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Desempenho e Patologia das Edificações

(curso de curta duração)

Outubro de 2021

Prof. Dr. Cláudio Mitidieri


Prof. Dr. Ercio Thomaz

10/21/2021 www.aea.com.br 1

Desempenho e Patologia das Edificações


Outubro de 2021
Cláudio Mitidieri e Ercio Thomaz

Desempenho de edificações e aspectos de durabilidade


Conceitos de desempenho e avaliação de desempenho; durabilidade e vida
útil; aspectos de estanqueidade à água; interfaces com o usuário, no que se
refere ao uso e à manutenção (olhar para projeto, especificações e
execução)

Fissuras em edificações
Conceitos gerais e fissuras em estruturas de concreto armado, alvenarias e
acabamentos

Habitabilidade e segurança ao fogo


Evolução na revisão da norma de desempenho e desafios.

Patologias do concreto
Patologias das estruturas de concreto – materiais, projeto, execução etc.

10/21/2021 www.aea.com.br 2

Desempenho e Patologia das Edificações


(curso de curta duração)
DURABILIDADE = DESEMPENHO AO LONGO DO TEMPO

PATOLOGIA ≠ DESEMPENHO

Falta de estanqueidade à água


(Perda ou comprometimento do desempenho que pode
gerar problemas patológicos)

Cláudio Mitidieri

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Desempenho ao longo do tempo – custo total
Parâmetros de projeto, de escolha e especificação de
produtos e sistemas construtivos
NBR 15.575 – Edificações habitacionais: desempenho

- PRODUTIVIDADE (Quanto em que tempo?);


- CUSTO INICIAL (Quanto para produzir?);
- PRAZO DE OBRA (Produção)

- DESEMPENHO (ABNT NBR 15575); NORMAS


BRASILEIRAS; SiNAT (inovações e
convencionais); Certificação e qualificação
- PRAZOS (elaboração do projeto e
planejamento executivo da obra; execução; uso)
- CUSTO AO LONGO DO TEMPO (inicial +
operação + manutenção)
Cláudio Mitidieri

PRODUTIVIDADE
Planejamento - definição e redução do ciclo de produção
(redução de custos iniciais)
Fôrma tipo parede/ Montagem de fôrmas do
Fachadas, passarelas tipo

Produtor

Concretagem Ciclo de fôrmas parede e


laje do tipo

Consumidor

Redução dos custos ao longo do tempo (operação e manutenção)


Obra econômica  Obra barata (custos ao longo da VUP) Logo da
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Cláudio Mitidieri palestrante

Custos ao longo da VUP

1 – Custos da Assistência Técnica pós entrega da obra


2 – Custos de manutenção

Assistência Técnica
Custo médio anual por reclamação em 7 empreendimentos
(edifícios habitacionais)

Custos 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano


Reclamações Empreendimento 4 a 10 1.915 779 174 50 21
Custo incorrido em R$ (base dez/2011) 459.288 637.140 342.337 232.290 30.982
Custo incorrido em R$ (base dez / 2011) /
240 818 1.967 4.646 1.475
Reclamação
Fonte: Cavalcanti, Guilherme C. B. (2013)

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Custos ao longo da VUP – Importância do Planejamento e do Projeto
Custos totais do empreendimento, manutenção e utilidades para 20
anos de VUP e depreciação (Hospital em São Paulo)
Fonte: Almeida, L. F., Dissertação de mestrado IPT – Habitação, 2008
Dados da Superintendência do Hospital , São Paulo, 2007

DESCRIÇÃO VALOR R$ %
Milhões
Custo Total Inicial
(planejamento, projetos, obras civis, 140,0 30,2
instalações etc.)
Custo Previsto de Manutenção por 20 anos 156,0 33,6

Custo Previsto de Utilidades / Operação


por 20 anos 168,0 36,2

Custos Totais estimados da Edificação para


uma VUP de 20 anos 464,0 100%

Cláudio Mitidieri

Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade


Vida Útil – VU
Período de tempo em que a edificação
e seus sistemas se prestam às
atividades para as quais foram
projetados e construídos, com
atendimento dos níveis de
desempenho previstos.

