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CURRICULAR
NO ENSINO
TÉCNICO-PROFISSIONAL
E PROJETOS
EMPREENDEDORES
Material de apoio
para a formação
de educadores
2020
SUMÁRIO
Revisão
3. Terceiro encontro.........................................................................114
Alex Criado
4. Quarto encontro..........................................................................130
Projeto gráfico
e diagramação
Adesign Referências bibliográficas.............................................................138
Apresentação
Ensino Médio
Foram necessários alguns anos e muita Em poucas palavras, a reforma ampliou
discussão entre diversos atores do mundo o tempo mínimo que os estudantes
educacional para que uma reforma do permanecem na escola, adotou uma
ensino médio fosse proposta. Em 2017, Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
a lei 13.415 alterou as LDB, estabele- e definiu uma organização curricular
cendo o Novo Ensino Médio. A mudança mais flexível. O currículo passou a ser
visa atender a urgência de uma escola composto por uma formação geral básica
conectada com a realidade do século XXI (máximo de 1.800 horas) e por itinerários
e com os caminhos que os estudantes formativos (mínimo de 1.200 horas). Os
pretendem seguir em seu futuro. itinerários formativos são “um conjunto
estudantes. Devem desenvolver compe- construir pontes entre aprendizagens Esta publicação está organizada em duas partes,
tências e habilidades para tomar decisões escolares, sociais e profissionais. Assim, articulando dois níveis de aprofundamento:
em cenários complexos, seja no mundo do o jovem poderá encontrar mais sentido
trabalho, seja na vida. no seu cotidiano e se fortalecer como A Parte 1 oferece um entendi- A Parte 2 da publicação detalha
indivíduo singular e cidadão ativo em mento de nossa atuação formativa as etapas dos quatro encontros
O Novo Ensino Médio introduz o direito uma sociedade em plena mudança. em seus princípios conceituais, de formação. Apresenta os
de escolha do estudante por trilhas teóricos e da legislação vigente. principais objetivos, os objetos
formativas. Dessa forma, passa a atender O itinerário de formação técnica profis- Apresenta a articulação curricular, de conhecimento, os referenciais
melhor as expectativas dos jovens e faz sional pode ser ofertado pelas redes de o desenvolvimento de compe- metodológicos, os produtos e
com que eles se responsabilizem pelas ensino de três formas: por meio de cursos tências e habilidades e os ações esperadas, além da biblio-
próprias opções. previstos no Catálogo Nacional de Cursos Projetos Empreendedores. Traz grafia de apoio. Ou seja, essa
Técnicos; de uma ou um conjunto de ainda a jornada da formação parte está desenhada para servir
Além da metodologia de articulação qualificações profissionais inclusivefor- para cada encontro formativo: como referência para estruturar
curricular, e em sintonia com o Novo mações iniciais e continuadas (FICs) desde Articulação Curricular e Projetos as formações. É bom lembrar
Ensino Médio, foram criados três Projetos que articuladas entre si; ou, ainda, de um Empreendedores – Investigação que estas também devem sofrer
Empreendedores. Eles visam aplicar os programa de aprendizagem profissional. Científica e Tecnológica, Intervenção adaptações, de acordo com a
conhecimentos adquiridos na formação Sociocultural e Empresa Pedagógica. realidade em que forem realizadas.
básica e nos componentes técnicos Qualquer que seja a oferta escolhida
na resolução de problemas reais. Tais pela secretaria de educação, ela deve
problemas serão identificados na considerar os arranjos socioeconômicos
interação dos jovens com a escola, com a locais e regionais. Isso implica um processo
comunidade e com as empresas parceiras. de diagnóstico dos potenciais da região e Importante é que as oficinas
da capacidade da rede. Assim como exige aproximem e mobilizem o público-alvo:
Esta proposta requer uma mudança a escuta ativa dos interesses dos jovens e os técnicos das secretarias, diretores
no cotidiano das escolas, com o plane- da comunidade escolar. pedagógicos, gestores das escolas,
jamento coletivo constante entre coordenadores pedagógicos de cursos
profissionais das áreas do conhecimento Pretende-se que, ao final do ensino técnicos e por área do conhecimento,
e das áreas técnicas. Ambos devem médio, o jovem tenha exercido professores por área do conhecimento
participar da elaboração do currículo e protagonismo social e profissional e e de cursos técnicos, setor produtivo e
acompanhar a aprendizagem dos alunos. esteja preparado para fazer escolhas comunidade local. Todos devem estar
Também são necessárias ações de gestão conectadas ao seu projeto de vida. E que envolvidos com o desafio de construir
que abram a escola para o diálogo possa prosseguir os estudos e ocupar na prática e no dia a dia, o Novo Ensino
permanente com a comunidade e com o posições formais no mundo do trabalho, Médio articulado à Educação Profis-
setor produtivo local. Esse diálogo visa com atitudes empreendedoras. sional e Tecnológica.
14 Manual de Manual de 15
Referência Referência
2. A FORMAÇÃO
Articulação
Curricular e Projetos
Empreendedores
ESTRUTURA
DA FORMAÇÃO: 2º
4 encontros 2º ENCONTRO:
Entre o 1º e ARTICULAÇÃO
o 2º encontros: CURRICULAR (12H):
atividade com professores: definição de juventudes;
validar o perfil do egresso e de habilidades no contexto
eleger as competências técnicas escolar; descrição
1º a serem desenvolvidas pelos das habilidades e das Entre o 2º e
estudantes do curso competências técnicas. o 3º encontros:
técnico específico. atividade com
1º ENCONTRO
Projeto Empreendedor professores: definir
ARTICULAÇÃO CURRICULAR (12H):
(12h): Intervenção as competências
o Novo Ensino Médio, definições de
Sociocultural. técnicas e as
currículo, competências, currículo por
habilidades.
competência, competências da BNCC.
Construção do perfil do egresso. Elaboração
conjunta das competências do curso técnico.
3º
Projeto Empreendedor
(12h): Investigação Científica 4º
e Tecnológica. 3º ENCONTRO
4º ENCONTRO ARTICULAÇÃO CURRICULAR (12H):
ARTICULAÇÃO socialização das competências técnicas dos
CURRICULAR E PROJETOS cursos específicos; escolha dos componentes
EMPREENDEDORES (24H): curriculares que comporão a matriz; matrizes
matrizes curriculares de cursos técnicos curriculares de formação técnica articuladas;
Após o 4º articuladas; princípios da articulação pensamento complexo; interdisciplinaridade.
encontro: curricular; percurso da formação;
preparar material projetos empreendedores como Projeto Empreendedor (12h):
para socialização unidades que promovem Entre o 3º e o 4º Empresa Pedagógica.
da formação - o protagonismo encontros:
multiplicação. social e profissional análise de matrizes
dos estudantes. curriculares do 5º
Itinerário.
20 Manual de Manual de 21
Referência Referência
4. ARTICULAÇÃO
Curricular
O currículo elaborado a
partir das competências
a serem desenvolvidas
pelos alunos:
• utiliza a estrutura por habilidades/
competências para aglutinar compo-
nentes, permitindo uma apresentação
mais modular do currículo.
Avaliação a serviço da
aprendizagem dos alunos
Na área da educação, a avaliação é
um tema bastante amplo sobre o qual
diferentes teóricos se debruçam. Assim, Além disso, a avaliação deve permitir Diferentes autores têm mostrado as
neste material para a formação de que os educadores revejam os encami- múltiplas possibilidades advindas do
educadores, chamamos a atenção para nhamentos realizados no processo de ato de avaliar. A avaliação deve estar
alguns pontos essenciais que podem ensino e façam ajustes necessários ao sempre a serviço dos protagonistas
ter implicações na sala de aula. Vale seu aprimoramento. “Se a avaliação não no processo de ensino e aprendi-
aprofundar essas questões por meio de é fonte de aprendizagem, fica reduzida zagem. E, especialmente, a serviço
bibliografia especializada e do debate à aplicação elementar de técnica que dos sujeitos que aprendem.
entre educadores da rede. inibe ou oculta processos complexos
ocorridos no ensino e aprendizagem. Vários instrumentos estão a serviço
Entendemos que a avaliação deve ser Nesses casos, a avaliação se confunde da avaliação colaborativa: portfólio,
considerada como um mecanismo com o instrumento, com a prova, com autoavaliação, coavaliação, seminário,
de regulação do processo. Ela o resultado final separado do processo diário de bordo, dentre tantos outros.
oferece parâmetros para que os em que adquire significado e sentido” Seja qual for o instrumento utilizado,
educadores observem o desempenho (Méndez, 2011, p. 256)4. o processo avaliativo, entendido como
dos estudantes. E, assim, forneçam formativo, deve guardar coerência
elementos para que os próprios alunos Vista como ferramenta poderosa e com o processo de ensino e de
tomem consciência do processo presente em todos os documentos aprendizagem.
de aprendizagem, e não apenas do norteadores da educação nacional,
conteúdo por si só. a avaliação ainda é um gargalo no
processo de ensino-aprendizagem. E é
bem pouco diversificada no ambiente
da sala de aula.
4 Méndez, Juan Manuel Álvarez. “Avaliar a aprendizagem de um ensino centrado nas competências”, in
Educar por competências: o que há de novo?. Porto Alegre: Artmed, 2011.
30 Manual de Manual de 31
Referência Referência
5. PROJETOS
Empreendedores Cenários do mundo real tendem a
tornar o ensino mais relevante para a
vida dos alunos e resultam em maior
envolvimento acadêmico.”
Bender (2015)
ser ofertados como unidades curriculares autônomas ou, ainda, como com a ciência, a cultura e a tecnologia; Os Projetos Empreendedores não
eletivas. São situações didáticas que procuram integrar a formação adoção da pesquisa enquanto princípio se reduzem a uma metodologia
técnica e profissional com a formação geral. E procuram desenvolver pedagógico; a indissociabilidade entre de aprendizagem ou a um projeto
competências e habilidades que promovam o protagonismo profissional educação e prática social; a interdisci- interdisciplinar. São o arcabouço
e social dos estudantes. plinaridade no planejamento curricular teórico de unidades curriculares que
e a adoção de estratégias pedagó- deverão ser construídas, conside-
Eles entrelaçam várias disciplinas, explicitam a articulação curricular, gicas que promovam a flexibilidade, rando as características dos estados
dão vida e conferem sentido aos conteúdos curriculares das diferentes contextualização e a interdisciplina- que optarem por implementá-los. A
áreas de conhecimento. Envolvem situações de aprendizagem contex- ridade. Além disso, o currículo de EPT intenção é apoiar a construção de
tualizadas, flexíveis e interdisciplinares. Essas situações favorecem o deverá proporcionar ao estudante unidades curriculares que favoreçam
desenvolvimento das competências profissionais e gerais propostas entre outras, elementos essenciais para o protagonismo profissional e social
nas BNCC, nas quais os estudantes produzem conhecimentos, criam compreender e discutir as relações dos estudantes, tendo a comunidade
projetos e intervêm na realidade. sociais, de produção e de trabalho; escolar como autores.
