Você está na página 1de 8

Índice

CAPITULO I .................................................................................................................... 3

1. Introdução ................................................................................................................. 3

1.2. Objectivos do trabalho ........................................................................................... 3

1.2.1. Objectivo geral ................................................................................................ 3

1.2.2. Objectivos específicos ..................................................................................... 3

1.3. Metodologia do trabalho ........................................................................................ 3

CAPITULO II ................................................................................................................... 4

2.1. Biomassa Florestal como Fonte de Energia ........................................................... 4

2.2. Impactos da biomassa ............................................................................................ 6

2.2.1. Impactos positivos ........................................................................................... 6

2.2.2. Impactos negativos .......................................................................................... 6

2.3. Medidas minimizar da energia de origem biomassa .............................................. 7

2.4. Áreas de ocorrências .............................................................................................. 7

2.5. Participação no crescimento e no desenvolvimento .............................................. 7

3. Conclusão ..................................................................................................................... 8

4. Referências bibliográficas ............................................................................................ 9


3

CAPITULO I
1. Introdução
A biomassa lenhosa é um recurso renovável que tem sido utilizado durante séculos
como fonte de energia para fins domésticos sendo ainda utilizada em muitos Países em
desenvolvimento (Arnold et al., 2006). A lenha é utilizada desde as primeiras
civilizações para fazer fogo, quando a madeira era abundante e gratuita. As pessoas
viviam em pequenas comunidades e apenas no momento em que surgiram as primeiras
vilas e pequenas cidades é que a lenha começou a ser comercializada. Com o
crescimento das cidades, foi aumentando a necessidade de energia e as florestas
começaram a ser exploradas além da sua capacidade de regeneração, o que provocou a
falta de madeira em algumas regiões (Uhlig, 2008).
É facto conhecido de todos que o desenvolvimento da humanidade está intimamente
associado ao aumento do consumo energético e com o uso racional e controlado das
diversas fontes de energia. O modelo tecnológico, adaptado ao mundo moderno,
apoiou-se muito cedo no emprego preferencial de energia proveniente dos combustíveis
não renováveis, tais como carvão mineral, gás natural e petróleo. Esse fato obrigou o ser
humano a aumentar drasticamente o consumo de combustíveis fósseis a tal ponto que
essas reservas, presumivelmente, segundo vários especialistas se esgotarão nos
próximos cem anos (ORTIZ, 1996).

1.2. Objectivos do trabalho

1.2.1. Objectivo geral


 Compreender a fonte energética Biomassa

1.2.2. Objectivos específicos


 Caracterizar as biomassas como fonte de energia
 Identificar as áreas de ocorrência em Moçambique
 Descrever os impactos de biomassa como fonte de energia

1.3. Metodologia do trabalho


Para a realização do presente trabalho, recorreu-se na revisão bibliográfica, que
consistiu na recolha de informações em várias obras que falam sobre o tema em
pesquisa. A Pesquisa Bibliográfica: consistiu principalmente a três (3) técnicas, a
destacar: na consulta e leitura de obras literárias e virtual.
4

CAPITULO II

2.1. Biomassa Florestal como Fonte de Energia


Biomassa é toda matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, utilizada na produção
de energia. Ela é obtida através da decomposição de uma variedade de recursos
renováveis, como plantas, madeira, resíduos agrícolas, restos de alimentos, excrementos
e até do lixo.

O uso da madeira para produção de energia apresenta menores problemas de poluição,


quando comparada aos combustíveis fósseis, devido ao balanço de gases com efeito de
estufa (em particular CO2), produção de oxigénio e ao baixo teor de enxofre (Cunha et
al., 1989). O poder calorífico, o teor de humidade e a densidade são as propriedades
mais importantes da madeira para sua utilização como combustível (Brito et al., 1978),
para além da massa específica.

O carvão vegetal é tradicionalmente produzido com espécies de madeira densa


resultando numa combustão lenta. Estas espécies de crescimento lento encontram-se
assim vulneráveis ao excesso de exploração. Existe portanto necessidade em encorajar a
diversificação e a utilização de espécies plantadas e/ou espécies que produzam um
carvão vegetal menos denso (Girard, 2002) embora a maioria dos fornos actualmente
utilizados não sejam adequados a este tipo de carvão vegetal e a preferência da
população por carvão vegetal proveniente de espécies lenhosas com maior conteúdo
energético.

O conteúdo máximo em humidade que uma madeira deverá ter para ser queimada em
forno situa-se em torno dos 65 a 70%, medida em base húmida (Quirino et al., 2004).
As madeiras com um teor de humidade acima do limite citado necessitam de energia de
origem externa para secar e entrar em combustão. Cunha (1989) afirma que o poder
calorífico é tanto mais alto quanto maior o seu teor em lenhina e extractivos, pois os
mesmos contêm menos oxigénio do que os polissacarídeos presentes na holocelulose
(celulose e hemicelulose).

No tocante a florestas plantadas para produção de energia, SOARES FILHO et al.


