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TEORIA GERAL DO PROCESSO

Professor: Ricardo Viana Mazulo

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS:
AMICUS CURIAE
1. Amicus curiae (amigo do tribunal): é, preponderantemente,
um auxiliar do juízo em causas de relevância social,
repercussão geral ou cujo objeto seja bastante específico, de
modo que o magistrado necessite de apoio técnico.
- Não atua propriamente como parte, mas, em razão de seu
interesse jurídico (institucional) na solução do feito, ou por
possuir conhecimento especial que contribuirá para o
julgamento, é convocado a manifestar-se ou se dispõe a atuar
como colaborador do juízo.
- A intervenção pode se dar por iniciativa do juiz, de ofício ou a
requerimento das partes ou do próprio amigo do tribunal.
- O interveniente não pode se apresentar como defensor de
interesses individuais próprios, mas apenas de interesses
institucionais.
- No caso da contribuição técnica, por exemplo, basta que o
interveniente tenha notório saber da matéria discutida
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da
matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a
repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão
irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem
pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de
pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada,
com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias
de sua intimação.
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração
de competência nem autoriza a interposição de recursos,
ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese
do § 3º.
§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou
admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o
incidente de resolução de demandas repetitivas.

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