Vida Útil de Projeto – VUP


Período estimado de tempo para o
qual o sistema é projetado a fim de
atender aos critérios de desempenho,
considerando o atendimento aos
requisitos das normas aplicáveis, o
estágio do conhecimento no momento
do projeto e supondo o atendimento
da periodicidade e correta execução
dos procedimentos de manutenção
especificados no respectivo Manual de
Uso, Operação e Manutenção.
(a VUP não pode ser confundida com
vida útil, durabilidade, prazo de garantia
legal ou contratual)
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VUP → Estudo de carbonatação em laboratório (influência


do tipo de cimento e da relação a/c na carbonatação)

Cláudio Mitidieri, Ercio Thomaz e Paulo Helene, Artigo publicado no REIBRAC 1997

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: 2013 Durabilidade
Vida Útil de Projeto Mínima e Superior
item 4.2.1 Critério – VUP – O projeto deve especificar o valor
teórico para a VUP.
Casos não previstos - Parte 1 – Anexo C (informativo)
Sistema VUP minima VUP superior
Estrutura 50 ≥ 75
Pisos internos 13 ≥ 20
Fachadas (SVVE) 40 ≥ 60
Paredes internas (SVVI) 20 ≥ 30
Cobertura 20 ≥ 30
Hidrossanitário 20 ≥ 30
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DETERMINAÇÃO DA VIDA ÚTIL MÍNIMA Cláudio Mitidieri

(metodologia da NBR 15575:2013 incorpora três conceitos fundamentais)

• Efeito da falha no desempenho do elemento;


• Maior facilidade ou dificuldade de manutenção
e reparação em caso de falha no desempenho;
• Custo de correção da falha, incluindo custos de
correção de outros elementos afetados
(impermeabilização, por exemplo, e os
revestimentos do piso)
Metodologia NBR 15575, com base na BS 7453 – Guide to durability of buildings
elements, products and components.

Cláudio Mitidieri

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Cláudio Mitidieri
DETERMINAÇÃO DA VIDA ÚTIL MÍNIMA (2013)
C1: Efeito das falhas no desempenho

Categoria Efeito no desempenho Exemplos típicos


A Perigo à vida (ou de ser ferido) Colapso da estrutura
B Risco de ser ferido Degrau de escada quebrado
C Perigo à saúde Séria penetração de umidade
D Interrupção do uso do edifício Ruptura de coletor de esgoto
E Comprometer a segurança de uso Quebra de fechadura de porta
F Sem problemas excepcionais Substituição de uma telha
NOTA: Falhas individuais podem ser enquadradas em duas ou mais categorias

Cláudio Mitidieri

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Cláudio Mitidieri
DETERMINAÇÃO DA VIDA ÚTIL MÍNIMA (2013)
C2: Categoria de vida útil de projeto para partes do edifícios

Categoria Descrição Vida útil Exemplos


1 Substituível Vida útil mais curta que o edifício, Revestimentos
sendo sua substituição fácil e de pisos, louças e
prevista em projeto metais sanitários
2 Manutenível Duráveis, porém necessitam de Revestimentos
manutenção periódica e são de fachadas;
passíveis de substituição ao longo janelas
da vida útil do edifício
3 Não Devem ter a mesma vida útil do Fundações e
Manutenível edifício por não possibilitarem muitos
manutenção elementos
estruturais

Cláudio Mitidieri

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DETERMINAÇÃO DA VIDA ÚTIL MÍNIMA (2013)


Cláudio Mitidieri
C3: Custo de manutenção e reposição ao longo da vida útil

Categoria Descrição Exemplos


A Baixo custo de manutenção Vazamento em metais
sanitários
B Médio custo de manutenção ou reparação Pintura de revestimos
internos
C Médio ou alto custo de manutenção ou reparação Pintura de fachadas,
Custo de reposição (do elemento ou sistema) portas, pisos internos,
equivalente ao custo inicial telhados
D Alto custo de manutenção ou reparação Troca integral da
Custo de reposição superior ao custo inicial impermeabilização de
Comprometimento da durabilidade afeta outras piscinas
partes do edifício
E Alto custo de manutenção ou reparação Troca integral dos
Custo de reposição muito superior ao custo inicial revestimentos de fachada e
estrutura de telhados

