicados na edição Nº 265 da revista Pesquisa Fapesp.
Estratégia de entrada
Em menos de uma década, nova dinâmica dos fluxos migratórios e características da
legislação fizeram solicitações de refúgio no Brasil crescer 34 vezes
Entre 2010 e 2017, as solicitações de refúgio no Brasil passaram de 966 para 33 mil ao ano. Se, no
início desta década, os haitianos eram os responsáveis pela maior parte das solicitações (442, ou
46%), atualmente o fluxo dos venezuelanos representa a maior demanda, somando 17 mil pedidos
encaminhados ao governo brasileiro apenas no ano passado. (...)
Para ter o reconhecimento do status de refugiado, o imigrante deve comprovar que sofre “fundados
temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões
políticas ou grave e generalizada violação de direitos humanos” em seu país de origem.
O processo de entrada de haitianos, a partir de 2010, permite entender como a modalidade do
refúgio, em algumas situações, pode funcionar como estratégia de ingresso no Brasil. Os haitianos
chegaram após o terremoto ocorrido naquele ano e que provocou a morte de 316 mil pessoas no
país caribenho. Os primeiros imigrantes cruzaram a fronteira pelo Acre ou Amazonas. Em 2010, 442
haitianos solicitaram refúgio. Em 2011, foram 2,5 mil. Enquanto aguardavam julgamento, todos
tiveram direito a residência e carteira de trabalho. (...) Entre 2012 e 2014, as solicitações de refúgio
de haitianos saltaram de 3,3 mil para 16,7 mil.
Reportagem publicada em fevereiro de 2018 pelo jornal O Globo, com base em informações da
Polícia Federal, mostrou que, em 45 dias, 18 mil venezuelanos solicitaram refúgio, valor superior ao
total registrado em todo o ano de 2017. Estima-se hoje que entre 40 mil e 60 mil venezuelanos
vivam em Boa Vista, município com 350 mil habitantes e capital de Roraima, estado que faz fronteira
com a Venezuela. Nem todos, no entanto, desejam se estabelecer no Brasil. “Alguns tentam
permanecer próximos à fronteira, para levar dinheiro, alimentos e remédios e visitar familiares que
ficaram no país de origem, enquanto outros planejam regressar à Venezuela”, avalia João Carlos
Jarochinski Silva, professor de relações internacionais da UFRR. (...) “Muitos venezuelanos imigram
ao Brasil para fugir da fome, da inflação e da violência, porém outros abandonam o país de origem
porque sofrem perseguição política, o que garante o reconhecimento como refugiado. O governo
precisa analisar cada caso individualmente antes de deferir o pedido”, explica. O aumento do fluxo
de solicitações de refúgio por parte de venezuelanos é recente e a maioria das demandas ainda não
foi julgada.
47
Disponível em <http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/03/20/estrategia-de-entrada/>. Acesso em 05 ago. 2018 (com adaptações).
48
Questão 36.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto a seguir.
Autoridades pedem que americanos parem de lavar e reutilizar camisinhas.
Camisinhas são feitas para serem usadas uma única vez, mas muita gente pelo visto não
sabe disso.
Uma das principais agências de saúde pública do mundo, o Centro de Controle e Prevenção de
Doenças (CDC na sigla em inglês), nos Estados Unidos, recentemente viu a necessidade de emitir um
alerta à população. "Estamos falando porque as pessoas fazem isso: não lavem nem reusem
#camisinhas. Use uma nova a cada ato #sexual", publicou a agência, ligada ao Departamento de
Saúde e Serviços Humanos do governo em sua conta no Twitter.
"Enquanto algumas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) podem ser curadas com antibióticos,
se não são diagnosticadas e tratadas, podem trazer sérias consequências à saúde, como
infertilidade, gravidez ectópica (gravidez anormal que ocorre fora do útero), morte do feto e risco
aumentado de transmissão de HIV", diz o site do CDC. Uma revisão de estudos científicos publicada
em 2012 identificou 14 erros comuns no uso de camisinha. O reuso do preservativo em um mesmo
ato sexual foi identificado em quatro estudos diferentes. De 1,4% a 3,3% dos participantes relatou
já ter feito isso.
Reutilizar uma camisinha aumenta as chances de que ela se rompa. E lavá-la com água e sabão não
adianta para livrá-la totalmente de vírus, bactérias ou esperma. Entre outras falhas frequentes, estão
colocar o preservativo no meio do ato sexual ou tirá-lo antes de acabar e não desenrolar a camisinha
por completo. Ou não apertar a ponta para tirar o ar que pode ficar preso ali, não checar para ver se
o preservativo está danificado de alguma forma ou ainda colocá-lo do lado errado, retirá-lo, virá-lo e
usar o mesmo preservativo em seguida.
O uso correto e constante de preservativos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
reduz em 80% ou mais risco de uma pessoa pegar DSTs, HIV e hepatite viral. O CDC recorda ainda
que este método protege de outras doenças que também podem ser transmitidas dessa forma, como
zika e ebola. A camisinha também é 98% eficaz na prevenção de gravidez quando usada
corretamente, mas esse índice pode cair para 85% em situações cotidianas, com seu manuseio
equivocado.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-45026901>. Acesso em 01 ago. 2018 (com adaptações).
49
Questão 37.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
A tabela a seguir contém dados referentes à taxa de desemprego no Brasil nos anos de 2016 e 2017,
de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esses dados
estão expressos como porcentagem da população brasileira, que era de aproximadamente 206
milhões de habitantes em 2016 e de 207,7 milhões de habitantes em 2017.
50
Questão 38.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a tirinha e o texto a seguir.
51
É correto o que se afirma apenas em
A. III. B. II. C. III e IV. D. I e IV. E. I, III e IV.
Justificativa.
Questão 39.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os textos a seguir.
Texto 1
Chimamanda Adichie é uma escritora nigeriana que, quando criança, convivia com Fide, um menino
que trabalhava na sua casa e tudo o que ela sabia sobre ele, pelas palavras de sua mãe, é que ele
era muito pobre; porém Chimamanda ficou surpresa ao ver um cesto feito pelo irmão de Fide, numa
visita que ela fez à aldeia do menino. “Tudo o que eu tinha ouvido sobre eles era como eram
pobres, assim havia se tornado impossível para mim vê-los como alguma coisa além de pobres. Sua
pobreza era minha história única sobre eles”, Chimamanda afirma em sua palestra sobre o perigo
de uma única história, quando toda a complexidade de uma pessoa e de seu contexto é reduzido a
um único aspecto.
SADA, J. Eu e o outro: o perigo da história única. Disponível em <http://educacaointegral.org.br/reportagens/eu-outro-perigo-da-historia-unica/>. Acesso em
03 ago. 2018 (com adaptações).
Texto 2
Você já ouviu falar em um projeto de lei que cria uma cota para homossexuais em concursos
públicos? Ou alguém te enviou pelo WhatsApp um alerta de que pagará multa de R$ 150 se perder
o prazo de cadastramento da biometria para votar em 2018? Se a resposta for sim, você foi alvo
das fake news. O termo foi escolhido como palavra do ano de 2017, pelo dicionário da editora
britânica Collins, e designa notícias fabricadas para enganar pessoas. Esse tipo de mentira já teve
protagonismo nas eleições americanas e deve causar impacto semelhante no pleito brasileiro.
MONNERAT, A.; RIGA, M.; RAMOS, P.; Fake news devem causar impacto em eleições de 2018 . Disponível em
<http://infograficos.estadao.com.br/focas/politico-em-construcao/materia/fake-news-devem-causar-impacto-em-eleicoes-de-2018>. Acesso em 03 ago. 2018
52
Justificativa.
Questão 40.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto, publicado pela Folha de S. Paulo em 14 de setembro de 2018, e o gráfico a seguir.
IDH do Brasil estagna, e país fica na 79ª posição no ranking da ONU
Aumento na renda fez índice subir 0,001 ponto e chegar a 0,759
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil subiu 0,001 ponto em 2017 na comparação
com 2016, chegando a 0,759 numa escala que varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, maior o
desenvolvimento humano. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), um incremento de 0,14% na renda média per capita do brasileiro garantiu que o país
continuasse avançando, mesmo timidamente, no desenvolvimento humano em 2017, apesar das
desigualdades no acesso da população à saúde, educação e perspectivas econômicas ainda
persistirem.
O novo índice manteve o Brasil na 79ª posição no ranking que inclui 189 países. Na América Latina,
o país ocupa o 5º lugar, perdendo para Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela. O IDH da média
regional da América Latina e Caribe é de 0,758.