32 Manual de Manual de 33
Referência Referência
• Realização de experiências investigativas. • Realizar visitas à escola, comunidade e • Mobilizar os estudantes, assegu-
iniciativas empreendedoras. O objetivo rando-se de que o tema central do
• Realização de pesquisas sobre os indicadores socioeconômicos é mapear os possíveis locais de estudo e componente faz sentido para eles.
regionais, estaduais e federais para compreender o contexto. conhecer pessoas que podem fornecer Investigar o que querem saber, bem
informações aos estudantes. como seus conhecimentos prévios
• Abordagem da aprendizagem por projetos e utilização de alguns sobre o assunto.
princípios do Design Thinking (termo utilizado para se referir ao • Planejar etapas da unidade curricular com
pensamento crítico e criativo, que possibilita organizar as ideias os professores das diversas áreas. Levar • Planejar estratégias de engajamento
para estimular a tomada de decisão e a busca por conhecimento). em conta a necessidade de se planejar dos alunos e dos professores das
e replanejar o trabalho, em função da diversas áreas, a fim de conectar os
• Elaboração de protótipos. dinâmica e do contexto encontrado. interesses individuais com os coletivos.
• Comunicação criativa da solução. • Produzir roteiros de orientação para os • Selecionar metodologias que
alunos. promovam o interesse dos alunos pelas
questões e temas de estudo.
36 Manual de Manual de 37
Referência Referência
5.1. Investigação
científica e
tecnológica (ICT)
Objetivos da Investigação
A Investigação Científica e Tecnológica (ICT) é uma Científica e Tecnológica
unidade curricular que propõe aos estudantes a solução • Evidenciar a articulação da formação
de problemas reais, por meio de investigação e de geral com a formação técnica, aplicando
pesquisa aplicada. Isso inclui a definição de estratégias e os conhecimentos adquiridos nos compo-
a escolha de alternativas de solução. nentes curriculares das duas áreas.
Como acontece
A Investigação Científica Tecnológica é uma
unidade curricular que visa desenvolver
competências relacionadas às habilidades
de observação, de investigação científica, de
trabalho em equipe e de resolução de problemas
reais. Tem como base os princípios científicos e
Contexto e objetos de conhecimento faz uso de técnicas adequadas de elaboração
da Investigação Científica Tecnológica de protótipos e de comunicação dos resultados.
• A escola como ambiente social e integrador Trata-se de um componente curricular que
do indivíduo na sociedade, como local de promove situações de interação dos estudantes
trabalho e como laboratório vivo de ensino e de com a escola em que estudam, para identifi-
aprendizagem. carem e resolverem problemas do cotidiano.
• Reflexão sobre os espaços da escola, sua infraes- Os estudantes vivenciam situações em que têm
trutura, funções a que se destinam, regras de uso, oportunidade de pensar por si próprios e de criar
funcionamento, estética etc. soluções novas para problemas antigos. Buscam
conhecimento aplicado e exercem o pensar
• Uso dos métodos científico e da engenharia. criativo. Os alunos são convidados a propor
soluções a partir do que acontece e existe em
• Opiniões, críticas, atitudes e sentimentos dos sua realidade. Isso resulta frequentemente em
usuários dos diferentes espaços. propostas de soluções simples, porém trans-
formadoras do contexto5. Soluções com maior
• Problemas cujas soluções passem pelo desenvolvi- probabilidade e rapidez de serem colocadas em
mento de protótipos realizados com materiais de prática do que as soluções convencionais. Estas,
baixo custo. E comunicação efetiva dos resultados muitas vezes, dependem de maiores recursos e
para a comunidade escolar. da intervenção do órgão gestor (secretaria de
educação, de saúde, obras públicas etc.).
Método Método de
Participar de soluções inovadoras e Estão presentes na ICT, de forma robusta, Científico Engenharia
reconhecidas pela comunidade escolar o método de engenharia e as metodologias
Faça uma
proporciona aos estudantes satisfação ativas de aprendizagem. Entre estas, estão pergunta
Defina o
pessoal e confiança na capacidade a Aprendizagem Baseada em Projetos, o problema
de resolver problemas futuros. Mais Aprender Fazendo (Learning While Doing Métodos
importante que o produto é o caminho e cultura maker), além de metodologias de
“Pesquise usados
percorrido pela equipe de trabalho e resolução de problemas. Sugerimos também
a construção coletiva e colaborativa que o professor utilize ferramentas de
sobre o estado-
da-arte” “Pesquise na ITC
sobre o estado-
da-arte”
da solução. Trata-se de um processo e-learning durante todo o processo.
educativo e não do desenvolvimento de Construa
uma
um produto pura e simplesmente. hipótese Especifique
os requisitos
Fonte: https://www.sciencebuddies.org/teacher-resources
(tradução livre do autor)
42 Manual de Manual de 43
Referência Referência
Preparação para a visita • Planejar coletivamente a logística da Identificação de problemas • Diferenciar os problemas que
• Elaborar um mapa (planta baixa) da visita e a forma como serão registrados • Mapear os problemas identificados na já foram identificados pela
escola, destacando os pontos de os conhecimentos produzidos nesse dia. escola, independentemente da dificul- comunidade escolar dos indicados
interesse, tanto do ponto de vista da • Comunicar aos profissionais da escola dade de solução. Identificar suas causas pelos estudantes. Os problemas
infraestrutura quanto dos serviços. que eles serão entrevistados pelos e consequências, se houver. O problema observados pelos estudantes ou
• Elaborar um Diário de Bordo para alunos. pode emergir das informações obtidas por uma pessoa externa devem
registrar e acompanhar o projeto. • Pesquisar o que os estudantes querem e das discussões coletivas ou pode dialogar com o contexto, ser
A análise do diário permite que o saber sobre a escola, considerando que ser sugerido por pessoas externas ao objetivos e fazer sentido para os
professor oriente os alunos, avalie a são eles o centro do processo educativo. projeto. Estar atento para que reflita os alunos.
participação destes e o andamento • Preparar um roteiro de observação e de interesses dos estudantes.
do projeto. entrevistas para o dia da visita.
5.2. Intervenção
sociocultural (IS)
Contexto e objetos de conhecimento Como acontece A IS foi pensada para ser desenvolvida Professores e estudantes iniciam o
da Intervenção Sociocultural A Intervenção Sociocultural trabalha, preferencialmente em parceria com projeto buscando conhecer as insti-
• A comunidade como parte do entre outros, com os conceitos de instituições públicas e organizações sem tuições do entorno. Devem levantar
processo de integração do indivíduo cidadania, de políticas públicas, de fins lucrativos. Os estudantes mapeiam os serviços que oferecem, o funcio-
na sociedade: local de lazer, de impostos e seus destinos, do direito e depois visitam equipamentos sociais namento, a infraestrutura física, o
cuidados com a saúde, de trabalho, social e das diferenças entre o público (CRAS, CREAS, abrigos, ONGs etc.), espaços vínculo institucional dos funcionários,
de exercício da cidadania. E, e o privado. Os alunos saem da esportivos e de lazer (como praças e o organograma, a clientela e as
sobretudo, como um laboratório vivo escola, exploram a comunidade e seu parques), espaços educativos, equipa- especificidades da atividade. Devem,
de ensino e de aprendizagem. ambiente. E trazem para a sala de aula mentos de saúde etc. A Intervenção finalmente, identificar problemas que
• Conceitos de comunidade, público e as conversas, as visões de mundo e Sociocultural pode acontecer dentro da possam ser objeto de estudo para
privado, população, município os conhecimentos das pessoas com carga horária reservada aos itinerários potenciais soluções.
e cidade. quem interagiram. A proposta é sair da formativos do Novo Ensino Médio. Pode
• Gestão da comunidade: poder escola para descobrir e se relacionar também ser inserida em todas as modali-
executivo (prefeito e seus secretários), com o que há fora dela. Os estudantes dades de cursos técnicos ofertados pelas
legislativo (câmara de vereadores) e poderão, assim, significar as vivências redes de ensino, compondo o currículo da
judiciário. a partir da interação com situações preparação básica para o trabalho.
• Direitos e deveres dos cidadãos em reais, e aprofundar os conhecimentos
relação à sua comunidade. das diferentes áreas dos currículos.
• Indicadores sociais, econômicos,
ambientais e de saúde. O que Estas são algumas perguntas norteadoras do diagnóstico inicial:
significam e de que forma subsidiam
a leitura do contexto social no âmbito • O que é uma comunidade?
do país, do estado e do município. • Como é nossa comunidade?
• Relações existentes entre a • Que ações podem ser realizadas para melhorar a qualidade de vida dos membros
comunidade e a escola, entre as insti- da comunidade?
tuições públicas, sem fins lucrativos e • Que redes de proteção existem?
privadas com a escola.
• Que instituições dela(s) fazem parte?
• Como a escola já se relaciona com essas instituições?
• Quais as oportunidades de atuação e de trabalho nos locais pesquisados?
52 Manual de Manual de 53
Referência Referência
Etapas do Projeto
Intervenção
Sociocultural
A Intervenção Sociocultural, assim como Espera-se que o produto do projeto seja
a Investigação Científica e Tecnológica e uma solução eficiente e justa para um
a Empresa Pedagógica, tem a premissa problema social, e que seja ainda uma
de conectar a escola com o mundo real. inovação social. Esta entendida como
A IS oferece vivências autênticas e signi- uma nova solução para um problema
ficativas para os alunos e traz à tona os social, que seja mais eficaz, sustentável
processos que ocorrem em instituições e justa do que as soluções já existentes.
sociais. Abre-se o horizonte à identifi- 1º
cação dos atores sociais da comunidade As inovações sociais que resultam da Pesquisa sobre o
e a seus problemas. Em síntese, a Intervenção Sociocultural caracteri- contexto e os objetos de 3º
conhecimento associados 2º 4º
Intervenção Sociocultural indaga como zam-se por aliar aspectos técnicos a ao equipamento social Visita a um
a ser investigado Preparação equipamento social Identificação
a escola pode contribuir para melhorar a aspectos sociais. Prioriza atividades (ao longo de todo para a visita da comunidade de problemas
o projeto)
qualidade de vida da população. colaborativas e a construção coletiva
de soluções para problemas autênticos.
Na impossibilidade de sair da escola Garante o respeito às opiniões diver-
6º 5º
para visitar a comunidade, é possível gentes e busca sustentabilidade nas
Definição do
Elaboração do
simular circunstâncias reais a partir de soluções propostas. projeto de solução
problema a ser
enfrentado
estudos de caso. Entretanto, o projeto ou protótipo para o
problema identificado
se torna mais relevante quando se dá em no equipamento
7º social
torno de problemas e situações trazidos
9º
pelos estudantes e que possam gerar Apresentação
8º
da solução Monitoramento e
impactos positivos. a diversos Implementação acompanhamento
públicos da solução da solução
54 Manual de Manual de 55
Referência Referência
Compreensão do contexto • O mapeamento na comunidade dos Visita à comunidade deve representar o espaço físico da
• Compreender a realidade por meio de pesquisa equipamentos sociais, organizações • Percorrer a região escolhida para a visita. comunidade visitada. Elaborar outra
e análise de dados, como por exemplo, indi- não governamentais, espaços de lazer Procurar entender o funcionamento da maquete da comunidade em que os
cadores socioeconômicos, é o primeiro passo etc. é feito pelos estudantes. Estes instituição, o que poderia ser melhorado, alunos gostariam de morar.
para que os alunos se aproximem do contexto passam a compreender seus processos o que poderia ser ou funcionar de outra • Registrar as observações obtidas, por meio
onde pretendem intervir, dando sentido para de funcionamento e finalidades. forma. Como exemplo, algum aspecto de fotografias, gravações (desde que auto-
os conhecimentos aprendidos. ligado à comunicação com os usuários. rizadas), registros escritos, fotos etc.
