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RELATÓRIO 2

AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS
ELETRONICA C – EA

Carolina Vasconcelos Moreira e Silva – 2018015391


Rafael Expedito de Almeida Rincon – 2018129648

CAPÍTULO 4
Pré-Relatório:
1. Introdução teórica: o amplificador operacional em malha aberta.
O amplificador operacional é um circuito eletrônico cada vez mais utilizado. Ele
pode ser entendido como um bloco construtivo de circuitos com oito terminais, sendo
apenas cinco deles relevantes para o entendimento deste relatório. Os cinco terminais
são a entrada inversora, a entrada não inversora, a saída, a fonte de alimentação
positiva (V+) e a fonte de alimentação negativa (V-) :

Em malha aberta, esse amplificador operacional, em sua função ideal, tem


ganho infinito. Além disso, pode-se afirmar que ele apresenta, na sua saída, um sinal
que é o resultado de uma amplificação da diferença entre os potenciais de entrada (V+
- V-). Assim, idealmente, tem-se que:
V out
A v= =∞
V¿
Dessa forma, ao considerar o ganho de tensão infinito, admite-se que existe
tensão de saída mesmo que a tensão de entrada seja nula. De modo que, idealmente:
V +¿=V −¿¿ ¿

Entretanto, na prática, a tensão de saída está limitada aos valores +Vcc ou -Vcc,
da alimentação do Amplificador Operacional.
Além disso, considera-se que i+ = i- = 0. Contudo, cabe ressaltar que isso não se
baseia na suposição de que o AmpOp está na região linear.

2. Introdução teórica: o amplificador operacional atuando como comparador de


tensões.
Basicamente, um comparador de tensões é um amplificador operacional com
ganho muito alto e que pode operar normalmente com uma fonte de alimentação
simples. O comparador compara duas tensões de entrada e fornece a saída, indicando
qual tensão tem um valor mais adequado. O circuito recebe entrada usando terminais
inversores e não inversores e fornece a saída no terminal de saída.
Assim, se a tensão no terminal não inversor for maior do que a tensão no
terminal inversor, a saída é comutada para a tensão de saturação positiva do
amplificador operacional. Se a tensão do terminal inversor for maior do que a tensão no
terminal não inversor, a saída é comutada para a tensão de saturação negativa do
amplificador.

3. Análise e memória de cálculo.

Figura 4.1.
(a) O circuito apresentado na Figura 4.1 foi construído com o auxílio do software
LTspice, conforme a figura a seguir:

(b) Após a realização de uma simulação de transferência DC, em que a tensão de


entrada VIN foi variada de -2V a +2V com intervalos de 0,01V, obteve-se o
seguinte resultado:

No caso, a região de saturação positiva é aproximadamente 14V, enquanto a de


saturação negativa é aproximadamente -14V. Já a região linear corresponde aos
valores de saída entre -14V e 14V.

4. Análise e memória de cálculo: o amplificador operacional como um


comparador de tensão.
(a) Objetiva-se calcular o valor do resistor R mostrado na Figura abaixo:
Figura 4.2.

Tem-se que VS = 15V e VL = 1,7V. Com isso, a diferença de potencial causada


no resistor será de 15 – 1,7 = 13,3V. Além disso, i = 5mA.
Assim, utilizando a Lei de Ohm, em que V = R.i, determina-se que R = 2660Ω.

(b) Objetiva-se determinar os valores dos resistores presentes na Figura abaixo:

Figura 4.3.

Com base no que foi desenvolvido no relatório 1, sabe-se que:


R2
V out = V
R1 + R2 ¿

Além disso, Vout = 1V e Vin = 15V.


Assim, substituindo os valores na equação acima e realizando as manipulações
algébricas, obtém-se que R1 = 14R2, de modo que a resistência equivalente total
será 15R2.
Dessa forma, aplicando a Lei de Ohm, tem-se que 15 = 15R 2.i, de modo que a
corrente não pode ultrapassar 0,010 ampères. Com isso, foi escolhida uma
corrente de 0,009 ampères.
Portanto, R2 = 111,11 Ω e R1 = 1554 Ω.
(c)

Figura 4.4.

O circuito presente na Figura 4.4 foi construído com o auxílio do software


LTspice, conforme a figura a seguir:

Cabe ressaltar que o esquema acima possui amplitude de 2V.

(d) Utilizando um gerador de sinais para gerar uma onda senoidal de 10 Hz, foram
feitas simulações de transitório durante 1s para diferentes valores de amplitude.

