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Índice
Terminologia
História
Cifras e Códigos
Chave Criptográfica
Visão geral: objetivos
Ci t fi Clá i
Criptografia Clássica
Criptografia Moderna
Criptografia Quântica
Gestão de direitos digitais
Alguns algoritmos e sistemas criptográficos
Funções de Hash criptográfico, ou message digest
Sistemas Free/Open Source
Algoritmos assimétricos ou de chave pública
Algoritmos simétricos
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
Terminologia
O primeiro uso do termo criptógrafo (em oposição a
criptograma) remonta ao século XIX - originou-se em O
escaravelho de ouro, um romance de Edgar Allan Poe.[8]
Criptoanálise é o termo usado para o estudo de métodos para obter o significado de informação
criptografada sem acesso à chave normalmente requerida para isso, ou seja, é o estudo de como
quebrar algoritmos de criptografia ou suas implementações.
O estudo das características das línguas que têm alguma aplicação em criptografia ou criptologia
(por exemplo, dados de frequência, combinações de letras, padrões universais, etc.) é chamado de
criptolinguística.
História
Antigamente, a cifragem era utilizada na troca de mensagens, sobretudo em assuntos ligados à
guerra (no intuito de o inimigo não descobrir a estratégia do emissor da mensagem, caso se
apoderasse dela), ao amor (para que os segredos amorosos não fossem descobertos pelos
familiares) e à diplomacia (para que facções rivais não estragassem os planos de acordos
diplomáticos entre nações). O primeiro uso documentado da criptografia foi em torno de 1900
A.c., no Egito, quando um escriba usou hieróglifos fora do padrão numa inscrição.
Entre 600 a.C. e 500 a.C., os hebreus utilizavam a cifra de substituição simples (de fácil reversão e
fazendo uso de cifragem dupla para obter o texto original), sendo monoalfabético e monogrâmica
(os caracteres são trocados um a um por outros), e com ela escreveram o Livro de Jeremias.
O chamado "Codificador de Júlio César" ou "Cifra de César" que apresentava uma das técnicas
mais clássicas de criptografia, é um exemplo de substituição que, simplesmente, substitui as letras
do alfabeto avançando três casas. O autor da cifragem trocava cada letra por outra situada a três
posições à frente no alfabeto. Segundo o autor, esse algoritmo foi responsável por enganar muitos
inimigos do Império Romano; no entanto, após ter sido descoberta a chave, como todas, perdeu
sua funcionalidade.
Em 1928, o exército alemão construiu uma versão conhecida como "Enigma G", que tinha como
garantidor de segurança a troca periódica mensal de suas chaves. Essa máquina tinha como
diferencial ser elétrico-mecânica, funcionando com três (inicialmente) a oito rotores. Aparentava
ser uma máquina de escrever, mas quando o usuário pressionava uma tecla, o rotor da esquerda
avançava uma posição, provocando a rotação dos demais rotores à direita, sendo que esse
movimento dos rotores gerava diferentes combinações de encriptação.
Assim, a codificação da mensagem pelas máquinas "Enigma" era de muito difícil decodificação,
uma vez que, para isso, era necessário ter outra máquina dessas e saber qual a chave (esquema)
utilizada para realizar a codificação.
A Colossus surgiu do esforço de engenharia reversa das forças aliadas em decriptar as mensagens
da marinha e do exército alemão, só logrando efetivo êxito após se ter conseguido uma máquina
Enigma alemã (furtada). Tais equipamentos foram, inicialmente, desenvolvidos como máquinas
de decriptação, mas depois passaram a codificar mensagens das forças aliadas.
Depois, surgiram outras máquinas fisicamente semelhantes à Enigma (pareciam com antigas
máquinas de escrever), porém foram aperfeiçoadas de forma a dificultar o mais possível a
decriptação por quem não as possuísse.
Devido aos esforços de guerra, a criptografia passou a ser largamente utilizada. Em 1948, Claude
Shannon desenvolveu a Teoria Matemática da Comunicação, que permitiu grandes
desenvolvimentos nos padrões de criptografia e na criptoanálise.
Durante a chamada "Guerra Fria", entre Estados Unidos e União Soviética, foram criados e
utilizados diversos métodos a fim de esconder mensagens a respeito de estratégias e operações,
criptografadas com diferentes métodos e chaves.
Durante muito tempo, o termo referiu-se exclusivamente à cifragem, o processo de converter uma
informação comum (texto claro) em algo não-inteligível; o qual chama-se texto cifrado. A
decifragem é a tarefa contrária, dado uma informação não-inteligível convertê-la em texto claro.