• Observar intencionalmente a infraestru- • Atentar para que os registros de
tura, as regras, a maneira de receber os observação sejam realizados durante e
usuários, as ações e falas dos profissionais não após a visita. E que sejam expressos
envolvidos, e as funções que exercem. em diferentes linguagens (anotações,
• Entrevistar atores da comunidade, a partir gravações, desenhos, fotos etc.).
Preparação para a visita a serem aplicados e a função de cada das perguntas previamente planejadas. O • Sistematizar as observações e informações
• Mapear a região do entorno da escola componente do grupo. objetivo é compreender a percepção que obtidas nas visitas.
a partir dos conhecimentos prévios dos • Planejar coletivamente a logística da visita e as pessoas entrevistadas têm do local. • Retornar ao local de estudo, caso seja
estudantes sobre sua comunidade. Os alunos a forma como serão registrados os conheci- • Elaborar uma maquete, utilizando necessário, para obter informações
podem elaborar um mapa onde localizam mentos produzidos nesse dia. placas de isopor, sucatas, palitos, e registros complementares. Podem
suas moradias, a escola e os equipamentos • Pesquisar o que os estudantes querem saber papéis diversos, novelo de lã, revistas e ser incluídas entrevistas com pessoas
sociais que conhecem. sobre a comunidade, considerando que são jornais, cola, barbante etc. A maquete específicas.
• Identificar os equipamentos sociais da eles o centro do processo educativo.
comunidade, utilizando aplicativos de locali- • Preparar um roteiro de observação e de
zação, como Google Earth, por exemplo. entrevistas para o dia da visita.
• Pesquisar equipamentos sociais no entorno • Elaborar um Diário de Bordo para registrar
da escola com disponibilidade e interesse e acompanhar o projeto. A análise do Identificação de problemas • Identificar problemas cujas soluções sejam
em receber os alunos. diário permite que o professor oriente os • Mapear os problemas encontrados nos viáveis e passem por processos criativos de
• Preparar um roteiro de visita, apontando alunos, avalie a participação destes e o equipamentos sociais da comunidade, inde- desenvolvimento de ideias, de protótipos
os locais a serem visitados, questionários andamento do projeto. pendentemente da dificuldade de solução. ou de soluções efetivas.
Identificar suas causas e consequências. • Diferenciar os problemas que já foram
O problema pode emergir das informa- identificados pela comunidade daqueles
ções obtidas e das discussões coletivas ou indicados pelos estudantes. Os problemas
pode ser sugerido por pessoas externas observados pelos alunos ou por uma
ao projeto. Atentar para que reflita os pessoa externa devem dialogar com o
interesses dos estudantes. contexto, ser objetivos e fazer sentido para
os jovens.
56 Manual de Manual de 57
Referência Referência
Definição do problema a partir de estratégias como votação entre Apresentação da solução Implementação da solução
ser enfrentado os alunos do grupo, categorização dos • Apresentar o protótipo definitivo da • Apresentar, instalar ou implantar o
• Eleger um dos problemas identificados, problemas e debate entre a turma para solução para todos os envolvidos com a protótipo da solução.
com o objetivo de elaborar uma proposta uma escolha consensual, organização de ação proposta. Isto é, a comunicação deve • Apresentá-lo às pessoas entrevistadas, pois
de solução. A escolha pode se dar a grupos de alunos etc. atingir estudantes, professores, profis- provavelmente serão elas que utilizarão a
sionais das instituições da comunidade, solução proposta pelos alunos.
famílias. Enfim, diferentes públicos, tendo • Realizar uma escuta atenta das opiniões de
em vista o aprimoramento do projeto. todas as pessoas para quem a solução for
Estratégias didáticas para elaborar o ser desprezada, todas são contributivas
projeto de solução ou protótipo. • Comunicar os resultados para a escola e apresentada. Estar aberto para incorporar
neste momento.
para a comunidade. Considerar diferentes modificações, desde que haja consenso no
• Investigar e ampliar a compreensão • Identificar as ideias de solução mais
estratégias de comunicação para cada grupo sobre sua necessidade.
do problema. Isso é feito a partir de promissoras. Excluir as que pareçam
público.
entrevistas com as diferentes pessoas inviáveis ou que não se conectem dire-
• Publicar a solução e disponibilizá-la. Monitoramento e acompanhamento da
envolvidas, de conhecimentos fornecidos tamente ao problema. Realizar uma
Demonstrar que se partiu de um problema solução
pelos professores, de pesquisas em livros, seleção de propostas que possam vir a ser
real e que se pretende efetivamente • Criar tempos e espaços de monitoramento
jornais, trabalhos acadêmicos, ouvidorias implantadas.
implantar a solução ajuda a comprometer e acompanhamento da solução durante
etc. • Dar forma à ideia de solução para o todo o percurso do projeto.
os alunos com a qualidade do projeto.
• Elaborar perguntas sobre o problema problema. Este será o produto do projeto
• Analisar erros e acertos, já pensando
a partir das questões basilares: O quê? e deve expressar os conteúdos que foram
na preparação e na melhoria do projeto
Como? Onde? Por quê? É importante pesquisados pelos alunos ao longo do
seguinte.
lembrar que construir perguntas não é uma processo.
• Recomeçar o próximo projeto levantando
habilidade intuitiva dos alunos; precisa ser • Conhecer a opinião dos atores da escola novas questões e novos processos de
aprendida. sobre a proposta de solução. Levar em
problematização da realidade.
• Criar uma # com uma pergunta sobre o conta que uma solução pode surgir da
problema investigado, com o objetivo de soma de algumas ideias ou de um insight
obter mais subsídios sobre suas causas e provocado por uma ideia que parecia,
consequências. inicialmente, insignificante. Nessa perspec-
• Pesquisar as diversas causas do problema, tiva, pode-se pensar que os alunos também
analisando-o sob vários ângulos. Levantar estarão exercitando o respeito pelas singu- Avaliação
soluções para resolvê-lo, assim como laridades e opiniões divergentes. Planejar a avaliação, considerando-a uma prática pedagógica a ser construída antes do
explicações para os fatos ou fenômenos • Elaborar um protótipo que represente a início do projeto. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem dos estudantes, com
relacionados ao tema em foco. solução do problema por meio de materiais a intenção de situá-los em suas dificuldades. Deve também servir como possibilidade de
• Produzir o maior número possível de ideias ou pela elaboração de um projeto que ajuste das metodologias e conteúdos abordados no projeto.
e ações que possam ser desenvolvidas para possa ser endereçados às instituições
resolver o problema. Nenhuma ideia pode responsáveis para solucionar o problema.
58 Manual de Manual de 59
Referência Referência
5.3. Empresa
pedagógica
Objetivos
• Apresentar situações que promovam o
protagonismo profissional e social dos
estudantes. Isso é feito por meio de
Na Empresa Pedagógica os estudantes sua interação com empreendedores,
têm oportunidade de experimentar funcionários de empresas do entorno
o mundo do trabalho. Eles são ou a partir de estudos de caso.
convidados a sugerir alterações ou
A Empresa Pedagógica é uma a criar novos processos, produtos e • Reconhecer a importância dos indica-
unidade curricular que visa desen- serviços junto às empresas parceiras. dores socioeconômicos, ambientais e
volver competências e habilidades Compreendem o funcionamento, a culturais da comunidade no entorno
que promovam o protagonismo missão, as metas, a cadeia produtiva e da escola. E utilizá-los como referên-
profissional e social do estudante. as relações de trabalho nas empresas cias para planejar ações pedagógicas
É um projeto que acontece por ou iniciativas empreendedoras em que que inspirem os estudantes para o
meio da aproximação dos alunos realizam as vivências. ingresso no mundo do trabalho.
com o mundo do trabalho, a partir
da interação com o setor produtivo As etapas do projeto incentivam a • Compreender as relações intra e
local. Trata-se do protótipo de uma investigação científica, o trabalho interpessoais, a importância da proa-
empresa criada pelos estudantes e entre pares e a criação a partir do tividade nas estruturas hierárquicas e
professores, a partir da parceria com conhecimento. A metodologia utilizada das ações colaborativas no ambiente
uma empresa real. É um projeto que conecta o aprender com o fazer, com de trabalho.
aproxima os estudantes dos conhe- o objetivo de preparar os estudantes
cimentos e habilidades profissionais, para enfrentarem os desafios de suas • Propor e executar práticas inovadoras
por meio da aplicação de conceitos vidas e do futuro. Os alunos investigam com foco no empreendedorismo.
tanto da formação geral quanto da e respondem a questões, problemas ou Um exemplo é elaborar um plano de
formação técnica. desafios relacionados às empresas ou negócio agregando valor à cultura
iniciativas empreendedoras. E, ao final, organizacional, com a possibilidade
demonstram os conhecimentos e habi- de planejar o próprio negócio ou seu
lidades adquiridos durante o processo. futuro profissional.
60 Manual de Manual de 61
Referência Referência
Etapas do Projeto
Empresa
Pedagógica Compreensão de contexto compreenderem conceitos e lerem indi-
Os estudantes aprendem a ler o cadores econômicos nacionais e locais.
cenário socioeconômico global e local, Também permitem que eles conheçam
a conhecer os tipos de profissão e as possibilidades de inserção produtiva,
de trabalho existentes, as formas de as formas de organização do trabalho; os
1º
atuação e organização do trabalho. organogramas e papéis dos profissionais
Pesquisa sobre o As atividades ajudam os alunos a dentro de uma empresa.
contexto e os objetos
de conhecimento 3º
associados à empresa
ou outra iniciativa 2º 4º
empreendedora a ser Visita a uma empresa
investigada Preparação ou outra iniciativa Identificação
(ao longo de todo para a visita empreendedora de problemas
o projeto)
Preparação para a visita • Criar um roteiro da saída da escola,
• dentificar as iniciativas empreende- apontando os locais a serem visitados,
6º doras no entorno da escola a partir do questionários que serão aplicados e a
5º
Elaboração do levantamento prévios dos estudantes função de cada componente do grupo.
Definição do
projeto de solução problema a ser e de pesquisas com o corpo docente da • Pesquisar o que os estudantes querem
ou protótipo para o enfrentado
problema identificado escola. Os estudantes podem elaborar um saber a respeito da iniciativa empreende-
no empresa ou iniciativa
empreendedora mapa onde localizam suas moradias, a dora, considerando que são eles o centro
7º
escola e as empresas, ou outras iniciativas do processo educativo.
9º
Apresentação empreendedoras, como organizações da • Planejar coletivamente a logística da
8º
da solução Monitoramento e
a diversos Implementação acompanhamento sociedade civil. visita e a forma como serão registradas
públicos da solução da solução
• Identificar as iniciativas empreendedoras as etapas e os conhecimentos produzidos
da comunidade, utilizando aplicativos durante o projeto.
de localização, como Google Earth, por • Preparar um roteiro de observação e de
exemplo. perguntas para o dia da visita.
• Pesquisar empresas no entorno da escola • Elaborar um Diário de Bordo para registrar
nas quais haja pessoas dispostas a receber e acompanhar o projeto. Por meio dele o
os alunos. professor poderá orientar os alunos em
relação aos próximos passos, além de ser
um instrumento de avaliação e monitora-
mento do projeto.