Para a amplitude de 0,5V, obteve-se os seguintes resultados:


Já para a amplitude de 1V, observou-se que:

Por fim, para a amplitude de 2V, os resultados foram os seguintes:


Analisando os resultados da simulação de transitório, é possível perceber que o
comportamento das tensões de entrada (V IN) e de referência (Vref) não se altera
com a mudança da amplitude. Entretanto, isso não ocorre com a tensão de
saída (Vout), cujos valores deixam de ser constantes com o aumento da
amplitude, o que modifica completamente o comportamento de sua onda.

Parte Prática:
1. Parte A – O Amplificador Operacional como um Comparador.
1) Utilizando um LED, a resistência de 2660 Ω calculada anteriormente e uma fonte
de tensão VS = 15V, o circuito da Figura 4.2 foi montado no LTSpice.

Assim, foi obtida a seguinte corrente:


Vale ressaltar que foi considerado um resistor ideal. Como o LTspice deve ter
uma tolerância, por se tratar de um software prático de circuitos, ao aumentar o
valor da resistência obtém-se o valor de corrente esperado, de 5mA.

2)

Figura 4.5.

O circuito presente na Figura 4.5 corresponde ao circuito da Figura 4.4


adaptado, em que a saída do amplificador operacional foi ligada ao circuito do
item 1 acima. Além disso, o divisor resistivo da Figura 4.3 também foi inserido,
gerando a tensão de referência V REF = 1V na entrada inversora do amplificador
operacional.

A montagem desse circuito, feita no LTspice, está apresentada a seguir:


3) Utilizando uma das fontes variáveis para a tensão V IN, foi medido o menor valor
de corrente que faz com que o LED acenda. Os resultados estão descritos a
seguir:

Assim, conclui-se que os valores obtidos na parte prática, de 5mA para uma
tensão de 1V, é condizente com o resultado encontrado no pré-relatório.

2. Parte B – Funcionamento AC.


1) O circuito presenta na Figura 4.4 foi montado, conforme a figura a seguir:
2) Utilizando um sinal senoidal de 10 Hz e 0,5V de pico, foram medidos os sinais
na entrada e na saída:

3) Aumentando o valor da tensão VIN para 1V de pico, obteve-se o seguinte:


4) Para VIN = 2V de pico, foram medidos novamente os sinais na entrada e na
saída:

Questões:
1. Como se comportou o LED durante a medição com o sinal AC?
Durante a medição com o sinal AC, é possível perceber que as tensões de saída
são sempre negativas para as amplitudes de 0,5V e 1V. Com isso, o LED não acende
nessas condições.
No entanto, para a amplitude de 2V, as tensões de saída atingem valores
positivos. Nesse caso, o LED pisca.

2. Compare os resultados obtidos na parte B com a simulação realizada no pré-


relatório.
Conforme esperado, os resultados obtidos na parte B são condizentes com a
simulação realizada no pré-relatório, uma vez que em ambos os casos foi utilizada a
montagem do circuito da Figura 4.4 no LTspice.

3. Considere um amplificador operacional real, modelo TL 071 ou 741. Pesquise


informações sobre o mesmo e preencha a tabela abaixo.

Modelo Características Valor real Valor ideal Unidade


Ganho de 150 ∞ V/mV
malha aberta
Corrente de 7,0 nA
polarização
TL071 Impedância de 1012 ∞ Ω
entrada
Impedância de 0 Ω
saída
Fonte: https://datasheetspdf.com/pdf-file/321040/Motorola/TL071/1

4. Compare as curvas obtidas nas Partes A e B.


Na Parte A, foram obtidas curvas que mostram o comportamento da corrente no
circuito, utilizando inicialmente uma fonte de tensão de valor fixo e, depois, uma fonte
variável para a tensão VIN.
Já na Parte B, a fonte de tensão variável foi substituída pelo gerador de sinais,
de modo que foi possível obter curvas que representam o comportamento dos sinais na
entrada (VIN) e na saída (VOUT).

CAPÍTULO 5
Pré-Relatório:
1. Introdução teórica: amplificadores operacionais com realimentação.
Em um circuito composto por um amplificador operacional com realimentação, o
sinal realimentado na saída é subtraído do sinal de entrada. Isso ocorre devido a uma
realimentação negativa, que faz com que a diferença das tensões da entrada diminua
e, consequentemente, que a tensão de saída também diminua. Dessa forma, o
amplificador operacional opera em sua região linear.
Além disso, cabe ressaltar que em um circuito que possui um amplificador
operacional, caso não seja fornecido um caminho de realimentação negativa da saída
do AmpOp até a entrada inversora, então, em geral, o amplificador operacional estará
saturado.