Cláudio Mitidieri

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Cláudio Mitidieri
DETERMINAÇÃO DA VIDA ÚTIL MÍNIMA (2013)
C4: Critérios para o estabelecimento da VUP das partes do edifício

Valor sugerido de VUP para os Efeito da falha Categoria Categoria de


sistemas, elementos e compon. (C1) de VUP (C2) custos
(C3)
Entre 5% e 8% da VUP da estrutura* F 1 A
Entre 8% e 15% da VUP da estrutura* F 1 B
Entre 15% e 25% da VUP da estrutura E, F 1 C
Entre 25% e 40% da VUP da estrutura D, E, F 2 D
Entre 40% e 80% da VUP da estrutura Qualquer 2 D, E
Igual à 100% da VUP da estrutura Qualquer 3 qualquer

* Aplicáveis somente a componentes

Cláudio Mitidieri

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1 (2013): Durabilidade
Os prazos de vida útil iniciam-se na data de conclusão da edificação
habitacional, a qual, para efeitos da NBR 15575, é a data de expedição do Auto
de Conclusão da Edificação, “Habite-se” ou outro documento legal que ateste
a conclusão das obras.
A norma ainda esclarece que:
• A avaliação da Vida Útil de Projeto VUP de qualquer um dos sistemas ou do
edifício pode ser substituída pela garantia do desempenho por uma terceira
parte (companhia de seguros);
• Decorridos 50% dos prazos da VUP apresentados na Tabela anterior, desde
que não exista histórico de necessidade de intervenções significativas,
considera-se atendido o requisito de VUP, salvo prova objetiva em
contrário. Como “intervenções significativas”, a título de exemplo,
consideram-se aquelas enquadradas na categoria D ou E da Tabela C.3 da
NBR 15575-1 (custo de reposição superior ao custo inicial,
comprometimento da durabilidade afeta outras partes do edifício, etc);
• Os prazos de Vida Útil de Projeto também podem ser comprovados por
verificações de atendimento das normas nacionais prescritivas na data do
projeto, bem como constatações em obra do atendimento integral do
projeto pela construtora. Cláudio Mitidieri

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1:2013 Durabilidade

Os projetos da edificação devem ser desenvolvidos considerando todas


as características do entorno:
• Urbanísticas (rede viária, proximidade de ferrovias ou aeroportos etc);
• Geomorfológicas (topografia, formação do solo e do subsolo, posição
do lençol freático);
• Ambientais (regiões litorâneas, poluição do solo e do ar, terrenos com
passivo ambiental);
• Climáticas (regime de chuvas e de ventos, temperaturas, umidade
relativa do ar, níveis de radiação solar, etc).
Com base nessas características, nos recursos locais (materiais,
equipamentos e mão de obra), no cronograma físico-financeiro e na VUP
prevista para a obra é que deverão ser definidas as tecnologias,
especificados os materiais e processos construtivos, a concatenação
entre disciplinas e etapas construtivas, os detalhes construtivos
necessários.
Considerando inclusive as facilidades necessárias à correta manutenção
da edificação ao longo do tempo, e eventualmente até o balizamento para
descontrução e/ou reaproveitamento ao fim do ciclo de vida, o projeto é
instrumento fundamental para repercutir no atendimento ou não aos
critérios de desempenho estabelecidos na NBR 15575, dentre eles a vida
útil da edificação.
Cláudio Mitidieri

