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Wy 2 AI VB indice Paleografia Portuguesa 2 prenye iene ‘ABscrta ProcessualeEncadeada 3 Eeewode Pecronloddois aed scrita ltélica ou Bastarda ‘TextoModelon? 1 ae a estate 2 Texto Modelon’ 2.... Introdugao ... 5 TextoModelon?3 "Hi Dols Grandes Desaios na Palcogratia 5 Noes Hist oe ‘ALingua Portuguesa é uma LinguaLatina ... 6 mateo Existem Poucos Registros de Valor Genealégico Beet ce Datadosde Antes de 1500 6 seen rane: ‘Tradicionalmente, a Escrita Foi Classificada em ‘TextoModelon? 4. Estilos Abreviaturas ‘Métodos de Abrevaturas OAlfabero 7 TextoModelon® 5 OAlabeioPermancceuVirwsimentetoaiterdo. 7 — TextoModclon’ 5. ne TeostatinesPoucoConhecios 12, —-Maitas AbreviarurasForam Padronizadss ‘Necesséria uma Comprecnsio Acerca dos ea Teanserigdode Caracteres 4 a a a ‘Texto Modelon’ 7. 26 Variagéesna Ortografia. 13. Transcriglodo Texto Modelo? 8 28 ‘Aleta 13. TestoModelon®9 31 ‘AsLetras"t"e 3 salen te BS bloga occeserenenninnnnnnennin 96 Tomei : a Paleografia Portuguesa (a Paleograiia pode ser definida tanto como eseritosan- tigos, ou o estuda de eseritos antigos) Qualguer pessoa ‘empenhada em pesquisas genealégicas deregistros portu- [eses antigos, necesstard de saber ler, entender etrans- crever tais registro. (A capacdate de ler eesreverpleogaiaexige das hablldndes importantes: sabertranspor ox ceacteres do docament nga pra caractetes com os quai est- ‘mos mais frniaszados,e (2) saber identifier as abre- ings sales no texto do reyisto) (stem dessas duas habilidades mais importantes deve- mos também scr capazes de interpreta 0s sinais de pon- ‘agdo usados, separar ou unis palavras que ndoforam se- paradas ou unidas no texto orginal, ler etranscrever m- ‘eros, identficar enos no texto originale, finalmente, fbter, através de tudo isto, o significado do texto) (éctaroquecadapestos temum estilo ou método de es- crevero qual é unico, No entento, tem sido possivel, no ‘eunir em grupos 04 estos defini ‘estilos podem variar de epoca aépoca, de pais a pals, e até ‘mesmo entre tipos diferentes de documentos. Entretan- Steelers eet peciais juer estilo, deveriamos ser capazes de (gualquer decumento escrito naquele estilo, usando para {hs0, de um esforgo apenas igeiramence maior do requer! ddo para ler 08 atuais estilos de caligrafia. Naturalmente, ‘ainda erlamosque lidar com variagbesdaqueleestilo, ma ‘aligrafia,inta desbotada cec. Mas o segredo de poder ler ‘Tualque' estilo determinado de calirafiaesimplesmente Ser capaz de reconhever as caracteristicas daquele estilo) (Os estilostipicos da Iberia Tbero-América se origina ram do alfabeto romano, usado desde pouco tempo antes Ga epoca de Cristo. No inicio, tal allabeto consistia de 1 letras: A,B, C,D,E, F,G,H,1.K,L,M,N,O,P,Q,R, 8,7, Vex. Asletas ¥e2 foram alicionadas aproximadamen- teem S0A.C. Desde aquele tempo tem havido muitoses- tilos diferentes, oumodificacsesdeestilos que foram ado- tados, rejitads, modificados e remodificados. Esseses- tilos foram agrupados eclassficadose incluem, entre ou- ‘wos, a caligalia Carolinea, resultante de uma reforma in ‘roduzida durante oreinado de Carlos Magno, acaligrafia ‘Gética, acaligrafia Cortesa, acaligrafia Secretariaeacali- sralia Secrecitia Encadeads. Devemoschamaraatengioparaofatodequecomoem. muitas outras dsciplinas, a categorizagio pode ser peri- ‘gosa. E convenienteque sejamos capazes de classifica es- es varios estilos em grupos e darlnes nomes etitalos. Entretanto, logo que se cra uma categoria ou um gro, automaticamente surgem divides quanto ase um estlo pertence aeste ou aquele grupo, ou se esta em algum lugar ‘Ro meio, Como Eduardo Nunes explica: "A lassficagao das leteas € um rto sagrado, mas ao qual, atualmenteto- {dos 0s paledgrafos deseariam poder furtarse..; oraue, "ann enolate) co as pria ma a [postulado da terminologial se encop- tram em plena crise derefundigio.” (Nunes, Eduardo, Al- bum de Paleografa Poreaguesa, Vol. 