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PONTA GROSSA
2018
EDICARLOS ARRUDA DE LARA
PONTA GROSSA
2018
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Ponta Grossa
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Mecânica
Bacharelado em Engenharia Mecânica
TERMO DE APROVAÇÃO
por
RESUMO
ABSTRACT
In this work the microstructural variations and the hardness variations of the AA6351
aluminum alloy were analyzed after being subjected to different heat treatments.
Several combinations of temperature and time were used for the recrystallization,
solubilization and artificial precipitation of samples other than said metal alloy. First,
the chemical composition of the aluminum alloy was determined by the spectroscopy
test. The samples were subjected to tests of Rockwell hardness and Vickers
microhardness as received and after being subjected to the heat treatments. After the
preparation of metallographic techniques the microstructures of the samples could be
observed under an optical microscope. As a result it was determined the Rockwell
hardness and Vickers microhardness as a function of the temperature and the time of
the heat treatments. Thus, it was verified that sample 5 presented the best combination
of heat treatment parameters to potentiate the hardness and microhardness of the
AA6351 aluminum alloy. The results lead to the conclusion that some samples may
have undergone the phenomenon known as super-aging, as a consequence of the
high temperature oscillations of the treatment furnace during the artificial precipitation
stage. The microstructural phenomena associated with precipitation hardening could
not be observed by optical microscopy, most probably because it is a mechanically
worked alloy.
Figura 2:a) Diagrama de fases hipotético para uma liga de composição C0 que pode
ser endurecida por precipitação, b) Gráfico esquemático mostrando os
tratamentos térmicos de solubilização e de precipitação para o processo de
endurecimento por precipitação. .............................................................. 18
Figura 17: Forno Jung tipo Mufla de temperatura máxima 1200ºC. .......................... 42
Figura 27: Porcentagem dos elementos químicos coletados para cada tiro na amostra
de 2” de diâmetro (amostra 1). ................................................................. 54
Figura 28: Porcentagem dos elementos químicos coletados para cada tiro na amostra
de 6” de diâmetro (amostra 2). ................................................................. 56
Figura 35: Micrografia da amostra 4, sem ataque químico e aumento de 200x. ....... 68
Figura 36: Micrografia da amostra 4, sem ataque químico e aumento de 1000x ...... 68
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 12
2. OBJETIVOS ................................................................................................. 14
2.1 OBJETIVOS GERAIS ................................................................................... 14
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 14
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 15
3.1 CARACTERÍSTICAS DO ALUMÍNIO ........................................................... 15
3.2 LIGAS DE ALIMÍNIO .................................................................................... 15
3.2.1 Ligas da série 6000 ...................................................................................... 17
3.2.2 Liga AA6351 ................................................................................................. 17
3.3 TRATAMENTOS TÉRMICOS APLICADOS AS LIGAS DE ALUMÍNIO ........ 20
3.3.1 Tratamento térmico de Solubilização............................................................ 20
3.3.2 Endurecimento por Precipitação ................................................................... 22
3.3.3 Recozimento, Recuperação, recristalização e crescimento de grão ............ 23
3.3.4 Tratamentos Térmicos da liga AA6351 ......................................................... 25
3.4 CARACTERIZAÇÃO DAS LIGAS DE ALUMÍNIO......................................... 26
3.4.1 Ataque Químico ............................................................................................ 27
3.4.2 Microscopia Óptica ....................................................................................... 29
3.4.3 Ensaio de Composição Química .................................................................. 31
3.4.4 Ensaio de Microdureza Vickers (HV) ............................................................ 32
3.4.5 Ensaio de Dureza Rockwell (HR) ................................................................. 34
4. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 36
4.1 CORTE DAS AMOSTRAS ............................................................................ 37
4.1.1 Corte primário ............................................................................................... 37
4.1.2 Corte secundário .......................................................................................... 38
4.2 ENSAIO DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA ........................................................ 39
4.3 TRATAMENTOS TÉRMICOS ....................................................................... 41
4.3.1 Tratamento Térmico da amostra 3................................................................ 42
4.3.2 Tratamento Térmico da amostra 4................................................................ 43
4.3.3 Tratamento térmico da amostra 5 ................................................................. 43