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1:2013 Durabilidade


A NBR 15575 recomenda que o estabelecimento da VUP e a análise
de projetos visando avaliar o potencial atendimento à VUP
planejada, sejam realizados utilizando-se a metodologia proposta
pelas normas ISO 15686-1 a 15686-11, que complementarmente
relaciona vasta bibliografia especializada.
Para a estimativa da VUP, a norma ISO 15686 prevê a possibilidade
de se recorrer a modelos estocásticos, ensaios acelerados, campos
de envelhecimento natural, comparações com materiais ou
sistemas sucedâneos e até mesmo à experiência acumulada com
edificações semelhantes, ressalvada a necessidade de condições
compatíveis do entorno, porte das edificações, forma de ocupação e
outras.
Para aplicação da norma ISO 15686 os elementos e componente da
edificação devem ser adequadamente detalhados e especificados
em projeto, de modo a possibilitar a avaliação da adequação da VUP
prevista. Em todos os casos a norma ISO 15686 recomenda muito
cuidado para que as análises não incluam extrapolações indevidas.
Na época da publicação da NBR 15575, as partes 4 e 11 da norma
ISO 15686 encontravam-se em fase de redação, não sendo
aplicáveis enquanto não forem publicadas.
Cláudio Mitidieri

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6
ISO 15686 - Buildings and constructed assets – Service life
planning:2011

ISO 15686-1 – Part 1: General principles and framework, 2011 validada


2020

ISO 15686-2 – Part 2: Service life prediction procedures, 2012

ISO 15686-3 – Part 3: Performance audits and reviews

ISO 15686-5 - Part 5: Life cycle costing, 2017

ISO 15686-6 - Part 6: Procedures for considering environmental impacts

ISO 15686-7 - Part 7: Performance evaluation for feedback of service life


data from practice

Cláudio Mitidieri

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade

RESUMIDAMENTE, para que a durabilidade prevista se


consolide na prática, há necessidade de, simultaneante:

• Serviços em atendimento às normas técnicas brasileiras


(Procedimentos de projeto e execução – normas
técnicas; códigos de prática; qualificação profissional);
• Produtos em conformidade com normas técnicas –
Programas de Certificação de Conformidade, Programas
Setoriais da Qualidade;
• Comprovar desempenho – informações qualificadas de
produtos (indústria); SiNAT;
• Uso e manutenção - Manual de Uso, Operação e
Manutenção (NBR 14037) e Gestão da Manutenção (NBR
5674).
Cláudio Mitidieri

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https://br.freepik.com/fotos-gratis/mao-segurando-uma-lampada-acesa_926664.htm

NBR
ABNT NBR 15575 Produtos
Projeto
Execução
Manutenção

ABNT NBR 5674:2012 - Manutenção de edificações — Requisitos para o


sistema de gestão de manutenção

ABNT NBR 14037:2011 Versão Corrigida:2014 - Diretrizes para elaboração


de manuais de uso, operação e manutenção das edificações —
Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos

ABNT NBR 16280:2020 Reforma em edificações — Sistema de gestão de


reformas — Requisitos

ABNT NBR 16747:2020 Versão Corrigida:2020 Inspeção predial -


Diretrizes, conceitos, terminologia e procedimento

ABNT NBR xxxx:2021? Garantias

Cláudio Mitidieri

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NOVO PORTAL DO PBQP-H (DATec, FAD)

http://pbqp-h.mdr.gov.br

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade


Especificação de produtos - Certificação de conformidade

Cláudio Mitidieri

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CONTROLE DA QUALIDADE
E
CERTIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE

CONTROLE CONTROLE
DE DE
PRODUÇÃO RECEBIMENTO

CONTROLE EXPEDITO PRODUTOS CONTROLE DE


QUALIFICADOS OU CERTIFICADOS MATERIAIS
+ PRODUZIDOS EM
CONTROLE DOS MATERIAIS - RESISTÊNCIA OBRA
CONTROLE DO ELEMENTO

Cláudio Mitidieri

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Metodologia (Estrutura da NBR 15930 ≈ NBR 15.575)
CONSTRUÇÃO MERCADO 159 – OUTUBRO 2014
EDITORA PINI

Especificação correta
de portas de madeira
deve fundamentar-se no
perfil de uso e
desempenho esperado

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Metodologia (Estrutura da NBR 15930 ≈ NBR 15.575)


CONSTRUÇÃO MERCADO 159 – OUTUBRO 2014

NBR 15930
PIM; PIM-RU; PEM; PEM-RU; PXM

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Metodologia (Estrutura da NBR 15930 ≈ NBR 15.575)


CONSTRUÇÃO MERCADO 159 – OUTUBRO 2014 ABNT NBR 15930-2: 2018 Req.
ABNT NBR 15930-3: 2021 Adic.
ABNT NBR 15930-4: 20.. Instal.

