CAPITULO I .................................................................................................................... 3
1. Introdução ................................................................................................................. 3
CAPITULO II ................................................................................................................... 4
3. Conclusão ..................................................................................................................... 8
CAPITULO I
1. Introdução
A biomassa lenhosa é um recurso renovável que tem sido utilizado durante séculos
como fonte de energia para fins domésticos sendo ainda utilizada em muitos Países em
desenvolvimento (Arnold et al., 2006). A lenha é utilizada desde as primeiras
civilizações para fazer fogo, quando a madeira era abundante e gratuita. As pessoas
viviam em pequenas comunidades e apenas no momento em que surgiram as primeiras
vilas e pequenas cidades é que a lenha começou a ser comercializada. Com o
crescimento das cidades, foi aumentando a necessidade de energia e as florestas
começaram a ser exploradas além da sua capacidade de regeneração, o que provocou a
falta de madeira em algumas regiões (Uhlig, 2008).
É facto conhecido de todos que o desenvolvimento da humanidade está intimamente
associado ao aumento do consumo energético e com o uso racional e controlado das
diversas fontes de energia. O modelo tecnológico, adaptado ao mundo moderno,
apoiou-se muito cedo no emprego preferencial de energia proveniente dos combustíveis
não renováveis, tais como carvão mineral, gás natural e petróleo. Esse fato obrigou o ser
humano a aumentar drasticamente o consumo de combustíveis fósseis a tal ponto que
essas reservas, presumivelmente, segundo vários especialistas se esgotarão nos
próximos cem anos (ORTIZ, 1996).
CAPITULO II
O conteúdo máximo em humidade que uma madeira deverá ter para ser queimada em
forno situa-se em torno dos 65 a 70%, medida em base húmida (Quirino et al., 2004).
As madeiras com um teor de humidade acima do limite citado necessitam de energia de
origem externa para secar e entrar em combustão. Cunha (1989) afirma que o poder
calorífico é tanto mais alto quanto maior o seu teor em lenhina e extractivos, pois os
mesmos contêm menos oxigénio do que os polissacarídeos presentes na holocelulose
(celulose e hemicelulose).
De acordo com COUTO et al. (2000). A biomassa florestal possui características tais
que permitem a sua utilização como fonte alternativa de energia, seja pela queima da
madeira, como carvão, aproveitamento de resíduos da exploração e aproveitamento de
óleos essenciais, alcatrão e ácido pirolenhoso. O presente estudo tem por objectivo
abordar os principais aspectos relacionados à biomassa florestal para geração de
energia.
Aquecimento global
Escassez da precipitação;
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3. Conclusão
A utilização da biomassa florestal como fonte de energia é sem dúvida a alternativa que
contempla a vocação natural do Brasil. Entretanto, apesar de seu comprovado potencial,
a biomassa florestal não recebe dos governos a atenção necessária na concepção da
matriz energética brasileira. Diante da actual crise de energia, os baixos custos de
produção da biomassa florestal, decorrentes da alta produtividade, mostram que é
necessário repensar o uso da madeira como fonte de energia.
Em termos sócio-ambientais, as vantagens da biomassa são inúmeras. Se cultivada de
forma sustentável, seu manejo e utilização não acarretam acréscimo de CO2 à
atmosfera, já que o CO2 liberado pela combustão é extraído da atmosfera durante o
processo de fotossíntese. Além disso, sua utilização em larga escala para fins
energéticos pode promover desenvolvimento sustentável de áreas rurais e regiões pouco
desenvolvidas, reduzindo o êxodo para as áreas densamente urbanizadas.
No entanto, para que as potencialidades da bioenergia sejam devidamente aproveitadas,
é preciso que os planeadores do sector energético reconheçam a sua importância como
vector de desenvolvimento regional e sustentável. É preciso, portanto, maior fomento à
pesquisa e desenvolvimento de projectos industriais de aproveitamento energético da
biomassa, com vista à oferta local de empregos e à melhoria do padrão de vida de
comunidades e regiões subdesenvolvidas.
Conforme relata LIMA e BAJAY (1998), é imprescindível o desenvolvimento de
pesquisas visando reduzir os custos de produção da biomassa florestal, que contemple
os seguintes aspectos:
- Selecção de espécies e procedências mais adequadas para cada região de plantio;
- Sistemas de implantação, manejo e colheita;
- Processos de usos finais de maior eficiência;
- Estudos técnicos, económicos e financeiros que dêem maior confiabilidade
aos valores utilizados na definição das taxas de reposição florestal obrigatória.
Assim, torna-se necessário promover campanhas de divulgação, visando a
conscientização e a divulgação aos técnicos responsáveis pelo planeamento energético
sobre este importante instrumento para implementar as políticas energéticas
concernentes a biomassa florestal.
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4. Referências bibliográficas
1. AFREA – Africa Renewable Access Program (2011) Wood-Based biomass energy
development for Sub-Saharan Africa – Issues and approaches. The International Bank
for Reconstruction and Development, The World Bank Group, (Washington) USA.
2. Alface, J. (1994) Estudo da eficiência dos fornos para a produção de carvão vegetal.
Universidade Eduardo Modlane, Departamento de Engenharia Química. Maputo,
Moçambique.
3. Amous, S. (1999). The role of wood energy in Africa. Forest Department, Wood
Energy Today for Tomorrow (WETT), FAO, Working Paper Regional Studies
FOPW/99/3. Rome, Italy.
4. APEBIOMASSA (2013). Associação dos Produtores de Energia e Biomassa.
Disponível em: www.apebiomassa.pt e acedido em 14.03.2013.