2. Introdução teórica: circuitos amplificador inversor e somador inversor.


Um circuito amplificador inversor consiste em dois resistores, um de entrada
(Rs) e um de realimentação (R f), uma fonte de tensão (vs), um curto circuito entre o
terminal de entrada não inversora e o nó de referência e um amplificador operacional.

Imagem retirada do livro texto.

Além disso, a tensão de saída é obtida pela multiplicação do inverso da tensão


de entrada por um ganho constante, definido pelo resistor de realimentação e pelo
resistor de entrada. Assim, para o circuito amplificador inversor, tem-se que:
−Rf
v o= v
Rs s

Em um circuito amplificador somador inversor, a tensão de saída


corresponde a soma das tensões aplicadas a entrada do amplificador, multiplicadas por
um fator de escala negativo e invertidas.
Imagem retirada do livro texto.

Assim, cada entrada, multiplicada por seu fator de ganho correspondente,


adiciona uma tensão à saída. Logo, para o circuito amplificador somador inversor, tem-
se que:

R f Rf Rf
v o=− ( v v v
R a a R b b Rc c )
3. Análise e memória de cálculo: amplificador inversor.
(a)

Figura 5.1.

Para o circuito presente na Figura 5.1, tem-se que Rf = 12kΩ e o ganho A = 10.
Rf 12 kΩ
Como A= , então R1= =1,2 kΩ.
R1 10
Assim, utilizando os valores citados, esse circuito foi montado no LTspice,
conforme mostrado na figura abaixo:
Obs.: Os valores de +15V e -15V para +Vcc e -Vcc, respectivamente, foram
utilizados com o intuito de rodar a simulação.

(b) Após a realização de uma simulação de transferência DC, em que a tensão de


entrada VIN foi variada de -2V a +2V com intervalos de 0,01V, obteve-se o
seguinte resultado:

No caso, a região de saturação positiva é de +15V, enquanto a de saturação


negativa é de -15V. Já a região linear corresponde aos valores de tensão de
saída entre -15V e 15V.
(c) Aplicando uma onda senoidal de 1 kHz, foram feitas simulações de transitório
durante 10ms para diferentes valores de amplitude.
Para a amplitude de 0,5V, obteve-se os seguintes resultados:

Já para a amplitude de 1V, observou-se que:


Por fim, para a amplitude de 2V, os resultados foram os seguintes:
Com base nos resultados apresentados acima, é possível perceber que quanto
maior a amplitude da onda senoidal utilizada na entrada, maiores são os valores
de tensão de saída. Além disso, para a amplitude de 2V, percebe-se que a onda
de saída passa a apresentar um comportamento que se aproxima de um pulso.

4. Análise e memória de cálculo: somador inversor.


(a)

Figura 5.2.

Para o circuito presente na Figura 5.2, tem-se que R f = 12kΩ e o ganho A 1 = 10,
A2 = 2 e A3 = 1. Com isso, determina-se que:
R R 12
A1= f → R1= f = → R1 =1,2k Ω
R1 A 1 10
Rf R f 12
A2= → R2= = → R2 =6 k Ω
R2 A2 2
R R 12
A3 = f → R3= f = → R 3=12 k Ω
R3 A3 1

Além disso, em relação as entradas, sabe-se que:

Entrada Descrição
V1 Senoide de 0,5V de pico e frequência de 1 kHz
V2 Onda quadrada com 0,5V de pico, frequência de 1kHz e “duty cicle”
de 50%
V3 Tensão contínua de -2V

Assim, utilizando os valores mencionados, o circuito foi montado no LTspice,


conforme mostrado na figura abaixo:
Obs.: Os valores de +15V e -15V para +Vcc e -Vcc, respectivamente, foram
utilizados com o intuito de rodar a simulação.

(b) Foi feita uma simulação de transitório durante 10ms com os valores de entrada
descritos na questão acima. Assim, obteve-se os seguintes resultados:
(c) Foi feita uma nova simulação de transitório durante 10ms, utilizando os valores
de entrada descritos abaixo.