1, Lisboa, Portugal Instituto de Alta Cultura, Universidade de Lisboa, 1969, 11] Ascategorias, no entanto,sio convenientes e por ssa tanto sioe continuario a ser usadas. ‘Uma vez que a maioria dos registos de valor geneal6- ico na Ibriae Thero-América, nao foram iniciados até 0 principio do século XVI, somente os estilos predominan- tesusados desde aquele temponos interessam. Nesses es- to incluidas.caligrafia Secteriia, acaligrafia Secretaria Encadeada ea Itiica, as quais sio breverente deseritas ‘as passagens que se seuem, A Escrita Processual e Encadeada “A eserita processual ¢ eminentemente cursiva, per mitindo dessa forma aos esereventes, grande liberdade no tagado. Como conseqiéncia, surgiu a degeneracdo dale tra, sendo diffeil encontrar, em toda a paleografia latina e suas aplicagdes nas inguas verndcalas, uma escrita com tantas formas divergentes como o € a processual. A pri- _meira vista, 08 variados manuscritos examinados por pes- soas que ndo estdo a par do tragado da escrita processual, podem levar a conclusio de que se trata de varios tipos de escritas. O motivo para tal, é que ostiposde caligrafiapro- ccessual oscilam entre os parecidos a cortesa, que ainda ‘mantém algumasdas formas anglicanas herdadas da goti- cca cursiva — da qual se originou — até os extremamente redondos da caligrafia encadeada, sendo esta altima de- ‘generacdo do ciclo — cortesa— processual eencadeada." |Aurélio Tanodi — interpretapao Paleogrifica de Nomes Indigenas, Cérdoba, Argentina; Editor, 1965, p. 38.) A Escrita Italica ou Bastarda “O ensino sistematico constitui uma das principais caracteristicas da escrita bastard... Oscligralos do secu Jo XVM e anos posteriores, seguiam a escritaitaica ow bastarda, porém, com pequenas modificagdes, Os escre- ventes tiveram éntdo exemplos calieafos aos queis po- diam recorter 0 ensino dispunha de bons mana. Apesar do ensino sistemitico edos exemplos caigrafi cos, nem todos aderiram extremamente & formagio ca ligrafica, Havia pessoas que aprendiam a escrever sem ha- ver tomado cursos especiais, isto & sem passer por um aprendizado sistemitico. Outras, emboraofizessem, de- eneravam sua escrita pessoal, afastando-se dos preceitos calignficos, devido a ser a caligrafiahastarda um tipo de ceserita cursiva usada para uma grande variedade de ma: ruscritos, Dessa forma, encontramos na mesma regiio € €poca, manuscritos de diversos aspectos — desde os alta. ‘mente caligrificos até os extremamente descuidados. Is so dependia de muitos fatores: a pericia grafica do apren: sizado, a intenglo com que se confeceionava omanuser to, aimportincia do mesmo, oaspectoextemmoe sua com posicdo interna ete Em geral, aescrta bastardaé muito maisclaraelegivel do que a processus ou a encadeads, ndo obstante, exis- tem textos que apresentam sérias dificuldades e reque- rem estudo especial.” (Aurélio Tanodi, idem, p. 40.} Introdu¢ao ‘Cada pessoa tem um método tinico de escrta. Esses vvirios métodos podem ser agrupados em estilos. Estilos vvariam de €poca para época, de pafs para pats, e podem va- rar até mesmo de um tipo de documento para outro. Os estos utilizados em séculos atris podem variar tanto ds- gueles que usamos atualmente que se torna dificil lé-los. Grestudo deestilos deescritaeacienciada interpretagao.e dacompreensio de documentos antigoséchamadode pa- leogratia (Ha Dois Grandes Desafios na Paleografia ois grandes desafios envolvidos na leitura ena trans- crigdo de caligrafia antiga sio: 1) ser capaz de transcrever as letras ¢ 05 miimeros do documento original para um estilo com o qual voce esteja mais familiarizado; 2) ser capaz de identificar as abreviaturas usadas no texto do registro, ‘Alem desses dois desafios voce deve ser capazde|in- texpretar os sinais de poncuaeao usados, (2) separar ou ‘uni palavras que nio estcjam separadas ou unidasn0 tex- to original, (3| ler e transcrever niimeros; 4) identificar palavras que sio escritas de maneira