AJUSTES
Quando o órgão inclui na conta um ajuste com relação a desigualdades de renda, saúde e educação,
o IDH brasileiro despenca para 0,578.
O Brasil tem o 9º pior coeficiente de Gini - que mede exclusivamente a renda - na comparação
mundial. Entre os países da América do Sul, o Brasil é o terceiro mais afetado por esse ajuste da
desigualdade, ficando atrás do Paraguai e da Bolívia.
Na relação com dados colhidos desde 1990, o país registrou um crescimento de 0,81% da taxa anual
do IDH, com acréscimo de mais de 10 anos na expectativa de vida, que passou a ser de 75,7 anos, e
de 3,2 anos na expectativa de tempo de escolaridade de crianças a partir do ingresso nas escolas em
idade regular. A média de estudos de adultos com 25 anos ou mais passou de 3,8 anos para 7,8
anos, e a renda média dos brasileiros neste mesmo período cresceu 28,6%.
MUNDO
Noruega (0,953), Suíça (0,944), Austrália (0,939), Irlanda (0,938) e Alemanha (0,936) lideram o
ranking com os melhores resultados. Os cinco últimos países no ranking são: Burundi (0,417), Chade
(0,404), Sudão do Sul (0,388), República Centro-Africana (0,367) e Níger (0,354).
A Irlanda registrou um dos maiores crescimentos ao subir 13 posições de 2012 para 2017. Violência,
conflitos armados e crises internas fizeram com que países como Síria, Líbia, Iêmen e Venezuela
registrassem as maiores quedas do índice, respectivamente, 27, 26, 20 e 16 posições.
Considerando a realidade de 1990, o IDH global aumentou 21,7% e o número de países classificados
como de “muito alto desenvolvimento humano” aumentou de 12 para 59 e os de “baixo
desenvolvimento humano” caiu de 62 para 38 neste período.
A expectativa de vida das pessoas, ao nascer, passou de 65,4 anos em 1990 para 72,2 anos em
2017, e mais de 130 países conseguiram universalizar as matrículas de crianças no ensino primário.
Mundialmente, a diferença na distribuição de renda chega a 22,6%, enquanto as desigualdades nos
ganhos em educação são de 22% e em saúde, 15,2%.
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/idh-do-brasil-estagna-e-pais-fica-na-79a-posicao-no-ranking-da-onu.shtml>. Acesso em 14
set. 2018.
53
Disponível em <https://g1.globo.com/mundo/noticia/em-79-lugar-brasil-estaciona-no-ranking-de-desenvolvimento-humano-da-onu.ghtml>. Acesso em 19 set.
2018.
Questão 41.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto a seguir.
Sustentabilidade da Amazônia é fator-chave para frear mudanças climáticas
Karina Toledo - Agência FAPESP
O combate ao desmatamento da Amazônia e a promoção de iniciativas de reflorestamento em larga
escala visando a aumentar o armazenamento de carbono na biosfera terrestre são estratégias
essenciais para evitar o agravamento das mudanças climáticas, segundo avaliação feita pelos
participantes da 5ª Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas Globais na tarde de terça-feira
(05/06/2018).
O painel dedicado ao tema “Florestas Tropicais e Sustentabilidade” foi coordenado por Thelma Krug,
membro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e vice-presidente do Painel
54
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A pesquisadora apresentou dados divulgados
em 2014, no Quinto Relatório de Avaliação do IPCC, e destacou a importante contribuição das
florestas tropicais como sumidouros de carbono, ou seja, para a absorção de parte do CO2 emitido
pelas atividades humanas.
“Das emissões totais anuais, 30% aproximadamente acabam retornando para a biosfera terrestre e
outros 30% são sequestrados pelos oceanos. Cerca de 40% permanecem na atmosfera. O CO2 é
considerado um dos gases mais críticos, pois cerca de 30% permanecem por mais de cem anos na
atmosfera”, disse.
Segundo Krug, na última década, houve mudança significativa nas fontes de emissões antrópicas de
CO2 devido a dois fatores principais: iniciativas de reflorestamento em larga escala adotadas na
China e a significativa queda no desmatamento da Amazônia registrada a partir de 2004. “O
desmatamento era o nosso grande vetor de emissões e hoje passou a ser a agricultura e a geração
de energia”, afirmou.
Krug lembrou ainda que, na conferência que antecedeu a assinatura do Acordo de Paris, em 2015, o
Brasil comprometeu-se a reduzir em 37% as emissões até 2025, tendo como ponto de partida as
emissões de 2005, podendo chegar à redução de 43% até 2030.
“O Brasil fez o exercício de dizer como seria possível atingir essa meta e a mudança no uso da terra
tem contribuição significativa. Isso inclui combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, recuperação
de florestas e áreas degradadas e reflorestamento”, disse.
Carlos Nobre, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas,
falou sobre como os impactos causados pela mudança no uso da terra podem prejudicar a
capacidade da floresta amazônica de se autossustentar.
Nobre comentou sobre sua participação em pesquisas que permitiram levantar a hipótese da
savanização da floresta. Segundo essa teoria, se o desmatamento atingir determinado limite, em
torno de 40%, a alteração no clima regional será tão profunda que a área desmatada nunca voltará
a ser uma floresta e assumirá características de savana.
Falou ainda sobre projeções mais recentes que levaram em conta, além do desmatamento, outros
fatores que começaram a impactar o ciclo hidrológico amazônico, como as mudanças climáticas e o
uso indiscriminado do fogo por agropecuaristas durante períodos secos – com o objetivo de eliminar
árvores derrubadas e limpar áreas para transformá-las em lavouras ou pastagens.
Segundo Nobre, a combinação desses três fatores indica que o novo ponto de inflexão a partir do
qual ecossistemas na Amazônia Oriental, Sul e Central podem deixar de ser floresta seria atingido se
o desmatamento alcançar entre 20% e 25% da floresta original – algo que está muito perto de
ocorrer, segundo o pesquisador.
“Até 2004, havia uma ideia clara entre os economistas de que o desmatamento era controlado pela
demanda de grãos e proteína animal e de que a economia controlava a taxa de ocupação na
Amazônia. Mas tivemos uma política muito bem-sucedida a partir de 2004, reforçada em 2008, e
com muita vigilância e conscientização o desmatamento despencou. No entanto, o preço da carne e
da soja continuou a subir, e a produção agrícola só aumentou no período. Isso mostra que há um
desacoplamento entre os dois fatores”, disse.
Mortes precoces
Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), também destacou a
importância da ciência para extinguir o desmatamento na maior floresta tropical do planeta.
Segundo o pesquisador, a área já desmatada equivale a duas vezes o tamanho da Alemanha ou do
Estado de São Paulo – cerca de 74 milhões de hectares. Desse total, 65% são usados em pastagens
de baixa eficiência.
“O desmatamento ocorrido entre 2007 e 2016 [7.502km2] adicionou R$453 milhões em valor bruto
da produção agropecuária, o que equivale a 0,013% do Produto Interno Bruto (PIB) médio no
período”, disse.
Por outro lado, acrescentou, o desmate causou centenas de mortes precoces devido às queimadas e
um gasto de R$ 15 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS) com o tratamento de doenças
relacionadas à fumaça, gerou conflitos sociais e provocou aumento de 0,5ºC nas temperaturas da
bacia do Xingu. “Não há motivos que justifiquem a derrubada da floresta. Sabemos como fazer, já
derrubamos as taxas. Mas agora estamos estagnados”, afirmou.
Disponível em <http://agencia.fapesp.br/sustentabilidade-da-amazonia-e-fator-chave-para-frear-mudancas-climaticas/27974/>. Acesso em 19 set. 2018 (com
adaptações).
55
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Desde 2014, observa-se queda no desmatamento da Amazônia, com a implantação de ações
de recuperação de florestas e áreas degradadas e de reflorestamento, mas isso não impediu
que o Brasil continuasse a contribuir com emissões de CO2 em função das atividades nos
campos da agropecuária e da geração de energia.
II. Segundo a teoria da savanização da floresta, quando o desmatamento alcança certo limite,
em torno de 40%, as mudanças no clima regional são suficientemente severas para que a
área desmatada não retorne a ser uma floresta e adquira características de savana. Por isso,
os compromissos assumidos pelo Brasil na conferência que antecedeu o Acordo de Paris, em
2015, não terão as consequências esperadas.
III. A área da Amazônia já desmatada, em torno de 74 milhões de hectares, é equivalente ao
dobro do tamanho da Alemanha ou do Estado de São Paulo. O desmatamento ocorrido entre
2007 e 2016 gerou perdas de R$453 milhões em valores brutos da produção agropecuária,
provocou aumento de 0,5ºC nas temperaturas da bacia do Xingu e causou centenas de
mortes precoces devido às queimadas, com gastos de R$15 milhões para o Sistema Único de
Saúde (SUS) no tratamento de doenças relacionadas à fumaça.
