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O que é

O PNHR – Programa Nacional de Habitação Rural  foi criado pelo Governo


Federal no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida, através da Lei
11.977/2009 e com a finalidade de possibilitar ao agricultor familiar,
trabalhador rural e comunidades tradicionais o acesso à moradia digna no
campo, seja construindo uma nova casa ou reformando/ampliando/concluindo
uma existente.

Como funciona
Para fazer parte do programa, o trabalhador rural ou agricultor familiar deve
procurar uma entidade organizadora, que formará grupos de beneficiários
interessados a participarem do Programa junto à Caixa.

Os beneficiários devem preencher alguns pré-requisitos:

 fazer parte de um grupo organizado pela Entidade Organizadora;


 idoneidade cadastral;
 capacidade civil – maioridade ou menor emancipado com 16 anos
completos;
 Comprovação de estado civil;
 CPF regular na Receita Federal;
 Brasileiro ou estrangeiro com visto permanente no País;
 se beneficiários assentados do PNRA, constar na RB entregue pelo
INCRA à EO;
 Comprovar renda familiar bruta anual de até R$ 17.000,00.
 Fazer parte de um grupo organizado pela Entidade Organizadora;
 Idoneidade cadastral;
 Capacidade civil – maioridade ou menor emancipado com 16 anos
completos;
 Comprovação de estado civil;
 CPF regular na Receita Federal;
 Brasileiro ou estrangeiro com visto permanente no País;
 se beneficiários assentados do PNRA, constar na RB entregue pelo
INCRA à EO;
 comprovar renda familiar bruta anual de até R$ 17.000,00.

Se agricultor familiar, atender também, simultaneamente, aos seguintes


requisitos:

  apresentar DAP com até três anos de emissão até a data da contratação
do empreendimento;
  utilizar predominantemente mão de obra da própria família nas
atividades econômicas do seu estabelecimento;
  ter percentual mínimo da renda familiar originada de atividades
econômicas do seu estabelecimento;
  e dirigir seu estabelecimento com sua família.

São Impedimentos do Beneficiário:

  possuir registro no CADIN;


  possuir débitos não regularizados junto à Receita Federal;
  possuir registro no CONRES, relacionada, direta ou indiretamente,
com operações contratadas junto à CAIXA com vício de construção
pendente de solução;
  ser detentor de financiamento imobiliário ativo, no âmbito do SFH, em
qualquer localidade do País;
  ser detentor de área superior a 4 módulos fiscais, quantificadas
segundo a legislação em vigor, exceto os extrativistas, assentados do
INCRA, quilombolas e indígenas;
  ser proprietário, cessionário ou promitente comprador de imóvel
residencial em qualquer localidade do país, exceto o imóvel objeto da
operação no PNHR, no caso de reforma;
  tenham figurado, a qualquer época, como beneficiários de subvenções
habitacionais lastreadas nos recursos orçamentários da União, do FAR,
do FDS ou de descontos habitacionais concedidos com recursos do
FGTS;
  estar enquadrado no Grupo “D” do PRONAF, conforme informado no
extrato da DAP;
  receber renda anual familiar consignada na DAP superior a
R$17.000,00, independentemente do enquadramento (A, A/C, B, C, D
ou V);
  apresentar DAP no Grupo “V” com valor de renda igual a zero;
  ter recebido, a qualquer época, recursos do PNCF para construção da
moradia;
  ser posseiro de boa fé, ocupante de terras particulares há menos de 5
anos.

Apuração de Renda dos Beneficiários

Para que seja apto ao programa, há limites de renda: Para agricultor familiar,
renda familiar máxima de R$ 17.000,00 ao ano, considerado o valor total da
renda rebatida indicada na DAP; Para trabalhador rural, renda familiar
máxima de R$ 17.000,00 ao ano, considerando a renda comprovada por
carteira de trabalho e os três últimos contracheques; ou contrato de trabalho;
ou declaração em papel timbrado do empregador com firma reconhecida em
cartório; ou comprovante de proventos do INSS, se aposentado de caráter
permanente.