diferente da que se- ‘am em portugues moderno; (5) identifica eros no tex {0 original, e (6) determainar o significado de termos no familiares ov areaicos.) Cada um desses desafios sera abordado nesta apostila, ‘Aintengdo desta apostilaéade servircomo introduio a palcografia porcuguesa. Estude o material por completo tele ocapacitardacomegara pesquisa genealogica; deou- tuaforma, sera dificil ler os registros. Se vooe tiver interes Sse ou nevessidade de tornar-se mais experientena sua ha- bilidade em ter registros antigos, hiuma bibliograia ano- tada no final desta apostila. Voce deve usé-la para conti ‘nuar seus estudos. Ha, entretanto, apenas uma maneira de tomnar-se perito em ler e transcrever documentos por- tugueses antigos,e ¢ através da pritica, Estdo incluidos nesta apostila textos para praticar. Use-os, e quando voce (0s tiver dominado, pratique usando outros textos origi- nais. Se vocé persstir, logo sera capaz de ler qualquer do ‘cumento portugues antigo. Notas Histéricas A Lingua Portuguesa E uma Lingua Latina Osestilosdeescrita encontrados em Portugal eno Bra- sil tm sua origem no alfabeto romano. Osromanos ocu- param a peninsula ibérica[Espanha e Portugal aproxima- Gamente do século IIL A.C. até aqueda do Império Roma- rng, durante o século V D.C... E claro que outros grupos, alan dos romanes, contrbiram paras formacio da in- gua ponruguesa, Oiginalmentea peninsula ibéiea fila. bitada por um grupo de pessoas conhecidas como Celta- -Tpéricos. Esse povo foi conquistado pelos romanos. De- pois das romanos vieram as tribos germénicas edepois os ‘mouros, os quais deixaram evidéncia de seus costumes, to apenas na linguagem, mas também na cultura dos ibéricos. Todavia, a despeito dessa influencia, a lingua portuguesa permaneceu sendo uma lingua latina, © € principalmente aos romanos que ela deve sua origem, Existem Poucos Registros de Valor Genealégico Datados de Antes de 1500 Lé pelo século Xilos portugueses declararam seu pais um reino eld pelo século X1lfelesexpulsaram os mourose festenderam suas fronteiras até sua atual localizagao. Registros tém sido conservados desde a formagio do reino de Portugal. Entretanto, umas poucas evidencias eseritas restaram daquele remoto periodo. Foi a partir do século XVI que os padres paroquiais da igrejacat6lica fo- zam solicitados a comecar a registrar batismos, casamen- tos efalecimentos. Esses decididamente sio os registros ‘genealdgics mais valiosos em Portugal eno Brasil. Du- Tanteoséculo XVIautros tipos de registros de valor genea- Iogico também comecaram a prolifera. Por essa azo es- ‘a apostila nao $6 trataré dos estilos de escrita usados an tesde 1500, como também dos estilos pés-1500 encontra- dos em registros de valor encal6gico.Parauma descricio ‘completa deles consulte "Registros de Valor Genealogico em Portugal’ |série__n?_|e "Registros de Valor Genealégico no Brasil série_n® ambos publicados pelo Departamento Genealégico. ‘Tradicionalmente, a Escrita Foi Classificada em Estilos Desde que a paleografia & considerada uma ciéncia, ‘miétodos individoais de escrita tém sido agrupados em es- tilos. Algumas vezes &conveniente fazer isso edarnomes acstesestilos, Elesincluem, entre outros, acaligafiaca- rolinea, agotics, acortesa, asecretéria, a secretdria enca- ‘Os exemplos seguintes, retirados do texto modelo n? 6, linhas 5 e 7, ilustram 0 saétodo de usar letras sobrepos- 1. No primcito exemplo a abreviatura aparece como, “Cat. Muitas leas foram supimidas 0 final fi sobreposto. Essa abreviatura provavelmente representa 0 ‘nome Catarina. No segundo exemplo as letras ant" fo 1am suprimidasdonome Manuel" eas letras finas "el" foram sobrepostas, esultando na abreviatura "M2", No- te que em ambos os cas0s 0 panto foi colocado embaixo das letras sobrepostas. Esse’ ¢ 0 procedimento normal, ‘quando um ponte ¢ usado com letras sobrepostas, nz hed Oiltimo método, o de adicionar letras ou nimeros, & mostrado através dos