Você está na página 1de 14

FACULDADE PITÁGORAS LINHARES

RAQUEL NUNES CASSARO

RESUMO FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL


Formativa 1

LINHARES
2020
RAQUEL NUNES CASSARO

RESUMO FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL


Formativa 1

Trabalho elaborado ao Programa de Graduação da


Faculdade Pitágoras Linhares, como requisito
parcial para obtenção de nota na disciplina de
Fisioterapia Neurofuncional.
Professor: Karina Soares da Silva
Fisioterapia: 6° período

LINHARES
2020
RESUMO FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL

AVALIAÇÃO
 A avaliação é um processo muito importante para registrar e conhecer o
indivíduo, entender os problemas, e a partir disso realizar o diagnóstico e
elaborar o atendimento.
 Existem alguns itens que são indispensáveis na avaliação do paciente
neurológicos: HDA, HF, HPP, queixa do paciente, nível de consciência,
linguagem, equilíbrio, movimentos de tronco, membros, cabeça e face,
coordenação, marcha.

COORDENAÇÃO MOTORA
 A coordenação motora também pode ser chamada de motricidade e tem como
definição a cadência e sequenciamento correto dos disparos musculares
combinados com a intensidade apropriada de contração muscular. Podendo
variar de acordo com a agilidade e velocidade de cada indivíduo.

 Motricidade voluntária:

o Controlada pelo sistema piramidal;


o Manobras deficitárias: paresias pouco acentuadas de lesão piramidal;

 Manobra de Mingazzini:
Paciente em decúbito dorsal, com o quadril fletido a 90° e com
flexão de joelhos a 90°, deve manter a posição por 1 min.
Avalia a força dos músculos flexores do quadril e extensores do
joelho.
 Manobra de Barré:
Paciente em decúbito ventral, com joelhos fletidos a 90°, deve
manter a posição por 1 min.
Avalia a força dos músculos flexores do joelho.

 Manobra de Raimiste:
Paciente em decúbito dorsal, antebraços fletidos a 90°, mãos
estendidas e dedos separados, deve manter a posição por 1
min.
Avalia a força dos músculos flexores de cotovelo.

 Manobra dos braços estendidos:


Paciente em sedestação, com flexão de ombros a 90°,
cotovelos em extensão e antebraços supinados, deve manter
a posição por 1 min.
Avalia a força dos músculos flexores do ombro.

 Manobra do pé:
Paciente em decúbito dorsal, com os tornozelos juntos, deve manter os pés alinhados
por 1 min.
Avalia a força dos músculos rotadores internos do quadril.

o Coordenação de movimentos: dismetria, dissinergia ou diadococinesia;

 Dismetria:
Diminuição da capacidade de julgar a amplitude de movimento.
 Ex.: Index-Index ou Index-nariz.
 Dissinergia:
Diminuição da capacidade de associar os músculos em conjunto visando movimento
complexo.
 Ex.: Manobra de Rechaço - é aplicada uma resistência pelo terapeuta contra
o movimento de flexão de cotovelo do paciente, e após a retirada dessa
resistência, o paciente deve manter a posição.

 Diadococinesia:
Dificuldade em realizar movimentos rápidos e alternados (lesão cerebelar).
 Ex.: Alternar dedo com polegar.

 Motricidade involuntária
Respostas rápidas, automáticas e previsíveis.
 Reflexos profundos:
o Tendinoso tricipital;
o Tendinoso calcanear;
o Tendinoso patelar;
o Tendinoso bicipital.

 Reflexos superficiais: receptores na superfície abdominal


o Cutâneo abdominal;
o Cutâneo plantar.
 Se os dedos estenderem, SINAL DE BABINSKI.

 Motricidade Automática
Controlada pelo sistema extrapiramidal;
São movimentos involuntário, automáticos e de ajustes ou correções de movimentos
voluntário.
o Fala;
o Deglutição;
o Marcha.
EQUILÍBRIO
Habilidade de alinha os segmentos corporais contra a gravidade para manter ou
mover o corpo dentro da base de apoio.
o Acontece de forma involuntária
o É necessária tensão muscular constante;
o É influenciado pelo aparelho vestibular.

 Testes de equilíbrio
 Escala De Equilíbrio De Berg – EEB (pontuação 0-4)
o É uma avaliação funcional do desempenho do equilíbrio, baseada em
14 itens comuns do dia a dia que avaliam o controle postural, incluindo
o estável e o antecipatório e que requerem diferentes forças, equilíbrio
dinâmico e flexibilidade.