4.3.4 Tratamento Térmico da amostra 6................................................................ 44
4.4 PREPARAÇÃO METALOGRÁFICA ............................................................. 44
4.4.1 Embutimento das amostras .......................................................................... 45
4.4.2 Lixamento ..................................................................................................... 46
4.4.3 Polimento com Suspensão de Diamante ...................................................... 46
4.4.4 Polimento Vibratório ..................................................................................... 47
4.4.5 Ataque Químico ............................................................................................ 48
4.5 MICROGRAFIAS .......................................................................................... 48
4.5.1 Micrografias das amostras como recebido e depois dos T. Térmicos .......... 49
4.6 ENSAIO DE MICRODUREZA VICKERS ...................................................... 50
4.6.1 Ensaio de Microdureza Vickers das amostras do material como recebido ... 51
4.6.2 Ensaio de Microdureza Vickers das amostras após T. Térmicos ................. 51
4.7 ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL ............................................................. 51
4.7.1 Ensaio de Dureza Rockwell das amostras do material como recebido ........ 52
4.7.2 Ensaio de Dureza Rockwell das amostras após os T. Térmicos .................. 53
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 54
5.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS AMOSTRAS 1 E 2 ...................................... 54
5.2 MICRODUREZA VICKERS .......................................................................... 56
5.2.1 Microdureza Vickers das amostras como recebido (amostras 1 e 2) ........... 56
5.2.2 Microdureza Vickers após Tratamentos Térmicos ........................................ 57
5.3 DUREZA ROCKWELL .................................................................................. 60
5.3.1 Dureza Rockwell das amostras como recebido (amostras 1 e 2) ................. 60
5.3.2 Dureza Rockwell após os Tratamentos Térmicos ........................................ 60
5.4 MICROGRAFIAS DAS AMOSTRAS............................................................. 65
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 71
12
1. INTRODUÇÃO
Produto %
Embalagens para alimentos e medicamentos 34
Indústria automobilística e de transportes 21
Construção civil 17
Cabos e componentes elétricos 9
Bens duráveis 8
Indústria de equipamentos e maquinaria 7
Outros 4
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A maior parte dos materiais quando em situação de serviço, estão sob ação
de forças ou cargas. Exemplos dessa situação incluem a liga de alumínio usada na
fabricação de asas de aviões e o aço do eixo de uma roda de automóvel. Nessas
situações é preciso conhecer as características dos materiais e projetar o elemento
estrutural do qual ele é feito de maneira que qualquer possível deformação não seja
excessiva e consequentemente não ocorra a fratura do material (BRITO; QUEIROGA;
MACEDO, 2014).
A liga AA6351 faz parte de uma alta fração de ligas extrudadas, produzidas
para fins comerciais. Estas ligas oferecem vantagens adicionais como boa
soldabilidade, resistência à corrosão, alta resistência mecânica e boa
conformabilidade, além das outras propriedades comuns das ligas de alumínio.
18
Liga Mg Mn Si Fe Zn Cu Ti
AA6351 0,4-0,8 0,4-0,8 0,7-1,3 0,5 0,2 0,1 0,2
Como se sabe, umas das grandes vantagens das ligas de alumínio em relação
a outras ligas metálicas, é apresentar uma baixa densidade. A tabela 5 a seguir
apresenta os valores de densidade para a liga AA6351, propriedade física essa
considerada a sua mais importante.
Figura 2:a) Diagrama de fases hipotético para uma liga de composição C0 que pode ser
endurecida por precipitação, b) Gráfico esquemático mostrando os tratamentos térmicos de
solubilização e de precipitação para o processo de endurecimento por precipitação.
(a) (b)
Depois de lixada e polida a amostra deve estar limpa e seca, para isso usa-
se líquidos de baixa ebulição como o álcool. Para a secagem da amostra utiliza-se
jato de ar quente (ROHDE, 2010). A figura 5 mostra a maneira correta de secar uma
amostra antes de submeter ao ataque.
Esta técnica foi utilizada pela primeira vez em 1925 por Smith e Sandland, e
recebeu seu nome em homenagem a empresa que fabricou as máquinas mais
conhecidas para operar essa técnica. Estas contêm um perfurador de diamante de
base quadrada com um ângulo de 136º entre as faces opostas, como mostrado na
figura 9a.
136
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 2𝑄𝑠𝑒𝑛( ) 1,8544𝑄
2
HV= á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑝𝑖𝑟𝑎𝑚𝑖𝑑𝑎𝑙 = = equação (1)
𝑑² 𝑑²
Onde:
A medida da área deve ser precisa e para tanto, um microscópio com precisão
de 1 μm é acoplado a máquina a fim de determinar com exatidão as medidas das
diagonais (d), (SOUZA, 1982).
- Escala contínua;
4. MATERIAIS E MÉTODOS
- Laboratório de Usinagem;
- Laboratório de Fundição.
Foram cortadas inicialmente duas amostras, uma de cada barra, para que se
tornasse possível uma análise no espectrômetro a fim de inicialmente determinar a
composição química de ambas e suas respectivas porcentagens de elementos.
pode ser observado na figura 14. O mesmo possui alta performance analítica através
do PDA (Pulse Height Distribution Analysis).