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NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais
DESEMPENHO ESTRUTURAL

Solicitações transmitidas por peças suspensas em paredes


Suporte cantoneira L

Fixação com cantoneira


(extintores)

Fixação rede de dormir

Mão francesa padrão

Fixação faceando
a parede Cláudio Mitidieri

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DESEMPENHO ESTRUTURAL – Solicitação de cargas de peças suspensas

Cláudio Mitidieri

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade

Vide SiNAT para


versões mais
atuais

Diretrizes de avaliação técnica e DATec´s incluem critérios de durabilidade

Cláudio Mitidieri

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade

Sistema Saint-Gobain
DATec 14A

Diretrizes de avaliação técnica e DATec´s incluem critérios de durabilidade:


• Perfis de aço galvanizado (proteção de zinco ou liga alumínio – zinco);
• Resistência à corrosão dos parafusos;
• Resistência à radiação ultravioleta do siding de PVC;
• Comportamento de juntas entre chapas (choque térmico e campo)

Cláudio Mitidieri

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Vide SiNAT para


versões mais
atuais

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade

Vide SiNAT para


versões mais
atuais

Diretrizes de avaliação técnica e DATec´s incluem critérios de durabilidade

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade
DIRETRIZ SINAT Nº 005 – setembro 2011
Sistemas construtivos estruturados em peças de madeira maciça serrada, com
fechamentos em chapas delgadas (Sistemas leves tipo “Light Wood Framing”)

Sistema construtivo destinados a unidades habitacionais unifamiliares térreas e


sobrados, isolados e geminados
Vide SiNAT para versões mais atuais – vide ABNT – norma técnica

Sistema TecVerde – DATec 020

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade


Categorias, condições de uso e organismos xilófagos (ABNT NBR 16143:2013)
Categ
Condições de uso da madeira Organismo xilófago
oria
Interior de construções, fora de contato com o solo, fundações
ou alvenaria, protegidas das intempéries, das fontes internas Cupim de madeira seca
1
de umidade e locais livres do acesso de cupins subterrâneos ou Broca de madeira
arborícolas
Interior de construções em contato com a alvenaria, sem Cupim de madeira seca; Broca
2 contato com o solo ou fundações, protegidas das intempéries, Cupim subterrâneo
das fontes internas de umidade Cupim arborícola
Cupim de madeira seca; Broca
Interior de construções, fora de contato com o solo e
Cupim subterrâneo; arborícola
3 protegidas das intempéries, que podem ocasionalmente, ser
Fungo embolorador; manchador
expostas a fontes de umidade
Fungo apodrecedor
Cupim de madeira seca; Broca
Uso exterior, fora de contato com o solo e sujeitas às Cupim subterrâneo; arborícola
4
intempéries Fungo embolorador; manchador
Fungo apodrecedor
Cupim de madeira seca; Broca
Contato com o solo, água doce e outras situações favoráveis à Cupim subterrâneo; arborícola
5
deterioração, como engaste em concreto e alvenaria Fungo embolorador; manchador
Fungo apodrecedor
Perfurador marinho
6 Exposição à água salgada ou salobra Fungo embolorador; manchador
Fungo apodrecedor

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade


Aplicações e processos de tratamento categorias de uso 2 e 3
(ABNT NBR 16143:2013) – exemplo madeira serrada e painel reconstituído
Preservativo Retenção
Processo de
Aplicação mínima (kg de Penetração
tratamento Inseticida Fungicida*
i.a/m³)
Ciflutrina
Sem pressão Cipermetrina
Tribomofenol
ou superficiala Clorpirifós Superficial
bf IPBC
Deltametrina
Madeira Verificar com
Endosulfan
serrada, fabricantes
Depende da permeabilidade
roliça e da madeira e dos
laminada Duplo vácuo Cipermetrina IPBC
parâmetros de tratamento
(seca) adotados
CA-B 1,7 ou 3,3d
CCA-C ou CCB 4,0 ou 6,5d 100% do alburno e porção
Sob pressãocc
permeável do cerne
Óleo creosotoe 96

Verificar com
Cipermetrina -
fabricantes
Painel
Adição à colab f 0,012 (MDF) Incorporado à cola
reconstituído Ciflutrina -
0,050 (OSB)
Verificar com
Fipronil -
fabricantes

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade


MANUAL DE FABRICANTE site em 12.10.2014 e 17.10.201
Periodicidade deve ser
definida pelo fabricante:
- Limpeza
- Verniz
- Pintura
- Etc.

