1 INTRODUÇÃO
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momento são considerados problemas de saúde pública, pois em 2019 no Brasil foram
registrados 17.995 óbitos neonatais possíveis de serem evitados pelo cuidado pré e pós-natal
adequado, destes, 792 ocorreram no RS (SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE
MORTALIDADE. PAINEL DE MONITORAMENTO DA MORTALIDADE INFANTIL E
FETAL). Dados importantes para elucidar que a redução da mortalidade infantil é mais
abrangente do que somente a assistência a saúde neonatal e infantil (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2014).
No que se refere as mulheres que residem na zona rural, a assistência a saúde prevista
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) se torna deficitária (FERNANDES, 2019), por motivos
diversos, que vão desde a dificuldade de deslocamento e centralização dos serviços até o
suporte ineficiente da Etratégias de Saúde da Família (ESF) localizada em zona rural
(GIARDI, et al., 2017; FERNANDES, 2019).
É necessário admitir o cuidado multiprofissional pré-natal, como fator que influencia
fortemente no crescimento e desenvolvimento infantil, e assim promover ações efetivas para
que as mulheres tenham assistência integrada, contínua com qualidade e equidade
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
Compreeendendo a relevância do pré-natal e a repercursão positiva do
acompanhamento preventivo na morbimortalidade materna e infantil. Assumindo também a
importância dos gestores e profissionais identificarem e adequarem os déficits no atendimento
pré-natal, reduzindo as barreiras e facilitando o acesso a saúde e informações de qualidade
(DOMINGUES, et al., 2015), justifica-se a necessidade de pesquisar a qualidade desse
serviço para populações com acesso limitado a saúde, como as mulheres no contexto de
ruralidade.
Diante do exposto, esse estudo tranversal busco identificar: Qual é o nível de
assistência a saúde materno infantil, disponibilizadas por meio de atendimento e orientações,
pelas ESFs rurais?
O objetivo dessa pesquisa é identificar os problemas que permeiam o acesso à
informação e aos serviços de saúde pré e pós-natal, pelas mulheres assistidas pelas ESF das
zonas rurais, da região de saúde da região 20 Rota da produção, assim como verificar qual a
dificuldade que os profissionais encontram na assistência a esse público, possibilitando uma
análise da prestação de serviços a saúde da mulher nessas unidades, a fim de estimular o
desenvolvimento de políticas públicas ou de melhorias a educação e atendimento pré-natal
das ESF direcionados a gestantes da zona rural.
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2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
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2.1 Assistência primária na gravidez
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cuidados pré-natal (GOMES, et al., 2019).
Um estudo nacional realizado com 23.894 mulheres, avaliou a qualidade do pré-natal
segundo os critérios do Ministério da Saúde e apenas 21,6% das participantes, tiveram o
acompanhamento adequado, houveram disparidades nas consultas pré-natal no país, fatores
como a baixa escolaridade, classe econômica mais baixa, gestação multípara e sem
companheiro retardaram o acesso ao atendimento, reduzindo o número de consultas e exames
(DOMINGUES, et al., 2015). Corraborando com esses dados, Tomasi, et al., (2017)
determinaram que apenas 60% das gestantes brasileiras estudadas, receberam atendimento e
informações adequadas no pré-natal, com carências de orientação sobre aleitamento materno,
cuidados ao recém nascido e preparo para o parto, além disso, 39,7% das orientações
fornecidas estavam inadequadas.
Reforçando essa dificuldade de acesso a informações a pesquisa realizada com 3.111
puérperas constatou que houve falha nas informações prestadas a população estudada,
destacou ainda, que nos casos em que o atendimento foi realizado de forma satisfatória como
preconizado pelo ministério da saúde, foi realizado o atendimento multiprofissional,
beneficiados da formação e conhecimentos distintos que permitem o complemento e formação
integral do atendimento pré-natal (MARQUES, et al., 2021).
3 METODOLOGIA
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b) Qual o tipo de dificuldade elas relatam?
O tempo estimado para a pesquisa é de, aproximadamente, 40 minutos para
cada participante. Os dados serão tabulados e analisados com auxílio dos programas
Excel 2016 e SPSS 22.0. Os resultados serão expressos em tabelas em forma de
percentual, média e desvio padrão.
4 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Estimo que a pesquisa levará em torno de 15 meses para ser realizada, ser realizada.
Com aplicação e inclusão das atividades descritas na tabela 1.
5 ORÇAMENTO
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O custeio dos materiais de consumo, alimentação, hospedagem e telefone,
serão custeados pela pesquisadora. A fonte de recurso do combustível seria avaliada
conforme acordo entre secretárias da saúde dos municípios contemplados com a
pesquisa, a instituição de ensino e a mestranda.
REFERÊNCIAS
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maternal characteristics in Brazil. Revista Panamericana de Salud Pública. v. 37, n.3,
p.140-147. Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/rpsp/2015.v37n3/140-147/pt/>
Acesso em: 10 de Ago. 2021
FERNANDES, Noêmia Fernanda Santos et al. Acesso ao exame citológico do colo do útero
em região de saúde: mulheres invisíveis e corpos vulneráveis. Cadernos de Saúde Pública,
v. 35, p. e00234618, 2019. Disponível em: <
https://www.scielosp.org/article/csp/2019.v35n10/e00234618/pt/> Acesso em: 10 de Ago.
2021.
GOMES, Celma Barros de Araújo et al. Prenatal nursing consultation: Narratives of pregnant
women and nurses. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 28, 2019. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/tce/a/3pLDtXNvjLGJWdFFHM3FQbv/?lang=en> Acesso em: 10 de
Ago. 2021 Acesso em: 10 de Ago. 2021
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Região 20 - Rota da Produção, Período: 2010. Disponível em:
<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/censo/cnv/alfrs.def>. Acesso em: 10 de Ago.
2021.
PARREIRA, Bibiane Dias Miranda et al. Sintomas de ansiedade entre mulheres rurais e
fatores associadosa. Escola Anna Nery, v. 25, 2021. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/ean/a/FYWhctYJymBLc4gBTr89Tnv/abstract/?lang=pt> Acesso em:
10 de Ago. 2021.
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indicadores e desigualdades sociais. Caderno de Saúde Pública. v. 33, n. 3. 2017.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00195815 PMid:28380149> Acesso
em:; 10 de Ago. 2021
UNITED NATIONS. The Millennium Development Goals Report 2015. New York: United
Nations; 2015. Disponível em:
<https://www.un.org/millenniumgoals/2015_MDG_Report/pdf/MDG%202015%20rev
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