Neste caso, como não havia certeza da composição química das amostras,
utilizou-se um espectrômetro de emissão óptica, com o objetivo de determinar as
mesmas.
esse período o forno foi desligado e esperado o tempo necessário para abertura do
mesmo (cerca de 15 minutos). A mesma foi mantida no forno até atingir o equilíbrio
térmico com o ambiente. Esse processo durou aproximadamente 12 horas.
4.4.2 Lixamento
4.5 MICROGRAFIAS
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 27: Porcentagem dos elementos químicos coletados para cada marcação na
amostra de 2” de diâmetro (amostra 1).
Figura 28: Porcentagem dos elementos químicos coletados para cada marcação na
amostra de 6” de diâmetro (amostra 2).
2” 6” Unidade
118 114 HV
115 114 HV
113 119 HV
114 111 HV
120 117 HV
113 108 HV
114 110 HV
112 107 HV
115 110 HV
115 109 HV
Média Média
115 112 HV
Valor Unidade
35,4 HV
37,2 HV
38,3 HV
36,6 HV
36,6 HV
42,3 HV
38,8 HV
39,2 HV
40,3 HV
35,7 HV
Média
38,1 HV
Valor Unidade
74,6 HV
77,5 HV
70,9 HV
70,1 HV
76,0 HV
76,0 HV
76,9 HV
79,5 HV
74,1 HV
78,6 HV
Média
74,4 HV
Valor Unidade
94,7 HV
96,3 HV
96,6 HV
103 HV
102 HV
100 HV
102 HV
101 HV
96,7 HV
98,2 HV
Média
99,1 HV
Valor Unidade
90,9 HV
78,0 HV
81,0 HV
79,4 HV
83,2 HV
85,2 HV
88,8 HV
90,0 HV
88,2 HV
82,8 HV
Média
84,8 HV
Valor Unidade
4,0 HRB
3,5 HRB
3,0 HRB
3,5 HRB
4,0 HRB
Média
3,6 HRB
Valor Unidade
47,0 HRB
47,0 HRB
47,0 HRB
47,5 HRB
47,0 HRB
Média
47,1 HRB
divergentes aos de Matweb (2017), já que para tratar uma liga da série 7000 utiliza-
se temperaturas maiores do que para uma liga da série 6000.
Os resultados de dureza Rockwell fornecidos pela tabela 21, para a amostra
4 (média de 47,1 HRB), se mostraram abaixo do esperado, quando tomados como
referência o valor da tabela 6 (60HRB). Esse fato pode ser explicado pela utilização
de temperatura e tempo de solubilização e precipitação, diferentes dos fornecidos na
tabela 9.
Durante os tratamentos térmicos da amostra 4 o forno apresentou oscilações
de temperatura. O tratamento de precipitação apresentou uma oscilação máxima de
10% por um período aproximado de 25 minutos.
Os valores elevados de temperatura de solubilização e precipitação, aliados
as oscilações de temperatura de precipitação artificial podem ter favorecido a um
superenvelhecimento da amostra 4.
Os resultados do ensaio de dureza Rockwell da amostra 5 pode ser
visualizado na tabela 22.
Valor Unidade
54,0 HRB
53,5 HRB
54,0 HRB
53,5 HRB
54,0 HRB
Média
53,8 HRB
Valor Unidade
53,5 HRB
53,5 HRB
53,5 HRB
53,5 HRB
53,5 HRB
Média
53,5 HRB
Figura 35: Micrografia da amostra 4, sem ataque químico e com ampliação de 200x.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALVES, Gianni Ferreira; VIEIRA, Estéfano Aparecido and OLIVEIRA, José Roberto
de. Influência do tempo e deformação na microestrutura de ligas de alumínio reciclado
condicionadas para tixoconformação. Rem: Rev. Esc. Minas [online]. 2012, vol.65, n.1,
pp.107-112. ISSN 0370-4467. http://dx.doi.org/10.1590/S0370-44672012000100015.
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM A751 - 11: Standard
test methods, practices, and terminology for chemical analysis of steel products. ASTM
International.
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM A751 - 11: Standard
test methods, practices, and terminology for chemical analysis of steel products. ASTM
International.
BRESCIANI FILHO, ETTORE. Seleção de materiais não ferrosos. 2. ed. São Paulo:
Editora da Unicamp, 1997.
72
GARCIA, Amauri; SPIM, Jaime Alvares; SANTOS, Carlos Alexandre dos. Ensaios
dos Materiais. Rio de Janeiro: Ltc, 2008. 247 p. p. 64-78.
SOUZA, S.A. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos, Ed. Edgar Blücher Ltda.,
1982 p 111-127.
VIANA, Carlos Sérgio da Costa. Seleção dos Materiais: Alumínio e suas ligas. 2009.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAUZkAF/aluminio-suas-
ligas>. Acesso em: 15 mar. 2017.