exemplos extraidos das inhas 2, 7 © 8 do texto modelo n° 6. No primeizo exemplo o nome Coutinho’ fotabreviado suprimindo-se as letras "inh", sobrepondo-seo timo 0" eadicionando-seum "tex: ta, resultando na abreviatura “‘Coutt2"". No segundo cexemplo, a palavra “‘novembro” foi abreviada suprimin- do-seasprimeiras cincoletras, “navem”, adicionando-se ontimero "9""e sobrepondo-se otiltimo "0", resultando abreviatura “9br?"O terceiroexemplo similar. Desta ver a palavra “outubro” foi abreviada suprimindo-se as quato primeinas letras “outu’adicionando-seanimero '” eelevando-se oltimo''o",resultando na ahreviats 1a “Shr?” Em todos os trés exemplos um ponto foi colo ‘cado sob as letras sobrepostas, CoutP 96° RP ‘Voce deve ter notado que na maioria dos casos dois ou ‘mais métodos sio usados simultaneamente, Suprimirle- tras, usar um ponto ou sobtepar letras sio os métodos ‘mais comumente usados. E, freqientemente, 08 185 880 usados juntos. Leiaos textos modelon? 5 en® 6 por intet- 1, Preste particular atengio 3s abreviaturas que nao fo- am abordadas aqui. Tente determinar sozinho qual é a palavza que foi abreviada e quais métodos foram utiliza dos. Vocé poder também querer ler todos os outros cexemplos mais uma vez e fazer 0 mesmo com qualquer abreviatura que encontrar. Recorra as transcrigbes $o- mente quando necessério. ‘Texto Modelo n? 5 texto modelo édeum processo civil dedivércioese-_¢0 "Processos de Divércio e Nulidade de Matrimonio”, paragdomovidaem 1824contraJosé Antonio Marianope- _estante 15, gaveta 18, mimero258, p. 15, da Céria Metro. la 1 2 3 4 ‘ua esposa Maria do Nascimento. Foi extraido da cole- _politana de Si0 Paulo. ‘TRANSCRIGAO DO TEXTO MODELO N? 5 1 6 2 g.clla dt. he cazada a face 'Igreja com oR. José 7. quendo obstante estas circunstancias da maior Antonio pponderacio ‘Marianno, e com elle tem vivide honradar, 8. quase sempre andou o Reo, seu Marido, concubinado amando-o, eservindo-o, jfcom humas, ‘como fazem as mulhereshonestasdasuaqualid';¢isto 9. e 4 com outras mulheres ¢ de huma dellas tem quatro ‘adezenove a filhos. ‘pouco mais, ou menos. a Texto Modelo n? 6 © texto modelo n? 6 foi extraido dos processos de in- vvestigagio de Anna Gomes. Ela fi aprisionada no Brasil rnps remotos anos de 1700 por ter sido acusada desser judia «foi enviada para Portugal para julgamento, texto mo- delo aparentemente éuma lista dos parentes ¢/ou amigos 1317p Gym Sin? ,2, aig friane Sloth ‘sg y- Gadel fo a 8 ae | Duns ¢ Bl 22 72 . » 24. ELS 2 25 25 oft © 23 On hs chegados da acusada que ja haviam sido trazidos para de- porno julgamento. Os processos completos estao micto- filmados disponiveis na biblioteca do departamento Ge- neal6gico, filme n? 784.544, item n° 4, p. 3. % ip be? § 36 ‘TRANSCRIGAO DO TEXTO MODELO NP 6 1, 1317, Branca Roig, 1? 10, Abril d? 2. 12.18. Amaro de Miranda Coutt® 1° 9. Abril d® 3,14 19, Izabel Gomes da Costa 27, Abril d2 4.9 20, Nuno Ald, e Miranda 1° 31. M=d° Muitas Abreviaturas Foram Padronizadas (Outra chave para se ser bem sucedido ao identificar abreviaturas € tomar-se familiarizado com aquelas que ‘s40 mais comumente usadas, Seria impossivel memori- 2ar todas as abreviaturas, Entretanto, existem muitas que foram padronizadas e utilizadas frequentemente por aqueles que conservaram os registro, age Agosto Cam? Aen Agosto Coa @ Ano|deCristo) Cid Ane Antonio Co Ant? Antonio Cred” a Antonio D Aud* Audigncia D* Ase Azevedo Deco Bisp® Bispado -D® c Catarina D# 5. 22.21, Cn? Gomes 22. Fe? 712. 6.1722, Branca de Morais May 19. Maio. 711 7, 2323. M:!Lopes de Morais mao 17. 9br? 712. 8. 