É correto o que se afirma apenas em
A. II. B. I e II. C. I e III.
D. II e III. E. I.
Justificativa.
Questão 42.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a reportagem a seguir, publicada na edição nº 428 da revista Saúde é Vital.
O elo entre zika vírus e microcefalia
Um dos dramas mais recentes na saúde brasileira foi o aparecimento do zika, vírus transmitido pelo
mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue. No Nordeste do país, o ataque do vírus se fez
sentir de uma maneira ainda mais trágica: ao infectar gestantes, o vírus induzia a malformação do
sistema nervoso do feto, provocando a chamada microcefalia. Figura central no estabelecimento
dessa associação foi a epidemiologista Celina Turchi, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela
capitaneou o estudo de caso, inédito no planeta, que confirmou as suspeitas de que o zika, e não
56
outros fatores, era responsável por alterações fisiológicas e estruturais no sistema nervoso dos bebês
em desenvolvimento. Estava batido o martelo: o vírus era o causador dos casos de microcefalia.
57
Justificativa.
Questão 43.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge a seguir.
58
Justificativa.
Questão 44.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2017 – com adaptações). Os britânicos decidiram sair da União Europeia (UE). A decisão do
referendo abalou os mercados financeiros em meio às incertezas sobre os possíveis impactos dessa
saída. Os gráficos a seguir apresentam, respectivamente, as contribuições dos países integrantes do
bloco para a UE, em 2014, que somam €144,9 bilhões, e a comparação entre a contribuição do
Reino Unido para a UE e a contrapartida dos gastos da UE com o Reino Unido.
Considerando o texto e as informações apresentadas nos gráficos acima, assinale a opção correta.
A. A contribuição dos quatro maiores países do bloco somou 41,13%.
B. O grupo “outros países” contribuiu para esse bloco econômico com 42,1%.
59
C. A diferença entre a contribuição do Reino Unido com a UE e o gasto da UE com o Reino Unido
representa 38,9% da contribuição do Reino Unido com a UE.
D. A soma das participações dos três países com maior contribuição para o bloco econômico supera
50%.
E. O percentual de participação do Reino Unido com o bloco econômico em 2014 foi de 17,8%, o
que o colocou entre os quatro maiores participantes.
Justificativa.
Questão 45.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge a seguir.
60
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e a relação entre elas.
O objetivo da charge é mostrar que, em épocas distintas, existem pessoas insatisfeitas por não
apresentarem o padrão de beleza socialmente determinado.
PORQUE
A charge mostra, em diferentes períodos históricos, meios pelos quais os padrões de beleza, que
dependem da época, são reforçados no imaginário social.
Assinale a alternativa correta.
A. A primeira asserção é falsa, e a segunda asserção é verdadeira.
B. A primeira asserção é verdadeira, e a segunda asserção é falsa.
C. As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira.
D. As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira.
E. As duas asserções são falsas.
Justificativa.
Questão 46.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2017) Hidrogéis são materiais poliméricos em forma de pó, grão ou fragmentos semelhantes
a pedaços de plástico maleável. Surgiram nos anos 1950, nos Estados Unidos da América e, desde
então, têm sido usados na agricultura. Os hidrogéis ou polímeros hidrorretentores podem ser criados
a partir de polímeros naturais ou sintetizados em laboratório. Os estudos com polímeros naturais
mostram que eles são viáveis ecologicamente, mas ainda não comercialmente.
No infográfico abaixo, explica-se como os polímeros naturais superabsorventes, quando misturados
ao solo, podem viabilizar culturas agrícolas em regiões áridas.
Por dentro dos hidrogéis
Saiba como funcionam os polímeros superabsorventes que ajudam a reter no solo, por mais tempo,
a água da chuva ou da irrigação.
61
Disponível em <http://www.revistapesquisa.fapesp.br>. Acesso em 18 jul. 2017 (com adaptações).
Questão 47.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2017 – com adaptações) Leia o texto a seguir.
O sistema de tarifação de energia elétrica funciona com base em três bandeiras. Na bandeira verde,
as condições de geração de energia são favoráveis, e a tarifa não sofre acréscimo. Na bandeira
amarela, a tarifa sofre acréscimo de R$0,020 para cada kWh consumido, e na bandeira vermelha,
condição de maior custo de geração de energia, a tarifa sofre acréscimo de R$0,035 para cada kWh
consumido. Assim, para saber o quanto se gasta com o consumo de energia de cada aparelho, basta
multiplicar o consumo em kWh do aparelho pela tarifa em questão.
Disponível em <http://www.aneel.gov.br>. Acesso em 17 jul.2017 (com adaptações).
62
Na tabela a seguir, são apresentadas a potência e o tempo de uso diário de alguns aparelhos
eletroeletrônicos usuais em residências.
Considerando as informações do texto, os dados apresentados na tabela, uma tarifa de R$0,50 por
kWh em bandeira verde e um mês de 30 dias, avalie as afirmativas a seguir.
I. Em bandeira amarela, o valor mensal do gasto com energia elétrica para um chuveiro de
3.500W seria de R$1,05 e de R$1,65 para um chuveiro de 5.500W.
II. Deixar um carregador de celular e um modem de internet em stand-by conectados na rede
de energia durante 24 horas por dia representa um gasto mensal de R$5,40 na tarifa de
energia elétrica em bandeira verde, e de R$5,78, em bandeira amarela.
III. Em bandeira verde, o consumidor gastaria mensalmente R$3,90 a mais na conta de energia
elétrica em relação a cada lâmpada incandescente usada no lugar de uma lâmpada LED.
É correto o que se afirma em
A. II, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas.
D. I e III, apenas. E. I, II e III.
Justificativa.
63
Questão 48.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2017) Sobre a televisão, considere a tirinha e o texto a seguir.
Texto 1
Texto 2
A televisão é este contínuo de imagens, em que o telejornal se confunde com o anúncio de pasta de
dentes, que é semelhante à novela, que se mistura com a transmissão de futebol. Os programas mal
se distinguem uns dos outros. O espetáculo consiste na própria sequência, cada vez mais
vertiginosa, de imagens.
PEIXOTO, N. B. As imagens de TV têm tempo? In: NOVAES, A. Rede imaginária: televisão e democracia. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (com
adaptações).
Com base nos textos 1 e 2, é correto afirmar que o tempo de recepção típico da televisão como
veículo de comunicação estimula a
A. contemplação das imagens animadas como meio de reflexão acerca do estado de coisas no
mundo contemporâneo, traduzido em forma de espetáculo.
B. fragmentação e o excesso de informação, que evidenciam a opacidade do mundo
contemporâneo, cada vez mais impregnado de imagens e informações superficiais.
C. especialização do conhecimento, com vistas a promover uma difusão de valores e princípios
amplos, com espaço garantido para a diferença cultural como capital simbólico valorizado.
D. atenção concentrada do telespectador em determinado assunto, uma vez que os recursos
expressivos próprios do meio garantem a motivação necessária para o foco em determinado
assunto.
E. reflexão crítica do telespectador, uma vez que permite o acesso a uma sequência de assuntos de
interesse público que são apresentados de forma justaposta, o que permite o estabelecimento de
comparações.
Justificativa.
64
Questão 49.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os quadrinhos e o texto do sociólogo Zygmunt Bauman.
Questão 50.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2017) Leia os textos a seguir.
65
A produção artesanal de panela de barro é uma das maiores expressões da cultura popular do
Espírito Santo. A técnica de produção pouco mudou em mais de 400 anos, desde quando a panela
de barro era produzida em comunidades indígenas. Atualmente, apresenta-se com modelagem
própria e original, adaptada às necessidades funcionais da culinária típica da região. As artesãs,
vinculadas à Associação das Paneleiras de Goiabeiras, do município de Vitória - ES, trabalham em um
galpão com cabines individuais preparadas para a realização de todas as etapas de produção. Para
fazer as panelas, as artesãs retiram a argila do Vale do Mulembá e do manguezal que margeia a
região e coletam a casca de Rhysophora mangle, popularmente chamada de mangue vermelho. Da
casca dessa planta, as artesãs retiram a tintura impermeabilizante com a qual acoitam as panelas
ainda quentes. Por tradição, as autênticas moqueca e torta capixabas, dois pratos típicos regionais,
devem ser servidas nas panelas de barro assim produzidas. Essa fusão entre as panelas de barro e
os pratos preparados com frutos do mar, principalmente a moqueca, pelo menos no estado do
Espírito Santo, faz parte das tradições deixadas pelas comunidades indígenas.