Contrapartida dos Beneficiários

Uma vez assinado o contrato, após a conclusão das obras, o beneficiário deve
honrar com uma contrapartida, correspondente a 4% do valor do subsídio
concedido para a construção ou conclusão/reforma/ampliação da unidade
habitacional. O pagamento à Caixa é efetuado por meio de boletos, em quatro
parcelas anuais. É facultado ao(s) Beneficiário(s) o pagamento antecipado das
parcelas, sem incidências de quaisquer descontos.

Entidade Organizadora
Dentre diversas atribuições, a Entidade Organizadora é responsável por
desenvolver atividades de planejamento, elaboração e implementação do
empreendimento, providenciar a regularização da documentação, organização
de grupos, viabilizar a contratação e acompanhar a execução dos projetos.
Previamente à contratação das propostas, a Entidade Organizadora deve ser
habilitada para atuar no PNHR junto ao Ministério das Cidades. Para obter
todas as informações sobre como proceder, ela deve comparecer à
Superintendência Regional ou GIHAB que já possui relacionamento, ou a
unidade mais próxima do empreendimento.

Exigências para a entidade organizadora

  se EO sem fins lucrativos de direito privado, estar habilitada pelo


MCidades;
  apresentar situação cadastral regular;
  legalidade de constituição, dos regimentos, dos estatutos e da
representação jurídica perante a CAIXA;
  aporte da contrapartida complementar necessária à complementação do
VI, se for o caso, conforme subitem 3.7.8;
  apresentar do RT da EO ou ATEC com certidão de registro regular no
CREA/CAU;

Impedimentos da Entidade Organizadora

  possuir fins lucrativos ou distribuir entre seus sócios ou associados,


conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais
resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos,
dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou parcelas do
seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e
que os aplique integralmente na consecução do respectivo objetivo
social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo
patrimonial ou fundo de reserva;
  possuir registro no CONRES, relacionada, direta ou indiretamente,
com operações contratadas junto à CAIXA com vício de construção
pendente de solução;
  possuir registro no CEIS/CNEP;
  possuir registro no SINAD, inadimplente junto à CAIXA;
  possuir registro no CADIN;
  estar inadimplente em suas obrigações em outros instrumentos
celebrados com órgãos ou entidades da Administração Pública Federal;
  Possuir registro no SIJUR, decorrente de ação em que a CAIXA figure
como ré, direta ou indiretamente, relacionada exclusivamente com
operações de crédito concedido pela CAIXA, sendo que a tramitação da
proposta fica condicionada à desistência formal e irreversível da ação,
cessando os efeitos restritivos;
  possuir débitos não regularizados junto à Receita Federal, INSS ou
FGTS;
  possuir obra(s) paralisada(s) ou com atraso de execução superior a 180
(cento e oitenta) dias em operações firmadas no âmbito do PMCMV, na
qualidade de contratante ou interveniente;
  possuir objetos sociais em seus estatutos que não se relacionam com as
características do programa ou que não disponham de condições
técnicas para executar o objeto proposto;
  possuir em seu corpo de dirigentes pessoas que tiveram, nos últimos 05
(cinco) anos, atos julgados irregulares por decisão definitiva do
Tribunal de Contas da União, em decorrência das situações previstas no
art. 16, inciso III, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992.
  ter contratado serviços ou aquisição de materiais com pessoas físicas
ou jurídicas vinculadas, formal ou informalmente, aos membros da
direção da EO ou da CRE.