2824, Izabel da Sylva 17. Shr? d2 A seguirhé uma lista de algumas das abreviaturas mais uusadas. Estude-as efaca aides a essa lista quando se de- perar com abreviaturas que provazem ser difceis para vo- cé, Desta maneira vocé estar compilando seu préprio slossirio de abzeviaturas Cameiro D* Deus Carta Ecelesis Ecclesiastica Cidade gla Iacia Com Eng* Engénho Crédito FH Filha DomouDona —Feco Feito Dita Fen* Ferreira Dito Fev? Fevereiro Dito F° es Filho Domingos Font Fonseca Fran ow Francisca M* Regim* Regimento Fran™ Francisco Mi Tail seco Ribeiro Fee son Francisca MM Roiz snore Roargues Fre «Francisco -M® Rybr* - Ribeira Freg? Feguesia Ne S sesseenneeeree SamtaouSanto Fr Fernandes Nascim’ Secram™ .. sow Sacramentos Gk Gongalvez Neg BPP ae Setembro HU snore se Um Not? Ph setenennnerees SECEBTO Hua os Uma Off Sig . Siqueira en Tgnicio Orde Snor sone Set Inq™ Inguisico 8h Solts* Solteira ag Inguisidor P= Som" Somente i Imio Pla Sor .. Senbor ie -lzabel Plo Be cacntuneramsiosnsnie Seto Jan? Janeiro Po SORES senireeenrrvre SENOS Jan sv Janeiro Pe Te cemnnneesens Testerunhas Tha Jesus Pong... Teix Teixeira Lact Lisboa Pp Temp Tempo Lag Lugar ppt Testameto Testamento Let Lisboa Prt Testm® ‘Testamento Ma Maria Pr ve Vila ME oo Mendes Prim x0 Dezembro Me ‘Manuel pre x sons Kavier Meg" . Mesquita Q XN. sonnee CH1SONOVO ‘Mon os Monteiro Q= po Cristo ‘Monts? sons Monteito BR Transcric4o de Caracteres Outro grande desafio envolvido na leitura de escrita portuguesa antiga € 0 de transcrever corretamente as le- tuas es miimeros do estilo original de um texto para um, ‘estilo mais familiar Ja que cada escrevente desenvolveu seu proprio estilo deescrita, cada vez que voce estudar um documentonovo terd quese familisrizar com o estilo da pessoa que oesere- vveu. Quanto mais experiéncia voc® tiver mais fécilfcard Esta seco tem 0 propésito de ajudé-lo a aprender esse processo, através de pritica. Nas péginas seguintes existem tr&s textos para prati- car, Depois de cada texto e antes de sua transcrigao existe ‘uma segdo em branco que deve ser usada para transcrever texto, Amedida que voce praticarnesta secio, sigaosse- sguintes passos: Texto Modelo n? 7 Otextomodelon® 7 foiretirado da iltima pagina (sem _mimero} do primeiro livro do registro de batismos da Pa- roquia da Sé, Macau (possessio portuguesa na costa da 1 Ges decree bee ae te than QWwegren De 7 bf 10, nL. 2. tetany tetan £ ‘ E Leer flarn wee. ae hangers - ot ogg a ee 3 Com ate ae 1, Leia 0 documento inteiro de uma s6 vez; 2, Transcreva as letras eas palavras que slo faceis para ‘voce, deixando espagos em branco onde tiver difi- cealdade, 3. Compare as letras ou as palavras que so faceis para ‘vocé com 0 resto do texto para encontrar letras ou ppalavras iguais, transcreva-as, 4, Leia a analise que esta incluia apés cadaum doses- ppacos reservados para a sua transcrigdo; 5. Apés ler a andlise, tente mais uma vez completar 2 transcrigdo; 6. Finalmente, compare sua transcri¢io com a que € fomecida e certfique-se de que tenha identificado qualquer diferenga entre as duas. China|. Esse livro esté num microfilme da biblioteca do departamento Genealogico, filme n? 1.110.191, item a? 1 ANALISE DO TEXTO MODELO N27 As Letras scoeslgcmroblems a eranscrevero texto? 7, assim podem causa problemas, especialmente paraprincipian- Sgmo com a maioriados documentos maisantigos, €tor- tes. Por exemmplo, a lets d aparece hedgers enn ‘parse familiarizado com o estilo de escrita usado pela texto pode causar diiculdsde se nae ler te rmans ssoaqucescreveuodocumento.Asletrassiodemanei- _sproprialamente. Alinba ldotexiou? scant ee eral escritas de forma bonita, mas existem varias que tas d's Apr Paw eB ‘Todas, com excecio da tltima lettad, foram escritas damesmamaneira. O iltimod parece serum d maitiscu. is contre spare ow iaha Brea tein, oomesesdoanonfosiocsaitoscomlea lo de sett doescrevente para diferencias, se oot as Trnasulaem portugues portantodezembrodeveseres: estudar com cautela, Este as seguntes patron] crito com um d minuseulo. ‘mez, linha 1; [2] Encarregado, linha 4e (3) qual, ina 7. Note a diferenga entre as letras z, ge Asletrasz, ¢eq sio todas parecidasobastante paracau- * — sar problemas. Todavia, hi diferenga osuficiente no ext oat Boensagye re fe gesntte do escriba de escrever a letra , conforme