64 Manual de Manual de 65
Referência Referência
Visita às iniciativas empreendedoras • A visita pode acontecer mais de uma Identificação de problemas • Identificar problemas cujas soluções sejam
• Avaliar a iniciativa empreendedora in loco. vez para que se obtenham informações • Mapear os problemas identificados nas viáveis e envolvam processos criativos na
Procurar compreender seus objetivos, e registros complementares. Podem empresas parceiras, independentemente construção de protótipos de ideias ou de
produtos, matérias-primas utilizadas, ser incluídas entrevistas com pessoas da dificuldade de solução. Identificar suas soluções efetivas.
funções dos funcionários, formas de específicas. causas e consequências, se houver. O • Diferenciar os problemas que já foram
divulgação, regras de funcionamento, • Na impossibilidade de visitar uma problema pode emergir das informações identificados pela empresa e já estão
usuários etc. empresa, é possível simular circunstân- obtidas e das discussões coletivas, ou em vias de solução dos indicados pelos
• Entrevistar funcionários e usuários para cias reais a partir de estudos de caso. pode ser sugerido por pessoas externas estudantes. Os problemas devem dialogar
compreender a percepção que eles têm Entretanto, o projeto torna-se mais ao projeto. Atentar para que reflita os com o contexto, ser objetivos e fazer
do local. relevante quando se dá em torno de interesses dos estudantes. sentido para os estudantes.
• Registrar as observações obtidas, por problemas e situações reais.
meio de fotografias, gravações (desde que
autorizadas), registros escritos, fotos etc.
Estratégias didáticas para elaborar o projeto de solução Apresentação da solução • Comunicar os resultados para a escola e
ou protótipo • Apresentar o protótipo definitivo da para a comunidade. Considerar diferentes
• Investigar e ampliar a compreensão do problema. Isso é feito a partir de solução para todos os envolvidos com a estratégias de comunicação dos resultados
entrevistas com as diferentes pessoas envolvidas, de conhecimentos ação proposta. Isto é, a comunicação deve para cada público.
fornecidos pelos professores, de pesquisas em livros, jornais, trabalhos atingir estudantes, professores, profissio- • Publicar a solução e disponibilizá-la.
acadêmicos, ouvidorias etc. nais das iniciativas empreendedoras e das Demonstrar que se partiu de um problema
• Elaborar perguntas sobre o problema a partir das questões: O quê? Como? instituições da comunidade, famílias. Enfim, real e que se pretende efetivamente
Onde? Por quê? É importante lembrar que construir perguntas não é uma diferentes públicos, tendo em vista o apri- implantar a solução ajuda a comprometer
habilidade intuitiva dos alunos; precisa ser aprendida. moramento do projeto. os alunos com a qualidade do projeto.
• Realizar entrevistas com as pessoas envolvidas com o objetivo de
compreender como o problema afeta suas vidas, a partir do exercício da
empatia. Implementação da solução apresentada. Estar aberto para incorporar
• Criar uma # com uma pergunta sobre o problema, com o objetivo de obter • Apresentar, instalar ou implantar o modificações, desde que haja consenso no
mais subsídios sobre as causas e consequências do problema identificado. protótipo da solução. grupo sobre sua necessidade.
• Pesquisar as diversas causas do problema, analisando-o sob diversos • Apresentá-lo às pessoas entrevistadas, pois • Encaminhar as ações do projeto para
ângulos. Levantar soluções para resolvê-lo, assim como explicações para provavelmente serão elas que utilizarão a desenvolver possíveis produtos como, por
os fatos ou fenômenos relacionados ao problema. solução proposta pelos alunos. exemplo, a criação de uma empresa fictícia.
• Produzir o maior número possível de ideias e ações que possam ser desen- • Realizar uma escuta atenta das opiniões de Ou ainda elaborar um plano de negócio
volvidas para resolver o problema. Nenhuma ideia pode ser desprezada, todas as pessoas para quem a solução for relacionado ao projeto de vida dos alunos.
todas são contributivas neste momento.
• Identificar as ideias de solução mais promissoras. Excluir as que pareçam
inviáveis ou que não se conectem diretamente ao problema. Realizar uma Monitoramento e acompanhamento da implantada, analisando erros e acertos, já
seleção prévia de ideias que possam vir a ser implantadas. solução pensando na preparação e na melhoria do
• Dar forma à ideia de solução para ao problema. Este será o produto do • Criar tempos e espaços de monitoramento projeto seguinte.
projeto e deve expressar os conteúdos que foram pesquisados pelos e acompanhamento da solução durante • Recomeçar o próximo projeto levantando
alunos ao longo do processo. todo o percurso do projeto. novas questões e novos processos de
• Conhecer a opinião do corpo docente da escola sobre a proposta de • Observar a proposta de solução problematização da realidade.
solução.
• Levar em conta que uma solução pode surgir da soma de algumas delas ou
de um insight provocado por uma ideia que parecia insignificante. Nessa Avaliação
perspectiva, pode-se pensar que os alunos também estarão exercitando o Planejar a avaliação, considerando-a uma prática pedagógica a ser construída antes do
respeito pelas singularidades e opiniões divergentes. início do projeto. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem dos alunos, com a
• Elaborar um protótipo que expresse a solução para o problema intenção de situá-los em suas dificuldades. Deve servir também como possibilidade de
identificado. novo ajuste das metodologias e conteúdos abordados no projeto.
PARTE 2: C aro(a) formador(a): nesta segunda
parte, o conteúdo de cada encontro
está descrito de forma detalhada.
Encontro 1
Articulação Curricular
12 horas (1 dia e meio)
Objetivos
• Construir com os participantes o
contrato didático da formação. Devem
ser acordadas as regras e os deveres
dos participantes.
• Discutir o conceito de currículo e
apresentar suas dimensões.
• Analisar e identificar um currículo
escrito que seja baseado em compe-
tências e habilidades. Avaliar sua relação
com a reforma do ensino médio.
• Explorar o contexto legal que dá
suporte ao Novo Ensino Médio.
• Identificar e exercitar a escrita de
competências. Ter como modelo a BNCC.
• Analisar o conceito de competência
aplicado aos processos educativos.
• Analisar as competências gerais da
BNCC, e suas relações com as compe-
tências por áreas de conhecimento.
• Criar o perfil de egresso de cursos
técnicos. Levar em conta as compe-
tências da BNCC, as especificidades do
curso técnico e o contexto do mundo
do trabalho.
• Redigir as competências técnicas.
72 Manual de Manual de 73
Referência Referência
3 Qual a finalidade do ensino Para iniciar o próximo momento, levante A partir desses comentários, apresente
médio hoje? o conhecimento prévio dos participantes excertos dos marcos regulatórios
Aprofundando a questão inicial, esta sobre a reforma do ensino médio e sobre dessa etapa da educação básica (ver
pergunta é colocada para saber como a natureza e características da formação Documentos e textos utilizados). A
os participantes entendem a finalidade profissional. Utilize as seguintes questões: exposição pode ser feita com o apoio
dessa etapa da educação básica. de um PowerPoint, de modo expositivo,
O QUE VOCÊS SABEM SOBRE A REFORMA porém dialogado.
Para respondê-la, os participantes DO ENSINO MÉDIO?
usam a ferramenta Google Forms. Você pode exibir também vídeos curtos
O QUE VOCÊS SABEM SOBRE A RELAÇÃO
O modelo utilizado na formação é o que reforcem o entendimento sobre as É importante que você alinhave os
ENTRE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Documento 1 (ver anexos). NAS ÁREAS DO CONHECIMENTO? principais mudanças no ensino médio. O seguintes pontos nessa exposição
objetivo é que os participantes consigam dialogada:
Após a inserção das respostas nesse O QUE VOCÊS SABEM SOBRE O responder a questões como estas:
formulário, você deve apresentar o ANDAMENTO DA REFORMA DO ENSINO • Ampliação e distribuição da carga
gráfico que mostra as alternativas mais MÉDIO NO ESTADO? QUE DOCUMENTOS NORMATIVOS horária:
selecionadas. Discuta e problematize os A OFERTA DO 5º ITINERÁRIO AMPLIA A REGULAMENTAM O ENSINO MÉDIO NO • 3.000 horas anuais: 1.800 BNCC
resultados. POSSIBILIDADE DE FORMAR PARA O BRASIL? + 1.200 Itinerários Formativos.
MUNDO DO TRABALHO? QUE MUDANÇAS OS DOCUMENTOS • 5 horas por dia na escola.
QUAL É A NATUREZA DO CURSO TÉCNICO OFICIAIS APRESENTAM PARA O NOVO • 200 dias letivos por ano.
MAIS FREQUENTE NA SUA REGIÃO? ENSINO MÉDIO?
• Elemento importante da flexibili-
O QUE JÁ SABÍAMOS E O QUE PRECISAMOS O QUE A FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR zação curricular: permite a escolha
APRENDER SOBRE EDUCAR E TRABALHAR? PERMITE? de itinerários formativos oferecidos
HÁ COMPETÊNCIAS COMUNS ENTRE pela escola (por área de conhe-
A FORMAÇÃO GERAL E A FORMAÇÃO O QUE SÃO OS ITINERÁRIOS cimento + formação técnica e
PROFISSIONAL? FORMATIVOS? profissional).
4 O que é a BNCC? • É um referencial para articular os Finalidades da BNCC: COMO TRADUZIR ESTA COMPLEXIDADE
Apesar de os educadores saberem o sistemas de ensino da União, dos • Orientar os sistemas na elaboração de EM PROCEDIMENTOS DE ENSINO E
que é a BNCC, esse momento serve estados, do Distrito Federal e dos suas propostas curriculares. APRENDIZAGEM?
para alinhar tais conhecimentos. municípios. • Reorientar o trabalho das instituições
Assim, garanta que as informações • Orienta a elaboração dos currículos educacionais e dos sistemas de ensino Esse é o momento em que se discute a
básicas sejam de domínio de todos, e das propostas pedagógicas das em direção a uma maior articulação. Base Nacional Comum Curricular mate-
tais como, a BNCC: escolas. • Superar a fragmentação das políticas rializada no currículo.
• É um documento que define as públicas, fortalecer o regime de
aprendizagens essenciais que todos os colaboração e efetivar as metas e as
alunos devem desenvolver ao longo da estratégias do PNE (Plano Nacional de
educação básica. Educação).
• É um documento que busca direcionar • Ser uma unidade na diversidade.
a educação brasileira para uma
formação humana integral e para a A estrutura da BNCC no ensino médio:
construção de uma sociedade justa, • Áreas do conhecimento pensadas a
democrática e inclusiva. partir do mapeamento do que há em
• Tem como fundamento essencial o comum entre elas. Entre a física, a
direito de todos à aprendizagem e ao química e a biologia, por exemplo.
desenvolvimento. • Currículo baseado em competências.
• Nova estrutura para as matrizes curri-
culares: 60% de formação geral e 40%
de itinerários formativos.
• Carga horária mínima de 3.000
horas nos três anos (1.800 horas de
formação geral e 1.200 de itinerários
formativos).
• Nas 1.800 horas do propedêutico,
estão incluídas as quatro áreas de
conhecimento e não os componentes
curriculares.
• Cinco aulas por dia.
78 Manual de Manual de 79
Referência Referência
5 O Currículo A ideia é mostrar que o currículo é vivo e A partir da uma breve apresentação das “Entende-se por competências
Coloque a seguinte questão para o delineia o perfil de alunos que queremos competências gerais da BNCC, é hora cognitivas as modalidades estruturais
grupo: formar. Ele deve apontar as competên- de aprofundar o que são competências da inteligência, ou melhor, o conjunto
cias e habilidades que estimulem seu e habilidades. E entender como elas se de ações e operações mentais que
O QUE VOCÊS ENTENDEM POR
desenvolvimento na escola e fora dela. estruturam na escrita do currículo. Você o sujeito utiliza para estabelecer
CURRÍCULO?