Entrada Descrição
V1 Senoide de 1V de pico e frequência de 1 kHz
V2 Tensão contínua variando de -15V a 15V com passos de 0,01V
V3 Tensão contínua de 0V

Assim, foram obtidos os seguintes resultados:

(d) Elevando o valor do ganho A3 para 5, tem-se que:


R R 12
A3 = f → R3= f = → R 3=2,4 k Ω
R3 A3 5

Com o novo valor de R3, a simulação realizada na letra (b) foi refeita. Os
resultados estão descritos a seguir:
(e) Analisando os resultados das letras (B) e (D), é possível perceber que o
aumento do ganho A3 provocou um aumento na amplitude dos resultados de
VOUT. Isso ocorreu porque o valor de R3 diminuiu, o que permitiu maiores valores
de tensão de saída.
Parte prática:
1. Parte 1 – Amplificador Inversor.

Figura 5.3.

Para o circuito presente na Figura 5.3, o ganho A = 10 e R f = 12 kΩ.


Rf 12 kΩ
Como A= , então R1= =1,2 kΩ. Assim, foi feita a montagem do circuito
R1 10
utilizando o LTspice.

(a) Utilizando uma fonte de alimentação para V IN e variando seu valor de -15V a
+15V em passos de 1V, foi levantada a função de transferência V OUT x VIN.
b) Aplique uma onda senoidal de 1 kHz na entrada Vin. Meça as formas de onda Vin e
varie seu valor de -15V a +15V em passos de 1V e Vout com o osciloscópio e registre-
as no seu relatório. Aplique diferentes amplitudes de Vin e observe Vout. Discuta o que
foi observado.

Pode-se notar que as formas das ondas são as mesmas do pré-relatório, no entanto,
agora plotamos também o V(in) para ajudar na análise. Mas já era possível perceber a
saturação em V(out) em aproximadamente 14V.
(c) Aumente a frequência da onda para 5 kHz, 10 kHz e 100kHz. Meça as formas de
onda de Vin e Vout correspondentes e registre no seu relatório. Discuta o que foi
observado.
5khZ:

10khZ:
100khZ:

(note que o eixo x foi reduzido em 10 vezes nesse último exemplo para melhor
visualização)
O que se percebe é que, com a frequência de 5kHz, o amplificador, com defasagem,
mantem o ganho. Na imagem de 10kHz é possível ver que há um problema de
reprodução da onda, como se sua amplitude diminuísse, perdendo ganho.
Ainda, no exemplo de 100kHz, isso se torna ainda mais visível, mostrando que o sinal
também não está se invertendo mais.
2. Parte 2 – Amplificador Somador.

Monte um amplificador inversor operando como somador, como mostrado na


figura 5.4. Projete o ganho A1 = 10 para a entrada V1, A2 = 1 para a entrada V2,
e use o mesmo valor de Rf = 12kΩ.
a) Aplique uma senóide com 1 VP e frequência de 1 kHz na entrada V1, e ajuste o
potenciômetro até obter um valor de V2 = 0V. Meça as formas de onda de
entrada e saída e registre no seu relatório.
Com Val = 50, temos Vout(azul) e V1 (verde):

b) Ajuste o potenciômetro até o limite da não saturação de Vout, para valores de


Vin positivos e negativos. Quais são os valores correspondentes de V2?
Registre as formas de onda no seu relatório.
Ao ir ajustando, encontra-se Val = 35 e Val = 65, cujos resultados estão abaixo,
respectivamente:
Assim, V2 = -3,78 e +3,78, respectivamente.
c) Ajuste o potenciômetro para o seu valor máximo e meça as formas de onda de
entrada e saída resultantes. Registre o seu relatório e discuta o que foi
observado.

Assim, parece que se -1V < V1 < -0,1V, então Vout não estará saturada, com V2 =
14,6.

4. Questões para o Relatório:


1. O que aconteceu quando foram aplicados valores elevados de Vin na Parte 1, letra
B? Explique.
Com Vin = 2V, o amplificador entrou em região de saturação, no valor de 13,9V, ao
invés de ir aos 20V. Assim, podemos afirmar que o amplificador saiu da região linear.
2. Explique os resultados obtidos na Parte 1, letra C
O amplificador passa a ter dificuldades em acompanhar a onda senoidal à medida que
se aumenta a frequência, o que indica que há um limite de operação ótimo para o
equipamento. A partir desse limite, o amplificador começa a ter saídas diferentes do
esperado em relação à amplitude e defasagem da onda.
3. Explique os resultados obtidos na Parte 2, letra C
Ao colocar o potenciômetro em seu valor máximo, a saída Vout se mostrou saturada.
Se V1 > 0, Vout estará saturada. E a região linear estará presente em -1 < V1 < -0,1, o
que ocorre porque V1 tem ganho de 10.

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