que voce se toma familiarizad com essa maneira lando pode ser vistonapalavracumprimento, linha, €interes spresenta problenses, Sante e pode ser dificil de ser ldo de inicio. Mas uma ves Bifocal Sanat Heisei frconforme pode ser vistonapalavra © f do escrevente, conforme aparece na palavraf,li- en8Re4 Mma 10 € muito comum em escritos antigos, nha 8, também pode causar problemas, mee ¢ bacco Estude 0 método usado na escrita dessa combinagdo. simples uma vez que voct se tome familiarizado com ele. too f 26 Um dos pontos mais dificeis no estilo desse escriba €_bém se aplicaaosm‘s,n's, u’sev's. Familiaridade com as que 0s seus.a's, 0’, e's sio tio fechados © pequencs, _palavras € muitas vezes a nica maneira de resolver esse que € freqitentemente dificil dizer qual € qual. Isso tam: tipo de problema ‘Teemos Existem dois termos neste texto que podem viracau- 5 e8 significa colocar as iniciais do proprio nome, assinar sardificuldade. Apalavra ermonas|inhas 6e lOsignifica ou selar texto ouregisto. O verbo rubricar, que éusado nas linhas Grafia Ha diversas palavras que sio encontradasno textomo- com dois/'s. Preguezia, linha 7, esta escrita corh z ao in- deloqueatualmentesio grafadasdemododiferente.Apa- _vés de com s e a palavia assignei, linha 10, est escrita lavradezanove na linha I estéescrita de modo errado; foi comum g depoisdo primeiroi. A palavra baptismo, linha uusadoumadepoisdozaoinvésdeume, Apalavramez, i- 7, esté escrita com um p,o que até hoje seria correto em nha L,estdescritacomz isso€comum),Apalavraannos, Portugal, mas ndo no Brasil, linha 2, estéeserita com dois n’s. A palavraznelle, linha 6, fer? Oflliow— a Jungao de Palavras Ocscribageralmenteseparaerenepalavrsnoshuge- __ Omesmo acontece com bupcismod linha 7, letam- res apropriados. Fialgunsexemplos, entretanto,ondeis- bem ndo faz nenhum esforco para separar o quai na linha sonloacontece. Aspalavrasgovernoda,linha5,est#otio 7, juntas que podem vir a causar problemas fom low 7 See aleurone si Ce ee a Teme rea rar coms tT, sect cae, L pone som nt ontepnttn main mo ec ca mes en aes Z Scrienreag pee eels | oe ee ams Seto a aw ‘Transcrigio do Texto Modelo n? 8 ‘Otextomodelon? Sfoiextaidodap.99,itemn?3,6l- setts, EU. O filme est disponive!-na biblioteca 20 de- 1 ROL, Esse filme contém os roxistos da Par6- _partamento Genealogico {Guia da Imacalada Conceica0, New Bedford, Massachs- 1927 Moran bee a1 630 bappleras. Plan fonn pennsays oA Moga be te 622, te Homarnth Joven haramthearatiral be 2 Want Stag hh, 0 be Hear cn AM nn, hig ier, Mictl enalar, harvacla. Tri ja ctavinhe Sh avant ths pia nana Le ame ha Moti, Momence « Bie R A tele Mra bow ANID OTe Belen gee : rrertin, oe 2 Marte 41899, jh . Ra. anal cranoved he. rMeaguusl, in Gi crc, cK tern probinal abel ecdads Dna. Fore Pracinka Patina Jom, he Marr Mad iol * ae en La Kelasan. Porter > is, pe OV. BLVen i | ESCREVA SUA TRANSCRIGAO AQUI: L . 2 9 a ra 4 2. - s ». ‘ 2 28 ‘TRANSCRIGAO DO TEXTO MODELON® 8 1. A27 de Novembro de 1897 baptize Albertina 2, que nascen a 15 de Novembro de 1897, filha de 3. Manuel Jacintho Carvalho, natural de SiVicente 4. 8, Miguel, ede Maria Williams, de Santa Christine! 5. Batt Quebec, Canals Foi pedvinho Manuel riz Nazareth e madrinha Maria Muniz dos Anjos a AC Vieira 8, A27 de Novembro de 1897 baptize! Helena, que 9, nasceu a 2 de Novembro de 1897, filha de 10. Jose Miguel, natural de S, Miguel, e de Fran- 11. cisea Miguel Jackson, natural d'esta cidade 12, de New Bedford, Mass. Foi padrinho ‘Antonio Tim. 13. on e madrinha Helena Parker, u. A.CVieira ANALISE DO TEXTO MODELO N° 8 gt at eset Assimcomonotexton? 