Disponível em <http://www.vitoria.es.gov.br>. Acesso em 14 jul. 2017 (com adaptações).
Como principal elemento cultural na elaboração de pratos típicos da cultura capixaba, a panela de
barro de Goiabeiras foi tombada, em 2002, tornando-se a primeira indicação geográfica brasileira na
área do artesanato, considerada bem imaterial, registrado e protegido no Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Livro de Registro dos Saberes e declarada patrimônio
cultural do Brasil.
SILVA, A. Comunidade tradicional, práticas e reconhecimento: narrativas contemporâneas do patrimônio cultural. 40º Encontro Anual da Anpocs. Caxambu,
2016 (com adaptações).
Atualmente, o trabalho foi profissionalizado e a concorrência para atender ao mercado ficou mais
acirrada, a produção que se desenvolve no galpão ganhou um ritmo mais empresarial, com maior
visibilidade publicitária, enquanto as paneleiras de fundo de quintal se queixam de ficarem ofuscadas
comercialmente depois que o galpão ganhou notoriedade.
MERLO, P. Repensando a tradição: a moqueca capixaba e a construção da identidade local. Interseções. Rio de Janeiro. V. 13, n. 1, 2011 (com adaptações).
66
Questão 51.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2017) Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) compõem uma agenda mundial
adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de
2015. Nessa agenda, representada na figura a seguir, são previstas ações em diversas áreas para o
estabelecimento de parcerias, grupos e redes que favoreçam o cumprimento desses objetivos.
Considerando que os ODS devem ser implementados por meio de ações que integrem a economia, a
sociedade e a biosfera, avalie as afirmativas a seguir.
I. O capital humano deve ser capacitado para atender às demandas por pesquisa e inovação em
áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável.
II. A padronização cultural dinamiza a difusão do conhecimento científico e tecnológico entre as
nações para a promoção do desenvolvimento sustentável.
III. Os países devem incentivar políticas de desenvolvimento do empreendedorismo e de
atividades produtivas com geração de empregos que garantam a dignidade da pessoa
humana.
É correto o que se afirma em
A. II, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. I e III, apenas. E. I, II e III.
67
Justificativa.
Questão 52.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2017) Leia o texto a seguir.
Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura de
2014, a agricultura familiar produz cerca de 80% dos alimentos no mundo e é guardiã de
aproximadamente 75% de todos os recursos agrícolas do planeta. Nesse sentido, a agricultura
familiar é fundamental para a melhoria da sustentabilidade ecológica.
Disponível em <http://www.fao.org>. Acesso em 29 ago. 2017 (com adaptações).
68
Questão 53.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto, fragmento da entrevista do filósofo Zygmunt Bauman ao jornal El País.
As redes sociais são uma armadilha
A diferença entre a comunidade e a rede é que você pertence à comunidade, mas a rede pertence a
você. É possível adicionar e deletar amigos, e controlar as pessoas com quem você se relaciona. Isso
faz com que os indivíduos se sintam um pouco melhor, porque a solidão é a grande ameaça nesses
tempos individualistas. Mas, nas redes, é tão fácil adicionar e deletar amigos que as habilidades
sociais não são necessárias. Elas são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com
quem se precisa ter uma interação razoável. Aí você tem que enfrentar as dificuldades, se envolver
em um diálogo [...] As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a
controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário,
para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de
suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são
muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha.
Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/30/cultura/1451504427_675885.html>. Acesso em 06 ago. 2017.
Questão 54.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto e a tirinha a seguir.
A criança também é educada pela mídia, principalmente pela televisão. Aprende a informar-se, a
conhecer – os outros, o mundo, a si mesmo – a sentir, a fantasiar, a relaxar, vendo, ouvindo,
‘tocando’ as pessoas na tela, que lhe mostram como viver, ser feliz e infeliz, amar e odiar. A relação
com a mídia eletrônica é prazerosa – ninguém obriga – é feita por meio da sedução, da emoção, da
exploração sensorial, da narrativa – aprendemos vendo as histórias dos outros e as histórias que os
outros nos contam.
MORAN, J. M.; MASSETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediações pedagógicas. Papirus: Campinas, 2012.
69
Disponível em <http://depositodocalvin.blogspot.com.br/>. Acesso em 02 ago. 2017.
Questão 55.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge.
70
A charge apresenta uma crítica
A. à falta de estrutura física nas escolas públicas.
B. à superlotação das salas de aula nas escolas públicas.
C. à doutrinação política realizada pelos professores da rede pública.
D. à violência na escola pública, principalmente a praticada pelos professores.
E. ao tipo de ensino que desconsidera o pensamento dos alunos.
Justificativa.
Questão 56.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge e o trecho de texto de Milton Santos.
De fato, para grande parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de
perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias
perdem em qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se generalizam
em todos os continentes. A mortalidade infantil permanece, a despeito dos progressos médicos e da
informação. A educação de qualidade é cada vez mais inacessível. Alastram-se e aprofundam-se
males espirituais e morais, como o egoísmo, o cinismo e a corrupção. A perversidade sistêmica que
está na raiz dessa evolução negativa da humanidade tem relação com a adesão desenfreada aos
comportamentos competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas. Todas essas
mazelas são direta ou indiretamente imputáveis ao presente processo de globalização.
SANTOS, M. Por uma outra globalização, do pensamento único à consciência universal . Rio de Janeiro: Record, 2001.
71
II. Para Milton Santos, a perversidade caracterizada pelas desigualdades é intrínseca à
globalização.
III. A charge destaca o aumento das ofertas de emprego promovido pela globalização, ao
contrário do texto, que afirma que o desemprego é crescente e crônico.
IV. A charge e o texto contrapõem-se ao discurso comum de que a globalização promove
igualdade e crescimento a todos os países e classes sociais.
É correto o que se afirma somente em
A. II e IV. B. I, II e IV. C. II, III e IV. D. I e III. E. II e III.
Justificativa.
Questão 57.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge e o texto da professora Íris Rodrigues Oliveira, da UFRJ.
A educação não pode, sozinha, instaurar um estatuto de ascensão social para quem quer que seja.
Não é fato comprovado cientificamente que alguém que tenha, por exemplo, curso universitário
ascenda social, econômica, emocionalmente. A educação tem que ser aberta para todos e possibilitar
que o homem tenha uma formação que o capacite a conhecer novos espaços, investir em novas
aventuras, sejam cognitivas, afetivas, econômicas, sociais, de todos os tipos.
O Brasil tem que lutar contra fortes indicadores de exclusão social, econômica e financeira. Quando
se fala em ascensão social, pensa-se em apenas uma das características, porque ninguém comprova
que uma ascensão econômica leva a uma social. O que é uma ascensão social? Como é que você se
sente incluído socialmente em uma cultura, em um grupo, em um lugar? Será que as pessoas de
bom nível econômico, emocional, afetivo têm, também, um bom nível social? Será que as que têm
bom nível social – que são aceitas socialmente e fazem parte de grupos – têm um nível econômico
que lhes permita atender minimamente as suas necessidades básicas? É uma questão para se
montar uma pesquisa e constatar, empiricamente, essas formulações.
72
O Brasil vive lutando com formas de incluir não apenas socialmente, mas também humanamente em
determinadas categorias. Dizer que a educação pública é para todos é uma falácia. Acompanhamos
estágios de alunos em escolas que são simulacros de escola; não vou dizer nem cópia, porque cópia
é até bom, mas um simulacro, algo ruim. Ambientes sem materiais de produção de qualidade, em
que os alunos não têm condição sequer de se relacionarem uns com os outros. Nem os professores
têm material didático-pedagógico e humano para promover aquela escola como um lócus da
formação do homem para conviver com outro homem e com os valores culturais dos quais ele é
herdeiro. Então o que tem que se fazer é investir mais no homem e deixar de se investir tanto em
partido político e organizações. A minha proposta é que a escola deixe de ser um problema de
governo e passe a ser um problema de Estado.
Disponível em <http://www.olharvirtual.ufrj.br/2006/imprimir.php?id_edicao=119&codigo=4>. Acesso em 15 set. 2017.
Questão 58.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o trecho da notícia e a charge.