1. Sentado para em pé;


2. Em pé sem apoio;
3. Sentado sem apoio;
4. Em pé para sentado;
5. Transferências;
6. Em pé com os olhos fechados;
7. Em pé com os pés juntos;
8. Reclinar à frente com os braços estendidos;
9. Apanhar objeto do chão;
10. Virando-se para olhar para trás;
11. Girando 360 graus;
12. Colocar os pés alternadamente sobre um banco;
13. Em pé com um pé em frente ao outro;
14. Em pé apoiado em um dos pés;
 Timed up and go – TUG

o O paciente é cronometrado enquanto se levanta de uma cadeira,


caminha em uma linha reta de 3 metros de distância em um ritmo
confortável e seguro, vira, caminha de volta e senta-se sobre a cadeira
novamente. Os fundamentos baseiam-se no tempo que o paciente leva
para realizar o teste. Um tempo mais rápido indica um melhor
desempenho funcional, enquanto que um tempo mais baixo indica maior
risco de quedas.

1. Até 10 segundos: Desempenho normal para adultos saudáveis. Baixo risco de


quedas;
2. Entre 11 e 20 segundos: Normal para idosos frágeis ou com debilidade, mas que
se mantêm independentes na maioria das atividades de vida diária. Baixo risco de
quedas;
3. Entre 21 e 29 segundos: Avaliação funcional obrigatória. Indicado abordagem
específica para a prevenção de queda. Risco de quedas moderado;
4. Maior ou igual a 30 segundos: Avaliação funcional obrigatória. Indicado abordagem
específica para a prevenção de queda. Alto risco para quedas.
 Teste de Tinetti – POMA (performance oriented mobility)
1. EQUILÍBRIO SENTADO
0 – se inclina ou desliza na cadeira 1 – inclina-se ligeiramente ou aumenta a distância
das nádegas ao encosto da cadeira 2 – estável, seguro;

2. LEVANTAR –SE
0 – incapaz sem ajuda ou perde o equilíbrio 1 – capaz, mas utiliza os braços para
ajudar ou faz excessiva flexão do tronco ou não consegue à 1ª tentativa 2 – capaz na
1ª tentativa sem usar os braços;

3. EQUILIBRIO IMEDIATO (primeiros 5 segundos)


0 – instável (cambaleante, move os pés, marcadas oscilações do tronco, tenta agarrar
algo para suportar- se) 1 – estável, mas utiliza auxiliar de marcha para suportar-se 2
– estável sem qualquer tipo de ajudas;

4. EQUILIBRIO EM PÉ COM OS PÉS PARALELOS


0 – instável 1 – estável mas alargando a base de sustentação (calcanhares afastados
10 cm) ou recorrendo a auxiliar de marcha para apoio 2 – pés próximos e sem
ajudas;

5. PEQUENOS DESIQUILIBRIOS NA MESMA POSIÇÃO


(sujeito de pé com os pés próximos, o observador empurra-o levemente com a palma
da mão, 3 vezes ao nível do esterno);
0 – começa a cair 1 – vacilante, agarra-se, mas estabiliza 2 – estável;

6. FECHAR OS OLHOS NA MESMA POSIÇÃO


0 – instável 1 – estável

7. VOLTA DE 360( 2 vezes)


0 – instável (agarra – se, vacila) 1 – estável, mas dá passos descontínuos 2 – estável
e passos contínuos;
8. APOIO UNIPODAL (aguenta pelo menos 5 segundos de forma estável)
0 –não consegue ou tenta segurar-se a qualquer objecto 1 – aguenta 5 segundos de
forma estável;

9. SENTAR-SE
0 – pouco seguro ou cai na cadeira ou calcula mal a distância 1 – usa os braços ou
movimento não há;

 Teste de Alcance Funcional – TAF


o O paciente fica em posição ortostática, membros inferiores abduzidos,
descalços, coluna o mais ereta possível, olhar para o horizonte, braços
em flexão de 90° e hemicorpo direito próximo à parede. A partir dessa
posição, solicitar ao paciente esticar-se o máximo possível para frente.
A excursão do braço desde o início até o final é medida por uma fita
métrica fixada na parede do sentido horizontal ao lado do paciente, na
altura do acrômio. Para aferição usa-se a extremidade do terceiro
metacarpo como marcação de partida até o alcance máximo. Os
fundamentos baseiam-se na avaliação do equilíbrio estático. Com a
finalidade de alcançar a distância máxima dirigindo os braços à frente
do corpo, mantendo os pés fixos no chão.

SENSIBILIDADE
 Sensibilidade geral:
o Tato
o Pressão
o Temperatura
o Propriocepção
o Dor
 Sensibilidade específica:
o Audição
o Visão
o Gustação
o Olfação
o Equilíbrio

DISTÚRBIOS SENSORIAIS
Condição em que, tanto o cérebro, quanto o sistema nervoso apresentam dificuldades
para processar estímulos do ambiente e os sentidos.

