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Capitanias hereditárias
As capitanias foram implantadas entre
1534 e 1536. Eram 15 faixas de terra
horizontais e paralelas no sentido leste-oeste
doadas a 12 nobres portugueses que passaram
a ser conhecidos como capitães donatários;
alguns nobres receberam mais de uma
capitania. Eles não podiam vender as terras
recebidas, apenas explorá-las. Entre os direitos
e as atribuições a eles confiados estavam
fundar vilas, distribuir lotes de terras –
chamados de sesmarias –, nomear
funcionários para gerir a Justiça, cobrar
impostos dos colonos e escravizar indígenas na
área sob sua responsabilidade.
O governo-geral
Para o governo português, as capitanias hereditárias revelaram-se
um fracasso quase completo, pois sua colônia na América contribuía com
menos de 3% da renda do país. Além disso, com a divisão do território
colonial em capitanias, o poder administrativo ficou dividido entre vários
donatários. Como muitos não chegaram a tomar posse, diversas regiões
ficaram sem o controle de Portugal. Por isso, em 1548, o governo português
decidiu centralizar a administração da colônia por meio de um governo-
geral.
O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, que chegou à colônia em 1549. Com ele vieram cerca de
mil pessoas, entre funcionários públicos, soldados, degredados (nesse contexto, pessoa condenada por crimes em
Portugal obrigada a viver nas colônias) e religiosos. Tomé de Sousa instalou-se com sua comitiva na capitania da
Bahia de Todos os Santos, onde iniciou a construção da cidade de Salvador, que se tornou a primeira capital da
colônia.