Brasil é o 10º país mais desigual do mundo
País apresenta mais disparidades que vizinhos como Chile e México
Marcelo Corrêa
O Brasil é o décimo país mais desigual do mundo, segundo dados divulgados no Relatório de
Desenvolvimento Humano (RDH), elaborado pelas Nações Unidas. O levantamento usa como
referência o chamado Índice de Gini, uma forma de calcular a disparidade de renda. O indicador
varia de 0 a 1 — quanto menor, melhor. No Brasil, ficou em 0,515 em 2015, mesmo número
registrado pela Suazilândia, e maior do que vizinhos da América Latina, como Chile (0,505) e México
(0,482).
O ranking é liderado pela África do Sul, a nação mais desigual, com Gini de 0,634. Namíbia, com
0,610, e Haiti, com 0,608, completam o top 3. Todos esses três países têm Índice de
73
Desenvolvimento Humano (IDH) considerados baixos ou médios. O Brasil, que ficou estagnado em
2015, tem IDH de 0,754, considerado alto.
A Ucrânia destaca-se como país menos desigual, com Gini de 0,241. Slovênia (0,256) e Noruega
(0,259) completam a lista das economias com menores disparidades de renda.
A desigualdade social é apontada como um dos principais problemas do Brasil. Há vários anos, o
ranking de desenvolvimento humano mostra como o país seria prejudicado por esse desequilíbrio,
caso as disparidades fossem consideradas para calcular o IDH. No relatório mais recente, o Brasil
perderia 19 posições no ranking, com os ajustes pela desigualdade.
Disponível em <https://oglobo.globo.com/economia/brasil-o-10-pais-mais-desigual-do-mundo-21094828#ixzz4oN96HYQB>. Acesso em 17 jul. 2017 (com
adaptações).
Disponível em
<https://www.facebook.com/LinguagemGeografica/photos/a.462181793864622.1073741828.462133257202809/1412524115497047/?type=3&theater>.
Acesso em 03 jul. 2017.
74
Justificativa.
Questão 59.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o anúncio a seguir, obtido de uma campanha publicitária de uma rede de supermercados.
75
Justificativa.
Questão 60.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2016) Leia o texto a seguir.
O plágio é daqueles fenômenos da vida acadêmica a respeito dos quais todo escritor conhece um
caso, sobre os quais há rumores permanentes entre as conmunidades de pesquisa e com os quais o
jovem estudante é confrontado em seus primeiros escritos.
Trata-se de uma apropriação indevida de criação literária, que viola o direito de reconhecimento do
autor e a expectativa de ineditismo do leitor. Como regra, o plágio desrespeita a norma de atribuição
de autoria na comunidade científica, viola essencialmente a identidade da autoria e o direito
individual de ser publicamente reconhecido por uma criação. Por isso, apresenta-se como uma
ofensa à honestidade intelectual e deve ser uma prática enfrentada no campo da ética.
Na comunidade científica, o pastiche é a forma mais ardilosa de plágio, aquela que se autodenuncia
pela tentativa de encobrimento da cópia. O copista é alguém que repete literalmente o que admira.
O pasticheiro, por sua vez, é um enganador, aquele que se debruça diante de uma obra e a adultera
para, perversamente, aprisioná-la em sua pretensa autoria. Como o copista, o pasticheiro não tem
voz própria, mas dissimula as vozes de suas influências para fazê-las parecer suas.
DINIZ, D.; MUNHOZ, A. T. M. Cópia e pastiche: plágio na comunicação científica. Argumentum, Vitória (ES), ano 3, v.1, n.3, pp.11-28, jan/jun.2011 (com
adaptações).
76
Justificativa.
Questão 61.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2016 – com adaptações). Observe o gráfico a seguir.
Nota. Uma mesma unidade pode declarar mais de uma forma de chegada do usuário em um ou mais serviços prestados.
Fonte. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de Assistência Social Privadas sem Fins Lucrativos
2014-2015. Disponível em <http://biblioteca.ibge.gov.br>. Acesso em 10 jun. 2016.
77
III. O gráfico mostra que, de forma espontânea, houve mais pessoas que procuraram o serviço
especializado para pessoas em situação de rua do que o serviço de acolhimento institucional.
É correto o que se afirma em
A. I, apenas. B. II, apenas. C. III, apenas. D. I e II, apenas. E. I, II e III.
Justificativa.
Questão 62.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2016) A figura a seguir ilustra a apresentação do teatro de bonecos do grupo Riso do Povo,
do mestre Zé Divina, de Pernambuco. Esse tipo de teatro, denominado mamulengo, está
intimamente ligado ao contexto histórico, cultural, social, político, econômico, religioso e educativo
da região Nordeste do Brasil.
Apresentado em praças, feiras e ruas, em linguagem provocativa e irreverente, com repertórios
inspirados diretamente nos fatos do cotidiano popular, o mamulengo ganha existência nos palcos por
meio do movimento das mãos dos atores que manipulam os bonecos, narram as histórias e
transcendem a realidade, metamorfoseando o real em momentos de magia e sedução.
78
II. No mamulengo, os bonecos são os próprios agentes da ação dramática, e não simples
adereços cenográficos.
III. No mamulengo, os atores interagem com o público de forma a transportá-lo para a mágica
representação cênica.
É correto o que se afirma em
A. I, apenas. B. III, apenas.
C. I e II, apenas. D. II e III, apenas.
E. I, II e III.
Justificativa.
Questão 63.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Os quadrinhos a seguir mostram um problema na disseminação de informações via rede.
79
B. As duas asserções são verdadeiras, e a II não justifica a I.
C. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa.
D. A asserção I é falsa, e a II é verdadeira.
E. As duas asserções são falsas.
Justificativa.
Questão 64.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge a seguir.
80
C. A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
D. A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
E. As duas asserções são falsas.
Justificativa.
Questão 65.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia os quadrinhos e um trecho do artigo “Por quem rosna o Brasil”, de Eliane Brum.
Inventar inimigos para a população culpar tem se mostrado um grande negócio nesse momento do
país. Se as pessoas sentem-se acuadas por uma violência de causas complexas, por que não dar a
elas um culpado fácil de odiar, como “menores” violentos, os pretos e pobres de sempre, e, assim,
abrir espaço para a construção de presídios ou unidades de internação? Se os “empreendimentos”
comprovadamente não representam redução de criminalidade, certamente rendem muito dinheiro
para aqueles que vão construí-los e também para aqueles que vão fazer a engrenagem se mover
para lugar nenhum. Depois, o passo seguinte pode ser aumentar a pressão sobre o debate da
privatização do sistema prisional, que para ser lucrativo precisa do crescimento do número já
apavorante de encarcerados.
Se há tantos que se sentem humilhados e diminuídos por uma vida de gado, por que não convencê-
los de que são melhores do que os outros pelo menos em algum quesito? Que tal dizer a eles que
são superiores porque têm a família “certa”, aquela “formada por um homem e por uma mulher?
(...) Fabricar “cidadãos de bem” numa tábua de discriminações e preconceitos tem se mostrado uma
fórmula de sucesso no mercado da fé.
A invenção de inimigos dá lucro e mantém tudo como está, porque, para os profetas do ódio, o
Brasil está ótimo e rendendo dinheiro como nunca. Ou que emprego teriam estes apresentadores, se
não tiverem mais corpos mortos para ofertar no altar da TV? (...)
O Brasil do futuro não chegará ao presente sem fazer seu acerto com o passado. Entre tantas
realidades simultâneas, este é o país que lincha pessoas; que maltrata imigrantes africanos,
haitianos e bolivianos; que assassina parte da juventude negra sem que a maioria se importe; que
massacra povos indígenas para liberar suas terras, preferindo mantê-los como gravuras num livro de
história a conviver com eles; em que as pessoas rosnam umas para as outras nas ruas, nos balcões
das padarias, nas repartições públicas; em que os discursos de ódio se impõem nas redes sociais
81
sobre todos os outros; em que proclamar a própria ignorância é motivo de orgulho na internet; em
que a ausência de “catástrofes naturais”, sempre vista como uma espécie de “bênção divina” para
um povo eleito, já deixou de ser um fato há muito; em que as paisagens “paradisíacas” são borradas
pelo inferno da contaminação ambiental e a Amazônia, “pulmão do mundo”, vai virando soja, gado e
favela – quando não hidrelétricas como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio.
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/20/opinion/1437400644_460041.html>. Acesso em 25 jul. 2015.
Questão 66.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a charge e o texto a seguir.
