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Capítulo 12
Estratégia n.o io
Desenvolva o carácter
0meuQuando
sogro,lhe
Charles N. quando
perguntei Payne, éera
quealmirantÊ m pela
se apercebeu U. S. Navy.
primeira
vez de que estava disposto a morrer pelo seu país, respondeu-me que foi
nc) dia em que se alistou e jurou defender a Constituição dos Estados
Umdos. Depois acrescentou algo de que eu nunca me esqueci: {tLee, tem
de decidir aquilo que defende muito antes de um incidentc acontecer,
paTa estar preparado para reagir aclequadamente.» Constatei que isto era
verdade para todos os líderes. Estes são ionfrontados com decisões
morais e éticas difíceis todos os dias e têm de saber aquilo que defen-
dem e têm de estar preparados para agirem da foma correcta.
Este capítulo concentra-se no carácter. A palavra tem muitos signi-
ficados, mas quando afirmamos que alguém tem carácter, normalmente
queremos dizer que elc, ou ela, tem uma força éti[a. Os melhores líde-
res não só possuem as competências, as atitudes e as características
comportamentais dc que tenho vindo a falaT, mas também se distinguem
pelo caTácter. 0 que é que você deí`ende? Quais são os seus valores
centrais? Onde é que desenha as suas linhas na areia? Se quiser ser um
óptimo líder, não só tem de saber responder a estas peTguntas, mas tam-
bém tem de saber comunicá-las às pessoas que lidera e reforçá-1as a cada
palavra que profere e a cada acção que toma. Frances Hesselbein, presi-
dcnte do Leader to Leader lnstitute, resume-o da seguinte foma no seu
livro JJc5sc!Z)Érm on LccitzersÁóp.. ttA liderança é uma questão de como ser,
não de como fazer.»
Penso frequentemente que dcveria existir um código de ética para
os líderes empresariais, como existe para os advogados e para os médi-
ci)s Não estou apenas a falaT de regras óbvias, como: não manipular os
registos contabilísticos, ou não mentir aos accionistas; já temos leis para
esses casos. Estou a falar de padrões de comportamento profissioml, o
equivalente cmpresarial ao juramento de Hipócrates, com a sua frase
famosa: ttNão causar dano, ou mal, a alguémii, porque os gestores qiie
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LEE COCKERELL
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MACJIA
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l.F.E COCKEREl.I.
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* Diversidade. Procuramos, va]orizamos e respeitamos as diferen-
ças entre os nossos Membi.os do Elenco. No capítu]o 3, falei
acerca da RAVE - respeitar, apreciar e valorizar todas as pessoas
-, que descreve a cultura de diversidade no Disney World. No
que concerne a diversidade, o verdadeiro objectivo tem de ser a
completa e total inclusão e a sua fasquia não deverá estar abaíxo
disso. Sugiro que leia e releia o capítulo 3 a intervalos regula-
res porque quando conseguir fazer isto da forma correcta, tudo o
resto na sua empresa continuará a funcionar num nível muito
acima das suas maiores expectativas.
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* Nos Estados Unidos, o número de tele[`one de emergência é o N91 lji. ÍN. c!# 7.'J
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ocasião em particular, no Disneyland Resort, em Anaheim, o item per-
dido foi um dente. Quando o dente de um menino caiu enquanto estava
no parque, a sua mãe lavou-o no bebedouro mais próximo. Contudo, dei-
xou-o cair e ele foi para o ralo. A cr]ança ficou nervosa porque a «fada
dos dentes» não iria visitar a sua almofada nessa noite. Contudo, um
Membro do Elenco que assistira à cena, chamou o departamento de
manutenção e alguém veio abrir o bebedouTo. Mesmo assim, o dente
não foi encontrado. Por isso, os Membros do Elenco do departamento
de manutenção disseram à famflia para ir ter com eles às cinco horas na
secção de Serviço ao Cliente, perto da saída do parque. À hora marcada,
entregaram o dente numa caixa [indamente embnilhada e disseram à
cnança que a E;ida Símt.nho o tinha descoberto. Na verdade, a equipa de
manutenção tinha feito um dente falsc> m sua loja, o qual parecia sufi-
cientemente verdadeiro para a criança eufórica. Escusado será dizer que
fazer um dente falso para agradar a uma criança não era algo que esti-
vesse escrito na descrição de fiinções da equipa. Porém, fazer um esforço
extra é aqu]lo que as pessoas com carácter fazem. Estáo totalmente empe-
nhadas, o que significa que estão preparadas para irem até ao fim.
Tal como é dito a todos os Membros do Elenco: não é a magia que
faz a Disney funcionar; é a forma como os Membros do Elenco traba-
lham que toma a Disney mágica. Os Membros do Elenco que acabei de
descrever criaram magia para os Convidados que se cnizaram nas suas
vidas; e não pense que isso não tem influência quando as familias pla-
neiam as próximas fénas, ou recomendam um destino a um amigo.
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MAGIA
Os seus métodos podem ser muito diferentes dos destas empresas, mas
tudo bem. 0 mais importante é que analise a fundo os valores que real-
mente são jmportantes para si, que os descreva claramente e que os
ensine eficazmente a quem tem posições de liderança.