Para exemplificar esse tema, você pode pode iniciar o debate com as seguintes relações com e entre os objetos,
Para responder a esta pergunta, os indagar: questões: situações, fenômenos e pessoas que
participantes utilizam novamente a deseja conhecer” 1.
QUAIS AS COMPETÊNCIAS DE UM APRENDIZAGEM POR COMPETÊNCIAS E
ferramenta Mentimeter. Depois disso,
NADADOR? HABILIDADES: O QUE É, O QUE PREVÊ?
mostre os resultados, que provavelmente “Mobilização de conhecimentos
expressarão concepções variadas do que Com o uso de uma tabela, os partici- HÁ UMA MANEIRA ESPECÍFICA (conceitos e procedimentos),
seja um currículo. pantes devem identificar quais seriam DE EXPRESSAR COMPETÊNCIAS E habilidades (práticas, cognitivas e
as competências de um nadador (ver HABILIDADES? socioemocionais), atitudes e valores
Na sequência, apresente um trecho do Documento 2 nos anexos). Depois que para resolver demandas complexas da
vídeo a seguir, com o intuito de discutir os participantes escreverem, proponha a De modo expositivo e dialogado, vida cotidiana, do pleno exercício da
a polissemia do conceito currículo. São discussão: apresente em um PowerPoint as dez cidadania e do mundo do trabalho” 2.
os 2 minutos e 12 segundos iniciais O DESENVOLVIMENTO DESSAS competências gerais, a partir do gráfico
do episódio A coroa do imperador, COMPETÊNCIAS CARACTERIZA UM do Porvir (Documento 3).
da minissérie Cidade dos Homens, BOM NADADOR? Acesse o Guia de Competências Gerais
1 SÃO PAULO. Secretaria de Educação. Saresp:
disponível em: https://www.youtube.com/ da BNCC em https://novaescola.org.br/ matrizes de referência para a avaliação. 2008,
watch?v=rByBefzeY98. QUAIS HABILIDADES ESTARIAM bncc/disciplina/97/competencias-gerais. p. 14. Disponível em: http://www.rededosaber.
ATRELADAS A ESSAS COMPETÊNCIAS? sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/
matr_2008_1.pdf
Ponto de alinhamento: ao olhar para Depois de estudar os documentos, 2 BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional
o currículo escolar, é importante ter discorra sobre as características das Comum Curricular do Ensino Médio – BNCC. 2018,
p. 9. Disponível em: http://basenacionalcomum.
clareza sobre que estudante queremos competências e habilidades a partir dos mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_
formar. É preciso compreender todas as conceitos apresentados a seguir: embaixa_site_110518.pdf
dimensões do currículo e refletir sobre
sua intencionalidade pedagógica.
A partir da noção de currículo articulado Realize uma primeira rodada de sociali- Para apoiá-los nessa tarefa, retome a estrutura de
por competências, pergunte: zação dos perfis reescritos pelos grupos. escrita de competências e habilidades utilizadas na
Em seguida, ressalte a necessidade de BNCC, com o apoio do PowerPoint. Entregue aos
QUE CARACTERÍSTICAS ESSE se olhar para esse perfil, explicitando as participantes uma tabela de verbos e uma ficha para
PROFISSIONAL DEVE DESENVOLVER competências desejadas para atingi-lo. organizar a escrita de competências:
AO LONGO DOS TRÊS ANOS DO
ENSINO MÉDIO?
Para esse exercício/desafio em grupo, Estrutura de escrita de competências: Documento 3
QUAL O PERFIL DESSE EGRESSO? QUAIS indique novamente a metodologia de
SÃO AS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS escrita de competências. Tabela de verbos: Documento 44
PARA ESTE PERFIL?
Ficha: Documento 5
A partir dessas questões, os partici-
pantes devem, em grupos, discutir o Enquanto os participantes exercitam a escrita de
perfil de egresso do curso. E reescrever competências, circule entre os grupos esclarecendo
a descrição desse perfil, explicitando o possíveis dúvidas.
profissional que se quer formar, assim
como as competências deste. Como esse exercício de escrita demanda um tempo
maior, aproveite e faça encaminhamentos/combinados
Observação importante: entre os parti- com o grupo para o encontro seguinte.
cipantes da formação, encontram-se
profissionais que atuam em cursos Ao final, indique um arquivo em Excel, salvo no
técnicos. Desse modo, comumente são Google Drive. Nele, os participantes irão aprimorar
analisados e trabalhados um ou dois a reescrita da primeira versão do perfil de egresso
cursos técnicos. Eles servem como e avançar na escrita das competências. Isso deve
modelos para os participantes exerci- ser feito de modo colaborativo com a comunidade
tarem e se apropriarem da metodologia escolar, até o próximo encontro.
de articulação curricular.
Após esses combinados, se inicia a segunda parte
da formação, agora com ênfase nos projetos
empreendedores.
Estratégias didáticas
“Quebrando o gelo”
Objetivos
• Apresentar unidades curriculares para compor o módulo 1 Minhas competências e exercício, apresente um vídeo em
de preparação básica para o trabalho. habilidades que um grupo, de modo colabora-
• Apresentar a unidade curricular Investigação Científica e Na segunda parte, você pode começar tivo, resolve um problema (há vários
Tecnológica. com uma atividade de “quebra-gelo”. exemplos no YouTube). Depois de
Apresentamos uma sugestão, mas você assistirem ao vídeo, chame a atenção
Além destes, veja os objetivos específicos do Projeto pode usar outra, se preferir. para os ganhos ao se trabalhar em
Empreendedor ICT, na 1ª parte desta publicação (pág. 38). grupo e de modo colaborativo. Parta
A atividade consiste nos participantes da ideia de soma de competências e
escreverem quais seriam suas compe- habilidades em prol da resolução de
tências e habilidades. Após esse um problema.
86 Manual de Manual de 87
Referência Referência
Ferramentas de aprendizagem
Feito o “quebra-gelo” inicial, apresente
duas ferramentas online que poten-
APRENDER É UM CAMINHO,
cializam o trabalho colaborativo e o Para aquecer a discussão, você pode
NÃO É UM EVENTO.
desenvolvimento de competências no usar imagens, charges ou fotografias
seu uso. As ferramentas são: sobre o ensino atual e em outros tempos.
Segue abaixo um exemplo (Documento
AnswerGarden: para dar feedbacks 7 dos anexos).
imediatos.
Explore a imagem, discutindo como era
Padlet: para compartilhar ideias e uma aula no século XIV para aqueles
informações. alunos. Compare com a escola atual.
Explore as estratégias de ensino que
Essa discussão visa aliar a necessidade o professor tem hoje para tornar as 2 Cenário do Ensino Técnico no 2.1. Cenário atual:
dos professores de se apropriarem de aulas mais instigantes para os alunos. Brasil
ferramentas digitais com as demandas Dê como exemplo as novas tecnologias Com apoio de um PowerPoint, apresente A educação profissional tecnológica no
dos estudantes. como recurso didático e metodológico, alguns pontos das Diretrizes Curriculares Brasil ainda não é concebida como parte
as estratégias de ensino interdisci- Nacionais para a Educação Profissional do itinerário formativo do aluno. É vista
Como o ensino pode estar sintonizado plinares, as atividades em grupo e Técnica de Nível Médio. Mostre espe- apenas como possibilidade de ingresso
com as necessidades dos nossos colaborativas. cificamente os 17 incisos do artigo 6º no mundo do trabalho, ocupando uma
estudantes? (Documento 8 dos anexos). posição de pouco prestígio. O ensino
Depois dessa breve discussão, superior não reconhece, por meio
introduza o tema do ensino técnico no Após esta exposição, pergunte: de avaliação individual específica, os
Brasil, questionando os participantes conhecimentos desenvolvidos pelos
sobre o cenário atual. O nosso ensino técnico de nível médio estudantes em cursos profissionais de
realmente atende a todos estes nível médio. Tais conhecimentos e habi-
princípios? Se não todos, quais? lidades não servem, por exemplo, para
efeito de aceleração dos estudos. Esse
Essa questão tem por objetivo fazer distanciamento reforça o desprestígio da
com que os participantes reflitam sobre formação técnica.
o ensino técnico atual. Aprofunde a
discussão apresentando estudos sobre
essa modalidade de ensino, destacando
seus principais desafios.
88 Manual de Manual de 89
Referência Referência
4 Competências e habilidades para apresente com apoio do PowerPoint 5 Criação da mandala QUAIS HABILIDADES OS PARTICIPANTES
o mundo do trabalho alguns materiais (ver os links nas Referên- A atividade seguinte consiste em COLOCARIAM NO NÍVEL BÁSICO
Pensando especificamente no jovem cias, ao final do volume): preencher em grupo uma mandala (NA PARTE CENTRAL DA MANDALA)?
que passa pela educação profissional, (Documento 10 dos anexos). Ela deve
QUAIS HABILIDADES OS PARTICIPANTES
pergunte ao grupo: • A reportagem do site Vagas-profissões. conter as habilidades desejáveis para COLOCARIAM COMO AGRUPADORES
• O estudo do Fórum Econômico Mundial. o estudante/profissional do séc. XXI, (NA PARTE EXTERNA DA MANDALA)?
Quais seriam as aprendizagens, • E as recomendações do Conselho da hierarquizando os seus níveis.
competências e habilidades para o União Europeia, sobre as competências
mundo do trabalho? essenciais para a aprendizagem ao
longo da vida.
Lançada a pergunta, circule a palavra Lista de habilidades: • Flexibilidade.
entre os participantes. Isso deve fundamentar as competências • Capacidade de aprender. • Gestão pessoal.
necessárias tanto para o mundo • Capacidade de negociação. • Iniciativa.
Para complementar e dialogar com as do trabalho quanto para a vida. • Capacidade de trabalhar em equipe. • Inovação.
respostas trazidas pelos participantes, Dentre elas: • Cidadania. • Letramento digital.
• Colaboração. • Liderança.
• Comprometimento. • Numeracia.
Comunicação Trabalho em equipe Competências digitais
• Comunicação em línguas estrangeiras. • Pensamento crítico.
Negociação Resiliência Competências pessoais,
• Comunicação na língua materna. • Postura multidisciplinar.
Liderança Intraempreendedorismo sociais e capacidade de
aprender a aprender • Conhecimento da área de atuação. • Produtividade.
Ética Competência de letramento
Competências de cidadania • Consciência ambiental. • Resiliência.
Energia Competências multilíngues
Competências de • Criatividade. • Resolução de problemas
Equilíbrio emocional
Competências matemáticas empreendedorismo • Equilíbrio emocional. complexos.
Flexibilidade e do domínio das ciências, da Competências de sensibili- • Espírito empreendedor. • Responsabilidade Social.
Criatividade tecnologia e da engenharia dade e expressão culturais • Ética.
Após essa apresentação, sugira que principais pontos do texto e depois Após o preenchimento da mandala Como desenvolver essas competências
os participantes leiam, em grupos, as socializar em assembleia. No momento abra a discussão. para o mundo do trabalho? De que
recomendações do Conselho da União da apresentação, feita por um represen- maneira as unidades curriculares
Europeia, disponível em: https://bit. tante do grupo, faça a conexão entre Depois disso, para iniciar a apresentação poderiam desenvolvê-las?
ly/2ukq8LK. os pontos trazidos por cada grupo. dos projetos empreendedores, formule
Estabeleça uma lógica de complemen- as seguintes questões: O que são os projetos
Os participantes devem grifar os tação das falas entre os participantes. empreendedores?