82
A moral e a ética no desenvolvimento das crianças
A imposição moral e ética
Assis Ribeiro
Yves de La Taille, psicólogo especializado em desenvolvimento moral, fala sobre como, apesar da
crise por que passam, sobretudo na família e na escola, a moral e a ética continuam a ser pontos
fundamentais na educação e desenvolvimento das crianças. Educar. Palavra de apenas seis letras
que traz consigo um amplo leque de responsabilidades que deixa qualquer pai ou educador que se
proponha à árdua tarefa de ensinar uma criança a trilhar os caminhos do mundo inseguro. A
violência, a falta de respeito e o individualismo — algumas das marcas registradas dos dias atuais —
levantam questões sobre como andam e como transmitir dois conceitos fundamentais da boa
educação e do convívio social: a moral e a ética.
Para La Taille, a situação do mundo hoje é paradoxal. “De um lado, verificamos um avanço da
democracia e do respeito aos direitos humanos. Mas, de outro, tem-se a impressão de que as
relações interpessoais estão mais violentas, instrumentais, pautadas num individualismo primário,
num hedonismo também primário, numa busca desesperada de emoções fortes, mesmo que
provenham da desgraça alheia”, afirma... Segundo ele, a crise moral e ética atinge tanto a escola
quanto as famílias, e uma empurra a responsabilidade da educação das crianças para a outra.
“Muitos professores acusam os pais de não darem, por exemplo, limites a seus filhos, e muitos pais
acusam a escola de não ter autoridade e de não impor a disciplina”, diz. Mas completa que tanto
uma quanto a outra têm grande responsabilidade no desenvolvimento moral e ético das crianças.
Em sua entrevista, coloca que a definição de moral e ética é muito discutida atualmente... moral é o
conjunto de deveres derivados da necessidade de respeitar as pessoas, nos seus direitos e na sua
dignidade. Logo, a moral pertence à dimensão da obrigatoriedade, da restrição de liberdade, e a
pergunta que a resume é: “Como devo agir?”. Ética é a reflexão sobre a felicidade e sua busca, a
procura de viver uma vida significativa, uma “boa vida”. Assim definida, a pergunta que a resume é:
“Que vida quero viver?”. É importante atentar para o fato de essa pergunta implicar outra: “Quem eu
quero ser?”. Do ponto de vista psicológico, moral e ética, assim definidas, são complementares. É
possível vivermos sem moral e ética? A situação parece-me de certa forma paradoxal. De um lado,
pelo menos no mundo ocidental, verificamos um avanço da democracia e do respeito aos direitos
humanos. Logo, desse ponto de vista, saudosismo é perigoso. Assim, penso que, neste clima pós-
moderno, há avanços e crise. É como se as dimensões política e jurídica estivessem cada vez
melhores, e a dimensão interpessoal, cada vez pior. Agora, como não podemos viver sem respostas
morais e éticas, urge nos debruçarmos sobre esses temas. De modo geral, penso que as pessoas
estão em crise ética (que vida vale a pena viver?), e essa crise tem reflexos nos comportamentos
morais. A imoralidade não deixa de ser tradução de falta de projetos, de desespero existencial ou de
mediocridade dos sentidos dados à vida....
Disponível em <http://jornalggn.com.br/noticia/a-moral-e-a-etica-no-desenvolvimento-das-criancas>. Acesso em 26 jan. 2016.
83
Justificativa.
Questão 67.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o texto a seguir.
A descartabilidade das mercadorias e pessoas: consumo, obsolescência e
relacionamentos humanos
Rita Alves
Recentemente, circulou pelas redes sociais digitais uma pequena história na qual um casal de idosos,
juntos há décadas, é interrogado sobre o segredo de se manter um relacionamento tão longo;
respondem que na época em que se casaram não se costumava jogar fora um aparelho quebrado,
mas se buscava consertá-lo e, assim, seguia-se a vida por muitos anos com os mesmos
equipamentos. O casal estava dizendo, em outras palavras, que a longevidade de seu
relacionamento se baseava na capacidade de “consertar” as fissuras da relação em vez de descartá-
la quando os problemas aparecem.
Os relacionamentos, assim como as mercadorias, passam por um período de intensa
descartabilidade. O cientista social polonês Zygmunt Bauman já apontou a íntima relação entre as
práticas de consumo contemporâneas e a fragilidade dos laços humanos na atualidade.
O consumo é pautado pela obsolescência planejada e pelo desejo intenso por novidades, mudanças
e, principalmente, novos desejos. Para ele, a satisfação dos desejos é angustiante na medida em que
nos obriga a eleger um novo objeto de desejo; aponta que atualmente “o desejo não deseja a
satisfação; o desejo deseja o desejo”. Daí a sensação constante de angústia e a incessante busca
por novos desejos e realizações. O mesmo acontece com os relacionamentos atuais. As relações
amorosas, as amizades, os contratos de trabalho e até mesmo os laços familiares são afetados por
essa lógica da descartabilidade e da efemeridade do consumo, ou melhor, do consumismo.
Segundo o antropólogo David Harvey, trata-se da lógica do capitalismo implementada após a
Segunda Guerra Mundial, que trouxe a alteração das nossas noções de tempo e espaço a partir da
aceleração do tempo de giro das mercadorias. Os bens materiais passaram a ser produzidos,
distribuídos, consumidos e descartados com maior velocidade. Com essa compressão do tempo,
passamos a valorizar a velocidade e a aceleração, que se transformaram em valores inquestionáveis,
como se o veloz fosse, necessariamente, o bom e o desejável.
A partir daí, nosso cotidiano passou a ser pautado pela efemeridade, pela volatilidade, pela
instantaneidade, pela simultaneidade e, no limite, pela descartabilidade. Para Bauman, neste mundo
líquido, flexível e mutável em que vivemos, a única coisa sólida e perene que nos sobra é o lixo, que
se amplia, acumula e permanece como um dos maiores problemas do planeta.
O desejo de mudança já está interiorizado e presente nas nossas ações. Desejamos mudar os
cabelos, a cor das paredes das nossas casas, nossos corpos, automóveis. “Mude a sua sala de estar
mudando apenas a mesinha de centro”, dizia o anúncio de uma revista de decoração.
“Mude, seja outra pessoa”, sugere a cultura contemporânea. Os reality shows de intervenção trocam
todo o guarda-roupa dos participantes e jogam no lixo toda sua história, todas as suas lembranças e
memórias impregnadas nas roupas; trocam todos os móveis da casa por outros novos e alinhados
84
com as tendências contemporâneas, mas que, sabe-se, não durarão mais que cinco ou seis anos em
boas condições, posto que são feitos apenas para atender à moda do momento. Essas práticas de
consumo envolvem não só a qualidade das mercadorias adquiridas, mas também a quantidade,
nunca tivemos tantos objetos.
É esse o cenário que envolve também os relacionamentos humanos, dos matrimônios às amizades,
da sexualidade aos circuitos familiares. As relações amorosas, por exemplo, entram na mesma lógica
quantitativa e efêmera que desenvolvemos com os objetos, especialmente entre os jovens, que não
escondem a valorização dos “ficantes” nas suas baladas noturnas; numa mesma noite “fica-se” com
vários parceiros efêmeros e passageiros, às vezes nem mesmo perguntam-se os nomes e já partem
para outra conquista rápida; ao final da noite, uma contabilidade geral indica o status de cada um.
Mesmo quando a relação é duradoura, o tempo entre o namoro, o casamento e a separação pode
ser de alguns anos, às vezes meses. A angústia do compromisso duradouro está na base dessa
volatilidade amorosa; “será que estou perdendo algo melhor?”; o medo da descartabilidade aflige as
duas partes: ou seremos descartados ou descartaremos nosso par. Entre as amizades juvenis,
acontece quase o mesmo; troca-se de turma, incorporam-se novos amigos; as redes sociais digitais
registram a intensidade do relacionamento, “adorei te conhecer!”, e, depois de alguns dias de
exposição das afinidades e afetos, deixa-se que a nova amizade esfrie até que seja substituída por
outra mais nova ainda. No âmbito de trabalho, antigamente dedicava-se à mesma empresa por 30
ou 40 anos; hoje em dia, dizem os especialistas em gestão de carreiras que não se deve permanecer
num mesmo emprego por mais de cinco anos, que isso pode parecer acomodação e falta de ousadia
profissional. Busca-se descartar o emprego antes de ser descartado pelo patrão.
De certa forma, as redes sociais digitais vieram contribuir para essa situação, provocando o aumento
dos relacionamentos superficiais e passageiros, as conversas fragmentadas e teatralizadas, o excesso
de “amigos” e convites para eventos aos quais não conseguimos dar muita atenção.
As vozes pessimistas consideram que as tecnologias digitais estão contribuindo para o isolamento, a
separação e a superficialidade das relações humanas. Isso pode ser verdadeiro em muitas situações,
mas existem outros lados dessa questão. As redes online também resgatam antigas amizades e
recuperam, mesmo que pontualmente, relações deixadas no passado; recuperam-se fotografias
antigas, marcam-se encontros de turmas do colégio, apresentam-se os filhos e maridos ou esposas.