ACçÕES
* Saiba aquilo que defende e viva com base nesses valores todos os
minutos de todos os dias.
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* Nunca faça algo ilegal, ou quase ilegal, e nunca peça aos seus hn-
cionários para o fazerem.
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Capítu]o 13
Q::rp::::eL:Tt,:::t,o::[:êuíug=st]::e:,st:euaenrtes,e]oauou:E£ng,:nu::
em pczrt-tíme. Poderá ser um Óptimo líder, ou um bom líder, ou poderá
ainda ter muito para aprender, porém, se ]á [eu este livro até aqui, você
tem o coração de um líder e potencial para se tornar ainda meHior do
que já é actualmente. Por isso, é muito importante lembrar-se de que, à
medida que vive a sua vida profissional e pessoal, cada opção qiie toma
é muitc) importante. Tem a oportunidade de fazer uma grande diferença,
não só nos resultados finais da sua empresa, mas também nas vidas de
outros seres humanos. Tal como disse no capítulo 1, a liderança é muito
mais um papel do que um título: é uma r€sponrcibj/t.dczcJg séria.
E essa responsabilidade nunca foi tão grande quanto é hoje. 0 mundo
onde vivemos - o mesmo no qual a sua empresa actua - é mais com-
plexo, imprevisível e inter-relacionado do que nunca. Como resultado,
as suas decisões e comportamentc)s influenciam muitas vidas. Mais: as
exigências em terrnos de liderança são diferentes daquilo que eram no
passado. Uma razáo é o facto de as pessoas que lidei-a e, sobretudo, as que
liderará no futuro, terem mais formação, serem mais viajadas e estarem
muito mais ligadas a redes de informação g[obais. São também muito
mais diversas, incluindo mulheres, homens, uma grande variedade de
raças, de religiões, de nacionalidades e de grupos étricos.
A geração que está agora na adolescência e «na casa» dos 20 anos,
iniciará e ascenderá nas suas carreiras com diferentes expectativas,
necessidades e desejos das que os seus pais tinham Não só o emprego
para toda a vida já não é uma noma, mas também os jovens pretendem
trabalhar em envolventes flexi'veis e não autontárias, nas quais são res-
peitados enquanto indivi`duos e lhes é pemitido desenvolverem em pleno
o seu potencial. Pretendem desempenhar tarefas importantes, assumir
desafios interessantes e ter vidas equilibradas e espeíam ser envolvidos
e apreciados desde o primeiro dia num emprego. Também não tolerarão
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o tratamento desrespeitoso que muitos dc>s funcionános com a minha
idade toleraram no início das carreiTas. Eles não querem ser encarados
como os subordinados pelos seus superiores; querem traballiar com líde-
res humildes, que estão concentrados no seu trabalho e nãc) no seu síaítÁs.
Adicionalmente, também são mais criativos e produtivos. Enquanto
escrevia este capítulo, depaTei com um artigo intitulado ttcomo as Empre-
sas Podem Encorajar a lnovação>j.. Citando especialistas em gestão e
economia, o artigo refere que a criatividade e a inovação são ah chaves
da competitividade. Um dos especialistas, Richard Florida, autor de Thc
Ri-sG o/ fhe Creaíí#G CZczss, refere: ttEstamos a passar dc uma econcimia
jndustrial para uma economia i-riativai> e as pessoas criativas ttdão um
estímulo crítico para o crescjmento económicc» . 0 artigo cita um estudo
que mostra que 88 por cento dos empregados nos Estados Unidos se
consideram criativos, mas menos de dois terços pensam que estão a
aproveitaT em plcno o seu potencial criativo no ti.abalho. Agora, eis uma
surpresa: quase 30 por ceT`to dos inquiridos aceitariam salános mais bai-
xos para trabalharem em empresas que valorizassem as suas sugestões
criativ,as e 20 por cento estavam dispostos a mudarem-se para cidades
diferentes para trabalharem em empresas desse tipo. As pessoas deste
tipo - e há cacla vez mais todos os dias - não tomam decisões em rela-
ção a um emprego com base apenas nas condições remuneratórias. Elas
baseiam as suas decisões nos seus interesses, valores c, mais importante,
na forma como são tratadas no local de trabalho.
Também não estão obcecadas em se tomarem pessoas poderosas,
cc)mo estavam no passado. Muitas das pessoas mais jovens que passam
a fazer parte da foTça de trabalho cresceram em casas onde a mãe c o
pai estavam apenas focados nas suas cai-reiras. Viram as consequências
de uma vida clesequilibrada - sem tempo de qualidade com os entes
queridos, com divórcios litigiosos com doenças relacionadas com o
sfrtJss, entre outros - e nãc> planeiam repetir os mesmos erros. Trabalha-
rão arduamente e farão um óptimo trabalho, mas não estão dispostas a
prescindirem das suas v]das a favor dos seus empregos, ou das suas
empresas.
Resultado final: as empresas cu]os lídcres sabem atrair, desenvolver
p manter os funcionários inteligentes, enérgicos e criativos, serão os ven-
cedores do futuTo - e o futuro está a chegar rapidamentel Os tempos
são realmente de mudança e se não se adaptar a elas, as pessoas que lidera
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