94 Manual de Manual de 95
Referência Referência
Revelar e
Proporcionar que
valorizar a
os estudantes
identidade e a
reflitam sobre seus
diversidade de
projetos de vida.
cada região.
Potencializar o
Oportunizar a vivência desenvolvimento
de experiências das competências
investigativas a partir e habilidades
da interação com uma do mundo do
empresa, com algum trabalho expressas
setor da comunidade ou na BNCC.
com a própria escola.
7 Investigação Científica Identificada uma solução, que seja Realizada a prototipagem, os grupos 8 Encerramento do dia
Tecnológica: o que é? acordada entre o grupo, é hora de socializam suas produções, contando Chegando ao final da formação,
Com a ajuda de um PowerPoint, colocar a mão na massa e prototipar! todo o processo de investigação e cite exemplos de experimentos que
apresente aos participantes os estudo que resultou no protótipo criado. partem do conceito de tecnologias
fundamentos, objetivos e etapas da Os participantes, então, devem ir em Como referência para apresentar os sociais. Na prática, constata-se
Investigação Científica Tecnológica. busca de materiais e recursos que protótipos, você pode sugerir a leitura que todos eles têm alguns pontos
Utilize como base o infográfico e os permitam elaborar um protótipo para do Material de Treinamento para comuns:
conceitos contidos na 1ª Parte desta ser apresentado ao final da oficina. Divulgação do SODIS (ver link nas Refe-
publicação (pág. 38 e seguintes). Neste momento, é possível observar a rências, ao final desta publicação). • Simplicidade.
transposição da teoria para a prática, • Baixo custo.
Elaboração de um protótipo de no que diz respeito à centralidade da Este é um momento muito importante. • Fácil aplicabilidade.
solução aprendizagem no estudante, e não no Aqui, é possível identificar junto com os • Geração de impacto social.
Nesta etapa da formação, a ideia é professor. participantes as várias aprendizagens É importante ressaltar que o
trabalhar a elaboração do protótipo de adquiridas ao longo da vivência. processo é mais relevante que o
solução para o problema identificado na De modo colaborativo, os participantes produto.
escola. aprendem uns com os outros; ou seja, Retome, então, os princípios que
trata-se de uma aprendizagem que orientam esta unidade, no contexto da Feita esta conversa, finalize o dia
Esta vivência é um exercício de empatia, ocorre no grupo e em grupo. sala de aula. agradecendo a participação de todos
pois apresenta uma solução para um e realizando uma breve avaliação
problema real, com foco nas pessoas No momento da prototipação, os parti- Princípios metodológicos coletiva do encontro. Cada partici-
afetadas por esse problema. O protótipo cipantes devem pensar suas produções • Compreensão de contexto. pante expressa, por meio de uma
permite que a solução encontrada seja visando desenvolver tecnologias • Experiência investigativa. palavra ou frase em post-it, o que
aprimorada ou descartada. O trabalho sociais relacionadas às áreas de ciência, • Identificação de problemas e proposta ficou desta formação.
em colaboração estimula entre os parti- tecnologia, engenharia e matemática de solução.
cipantes a busca de soluções possíveis. (ver as premissas da Tecnologia Social na • Planejamento e comunicação.
1ª Parte, página 42). Neste momento de exposição dialogada,
Partindo então de um desafio inicial, alinhe os entendimentos e esclareça
os participantes realizam uma saída a dúvidas sobre a natureza e operacionali-
campo. Veja na 1ª parte as “Etapas do zação desta unidade curricular.
Projeto Investigação Científica” (pág.
45). Oriente os participantes a seguirem
todos os passos, desde a “Preparação
para a visita”.
98 Manual de Manual de 99
Referência Referência
Encontro 2
Articulação Curricular
12 horas (1 dia e meio)
Ações e produtos esperados
• Refinamento do perfil de egresso do curso técnico.
• Aperfeiçoamento das competências técnicas específicas.
• Elaboração de habilidades técnicas.
Os jovens e o
ensino médio
Dando sequência à formação, apresente Sugestões para alinhar este diálogo: Finalizada a discussão, faça uma QUAIS COMPETÊNCIA TÉCNICAS
um trecho do documentário Nunca me breve retomada dos pontos centrais SÃO NECESSÁRIAS AO PERFIL DESSE
Sonharam para dialogar sobre duas • Uma escola na qual o currículo dialoga da formação anterior, com apoio de EGRESSO?
questões iniciais: com o contexto local. PowerPoint. O objetivo é alinhar o enten-
• Uma escola que dá oportunidade para dimento para avançar na escrita das Durante a apresentação, os ouvintes
O QUE PENSAM OS JOVENS SOBRE
a inserção social e econômica dos seus competências dos cursos técnicos. devem identificar que competências são
O ENSINO MÉDIO?
estudantes. básicas para a formação para o trabalho
QUE JUVENTUDES QUEREMOS
SONHAR? • Uma escola que considera a partici- Pontos a serem retomados: e quais são específicas para cada curso
pação ativa dos jovens nos processos • BNCC para o ensino médio: quais são técnico.
Trecho do vídeo Nunca me sonharam: de aprendizagem. seus fundamentos, pressupostos
https://drive.google.com/file/d/1cPA- • Uma escola reconhecida como teóricos e finalidades? Com base na identificação das compe-
kTPxiTfT_gSTjIy-0oVCd0an3AYGs/ instituição central para a formação • O que a flexibilização curricular tências básicas para a formação para o
view?usp=sharing dos jovens e o desenvolvimento da permite? trabalho, pergunte:
sociedade. • Por que inserir a formação técnica
Depois de exibir o vídeo, com apoio de • Uma escola que valoriza aprendi- profissional nos currículos de ensino É POSSÍVEL (E DESEJÁVEL) TER COMPE-
um PowerPoint, apresente a seguinte zagens relacionadas aos direitos médio de modo mais articulado à TÊNCIAS IGUAIS PARA OS DIFERENTES
questão: humanos universais. formação geral? CURSOS?
• Como articular o currículo da formação
DE QUE MANEIRA A ESCOLA PODE SER E como seria o jovem desse ensino geral com a formação técnica De modo colaborativo, peça que releiam
UM LUGAR DE PERTENCIMENTO DOS
médio? específica? e aprimorem, se for o caso, a escrita do
ESTUDANTES, A PARTIR DE SEUS SONHOS
E ANSEIOS? • Aprendizagem por competências e perfil de egresso e das competências
QUE COMPETÊNCIAS ELE DEVE habilidades: o que é, o que prevê? (retome o Documento 3).
DESENVOLVER AO LONGO DOS TRÊS
Reserve um tempo para a discussão • Há uma maneira específica de
ANOS DO ENSINO MÉDIO?
entre os participantes. expressar competências e habilidades?
Para fundamentar sua fala, com apoio QUAL O PERFIL DESSE EGRESSO?
do PowerPoint, apresente trechos VAMOS PENSAR SOBRE ISSO? Feito isso, peça aos participantes que
dos dois textos sobre juventude, da recuperem o arquivo em que foram
Coleção Educação Para Todos e das A ideia é que os participantes falem escritas as primeiras versões do perfil de
Diretrizes Curriculares (veja os links nas o que pensam a esse respeito e você egresso e das competências. Solicite que
referências, ao final desta publicação). dialogue com as opiniões expostas. um representante do grupo apresente
o perfil de egresso. Coloque a seguinte
questão:
102 Manual de Manual de 103
Referência Referência
1 - LEMBRAR
2 - ENTENDER
Como instrumento para escrever essas ao grupo de origem para os ajustes 3 - APLICAR
habilidades, entregue aos participantes a finais. Para esta reescrita/ajuste, 4 - ANALISAR
Mandala de habilidades (Documento 6): apresente alguns pontos que devem ser 5 - SINTETIZAR
considerados: 6 - CRIAR
Depois de um tempo para a escrita • Analisar o conjunto das competências e
da primeira versão de habilidades, das habilidades. A taxonomia de Bloom é uma organização
proponha a leitura, seguida por comen- • Verificar se é possível aglutinar hierárquica de objetivos educacionais.
tários coletivos. As mandalas devem habilidades. A ideia é olhar para essa estrutura e
circular entre os grupos para que todos • Observar se há alguma duplicidade estabelecer uma relação com os objetivos
colaborem no aprimoramento das habili- (dentro de uma competência ou entre de cada competência e habilidade criada
dades identificadas. habilidades de competências diferentes). até o momento.
• Priorizar quatro habilidades por
Depois de circularem por todos os competência.
grupos, as mandalas devem retornar • Buscar exemplos para comentar.
104 Manual de Manual de 105
Referência Referência
1 As competências e
habilidades e o currículo Para essa atividade entregue aos Feito este exercício, ofereça outra Documento 11 (mandala de
Ainda em grupos, os partici- grupos o seguinte instrumento: mandala, agora com objetivo diferente. correlação de competências,
pantes releem as competências Documento 10 (mandala de Eles devem relacionar as competências habilidades e componentes
e habilidades. Agora, o objetivo é correlação de competências, e habilidades técnicas com os curriculares das áreas do
relacioná-las com os componentes habilidades e componentes componentes curriculares das áreas do conhecimento).
curriculares do curso técnico. curriculares técnicos). conhecimento.
Escola: Escola:
Curso: Curso:
Objetivos
Veja os objetivos do Projeto Empreendedor
de Intervenção Sociocultural na 1ª Parte
desta publicação (pág. 50).
110 Manual de Manual de 111
Referência Referência
Sobre o Guia Pronatec de cursos FIC 4 Intervenção Sociocultural (IS): o Feita a sistematização, os grupos 5 Encerramento
Vale destacar as informações relacionadas que é? apresentam seus trabalhos. Essa é Chegando ao final da formação, cite
à possibilidade de oferta de cursos de Com a ajuda de um PowerPoint, apresente a oportunidade para comentar as exemplos de experimentos que partem
Formação Inicial e Continuada (FIC). aos participantes os fundamentos, aprendizagens adquiridas nesta etapa. do conceito de inovações sociais
Apresente alguns deles como exemplos. objetivos e princípios metodológicos da Para consolidar a compreensão e tecnologias sociais. Utilize como
Intervenção Sociocultural. Utilize como desta unidade curricular, retome os materiais de referência:
3 Criando um curso técnico base os conceitos contidos na 1ª Parte princípios que orientam a Intervenção
Ao final, apresente o site da Classificação desta publicação (pág. 50 e seguintes). Sociocultural: Vídeo Oficina de construção de
Brasileira de Ocupações (CBO). Destaque também que os projetos de IS gerador eólico com materiais de baixo
Essa exposição visa mostrar os tipos são desenvolvidos preferencialmente com Princípios metodológicos custo. Disponível em: https://www.
de educação profissional e suas instituições públicas e organizações da • Compreensão de contexto. youtube.com/watch?v=NuB5ts9tFHs
principais características. É importante sociedade civil. • Experiência investigativa.
especialmente para aqueles que Mostre ao grupo o infográfico da • Identificação de problemas e proposta O que é a Tecnologia Social?
desconhecem os documentos que página 55, com as etapas do Projeto de solução. Disponível em:
orientam a oferta dos cursos técnicos, de Intervenção Sociocultural. A ideia é • Planejamento e comunicação. http://www.itsbrasil.org.br/conceitos/
tecnológicos e de qualificação que aqui se vivencie a etapa de visita à tecnologia-social
profissional. comunidade, na qual os participantes vão Neste momento, alinhe os
Para consolidar esse entendimento, a campo, fora do espaço da formação. entendimentos e esclareça dúvidas Feita esta conversa, finalize o dia
proponha uma atividade em grupo: Essa visita pode ocorrer em mais de um sobre a natureza e a operacionalização agradecendo a participação de todos e
VAMOS ELABORAR A PÁGINA FICTÍCIA espaço, no mesmo dia. desta unidade curricular. realizando uma breve avaliação coletiva
DE UM CURSO TÉCNICO NO CATÁLOGO Observação importante: antes da data da do encontro. Cada participante deve
NACIONAL DE CURSOS TÉCNICOS? formação, é necessário já ter escolhido expressar, por meio de uma palavra
Sorteie as denominações dos cursos a instituição e alinhado a visita que será ou frase em post-it, o que ficou desta
entre os grupos e indique como modelo feita com o grupo. formação.
para a escrita o Catálogo Nacional de Separados em grupos, os participantes,
Cursos Técnicos. Depois da escrita, os munidos de bloco de notas, saem a campo
grupos apresentam seus cursos em com um roteiro de tarefas (ver Visita à
assembleia. Dê em torno de 5 minutos Comunidade, do item Projeto Intervenção
para cada grupo. Sociocultural, pág. 57).