Com a recente entrada dos idosos nas redes sociais, temos presenciado interessantes alterações nas
dinâmicas familiares, com a criação de novos canais de comunicação entre avós e netos, por
exemplo, ou ainda entre parentes há muito separados pela distância ou dificuldades de locomoção;
as separações geográficas e geracionais no âmbito familiar estão sendo reconfiguradas de forma
interessante e contribuindo positivamente para o resgate da socialização dos idosos.
Apesar do quadro desalentador que envolve o consumo exacerbado e os relacionamentos humanos,
temos observado práticas alternativas que vão na contramão dessa situação. Espalha-se pelo mundo
o Movimento Slow, que questiona a velocidade e a descartabilidade das mercadorias e relações,
propondo um retorno às práticas desaceleradas de tempos atrás. A vertente mais conhecida desse
movimento é o slow food, que propõe que voltemos a preparar a comida lentamente, que
conversemos com o açougueiro, o padeiro e o verdureiro; que convivamos com nossos amigos na
beira do fogão enquanto preparamos a comida lentamente. Na contramão do fast food, o slow food
busca resgatar os rituais de alimentação que sempre estruturaram as relações familiares e de
amizades. Vemos ainda a emergência de grupos que questionam o consumo excessivo e
inconsequente, propondo o consumo consciente no qual se buscam informações sobre as práticas
sociais das empresas produtoras, questionam-se as embalagens, aponta-se a possibilidade de
reutilizar e reciclar embalagens e objetos.
Existe ainda o recente consumo colaborativo, no qual os sujeitos partilham equipamentos como
máquinas de cortar grama, furadeiras elétricas e até automóveis, considerando que individualmente
estão subutilizados e que com os usos partilhados e coletivos pode-se otimizar os recursos. Do ponto
de vista das relações humanas, temos observado nas grandes cidades o surgimento de grupos que
propõem o resgate das relações de vizinhança, a ocupação e revitalização das praças públicas, a
produção de hortas urbanas comunitárias, piqueniques coletivos e o resgate da convivência
comunitária nos bairros. Na base desses movimentos está uma consciência ecológica renovada, que
vai além dos discursos de preservação da natureza e que se volta à transformação dos cotidianos e
das relações interpessoais. Para além da descartabilidade das mercadorias e pessoas, continuamos
com a certeza de que a base da humanidade não está no avanço da tecnologia ou no acúmulo de
85
riquezas, mas na força dos relacionamentos humanos; foram eles que ergueram o edifício da
sociedade e da cultura e, seguramente, não serão descartados com tanta facilidade.
Disponível em <http://www.sescsp.org.br/online/artigo/6687_OBSOLESCENCIA+PROGRAMADA#/tagcloud=lista>. Acesso em 15 dez. 2015.
Questão 68.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o trecho a seguir, do poeta e produtor cultural Sérgio Vaz, um dos idealizadores da Cooperifa,
que semanalmente reúne centenas de pessoas na periferia da zona sul da capital paulista para a
leitura de poemas.
Lugar de criança é presa na escola
Sou a favor do aumento da maioridade escolar.
Isso mesmo, lugar de criança é presa na escola (das 8h às 17h) e sendo torturada por aulas de
Matemática, Português, Ciência, Música, Teatro, Geografia, Química, Física… Ou tomando banho de
sol enquanto fazem Educação Física.
Quando elas começarem a criar asas, trancá-las na biblioteca para aprenderem a lapidar sonhos.
Nessa cadeia, os professores com super salários, super treinamento, super motivados não deixarão
nada, nem ninguém escapar do castigo da sabedoria. Serão tempos difíceis para a ignorância.
Depois de cumprirem pena e se tornarem cidadãos, terão liberdade assistida… Pelos pais orgulhosos.
Questão 69.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia o trecho da reportagem a seguir.
Banksy tornou-se o anônimo mais famoso dos últimos anos. Seu trabalho mudou o olhar sobre a arte
de rua. Com spray, faz críticas políticas, à sociedade e à guerra, mas sempre com um humor sombrio
e uma sacada. Também se especializou em ações espetaculares, como na vez em que pôs um
boneco vestido de prisioneiro de Guantánamo dentro da Disneylândia. Com prováveis 40 anos, ele
segue experimentando: é o diretor de Exit Through the Gift Shop ("Saída pela Loja de Presentes"),
documentário sobre um francês que o persegue, indicado ao Oscar.
Hoje, suas obras espalham-se por Londres, Los Angeles, Nova York, até no muro que separa Israel e
Palestina. Mas tudo começou em Bristol, no interior da Inglaterra, onde Banksy já dava sinais de que
iria longe.
Disponível em <http://super.abril.com.br/cultura/banksy-o-anonimo-mais-famoso-do-mundo>. Acesso em 23 mar. 2016.
87
Com base nas informações, na imagem e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. A imagem apresenta uma crítica ao uso de redes sociais e celulares por menores de idade,
pois isso pode estimular a pedofilia.
II. A imagem satiriza o comportamento infantil de pessoas que necessitam da aprovação de
amigos virtuais em redes sociais.
III. A imagem contradiz as características do artista apontadas no texto, uma vez que não
explora o humor e não tem conteúdo político.
É correto o que se afirma somente em
A. I. B. II e III. C. III. D. I e II. E. II.
Justificativa.
Questão 70.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Analise o gráfico e as afirmativas a seguir.
88
Justificativa.
Questão 71.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Observe a figura, retirada de uma reportagem da edição 73, de 2015, da revista Ser médico e avalie
as afirmativas a seguir.
Fonte. Informe sobre Riqueza Global 2015, do Credit Suisse/Layout Moacir Barbosa.
89
I. Segundo o gráfico, 71% das pessoas ganham salários mensais de até 10 mil dólares.
II. De acordo com o gráfico, 8,1% da população mundial concentram mais de 80% da riqueza
mundial.
III. O gráfico mostra que a má distribuição de renda é responsabilidade dos países não
desenvolvidos, como o Brasil.
IV. Na base da pirâmide, encontram-se aproximadamente 3,4 bilhões de pessoas que, juntas,
possuem 3% da riqueza global.
É correto o que se afirma somente em
A. II, III e IV. B. I e II. C. II e IV. D. I, II e IV. E. III e IV.
Justificativa.
Questão 72.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2015). Leia o texto a seguir.
A percepção de parcela do empresariado sobre a necessidade de desenvolvimento sustentável vem
gerando uma postura que se contrapõe à cultura centrada na maximização do lucro dos acionistas. A
natureza global de algumas questões ambientais e de saúde, o reconhecimento da responsabilidade
mundial pelo combate à pobreza, a crescente interdependência financeira e econômica e a crescente
dispersão geográfica das cadeias de valor evidenciam que assuntos relevantes para uma empresa do
setor privado podem ter alcance muito mais amplo que aqueles restritos à área mais imediata onde
se localiza a empresa. Ilustra essa postura empresarial a pirâmide de responsabilidade social
corporativa apresentada a seguir.
90
CARROLL, A. B. The Pyramid of corporate social responsability: toward the moral management of organizational stakeholders. Bussiness horizons. July-August,
1991 (com adaptações).
Questão 73.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2015). Leia o texto a seguir.
A ideia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno corresponde a um
valor moral. O pluralismo político, por exemplo, pressupõe um valor moral: os seres humanos têm o
direito de ter suas opiniões, expressá-las e organizar-se em torno delas. Não se deve, portanto,
obrigá-los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; vale dizer, são livres. Na sociedade
brasileira, não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em
91
razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentando e promovendo a desigualdade. Trata-se de um
consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática: sem
esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida como ausência de regras ou como total
relativização delas.
BRASIL. Ética e Cidadania. Brasília: MEC/SEB, 2007 (com adaptações).
Com base nesse fragmento de texto, infere-se que a sociedade moderna e democrática
A. promove a anomia, ao garantir os direitos de minorias étnicas, de raça, de sexo ou de cor.
B. admite o pluralismo político, que pressupõe a promoção de algumas identidades étnicas em
detrimento de outras.
C. sustenta-se em um conjunto de valores pautados pela isonomia no tratamento dos cidadãos.
D. apoia-se em preceitos éticos e morais que fundamentam a completa relativização de valores.
E. adota preceitos éticos e morais incompatíveis com o pluralismo político.
Justificativa.