7, amaiordificuldadenacom- -preensdo do texto modelo n® 8 estd em tomar-s familia zado com 0 estilo de escrita do escriba. Apia ant Em cada um desses exemplos a letra z €escritabasica- ‘mente da mesma mancira, mas varia o suficiente para ser confundida com um ou mesmo com ums. A letraa A Mh fnnw ‘A letza a miniscula também geradificuldades nestes dois exemples, onde o escriba a escreve nas linbas 2e9. oo ‘Aletta tmaiiscels, na linba 12, pode serbem dificil de ser lida at6 que voce faca uma comparacio com a letra f ‘maitscula, que pode ser encontrada nas palavras Foi, na Vom one Foe ‘Termos ‘Todos os termos usados nos dois egistrossio bastante bisicos endodeverdo apresentar problemas. Osnomesde 2» ae A letra z oferece alguma dificuldade, como pode ser vistonos seguintes exemplos extraidos das linha 1, 68. Many Spor ‘aisscula também pode causa problemasconforme pode ser vistonos seguntes exemplos irados das linhas 1, 6,7 € A Fu Ee ow linha 5, e Francisca, nas linhas 10 € 11. Bstude esses cexemplos e note a semelhanca entre as duas letras. Elas, sto identicas, exceto que 0 f€ cortado € 0 tno o€. Pian given locais também sio muito simples, embora identifiquem cidades de trés patses diferentes. Grafia Domesmomodoquenotexton® 7, aletrapéusadaem baptized, nas linhas 1 ¢8, ¢€ usada aletraz ao invés da le- tras, Nenbtuma dessas mudangas fazer com que a pala~ ‘vra se tome dificil de seridentificada. A palavrafacintho, pallinha 3, éescrita com um h, diferentemente da manei- Separado de Palavras ( eseriba de modo geral separou e uniu as palavras:n0s lugares adequados. Exisce, entretanto, aseguinte exceglo cextraida da linha 3:a palavra é Carvalho, que no deveria ‘er sido separada Abreviaturas “Existem apenas ts abreviaturas no texto modelo n? 8, todas elas so bem simples. Sao elas: S, nalinha 10, ‘uma abreviatura para Sao; Mass., na linha 12, uma abre- da Ornee, racomo éescrita hoje em dia. Os nomes Willams e Jack- son, nas inhas4e 11, respectivamente, so estrangelrose levamasletras Wek, as quaisndo slo consideradascomo parte integrante da lingua portuguesa viatura para a pslavra Massachusetts; €A.C.,nalinha 16, ‘uma abreviatura do nome do escriba. A. a. Texto Modelo n? 9 (© texto modelo n? 9 foi extrafdo dos processos de in- to estinummicrofilme disponivel nabiblioteca do depar. aguisigdode Izabel de Mesquita. O procedimentocomple- _tamento Cenealogico, filme n® 784.513, item n? 1 ae ’ IR. ener <4 9 el Fi: coher hee : tan ong He es Can fo Momo 5 Cea parte om Lum @ ce be 0 Gairra a Be fre) a pends! LEE cba” A yee de arava’, " ya- da eSriekan bygtiatte, otrigareator, a Crer fide +g iter, Ge corwieh are hed Iprepe De Lome, tla: ie n je Cont, ede Cec 4 x. wrhaaile eC port Be egee, ef a tin Dek - 4 he C3 ere pend Ire moa Ueagearine a OU GI aSunte H Cat Glia < eparine a pemeen | Fe! 1 Cope Fe Hayes Leoden a 1tSa#. fen 0 ~ CReoridioa, exgerwral WP v, ar Ord Cra nx Il ikbirs Na Sen 1 evimeTrindate tern» on (ge 31 ‘TRANSCRICAO DO TEXTO MODELO N° 9 1. Acordio os Inquisidores, Ordinario, & Deputados da 2, Santa Inquisigdo, que vistos estes autos, Calas, 3. eContissoens de Izabel de Mesguit, chris 4, tan nova, Cazada Com Joseph Remites, que 5. tem parte em hum engenbo, natural, e mo- 6. sadora no Rio de Janeiro, Re preza que 7. prezente est Porque se mostra, ue Sen- 8. do christan baptizads, obrigada ater, e 9. Cer tudo o que tem, Cre, eensina a San- 10. ta Made Igreja de Roma, ella o fez 11, pello Contrario, e de Certo tempo a esta 12, parte persuadida Com o ensino, e falsa dou- 13. trina de Certa pessoa de sua nascio Se apartou 14, de nossa Santa Fe Catholica, ¢ passou & Crenca da 15, Lei de Moyzes, tendo a ainda agora por bos, e vedadeira,esperando Salvarce nella v Eno Cria no Misterio da San- 18. tissima Trindade, nem em Christo Sealor nosso, ANALISE DO TEXTO MODELO N? 9 As Letras texto modelo n? 9 € dificil mesmo para o pesquisa dor mais experiente, O estlodo escriba que esereved esse documento particular é tio peculiar que € dificil ler mui- tasde suas letras. A seguirha uma listadealgumas dessas 4 rifcadide. pessuadiia Thad f pin falsa linha 12 b Lert tum linha s [os pete tee tas 1 IQ Ieneia——_tinhat0 ° wegen obrigada Tina $ p G prea ms as B letras ou combinago de letras, um exemplo de uma pala- vra