Procedimentos devem ser


estabelecidos pelos
fabricantes, de inspeção e
reparos, ou substituição
de componentes

Vida útil real maior que a


VUP – Nível Superior;
prazo de garantia maior
que o superior, informativo
da NBR 15575
ESQUADRIAS – PORTAS E BATENTES (não do fabricante)
“Madeira: O acabamento será liso, sem farpas, nós ou fibras Registrar a VUP
arrepiadas” – doc dispon no site out 2021

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Códigos de Prática
Disponível www.ipt.br

CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº 01
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos
HABITARE – Programa de Tecnologia de Habitação
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas
EPUSP – Escola Politécnica da USP
Ercio Thomaz
Cláudio Vicente Mitidieri Filho
Fabiana da Rocha Cleto
Francisco Ferreira Cardoso
2009

ACERTAR e ACERVIR– Associação de Cerâmicas;


ANICER ; ARCO; AsBEA ; CAIXA ; CDHU – Companhia
de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado
de São Paulo; LÓGICA Engenharia ; PAULA VIANNA;
PETRA Arquitetura e Racionalização Construtiva LTDA;
SECOVI-SP; SENAI; Sindicercon – Sindicato da
Indústria da Cerâmica para Construção do Estado de
SP; Sinduscon-SP ; TECNOLOGYS; UEL - Universidade
Estadual de Londrina; UFSC - Universidade Federal de
Santa Catarina

Cláudio Mitidieri, Fabiana Cleto

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade
Comportamento de pisos quanto ao desgaste superficial

NÃO ESMALTADOS TABER

PEI
ESMALTADOS
AMSLER

Cláudio Mitidieri

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade


Ação de calor e choque térmico em paredes de fachada

As paredes externas, incluindo seus


revestimentos, submetidas a dez
ciclos sucessivos de exposição ao
calor e resfriamento por meio de jato
de água, não podem apresentar:
• Deslocamento horizontal
instantâneo, no plano
perpendicular ao corpo de prova,
superior a h/300, onde h é a altura
do corpo de prova;
• Ocorrência de falhas como
fissuras, destacamentos,
empolamentos, descoloramentos e
outros danos que possam
comprometer a durabilidade da
fachada ou o desempenho
(estanqueidade).
Cláudio Mitidieri

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Manutenção e VUP → NBR 15575-1: Durabilidade


Ação de calor e choque térmico em paredes de fachada

NBR 15575-4:2013
• Corpo de prova com 1,20m;

DIRETRIZ SiNAT
• Corpo de prova com 2,40m –
ensaio de estanqueidade antes
e após o choque térmico.

Cláudio Mitidieri

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14
NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais
ABRANGÊNCIA

Os requisitos e critérios
de desempenho são válidos
em todo o território
nacional, considerando-se
as especificidades
regionais do Brasil, do
ponto de vista cultural
(peças suspensas – redes),
das zonas bioclimáticas (Z1
a Z8 – NBR 15220) e da
agressividade ambiental
(nem sempre é simples
definir).
Logo da
Empresa do

Cláudio Mitidieri palestrante

43

incorporador
projetista
construtor

RESPONSABI-
LIDADES

ATRIBUIÇÕES

Cláudio Mitidieri

44

NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais


RESPONSABILIDADES
Incorporador
A - Salvo convenção escrita, é da incumbência do incorporador, de
seus prepostos e/ou dos projetistas envolvidos, dentro de suas
respectivas competências, e não da empresa construtora, a
identificação dos riscos previsíveis na época do projeto, devendo o
incorporador, neste caso, providenciar os estudos técnicos
requeridos e prover aos diferentes projetistas as informações
necessárias. Como riscos previsíveis, exemplifica-se: presença de
aterro sanitário na área de implantação da obra, contaminação do
lençol freático, presença de agentes agressivos no solo e outros
passivos ambientais. Quem caracteriza a agressividade ambiental?