Questão 74.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2015). As taxas de emprego para mulheres são afetadas diretamente por ciclos econômicos e
por políticas de governo que contemplam a inclusão das mulheres no mercado de trabalho. O gráfico
a seguir apresenta variações das taxas percentuais de emprego para mulheres em alguns países, no
período de 2000 a 2011.
92
Com base nesse gráfico, conclui-se que, de 2000 a 2011, a taxa de emprego para mulheres
A. manteve-se constante na Itália.
B. manteve-se crescente na França e no Japão.
C. atingiu, na Grã-Bretanha, seu valor máximo em 2011.
D. aumentou mais na Alemanha do que nos demais países pesquisados.
E. manteve-se superior a 60% no Canadá, na Alemanha e nos Estados Unidos.
Justificativa.
Questão 75.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2015). Leia o texto a seguir.
Hoje, o conceito de inclusão digital está intimamente ligado ao de inclusão social. Nesse sentido, o
computador é uma ferramenta de construção e aprimoramento de conhecimento que permite acesso
à educação e ao trabalho, desenvolvimento pessoal e melhor qualidade de vida.
FERREIRA, J. R. et al. Inclusão Digital. In.: Brasil. O Futuro da Indústria de Software: a perspectiva do Brasil. Brasília: MDIC/STI, 2004 (com adaptações).
Diante do cenário high tech (de alta tecnologia), a inclusão digital faz-se necessária para todos. As
situações rotineiras geradas pelo avanço tecnológico produzem fascínio, admiração, euforia e
curiosidade em alguns, mas, em outros, provocam sentimento de impotência, ansiedade, medo e
insegurança. Algumas pessoas ainda olham para a tecnologia como um mundo complicado e
desconhecido. No entanto, conhecer as características da tecnologia e sua linguagem digital é
importante para a inclusão na sociedade globalizada.
Nesse contexto, políticas públicas de inclusão digital devem ser norteadas por objetivos que incluam
I. a inserção no mercado de trabalho e a geração de renda.
II. o domínio de ferramentas de robótica e de automação.
III. a melhoria e a facilitação de tarefas cotidianas das pessoas.
IV. a difusão do conhecimento tecnológico.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e II. B. I e IV. C. II e III.
D. I, III e IV. E. II, III e IV.
93
Justificativa.
Questão 76.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Considere o gráfico a seguir, apresentado em uma reportagem sobre um tipo de infração de trânsito.
94
Justificativa.
Questão 77.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2015). Analise a imagem e o texto a seguir.
Assim como o break, o grafite é uma forma de apropriação da cidade. Os muros cinzentos e sujos
das cidades são cobertos por uma explosão de cores, personagens, linhas e trações, texturas e
mensagens diferentes. O sujo e o monótono dão lugar ao colorido, à criatividade e ao protesto. No
entanto, a arte de grafitar foi, por muito tempo, duramente combatida, pois era vista como ato de
vandalismo e crime contra o patrimônio público ou privado, sofrendo, por causa disso, forte
repressão policial. Hoje, essa situação encontra-se bastante amenizada, pois o grafite conseguiu
legitimidade como arte e, como tal, tem sido reconhecido tanto por governantes quanto por
proprietários de imóveis.
SOUZA, M. L.; RODRIGUES, G. B. Planejamento urbano e ativismo social. São Paulo: Unesp, 2004 (com adaptações).
95
I. O grafite pode ser considerado uma manifestação artística pautada pelo engajamento social,
porque promove a sensibilização da população por meio não só de gravuras e grandes
imagens, mas também de letras e mensagens de luta e resistência.
II. Durante muito tempo, o grafite foi marginalizado como arte, por ser uma manifestação
associada a grupos minoritários.
III. Cada vez mais reconhecido como ação de mudança social nas cidades, o grafite humaniza a
paisagem urbana ao transformá-la.
É correto o que se afirma em
A. II, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. I e III, apenas. E. I, II e III.
Justificativa.
Questão 78.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2015). Leia os textos a seguir.
Após mais de um ano de molho, por conta de uma lei estadual que coibia sua realização no Rio de
Janeir, os bailes funk estão de volta. Mas a polêmica permanece: os funkeiros querem, agora, que o
ritmo seja reconhecido como manifestação cultural. Eles sabem que têm pela frente um caminho
tortuoso. "Muita gente ainda confunde funkeiro com traficante", lamenta Leonardo Mota, o MC
Leonardo. "Justamente porque ele tem cor que não é a branca, tem classe que não é a dominante e
tem moradia que não é no asfalto".
Disponível em <http://www.rhbn.com.br>. Acesso em 19 ago. 2015 (com adaptações).
Todo sistema cultural está sempre em mudança. Entender essa dinâmica é importante para atenuar
o choque entre as gerações e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma forma que é
fundamental para a humanidade a compreensão das diferenças entre povos de culturas diferentes, é
necessário entender as diferenças dentro de um mesmo sistema. Esse é o único procedimento que
prepara o homem para enfrentar serenamente este constante e "admirável mundo novo" do povo.
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 (com adaptações).
96
Texto.
Questão 79.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
(Enade 2016). Leia o texto a seguir.
No primeiro trimestre de 2015, chegaram à Europa, de modo irregular, cerca de 57300 imigrantes,
número que corresponde, aproximadamente, ao triplo do verificado no mesmo período de 2014, ano
em que todos os recordes haviam sido quebrados. Nesse cálculo, não foram incluídos os imigrantes
que naufragaram no Mediterrâneo ao serem transportados em barcos precários, superlotados e
inseguros, fretados por mercadores que cobram cerca de 2 mil dólares por passageiro.
Disponível em <www.bbc.com>. Acesso em 4 ago. 2016 (com adaptações).
97
Texto.
Questão 80.
Assunto/tema:_____________________________________________________________
Leia a notícia publicada em 2016 e a charge.
Só 8% dos brasileiros sabem se expressar plenamente, diz pesquisa
Analfabetos funcionais são 27% da população, de acordo com levantamento
Uma pesquisa revela que apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são capazes de se expressar
e de compreender plenamente. Ou seja, só essa pequena parcela domina de fato o português e a
matemática. Segundo o estudo "Analfabetismo no Mundo do Trabalho", uma parceria do Instituto
Paulo Montenegro (IPM) e a ONG Ação Educativa, a população tem 27% de analfabetos funcionais
nessa faixa etária.
98
A pesquisa, que busca aprimorar os dados do Índice Nacional de Analfabetismo (Inaf), separa a
população em 5 grupos: analfabeto, rudimentar, elementar, intermediário e proficiente. Apenas 8%
chegam a este último. Alguém proficiente é capaz de entender e elaborar textos de diferentes tipos,
como mensagens (um email), descrições (um verbete da Wikipédia) ou argumentação (como os
editoriais de jornal ou artigos de opinião), além de ser capaz de opinar sobre o posicionamento ou
estilo do autor do texto. É também apto a interpretar tabelas e gráficos.
Idealmente, os estudantes que completam o Ensino Médio (tendo um total de 12 anos de
escolaridade) deveriam ser chegar a esse nível. Apenas 9% dos concluintes conseguem.
Os problemas em relação a isso afetam a economia do país, como destaca Ana Lúcia Lima, diretora
executiva do IPM: “O Brasil não tem sido capaz de garantir oportunidades de acesso a uma educação
de qualidade a todas as crianças e jovens e, em consequência, depara com limitações significativas
na formação da população acima de 25 anos, principal força produtiva no País. Mesmo no caso da
geração mais nova, entre de 15 a 24 anos, que tem mais escolaridade, é preciso avançar nos níveis
de aprendizagem para fortalecer o desenvolvimento social e a produtividade e capacidade de
inovação de nossa economia”.
O estudo mostra também que o maior grupo entre os brasileiros é o elementar, com 42%. São parte
da faixa mais baixa dos alfabetizados funcionalmente. Eles são capazes de interpretar textos e
números em certas condições, não muito grandes, e envolvendo especialmente a sua realidade
doméstica e social. Não são analfabetos funcionais (operam em sociedade pelo português e pela
matemática), mas também não estão num nível capaz de se comunicar escrevendo.
No conjunto, foram entrevistadas 2002 pessoas entre 15 e 64 anos de idade, residentes em zonas
urbanas e rurais de todas as regiões do país.
Disponível em <https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/so-8-dos-brasileiros-sabem-se-expressar-plenamente-diz-pesquisa-
18773598#ixzz4hMWnx8gB>. Acesso em 17 mai. 2017.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, redija um texto dissertativo que aponte um fator que
contribui para o grande percentual de pessoas mal alfabetizadas na sociedade brasileira e uma
consequência desse problema.
Texto.
99
100