(2002) destacam que a biomassa florestal pode ser utilizada como fonte de energia
limpa, renovável, e geradora de empregos. Os autores relatam que, embora possua
desenvolvida capacitação tecnológica para exploração dos recursos florestais além de
5

possuir extensas áreas, relevo, clima e condições biológicas excepcionais para a


produção da biomassa florestal, o elevado custo de produção seja a explicação para o
não aproveitamento da biomassa florestal na geração de electricidade no Brasil.

A lenha foi o produto energético básico na estrutura do mundo até a Revolução


Industrial, movendo os vapores e sendo a fonte de energia que impulsionou o progresso.
Ela é a fonte de energia primária mais importante para alguns países e para parcelas
significativas da população dos países subdesenvolvidos como a República de
Moçambique (ASSUMPÇÃO, 1981).

De acordo com COUTO et al. (2000). A biomassa florestal possui características tais
que permitem a sua utilização como fonte alternativa de energia, seja pela queima da
madeira, como carvão, aproveitamento de resíduos da exploração e aproveitamento de
óleos essenciais, alcatrão e ácido pirolenhoso. O presente estudo tem por objectivo
abordar os principais aspectos relacionados à biomassa florestal para geração de
energia.

No caso do Moçambique, a estrutura energética sofreu transformações significativas,


apesar de as fontes primárias de energia guardarem, na referida estrutura, as mesmas
posições que ocupavam nos anos 70. Apesar de reduzir sua participação na estrutura de
consumo de 90% para 80%, a lenha mantém-se ainda como fonte de energia primária do
País e cresce em valores absolutos (LIMA, 1993).

Evidencia-se, assim, a importância da biomassa florestal como insumo energético, seja


na dimensão temporal, ou seja, na dimensão espacial (em nível nacional e/ou
estadual/regional). Portanto a biomassa, particularmente a florestal, deve ser incluída no
rol de fontes energéticas consideradas quando da definição de políticas e, directrizes
para o planeamento energético regional e, principalmente, não ser esquecida ou
colocada entre as ultimas prioridades quando da execução dos planeamentos elaborados
(LIMA e BAJAY, 1998).
De acordo com a FAO (2003a), a biomassa lenhosa para combustível pode derivar de
fontes directas ou indirectas. Os combustíveis lenhosos directos consistem em madeira
directamente extraída das florestas bem como de outras zonas arborizadas como é o
caso de terrenos arbustivos.
6

Os combustíveis lenhosos indirectos referem-se geralmente àqueles que preservam


essencialmente a estrutura original da madeira ou dos que requerem vários processos
termoquímicos antes da sua utilização, como são exemplo os originados a partir da
transformação industrial de madeira (fábricas de serração, indústria de aglomerados,
indústria da celulose e papel, assim como de marcenarias e carpintarias), sob a forma de
resíduos, tais como, rejeitados de serrações, aparas, serradura, costaneiras, cascas, entre
outros, e de indústrias do papel e celulose como é o caso do licor negro.

O rendimento energético de um processo de combustão da madeira depende da sua


constituição química, devendo-se realçar que os teores de celulose, hemicelulose,
lenhina, extractivos e substâncias minerais variam segundo a espécie, sendo de grande
importância para a escolha adequada da madeira a ser utilizada em processos de
produção de carvão vegetal (Quirino et al., 2004).

2.2. Impactos da biomassa

2.2.1. Impactos positivos


Como vantagens económicas da biomassa florestal, podem ser citadas, de acordo com
BRASIL (1996), as seguintes:
 Nos países em desenvolvimento, ainda é o combustível mais barato, tanto por
tonelada quanto por unidade de calor;
 Não necessita de mão-de-obra qualificada;
 Seu armazenamento é possível em espaço aberto, apesar de o poder calorífico
diminuir com o tempo; e
 Apresenta baixo teor de cinza e enxofre.
Por outro lado, a lenha necessita de planeamento para sua utilização, devido ao controle
das áreas florestais por instituições ambientais; exige grande contingente de mão-de-
obra, elevando os custos nos países onde os salários são altos; e apresenta poder
calorífico inferior ao dos combustíveis fósseis.

2.2.2. Impactos negativos


A destruição da vegetação para a produção de carvão vegetal – com a desertificação as
regiões ficam sem nenhuma cobertura vegetal tendo como consequência:

 Aquecimento global
 Escassez da precipitação;
7

 Escassez de oxigénio para a vida dos seres vivos;


 Erosão;
 Empobrecimento dos solos.

2.3. Medidas minimizar da energia de origem biomassa


Uma das estratégias adoptadas pelo Governo de Moçambique para lidar com a escassez
de energia urbana foi a criação de extensas plantações de florestas para a produção de
combustíveis lenhosos próximos de cidades, tais como: Maputo, Beira e Nampula. Estas
plantações eram destinadas a abastecer tanto em lenha como em carvão vegetal as
cidades envolventes (BTG, 1990).