Relembre que a metodologia desta No retorno da visita de campo, oriente
formação prevê que os participantes os participantes, ainda em grupos, a
vivenciem uma das etapas de cada sistematizarem seus registros em um
unidade curricular. Aqui, os participantes PowerPoint. Eles também podem elaborar
irão conhecer a unidade curricular uma maquete, representando o espaço
Intervenção Sociocultural. físico da comunidade visitada.
114 Manual de Manual de 115
Referência Referência
Encontro 3
Articulação Curricular
12 horas (1 dia e meio)
Ações e produtos esperados
• Refinamento das habilidades técnicas
específicas.
• Reelaboração da matriz curricular.
Estratégias didáticas
Exploração
2 O pensamento complexo O pensamento complexo e descoberta
Para ampliar a reflexão sobre o signi-
ficado do conhecimento, proponha
aos participantes uma atividade. Fazendo
Em grupos, peça que identifiquem observações
Encontrando
uma explicação
Recolhendo
dados
Encontrando
uma solução
(conceitual,
estética,
realizável, etc.)
Revisitando as
concepções
depois de mais
observações
Benefícios Interpretando Feedback
Análise pela
Aprender observações comunidade
e resultados mais
e revisão
por pares e feedback
Resolver Repetindo a
problemas do
Testando investigação
dia a dia ideias
Ter novas
perguntas e
novas ideias
Fonte: https://saberciencia.tecnico.ulisboa.pt/artigos/
fluxograma-da-ciencia.php
118 Manual de Manual de 119
Referência Referência
A ideia é que os participantes identifi- 3 Habilidades e competências do Apresente novamente, com apoio do
quem no processo de criação da artista egresso do ensino médio PowerPoint, a estrutura de escrita de
alguns elementos, como por exemplo: Feita essa discussão inicial, peça aos habilidades. Abra espaço para que os
participantes que retomem o arquivo em participantes esclareçam suas dúvidas.
• A exploração e a descoberta (momento Excel, salvo no Google Drive, com o perfil Depois, peça que continuem a aprimorar
de pesquisa de campo, bibliográfica de egresso, competências e habilidades. a escrita das habilidades correspon-
etc.). Desde o encontro anterior, essa escrita dentes às competências.
• A análise pela comunidade e o vem sendo aprimorada.
feedback (impacto da obra no espaço e Para este exercício, entregue aos grupos
na comunidade). Separe os participantes em grupos. Cada o seguinte instrumento, em folha sulfite
• Os resultados (visibilidade para a Dialogando com as respostas trazidas grupo deve ter professores da formação A4:
questão da degradação do meio pelos participantes, aprofunde a geral, da formação técnica, gestores e
ambiente ou outros). discussão sobre a natureza do conheci- técnicos da secretaria. Documento 12
• A ação de testar ideias (teste de mento. Parta do conceito de pensamento
maquinário, materiais, experimen- complexo, de Edgar Morin:
tações para se atingir o resultado
esperado etc.). “Uma maneira de repensar a realidade Curso:
Feito um primeiro preenchimento retornam ao grupo de origem e são 4 Uma visão do que já foi feito
deste instrumento, proponha a feitos os ajustes necessários.
leitura e os comentários coletivos. Olhando para o percurso vivido até o • A identificação de competências de
Para isso, os instrumentos devem Ao final da atividade, faça um momento, já é possível identificar alguns preparação básica para o mundo do
circular entre os grupos, para alinhamento com a turma, de modo produtos e aprendizagens: trabalho.
que todos colaborem na escrita, que tenham clareza sobre a meto- • A vivência e o estudo de duas
aprimorando-a. Quando já tiverem dologia usada para a escrita de • A escrita do perfil de egresso do curso unidades curriculares que desen-
passado por todos, os instrumentos habilidades. técnico. volvem competências básicas para o
• A escrita das competências específicas mundo do trabalho.
do curso técnico, articuladas com as • A identificação de componentes curri-
competências da formação geral. culares da formação técnica que se
Observação: para esta atividade é necessária uma boa gestão • A escrita de habilidades específicas articulam aos componentes curricu-
do tempo, contando inclusive com a possibilidade da escrita do curso técnico, em sintonia com as lares da formação geral.
apenas parcial da tabela. competências técnicas.
122 Manual de Manual de 123
Referência Referência
Competências para
o mundo do trabalho
Encontro 4
Articulação
Curricular e Projetos
Empreendedores Ações e produtos esperados:
• Sistematização da formação com vistas à
sua multiplicação.
Estratégias didáticas
2 Projetos Empreendedores e o Feita a socialização, pergunte quais 3 A multiplicação de uma ideia ALÉM DA IMPLEMENTAÇÃO DO CURSO,
Novo Ensino Médio seriam os desdobramentos desses Feita a sistematização coletiva, aponte ESTE GRUPO SE VÊ COMO MULTIPLI-
Feita essa categorização, solicite que, produtos e peça que listem os pontos que o trabalho continua após o final CADOR DESSA FORMAÇÃO?
em grupos, os participantes criem dois que precisam ser cuidados, tais como: da formação. Destaque que eles terão
produtos, no formato de infográfico um papel importante para implantar Depois de escutar os participantes,
ou fluxograma. Em um deles, devem • Escrita de ementas. os novos cursos. Para isso, lance a destaque que esta formação buscou
explicar as principais mudanças do • Escrita ou atualização do plano de pergunta: desenvolver um conjunto de competên-
ensino médio e, no outro, os princípios, curso. cias. Convide-os a uma breve avaliação/
objetivos e etapas dos projetos • Pessoas envolvidas nessas ações. reflexão pessoal, enquanto realiza a
empreendedores. • Estimativa de cronograma para que exposição das competências do partici-
o plano de curso seja encaminhado pante da formação:
Depois de realizadas essas produções, ao respectivo Conselho de Educação
os grupos as socializam em assembleia. (municipal ou estadual).
Um representante de cada grupo é • Outras ações para implementar o
o responsável pela apresentação. curso.
C1
Aproveite para comentar as produções, Analisar os marcos legais que Como avaliar esse aprendizado?
indicando pontos de aprimoramento, A ideia é mapear todos os fatores que orientam a elaboração dos
a. Atividade em que se apresenta a linha do tempo
quando for o caso. Valorize a sistema- envolvem a implantação do curso. currículos escolares.
dos marcos legais que orientam a elaboração dos
tização que consolida os aprendizados O participante deve fazê-lo
currículos escolares. Serão feitas perguntas em que
obtidos na formação. a partir de três dimensões:
os participantes tenham que localizar os artigos da
as juventudes, o currículo
lei 13.415 que afetam a Educação Profissional Tecno-
Em seguida, é hora de retomar o arquivo e a aprendizagem baseada
lógica (EPT). E também suas implicações para essa
em Excel, salvo no Google Drive, com no desenvolvimento de
modalidade de ensino médio.
o perfil de egresso, competências e competências e habilidades.
habilidades. Peça que os participantes Isso irá subsidiar a análise b. Comparação dos princípios norteadores do
socializem as matrizes curriculares e a elaboração de matrizes ensino técnico na LDB e nas Diretrizes Curriculares
discutidas com a comunidade escolar curriculares dos cursos Nacionais para a Educação Profissional Técnica de
e validadas em sua versão final. E que técnicos ou 5º Itinerário. Nível Médio (DCNEPT).
mostrem também o mapeamento das
condições essenciais para que o curso
ocorra (infraestrutura, corpo docente,
materiais etc.).
134 Manual de Manual de 135
Referência Referência
C2 C4
Construir competências Como avaliar esse aprendizado? Reconhecer a importância da Como avaliar esse aprendizado?
e habilidades técnicas, interação entre a escola, a
a. Na construção do perfil do egresso. Devem ser a. No planejamento das etapas, na compreensão de
considerando: o perfil do comunidade e o setor produtivo
consideradas as ações laborais relacionadas à formação contexto e na vivência de um Projeto Empreendedor
egresso, as especificidades local como ação educativa.
técnica e profissional específica (validada pelos pares significativo para a região. Devem ser especificados os
do curso técnico e as E promover experiências
da escola e/ou profissionais da rede). objetivos, conteúdos conceituais e situações de ensino.
competências da BNCC. investigativas, propondo,
Tais competências devem b. Na escrita de competências. Devem ser identificados implantando e avaliando b. No planejamento de ações pedagógicas. Devem ser
visar à formação integral e seus aspectos: domínio cognitivo, objeto de conheci- soluções para problemas mapeados os indicadores socioeconômicos, ambientais
integrada dos estudantes. mento ou temática, e contexto ou complemento. Tudo socioculturais, econômicos e culturais da comunidade do entorno da escola.
validado pelos pares da escola e/ou profissionais da rede. ou ambientais. Devem ser c. No desenvolvimento coletivo de um dispositivo,
c. Na produção da mandala que associa as competên- valorizadas a identidade e a método ou técnica para a resolução de um problema
cias e habilidades com os componentes curriculares e diversidade local e regional. real. Problema este que tenha sido observado no
competências técnicas (validada pelos pares da escola). ambiente escolar, na comunidade do entorno ou em
uma atividade empreendedora. A solução deve ser
comunicada de forma criativa.
C3
Analisar matrizes Como avaliar esse aprendizado?
curriculares de cursos
a. Na definição de critérios para analisar matrizes curri-
técnicos ou 5º Itinerário,
culares de cursos técnicos ou 5º Itinerário.
segundo os pressupostos
pedagógicos do Novo b. Na análise de matrizes curriculares de curso técnico
Ensino Médio e da EPT. ou 5º Itinerário, sob a ótica do pensamento complexo.
C5
Estruturar a parte dos currículos Como avaliar esse aprendizado? Após essa apresentação, alinhe o entendi- • Uma atitude flexível frente a novas
técnicos de formação básica mento do grupo a partir da seguinte reflexão: propostas e desafios.
a. Na definição das etapas necessárias para
para o mundo do trabalho em • A busca de parcerias com os setores
elaborar um plano de curso para um Projeto
unidades curriculares centradas O desenvolvimento dessas competências produtivos locais e regionais.