onde ela aparece eo niimero da linha de onde oexem- Io foiretirado. Verifique sua transcricdo para ver se voce fol capaz de decifrar corretamente essas letras. «gps ae tas R Sas Rio taba 6 s Sua sua linha 13 |e pier ross ro confissoens linha 3 « Coles estes linha 2 = ma Termos Desde que esse texto & um registro de uma corte, ele ‘contém algumas palavras que sao de uso exclusive em re- sistros deste tipo. £ também um registro de uma ingui ‘Aconddo, ——_sentenga ou fimhal” ——falgamento lesras” christian nova, umnome dado finhas 3¢4" todos os nio- “estlicon, chr tan pwe eas ss ne ‘rtizados na ‘gzea carlin engento, _engeaho de ex, ese se iar Grafia Muitas das palavras no texto modelo n? 9, as quais exam eseritas de maneiza diferente da de hoje, sto seme- Thantes is palaveas que a foram discutidas em textos mo- elo anteriores. As palavres seguintes sioexemplos dedi- ferengas que ainda nio foram discutidas. A palavra Con- fissoens, na linka3, €escrita com um m depois doe. Iso ‘era comm nas formas plurais das palaveas que termina. ‘40, que também contém palavras exclusivas paraesseti- po de registro. Esses termos e suas definigbes sf0 08 se. inte: a Sia, BI oo ws linha 15 . regio dos Se et ws ontario, erdenado, faa? atone Prisenir Re, en as Senin ‘vam com sao. Hoje em dia essaspalavras sto escritas sem on. A alavra Christan nova, nas linhas 3e 4, também foi escrita com um 7 no final, oque foi aboiido no portugues cortente. Salvarce, nalinha 16, €escrita com um ce nofi- ‘nal. Noportuguts corrente ¢ esrita com um se precedido por um hifen®salvarse Ongftey chs. Gan nova Salone a Separacio e Jungio de Palavras Existem diversos exemplos no texto n® 9 de separagao ‘ou jungao incorreta de palavras. Cada um deles ¢mostra- Crm faeora eter Ti ernnancan—€Zf acs¥a/ Bersine Cortaptirra. Lua Seaperine po Gom Leiden wmegep hm Abreviaturas 'Nio hi abreviaturas no texto modelo n® 9. 35 {do aseguir com uma indicagdo da linha de onde foi xetia- do e a sua correta transericéo: linhas Se 6 emoradora linba8 ater linha ogque linha 9 e 10 ensinaa Santa link aesta inha 12 oensino linha 13. Certa pessoa Jinha13-— de sua linha 13 Seapartou linha 14 e passow 4 Crenca Hinha 15 tendoa ainda ago- rapor boa Bibliografia Ha apenas poucas publicagdes sobre paleografia em portugues. A seguinte bibliografia também inclui trabalhos ‘em espanhol e em inglés que podem ser aplicdveis a medida que voct alarga seu conhecimento de paleografia, portuguese Day, Lewis Foreman, Penmanship of the XVI, XVII and XVIlIth Centuries. New York: C. Scribner's Sons, 1911. ‘Uma colegao de exemplos retirados de textos antigos sobre a arte de escrever. Os exemplos sio de virios paises. As folhas 64, 86.e 87 so de textos portugueses. Macedo, Deoclécio Leite de. “Nogdes Gerais de Paleogrofia (Stimulas de Aulas)."*Rio de Janeiro, Brasil: Arquivo ‘Nacional Esse é um excelente trabalho, Infelizmente, entretanto, néo foi publicado. Esté disponivel somente em folhas ‘mimeografadas no Arquivo Nacional do Brasil Millares Carlo, Agustin and Mantecon, José Ignacio. Album de Paleografia Hispanoamericana de los Sighos XVI y ‘XVI. México: Editorial Fournier, S.A., 1955 ‘Uma colecio de exemplos hispano-americanos com transcrigdes e andlises, Nunes, Eduardo, Album de Paleografia Portuguesa, Vol. 1. Lisbos, Portugal: Instituto de Alea Cultura, Universidade de Lisboa, 1969. ‘Uma colegdo de exemplos e suas transcrigdes de textos portugueses. A serio introdutéria desse volume é ‘especialmente boa. ‘Tanodi, Aurelio, Interpretacién Paleogrifica de Nombres Indigenas, Cérdobs, Argentina: Universidad Nacional de (Cérdoba, Direccién General de Publicaciones, 1966. ‘A maior parte desse livro trata de t6picos gerais de paleografia na Argentina, ¢ fomece introspecedes valiosas sobre o estudo da paleografia nos paises onde se fala o espanhol. O zestante do livzo trata especificamente de somes indigenas. 36

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