2.4. Áreas de ocorrências


As famílias de rendas baixas (designação local vulgar para famílias de parcos recursos),
principalmente dos centros urbanos, são os potenciais consumidores de lenha e carvão
vegetal. Grandes cidades e determinadas zonas de produção agrícola sofreram períodos
de escassez desde os anos 80 (Kir, 1984). Isso ter-se-á verificado principalmente nas
Províncias onde o consumo médio de combustíveis lenhosos se encontra acima do
incremento médio anual (IMA) da floresta, como nas Províncias de Maputo,
Inhambane, Sofala e Nampula onde se encontram as três maiores cidades
Moçambicanas.

2.5. Participação no crescimento e no desenvolvimento


É facto conhecido de todos que o desenvolvimento da humanidade está intimamente
associado ao aumento do consumo energético e com o uso racional e controlado das
diversas fontes de energia.
Para algumas zonas do África, em particular Moçambique, a bioenergia é a categoria
das energias renováveis responsável pela maior parte da energia primária (Belward et
al., 2011). Cerca de 80% das pessoas que dependem da biomassa tradicional vivem em
áreas rurais, e outros vivem em áreas urbanas também utilizam a biomassa para
confecção de alimentos (GTZ, 2009b).
Moçambique é um dos Países com os níveis mais baixos de consumo de energia no Sul
de África, com cerca de 80% do consumo energético do país baseado em biomassa.
A maior parte das indústrias, assim como as padarias utilizam as biomassas para o
fabrico dos seus produtos, gerando emprego.
8

3. Conclusão
A utilização da biomassa florestal como fonte de energia é sem dúvida a alternativa que
contempla a vocação natural do Brasil. Entretanto, apesar de seu comprovado potencial,
a biomassa florestal não recebe dos governos a atenção necessária na concepção da
matriz energética brasileira. Diante da actual crise de energia, os baixos custos de
produção da biomassa florestal, decorrentes da alta produtividade, mostram que é
necessário repensar o uso da madeira como fonte de energia.
Em termos sócio-ambientais, as vantagens da biomassa são inúmeras. Se cultivada de
forma sustentável, seu manejo e utilização não acarretam acréscimo de CO2 à
atmosfera, já que o CO2 liberado pela combustão é extraído da atmosfera durante o
processo de fotossíntese. Além disso, sua utilização em larga escala para fins
energéticos pode promover desenvolvimento sustentável de áreas rurais e regiões pouco
desenvolvidas, reduzindo o êxodo para as áreas densamente urbanizadas.
No entanto, para que as potencialidades da bioenergia sejam devidamente aproveitadas,
é preciso que os planeadores do sector energético reconheçam a sua importância como
vector de desenvolvimento regional e sustentável. É preciso, portanto, maior fomento à
pesquisa e desenvolvimento de projectos industriais de aproveitamento energético da
biomassa, com vista à oferta local de empregos e à melhoria do padrão de vida de
comunidades e regiões subdesenvolvidas.
Conforme relata LIMA e BAJAY (1998), é imprescindível o desenvolvimento de
pesquisas visando reduzir os custos de produção da biomassa florestal, que contemple
os seguintes aspectos:
- Selecção de espécies e procedências mais adequadas para cada região de plantio;
- Sistemas de implantação, manejo e colheita;
- Processos de usos finais de maior eficiência;
- Estudos técnicos, económicos e financeiros que dêem maior confiabilidade
aos valores utilizados na definição das taxas de reposição florestal obrigatória.
Assim, torna-se necessário promover campanhas de divulgação, visando a
conscientização e a divulgação aos técnicos responsáveis pelo planeamento energético
sobre este importante instrumento para implementar as políticas energéticas
concernentes a biomassa florestal.
9

4. Referências bibliográficas
1. AFREA – Africa Renewable Access Program (2011) Wood-Based biomass energy
development for Sub-Saharan Africa – Issues and approaches. The International Bank
for Reconstruction and Development, The World Bank Group, (Washington) USA.
2. Alface, J. (1994) Estudo da eficiência dos fornos para a produção de carvão vegetal.
Universidade Eduardo Modlane, Departamento de Engenharia Química. Maputo,
Moçambique.
3. Amous, S. (1999). The role of wood energy in Africa. Forest Department, Wood
Energy Today for Tomorrow (WETT), FAO, Working Paper Regional Studies
FOPW/99/3. Rome, Italy.
4. APEBIOMASSA (2013). Associação dos Produtores de Energia e Biomassa.
Disponível em: www.apebiomassa.pt e acedido em 14.03.2013.

5. DNTF – Direcção Nacional de Terras e Florestas (2009) Relatório Anual 2008.


DNTF, Ministério da Agricultura, Maputo, Moçambique.

6. FAO (1983) Woodfuel surveys – Forestry for local community development


programme. Disponível em: http://www.fao.org/docrep/q1085e/q1085e00.htm#contents
e acedido em 23.02.2012.

Você também pode gostar