No uso coloquial, o termo "código" é usado para referir-se a qualquer método de cifragem ou
similar. Em criptografia, "código" tem um significado mais específico, refere-se a substituição de
uma unidade significativa (i.e., o significado de uma palavra ou frase) pelo substituto equivalente.
Códigos não são mais usados na criptografia moderna, visto que o uso de cifras se tornou mais
Códigos não são mais usados na criptografia moderna, visto que o uso de cifras se tornou mais
prático e seguro, como também melhor adaptado aos computadores.
Nos dias atuais, onde grande parte dos dados é digital, sendo representados por bits, o processo de
criptografia é basicamente feito por algoritmos que fazem o embaralhamento dos bits desses dados
a partir de uma determinada chave ou par de chaves, dependendo do sistema criptográfico
escolhido. Atualmente, a criptografia é amplamente utilizada na Web, em segurança a fim de
autenticar os usuários para lhes fornecer acesso, na proteção de transações financeiras e em redes
de comunicação.
Cifras e Códigos
A cifra é um ou mais algoritmos que cifram e decifram um texto. A operação do algoritmo costuma
ter como parâmetro uma chave criptográfica. Tal parâmetro costuma ser secreto (conhecido
somente pelos comunicantes). A cifra pode ser conhecida, mas não a chave; assim como se
entende o mecanismo de uma fechadura comum, mas não se pode abrir a porta sem uma chave
real.
Na linguagem não-técnica, um Código secreto é o mesmo que uma cifra. Porém, na linguagem
especializada os dois conceitos são distintos. Um código funciona manipulando o significado - que
é o conceito, normalmente pela substituição simples de palavras ou frases. Uma cifra, ao contrário,
trabalha com o significante - que é a forma, da representação da mensagem (letras, grupos de
letras ou, atualmente, bits).
Por exemplo, um código seria substituir a frase "Atacar imediatamente" por "Mickey Mouse". Uma
cifra seria substituir essa frase por "sysvst ozrfosyszrmyr". No Dia D, por exemplo, as praias de
desembarque não eram conhecidas pelo seu nome próprio, mas pelos seus códigos (Omaha, Juno,
etc.).
Chave Criptográfica
Uma chave criptográfica é um valor secreto que interage com o algoritmo de encriptação. A
fechadura da porta da frente da sua casa tem uma série de pinos. Cada um desses pinos possui
múltiplas posições possíveis. Quando alguém põe a chave na fechadura, cada um dos pinos é
movido para uma posição específica. Se as posições ditadas pela chave são as que a fechadura
precisa para ser aberta, ela abre, caso contrário, não.
Nem todos os sistemas ou algoritmos criptográficos são utilizados para atingir todos os objetivos
listados acima. Normalmente, existem algoritmos específicos para cada uma destas funções.
Mesmo em sistemas criptográficos bem concebidos, bem implementados e usados
adequadamente, alguns dos objetivos acima não são práticos (ou mesmo desejáveis) em algumas
circunstâncias. Por exemplo, o remetente de uma mensagem pode querer permanecer anônimo,
ou o sistema pode destinar-se a um ambiente com recursos computacionais limitados.
Criptografia Clássica
Podemos dizer que o uso da criptografia é tão antigo quanto a
necessidade do homem em esconder a informação. Muitos
pesquisadores atribuem o uso mais antigo da criptografia
conhecido aos hieróglifos usados em monumentos do Antigo
Egito (cerca de 4500 anos atrás). Diversas técnicas de ocultar
mensagens foram utilizadas pelos gregos e romanos.
Criptografia Moderna
A era da criptografia moderna começa realmente com Claude Shannon, possivelmente o pai da
criptografia matemática. Em 1949 ele publicou um artigo Communication Theory of Secrecy
Systems (https://web.archive.org/web/20031013025142/http://www3.edgenet.net/dcowley/doc
s.html)
com Warren Weaver. Este artigo, junto com outros de seus trabalhos que criaram a área de
Teoria da Informação estabeleceu uma base teórica sólida para a criptografia e para a
criptoanálise. Depois disso, quase todo o trabalho realizado em criptografia se tornou secreto,
realizado em organizações governamentais especializadas (como o NSA nos Estados Unidos).
Apenas em meados de 1970 as coisas começaram a mudar.
Em 1976 aconteceram dois grandes marcos da criptografia para o público. O primeiro foi a
publicação, pelo governo americano, do DES (Data Encryption Standard), um algoritmo aberto de
criptografia simétrica, selecionado pela NIST em um concurso onde foi escolhido uma variante do
algoritmo Lucifer, proposto pela IBM. O DES foi o primeiro algoritmo de criptografia
disponibilizado abertamente ao mercado.
