O escritor brasileiro Luís Fernando Veríssimo disse que “No brasil, o
fundo do poço é apenas uma etapa”. Esse aforismo pode parecer uma piada, mas, infelizmente, é cada vez mais real. Isso se comprova, por exemplo, na constatação de que o Brasil sofre, atualmente, com a evasão escolar. Assim, é verídico afirmar que essa preocupação é consequência de duas “etapas” da precária formação cidadã no país: a incompetência governamental e a negligência familiar. Em primeiro plano, é inaceitável dizer que existe somente uma razão para isso ocorrer. A crise financeira das famílias brasileiras alcançou um nível desesperador, e com o surgimento do Covid-19 e a pandemia, se intensificou mais, tendo como uma das consequências, a diminuição de alunos presentes em aulas. Nesse sentido, pontuamos que com o aumento das dificuldades, diversos estudantes tiveram que deixar o estudo em segundo plano para poderem trabalhar e dar assistência à família. Outrossim, é notório que o governo compactua para que esse problema fique cada vez mais sério. Observa-se que apesar de ter ficado mais preocupante nos últimos dois anos, em 2018, foi indicado que havia mais de dois milhões de adolescentes e crianças fora da escola, e não houve nenhum indício de que estaria sendo feito algo para achar uma saída. Em contrapartida, o descaso familiar também é enorme, muitas famílias por não terem como fornecer estudos aos filhos, optam por não analisar outras possibilidades de dar um futuro consistente. Em síntese, faz-se necessário a adoção de medidas que venham conter a evasão escolar. Dessa forma, cabe ao Ministério da Cidadania e Estudantil, tomar medidas, por meio de leis e financiamentos escolares, a fim de que aja mais opções para que mais pessoas consigam concluir seu ensino escolar. Somente assim, notaremos a diminuição na quantidade de alunos que tiveram que abandonar sua escola, assim, começaríamos a escalar o poço no qual o Brasil vem se afundando cada vez mais, e teríamos mais pessoas colocando em prática a arma mais poderosa para mudar o mundo, a educação, como já dizia Nelson Mandela.