 Falha na detecção ou na interpretação da entrada sensorial do ambiente ou do


próprio corpo, ou seja, sentir frio ou calor, cansaço, fome e as luzes, os sons e
as atividades simples, pode ser mais desafiador;
 Hipersensibilidade;
 Hiposensibilidade;
 Aversão a alguns alimentos;
 Dificuldade para usar as habilidades motoras finas.

INTEGRAÇÃO SENSORIAL CONSCIENTE E INCONSCIENTE

A integração sensorial é o processo de organização das sensações que recebemos a


todo tempo por meio de nossos sentidos. Esse processo ocorre no cérebro e é
essencial para que possamos nos organizar no tempo e espaço, e realizar todas as
atividades do cotidiano. A integração sensorial possibilita que as diferentes partes do
sistema nervoso trabalhem em conjunto, permitindo que o indivíduo possa interagir
com o seu entorno de forma efetiva.
A abordagem procura explicar a relação entre a habilidade do sistema nervoso central
(S.N.C.) em organizar e processar os estímulos recebidos do ambiente pelos
receptores sensoriais e os comportamentos motores, cognitivos e emocionais
emitidos em resposta à situação geradora.

 Organização cerebral das sensações corporais para um determinado fim;


 É um processo inconsciente que ocorre no cérebro;
 Permite que o indivíduo possa interagir com seu entorno de modo efetivo;
 Alicerce para funções cerebrais sociais e cognitivas mais refinadas como ler e
escrever;
 Sistemas sensoriais: visual, auditivo, gustativos, olfativo, tátil, vestibular e
proprioceptivo.

SISTEMA NERVOSO
É o sistema responsável por transmitir sinais e coordenar ações voluntárias e
involuntárias.
 Neurônio: unidade básica funcional do sistema nervoso.

o Dendritos: recepção;
Recebem os impulsos nervosos de outras células.

o Corpo: metaboliza;
Síntese de neurotransmissores; produção de ATP.

o Cone: filtra;
Filtra os impulsos, permitindo ou não a passagem para o axônio.

o Axônio: conduz;
Conduz o impulso até o terminal do axônio.

o Terminal do axônio: transmissão


Transmite o impulso nervoso para outra célula, podendo ser nervosa, muscular ou
glandular.
 Bainha de mielina:
o Isolamento elétrico do axônio que permite uma condução mais rápida.

 Neurônio motor:

1° neurônio motor: está localizado no córtex cerebral, produz o impulso elétrico que
passa do cérebro para o tronco cerebral e chega na medula espinhal, onde está
localizado o segundo neurônio motor.

2° neurônio motor: está localizado na medula espinhal e da origem aos nervos


periféricos que inervam os músculos.

 Sistema nervoso

 Sistema Nervosos Central


Encéfalo:
o Cérebro: regula o funcionamento de todos os sistemas ao enviar impulsos para
várias estruturas neurais do corpo;
 Telencéfalo: é o centro superior, local do controle motor geral, tomada
de decisões e interpretação sensitiva.
 Diencéfalo: atua modulando o movimento, algumas sensibilidades se
tornam conscientes no diencéfalo, controla a parte autônoma do
sistema nervoso, regulação endócrina e ciclo circadiano.

o Cerebelo: mantém o equilíbrio, coordenação, suaviza os movimentos.

o Tronco Encefálico: contém estruturas que controlam mecanismos básicos da


sobrevivência.
 Mesencéfalo: É responsável pelas funções da visão, audição,
movimento dos olhos e movimento do corpo.

 Ponte: Transmite impulsos nervosos para o cerebelo, serve de


passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula
e ainda participa de algumas atividades do bulbo, interferindo no
controle da respiração.

 Bulbo: Controla as funções autônomas: batimento cardíaco,


respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse,
espirro e o ato de engolir. Nele está localizado o centro
respiratório, muito importante para a regulação do ritmo
respiratório; o centro vasomotor, importante para a regulação da
frequência cardíaca; e o centro do vômito, que controla o ato de
vomitar.

Medula Espinhal: recebe impulsos do cérebro e geram impulsos próprios; origina 31


pares de nervos espinhais que deixam a medula e cursam o corpo.

 Sistema Nervoso Periférico


Sistema Nervoso Voluntário: Atua a partir do conjunto de nervos que chega
aos músculos estriados esqueléticos do corpo, ou seja, aqueles que são responsáveis
por realizar movimentos que estão sob o controle voluntário do indivíduo, como o
movimento de pernas, braços, dedos, tronco e face.
Sistema Nervoso Involuntário: Tem como função ajustar certas atividades do
organismo, a fim de manter a constância do meio interno (homeostase). A rede de
nervos desse sistema regula os órgãos internos, cujo funcionamento
é involuntário. Relaciona-se com o controle da musculatura lisa, de órgãos como os
intestinos, o coração, os rins, além da secreção de algumas glândulas.

Você também pode gostar