Criptografia Quântica
Utilizando-se pares de fótons, a criptografia quântica permite que duas pessoas escolham uma
chave secreta sem jamais terem se visto, trocado alguma mensagem ou mesmo algo material. A
criptografia quântica oferece a possibilidade de gerar uma chave segura se o sinal é um objeto
quântico, assim, o termo mais correto seria Distribuição de Chave Quântica (Quantum Key
Distribution - QKD) e não Criptografia Quântica. É interessante notar que a Criptologia atual está
amparada na Matemática mas com a introdução desse conceito de mensagens criptografadas por
chaves quânticas a física passou a ter importância primordial no tema. O maior problema para
implementação da Criptografia quântica ainda é a taxa de erros na transmissão dos fótons seja por
via aérea ou fibra ótica. Os melhores resultados obtidos atualmente se dão em cabos de fibra ótica
de altíssima pureza, e conseqüentemente elevadíssimo custo também, alcançando algo em torno
de 70 km.
Por via aérea a distância chega a algumas centenas de metros e qualquer tentativa de se aumentar
essa distância tanto em um quanto em outro método a taxa de erros se torna muito grande e
inviabiliza o processo. O desenvolvimento de tecnologias que permitam o perfeito alinhamento dos
polarizadores, fibras óticas melhores e amplificadores quânticos de sinais permitirá que o sistema
de Distribuição de Chaves Quânticas venha a ser o novo padrão de segurança de dados.
A Criptografia Quântica se destaca em relação aos outros métodos criptográficos pois não
necessita do segredo nem do contato prévio entre as partes, permite a detecção de intrusos
tentando interceptar o envio das chaves, e é incondicionalmente segura mesmo que o intruso
tenha poder computacional ilimitado. A única forma possível de falha no processo seria se utilizar
de um ardil onde a comunicação fosse interceptada e substituída, tanto para o emissor quanto para
o receptor, criando assim um canal de comunicação controlado pelo intruso. O processo ainda
apresenta um elevado custo de implantação, mas o desenvolvimento tecnológico poderá torná-la
acessível a todas as aplicações militares, comerciais e de fins civis em geral.
Tiger
Algoritmos simétricos
Máquina Enigma (Máquina alemã de rotores utilizada na 2a Guerra Mundial)
DES - Data Encryption Standard (FIPS 46-3, 1976)
RC4 (um dos algoritmos criados pelo Prof. Ron Rivest)
RC5 (também por Prof. Ron Rivest)
Blowfish (por Bruce Schneier)
IDEA - International Data Encryption Algorithm (J Massey e X Lai)
AES (também conhecido como RIJNDAEL) - Advanced Encryption Standard (FIPS 197,
2001)
RC6 (Ron Rivest)
Ver também
Criptoanálise
Assinatura Digital
Criptografia Assimétrica
Criptografia negável
Criptografia Simétrica
DNSSEC
Hash (Resumo Criptográfico)
ICP
Problemas em aberto da ciência da computação
Referências
1. Liddell, Henry George; Scott, Robert; Jones, Henry Stuart; McKenzie, Roderick (1984). A
Greek-English Lexicon. [S.l.]: Oxford University Press
2. Rivest, Ronald L. (1990). «Cryptography». In: J. Van Leeuwen. Handbook of Theoretical
Computer Science. 1. [S.l.]: Elsevier
p [ ]
Bibliografia
Wykes, Sean Michael (2016). Criptografia Essencial - a Jornada do Criptógrafo. Brasil:
Elsevier. ISBN 978-85-352-8605-2
Hook, David (2005). Beginning Cryptography with Java. Indianapolis: Wrox. 448 páginas.
ISBN 0-7645-9633-0
PELLEGRINI, Jerônimo C. Introdução à Criptografia e seus Fundamentos : notas de aula :
versão 90 (http://aleph0.info/cursos/ic/notas/cripto.pdf).
QUARESMA, Pedro; LOPES, Elsa. Criptografia (https://www.mat.uc.pt/~pedro/lectivos/Codigo
sCriptografia1213/artigo-gazeta08.pdf).
Schneier, Bruce (1996). Applied Cryptography. New York: John Wiley and Sons. 758 páginas.
ISBN 0-471-11709-9
SINGH, Simon. O Livro dos Códigos. Lisboa : Temas e Debates, 2001. ISBN 972-759-278-3.
Ligações externas
Mais sobre Criptografia (http://www.infowester.com/criptografia.php)
Criptografia com números irracionais (https://web.archive.org/web/20070105100651/http://ww
w.lncc.br/~borges/doc/irrac.pdf)
The world's first electronic Enigma machine (http://xoomer.alice.it/www_enigma)
BerkaEnigma - Criptografia Simétrica Aplicada (http://turing.byethost4.com/BerkaEnigma)
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