Proposta/Projeto de intervenção
Na fase III do PMCMV, as propostas devem ser submetidas a um processo de
seleção, com o resultado divulgado pelo Ministério das Cidades no Diário
Oficial da União. Caso a proposta seja devidamente enquadrada de acordo
com os critérios definidos pelo referido Ministério, a documentação do
empreendimento é analisada pela CAIXA para fins de contratação. O ateste de
viabilidade da proposta/projeto de intervenção é emitido observadas as
seguintes exigências:

  Unidades habitacionais com as especificações técnicas mínimas


disponíveis para consulta no endereço eletrônico do MCidades
www.cidades.gov.br, que prevejam possíveis ampliações
  ser constituído no mínimo por: planta baixa, cortes, croquis de
localização, projetos complementares da edificação, especificações,
quantitativos, orçamento e cronograma físico financeiro e, pelo menos,
1 (um) ponto de coordenada geográfica de cada unidade habitacional.
  possuir manifestação de viabilidade jurídico/cadastral, técnica de
engenharia e do trabalho social
  conter os correspondentes RRT ou ART, conforme o caso
  apresentar o mesmo regime de construção para todas as unidades
habitacionais vinculadas ao projeto de intervenção
  apresentar a mesma modalidade de intervenção para todas as UH do
grupo: construção ou reforma/ampliação/conclusão.
  apresentar localização de todas as UH no mesmo município ou em, no
máximo, três municípios limítrofes
  apresentar projetos habitacionais para produção de imóvel residencial
com condições de habitabilidade, salubridade, segurança, acessibilidade
e redução do adensamento excessivo, dotados de infraestrutura básica
ou no mínimo soluções para abastecimento de água, energia e esgoto
sanitário
  considerar as peculiaridades de cada contexto, quando se tratar de
projetos em empreendimentos voltados ao atendimento de comunidades
quilombolas, pescadores artesanais, ribeirinhos, indígenas e demais
comunidades tradicionais, respeitando as tradições, costumes e valores
locais que expressem a diversidade cultural existente e assegurando a
interlocução com os agentes encarregados das políticas públicas
voltadas para esses segmentos populacionais, tais como a FUNAI, os
Centros de Referência do Negro e demais instituições afins
detalhamento técnico da cisterna adotada, caso conste no projeto como
solução de abastecimento de água
  detalhamento técnico da solução de tratamento de efluentes, caso
conste no projeto
  limite de 50 UH por projeto de intervenção, observando o mínimo de 4
UH, com exceção aos assentamentos do PNRA
  apresentar comprovação de origem legal das madeiras nativas
utilizadas nas obras do empreendimento até o final da obra, ou
declaração de não utilização de madeira nativa

Na modalidade de reforma, os projetos devem estar vinculados,


exclusivamente, a razões de: * insegurança, caracterizada por cobertura
inadequada ou problemas na estrutura da edificação * insalubridade,
caracterizada por existência de umidade e mofo no piso e paredes, piso em
terra batida, falta de ventilação, paredes sem vedação ou inexistência de
unidade sanitária domiciliar exclusiva * falta de condições de habitabilidade,
caracterizada pelo alto grau de depreciação da unidade, ausência ou
deficiência das instalações elétricas ou hidráulicas ou de esgotamento
sanitário ou * adensamento excessivo, assim considerado quando há mais de 3
(três) moradores por dormitório, computando-se os cômodos que servem, em
caráter permanente, de dormitório aos moradores do domicílio.

Observação importante: Unidades habitacionais com projetos de madeira é


exclusiva para a região Norte e apenas nas localidades distantes dos centros de
produção de insumos da construção civil e com dificuldades logísticas ou
localizadas em áreas alagadas ou sujeitas a alagamentos periódicos.

Subsídios Concedidos
Os subsídios concedidos para as propostas selecionadas no âmbito do
Programa são:

Regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul


Para construção R$ 34.200,00 e para reforma/ampliação/conclusão
R$20.700,00.

Região Norte

Para construção R$ 36.600,00 e para reforma/ampliação/conclusão R$


22.100,00.

Os beneficiários também recebem subsídios para o pagamento de Assistência


Técnica e Trabalho Social pela Entidade Organizadora:

Assistência Técnica R$1.000,00

Trabalho Social R$700,00

Caso o projeto apresentado tenha valor superior aos subsídios concedidos,


cabe à Entidade Organizadora aportar contrapartida complementar para
viabilizar os serviços descritos no orçamento apresentado.

O valor de avaliação da unidade habitacional após a intervenção (construção


ou reforma/ampliação/conclusão) não pode ultrapassar o valor de R$
65.000,00.

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