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LAUDO PSICOLÓGICO

1. IDENTIFICAÇÃO:

NOME: JOANA

INTERESSADO: Vara de Infância e Juventude (Poder Judiciário)

FINALIDADE: Perícia psicológica para avaliar a aptidão ou não da requerente para


ingresso no cadastro Nacional de adoção.

AUTOR/RELATOR: Hortêncya Diniz Freitas Felício

CRP: 00/0000

2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA

O laudo foi solicitado pelo Juiz da vara de infância e juventude para perícia
psicológica a fim de avaliar a aptidão ou não da requerente.

3. PROCEDIMENTOS:

No primeiro momento a avaliação foi feita em forma de entrevista psicológica,


em 04 encontros, onde foi verificado: estrutura familiar da requerente,
comportamentos, pensamentos, crenças, medos, inseguranças, preconceitos, se as
expectativas condizem com a realidade, o porque do perfil da criança desejada, o
que pensa sobre maternidade e educação, e qual a motivação verdadeira que levou
a requerente a pleitear a adoção. Foi iniciada a avaliação psicológica, que ocorreu
em uma única sessão, foi averiguado se a provada estava a submeter-se aos
instrumentos psicológicos, uma vez que foi considerada competente para realizá-la.
Iniciou-se a avaliação com aplicação do teste QUATI (versão II) QUATI –
Questionário de Avaliação Tipológica, “que apresenta-se como uma forma de definir
estilos cognitivos e de comportamento individual, classificando semelhanças e

diferenças em determinados grupos”. (ZACHARIAS, 2003, p. 07)¹ .

Esse teste é apresentado em forma de questionário e pretende avaliar a


personalidade através das escolhas situacionais que o sujeito faz. Os resultados
serão fornecidos em um conjunto de códigos (R1,R2 e R3) que definirão a atitude
consciente e as funções mais e menos desenvolvidas (ou inconscientes). No
resultado quantitativo das letras-códigos podemos dizer que quanto mais baixo for o
valor atribuído a uma atitude ou função, menor será a identificação do indivíduo
avaliado com esta atitude ou função, indicando imaturidade, conflito ou adaptação
forçada a um tipo específico.

4. ANÁLISE:

Dessa forma, com base na apreciação dos dados obtidos com a avaliação do
teste QUATI, é prudente afirmar que a examinanda apresentou como resultado E St

In sendo que: Foco da atenção na Extroversão (E): “tendência a orientar-se pelo

que é objetivamente dado, dirige a sua atenção para o mundo externo de fatos,
coisas e pessoas. Aprecia a ação e se expressa melhor falando do que escrevendo,
gosta mais de ouvir do que de ler. Caracteriza-se por certa impulsividade diante do
mundo, precisa experimentar as coisas e situações. Gosta de movimento e
mudanças constantes. [...]”. Com base nas entrevistas psicológicas foram
identificados comportamentos impulsivos da parte da mesma, sempre com discursos
de “provar novas experiências” (sic).

A impulsividade é descrita como uma característica do comportamento


marcada por reações rápidas e não planejadas, em que a avaliação das
consequências não é realizada, ou o é apenas de forma parcial,
focando-se preferencialmente em aspectos imediatos em detrimento das
consequências a longo prazo. (TAVARES, H. ; ALARCAO, G - p.19)²1

1
Zacharias, J. J. M. (2003). Questionário de avaliação tipológica (QUATI) (5a ed.). São Paulo: Vetor.
² TAVARES, H. ; ALARCAO, G. . Psicopatologia da impulsividade. In: Cristiano Nabuco de Abreu;
Hermano Tavares; Táki Athanássios Cordás. (Org.). Manual clínico dos transtornos do controle dos
impulsos. 1 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v. 1, p. 19.
5. CONCLUSÃO

É muito comum nos processos de adoção pacientes que estão sendo


avaliados trazerem esse tipo de resultado, o déficit está na impulsividade. É
necessário que este comportamento seja avaliado com mais rigor, pois, quando
apresentado um comprometimento desta natureza em um processo como esse não
deve ser ignorado.

Dessa maneira, no caso em questão, a impulsividade demonstra ser fator


preponderante para prejuízos e problemas a longo prazo. A impulsividade já
compreendida como um fenômeno dinâmico, ocasiona também em perda de
controle periódico, superando a inibição. (Tavares & Alarcão 2007)

Por isso, considera-se necessário acompanhamento médico e psicológico para a


resolução ou atenuação dos comportamentos desadaptados.

Indicação: acompanhamento psicológico

Encaminhamento: médico psiquiatra

Nome completo da profissional

___________________________________________

Nº da matrícula da discente (Carimbo)

2
TAVARES, H. ; ALARCAO, G. . Psicopatologia da impulsividade. In: Cristiano Nabuco de Abreu;
Hermano Tavares; Táki Athanássios Cordás. (Org.). Manual clínico dos transtornos do controle dos
impulsos. 1 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v. 1, p. 19-36.

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