Empreendedor. Deve ser justificada a necessidade
nos eixos estruturantes. A busca que vocês, como multiplicadores, • A aplicação de metodologias que valorizem
de cada uma dessas etapas.
formação geral deve estar estimulem nos participantes da sua o empreendedorismo.
articulada com a formação b. No planejamento das etapas de compreensão de
formação: • O incentivo à pesquisa aplicada, à inovação
técnica do currículo. Os contexto e experiência investigativa. Isso deve ser
• Os trabalhos em cooperação/colaboração. social e científica, à interação com a
estudantes devem ter um papel feito em unidades curriculares empreendedoras
• A utilização de metodologias centradas no comunidade e ao empreendedorismo.
central e ativo no processo que sejam significativas para a região.
estudante.
de formação, assim como c. Na compilação das metodologias de aprendi- • O desenvolvimento e aplicação de um A partir dessa problematização, solicite
oportunidades para refletirem zagem ativa e das ferramentas digitais utilizadas currículo baseado em competências. que os participantes elaborem um plano de
sobre seus projetos de vida. na formação. • O ensino de habilidades requeridas pelo formação de “articulação curricular e projetos
mundo do trabalho no século XXI. empreendedores” para multiplicação.
• A aplicação de ferramentas tecnológicas no
processo educacional (e-learning).
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140 Manual de Manual de 141
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144 Manual de Manual de 145
Referência Referência
ANEXOS
146 Manual de Manual de 147
Referência Referência
ENCONTRO 1 DOCUMENTO 2
ARTICULAÇÃO CURRICULAR
Competências necessárias para um bom NADADOR
DOCUMENTO 1
Determinação
Selecione entre as alternativas abaixo aquelas que melhor respondem,
em teoria, a pergunta: para que serve o ensino médio?
Habilidade
• É uma etapa preparatória para a universidade.
• Consolida e aprofunda as aprendizagens do ensino fundamental.
Conhecimento
• Existe ensino fundamental, médio e superior. Como o próprio nome
diz, ele está no meio, é uma transição, tal como a adolescência é uma
transição da infância para a fase adulta. Foco/disciplina
DOCUMENTO 3 DOCUMENTO 4
Verde: modificadores do verbo ou do complemento do verbo que explicitam o contexto e Conceituar Derivar Construir Categorizar Comunicar Criticar
uma maior especificação da aprendizagem esperada (PARA ou COMO) Definir Diferenciar Demonstrar Classificar Conjugar Decidir
Enunciar Discutir Desenvolver Comparar Construir Estimar
Construir argumentos com base em informações geográficas. Debater e defender Identificar Estimar Dramatizar Criticar Coordenar Escolher
pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversi- Indicar Exemplificar Estruturar Contrastar Criar Julgar
dade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza. Inscrever Explicar Empregar Decompor Deduzir Justificar
Lembrar Expressar Esboçar Debater Desenvolver Medir
Vermelho: verbo que explicita os processos cognitivos envolvidos (DOMÍNIO COGNITIVO) Listar Identificar Interpretar Deduzir Documentar Padronizar
Marcar Inferir Inventariar Descobrir Escrever Selecionar
Azul: complemento do verbo que explicita o tema/ou objetos de conhecimento mobilizados
Mostrar Interpretar Ilustrar Destacar Especificar Taxar
(O QUE...) Nomear Localizar Montar Diagramar Esquematizar Validar
Reconhecer Narrar Operar Diferenciar Erigir Valorar
Verde: modificadores do verbo ou do complemento do verbo que explicitam o contexto e
Recordar Prever Praticar Discriminar Formular Valorizar
uma maior especificação da aprendizagem esperada (PARA ou COMO)
Registrar Predizer Redigir Distinguir Organizar
Relacionar Questionar Solucionar Examinar Planejar
Compreender a historicidade no tempo e no espaço. Relacionar acontecimentos e
Relatar Reafirmar Traçar Experimentar Produzir
processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas
Repetir Recordar Usar Investigar Reconstruir
e culturais. Problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.
Reescrever Utilizar Observar
Vermelho: verbo que explicita os processos cognitivos envolvidos (DOMÍNIO COGNITIVO) Refletir Provar
Relatar Separar
Azul: complemento do verbo que explicita o tema/ou objetos de conhecimento mobilizados Reorganizar Subdividir
DOCUMENTO 5 DOCUMENTO 6
CURSO:
CURSO:
Competência Técnica 1:
Competência Técnica 2:
CURSO:
Competência Técnica 3:
Competência Técnica 4:
Competência Técnica 5:
152 Manual de Manual de 153
Referência Referência
DOCUMENTO 7 DOCUMENTO 8
III - Trabalho assumido como princípio educativo, tendo sua integração com a
ciência,a tecnologia e a cultura como base da proposta político-pedagógica e do
desenvolvimento curricular.
X - Reconhecimento dos sujeitos e suas diversidades, considerando, entre De acordo com Serin (2018)1:
outras, as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades, as pessoas em regime de acolhimento ou internação e em regime de A aprendizagem centrada no estudante está desafiando a centralidade do professor.
privação de liberdade. Permite que os estudantes construam a própria aprendizagem usando suas
experiências e ações. A pedagogia centrada no estudante é baseada em princípios
XI - Reconhecimento das identidades de gênero e étnico-raciais, assim como construtivistas e democráticos. Faz com que os alunos entendam o que aprendem
dos povos indígenas, quilombolas e populações do campo. em na sala de aula. Os jovens são estimulados a desenvolver seu pensamento
XII - Reconhecimento das diversidades das formas de produção, dos processos reflexivo e crítico e o senso de responsabilidade.
de trabalho e das culturas a eles subjacentes, as quais estabelecem novos A aprendizagem centrada no professor, por outro lado, se apoia fortemente na
paradigmas. teoria behaviorista, baseada na ideia de que mudanças de comportamento são
XIII - Autonomia da instituição educacional na concepção, elaboração, execução, causadas por estímulos externos. Em comparação com a sala de aula centrada
avaliação e revisão do seu projeto político-pedagógico, construído como no aluno, na sala de aula tradicional os alunos são passivos e respondem a
instrumento de trabalho da comunidade escolar, respeitadas a legislação e normas estímulos ambientais. O professor tem a autoridade máxima e está no controle do
educacionais, estas Diretrizes Curriculares Nacionais e outras complementares de aprendizado. Por esse motivo, os alunos não têm oportunidades adequadas para
cada sistema de ensino. desenvolver suas habilidades de pensamento e resolução de problemas.
XIV - Flexibilidade na construção de itinerários formativos diversificados e (tradução livre e grifo dos autores do curso)
atualizados, segundo interesses dos sujeitos e possibilidades das instituições
educacionais, nos termos dos respectivos projetos político-pedagógicos.
Prakash Nair (2014)2 define estes paradigmas como:
XV - Identidade dos perfis profissionais de conclusão de curso, que contemplem
conhecimentos, competências e saberes profissionais requeridos pela natureza do Aprendizagem Centrada nos Estudantes:
trabalho, pelo desenvolvimento tecnológico e pelas demandas sociais, econômicas
e ambientais. A aprendizagem centrada no estudante é uma filosofia da educação que se
concentra no estudante como um participante ativo da aprendizagem. Sob esse
XVI - Fortalecimento do regime de colaboração entre os entes federados, paradigma, todo estudante na escola realiza tarefas e o professor se torna um
incluindo, por exemplo, os arranjos de desenvolvimento da educação, visando facilitador. A expressão aprendizagem centrada no estudante pode ser vista
à melhoria dos indicadores educacionais dos territórios em que os cursos e de forma abrangente. Engloba várias práticas de ensino e aprendizagem
programas de Educação Profissional Técnica de Nível Médio forem realizados. conhecidas, incluindo aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem
XVII - Respeito ao princípio constitucional e legal do pluralismo de ideias e de
concepções pedagógicas.
1 SERIN, Hamdi. A comparison of Teacher-Centered and Student-Centered Approachs in
Educational Settings. Disponível em: https://bit.ly/3cFvxkP
2 NAIR, Prakash. Blueprint for Tomorrow: redesign schools for Student-Centered Learning.
Cambridge (Massachusetts): Harvard Education Press, 2014.
156 Manual de Manual de 157
Referência Referência
personalizada e aprendizagem socioemocional. A aprendizagem centrada no Por outro lado, a Encyclopedia of the Sciences of Learning (Enciclopédia das
estudante permite que ele direcione seu aprendizado, maximize o próprio potencial Ciências da Aprendizagem)3, define:
e desenvolva habilidades. Habilidades estas que permitem aplicar conhecimentos
teóricos para resolver problemas da vida real. Aprendizagem centrada no estudante
Esse paradigma de aprendizagem não é uma ideia nova. O movimento de educação A aprendizagem centrada no estudante tem sido definida em circunstâncias nas
progressiva que trouxe a aprendizagem centrada no estudante para as escolas é, quais o indivíduo determina os objetivos e os meios de aprendizagem, ou ambos.
na verdade, uma invenção do final do século XIX. As contribuições de importantes Consequentemente, o indivíduo pode estabelecer objetivos de aprendizagem
teóricos da educação, como John Dewey, Jean Piaget, Lev Vygotsky e Maria com poucos ou nenhum limite externo, como é típico no aprendizado informal
Montessori, influenciaram muito o movimento ao longo do século XX. espontâneo. O indivíduo pode ter acesso apenas a recursos específicos e
definidos para buscar objetivos individuais de aprendizado. Exatamente como
Aprendizagem Centrada no Professor ocorre durante o aprendizado no tempo livre, mesmo em ambientes formais.
Ao longo da história da educação pública, a aprendizagem centrada no professor Nos casos em que os objetivos de aprendizagem são estabelecidos externamente,
tem sido o método dominante empregado pelas escolas. Este modelo pressupõe como na maioria dos ambientes escolares formais, o indivíduo determina como
que, para que os alunos aprendam efetivamente, eles devem ser continuamente eles serão buscados. Em essência, as demandas cognitivas mudam da seleção,
dirigidos por um professor. Essa visão sustenta que o principal objetivo da escola é processamento e codificação mediados externamente, para a antecipação,
ensinar aos alunos uma quantidade predeterminada de material - a maioria contida busca e avaliação da relevância, com base em necessidades individuais e
nos livros didáticos. Quanto mais material os alunos conhecem, mais educados objetivos únicos.
eles são. Os alunos são testados frequentemente para medir até que ponto eles (tradução livre e grifo dos autores do curso)
aprenderam. Parte da premissa de que os alunos começam a escola sabendo
muito pouco – são vasos vazios esperando ser preenchidos. A expectativa é
que as escolas bem-sucedidas, centradas no professor, os encham de informações,
conhecimentos e habilidades no momento em que sua educação é concluída.
Sob esse modelo, o professor é responsável por garantir que todos os alunos
obtenham o mesmo conhecimento fundamental e essencial. Isso independe
de suas diferentes habilidades. As evidências nos mostram que isso é muito
difícil de fazer – principalmente em salas de aula onde há grande diversidade
de competências e aptidões dos alunos. É quase impossível para um adulto
supervisionar constantemente de vinte a trinta alunos, garantindo que cada um
deles receba uma educação personalizada.
DOCUMENTO 10 DOCUMENTO 11
Mandala de correlação de competências, habilidades e componentes Mandala de correlação de competências, habilidades e componentes
curriculares técnicos. curriculares das áreas do conhecimento.
Escola: Escola:
Curso: Curso:
160 Manual de Manual de 161
Referência Referência
DOCUMENTO 12 DOCUMENTO 13
Curso:
Competência nº:
162 Manual de
Referência
DOCUMENTO 14
Recursos Canais
principais
Quanto?
Estrutura de custos Fontes de receita
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Miolo em papel couché
fosco 115g/cm2 e capa em
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