B - Em consonância com os projetistas / coordenação de projetos,


e com usuários eventualmente, definir os níveis de desempenho
(Mínimo, Intermediário ou Superior) para os diferentes elementos
da construção e/ou para a obra como um todo.
Cláudio Mitidieri

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15
NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais
RESPONSABILIDADES
Construtor
A - Ao construtor, ou eventualmente ao incorporador, cabe
elaborar os Manuais de Uso, Operação e Manutenção, bem
como proposta de modelo de gestão da manutenção, em
atendimento às normas NBR 14037 e NBR 5674, que devem
ser entregues ao usuário da unidade privada e ao
condomínio, se for o caso, quando da disponibilização da
edificação para uso.

B - Os Manuais de Uso, Operação e Manutenção da


edificação podem registrar os correspondentes prazos de
Vida Útil de Projeto (VUP) e, quando for o caso, os prazos de
garantia oferecidos pelo construtor ou pelo incorporador,
recomendando-se que esses prazos sejam iguais ou maiores
que os apresentados no Anexo C da parte 1.
Cláudio Mitidieri

46

NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais


Prazos de garantia sugeridos na NBR 15.575
(considerando manutenção)

PARTE DO EDIFÍCIO VUP VUP Garantia Garantia


Mín. Sup. Mín. Sup.
ESTRUTURA PRINCIPAL 5 anos 7,5 anos
Fundações, pilares, vigas, ≥ 50 ≥ 75 Segurança Segurança
paredes estruturais etc.
VEDAÇÃO EXTERNA 5 anos 7,5 anos
Paredes e painéis de fachada, ≥ 40 ≥ 60 Segurança Segurança
fachadas-cortina
VEDAÇÃO INTERNA 5 anos 7,5 anos
Paredes internas ≥ 20 ≥ 30 Segurança e Segurança e
integridade integridade
ESQUADRIAS INTERNAS 1 ano 1,5 anos
Portas internas de madeira ≥8 ≥ 12 Empenamento Empenamento
Descolamento Descolamento
Fixação Fixação

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NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais


Prazos de garantia sugeridos na NBR 15.575
(considerando manutenção)

VUP VUP Prazo Mínimo de Garantia


PARTE DO EDIFÍCIO Mín. Sup.
revestimento de 2 anos
paredes, pisos e tetos,
internos ≥ 13 ≥ 20 Fissuras

(argamassa)
3 anos
Estanqueidade de fachadas e
revestimento de pisos em áreas molhadas
fachada aderido
(argamassa) ≥ 20 ≥ 30
5 anos
Aderência

Cláudio Mitidieri

48

16
NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais
RESPONSABILIDADES
Projetista
A - Os projetistas devem estabelecer e indicar nos respectivos
memoriais e desenhos a Vida Útil de Projeto (VUP) de cada sistema
que compõe a obra, especificando materiais, produtos e processos que
isoladamente ou em conjunto venham a atender ao desempenho
mínimo requerido. Com este intuito o projetista deve recorrer às boas
práticas de projeto, às disposições de normas técnicas prescritivas, ao
desempenho demonstrado pelos fabricantes dos produtos
contemplados no projeto e a outros recursos do estado da arte mais
atual.
B - Quando as normas específicas de produtos não caracterizam
desempenho, ou quando não existirem normas específicas, ou
quando o fabricante não tiver publicado o desempenho de seu
produto, compete ao projetista solicitar informações ao fabricante para
balizar as decisões de especificação. Quando forem considerados
valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos na NBR
15575, estes devem constar dos projetos e/ou memorial de cálculo.
Cláudio Mitidieri

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NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais


RESPONSABILIDADES

Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema

Caracterizar o desempenho do componente, elemento ou


sistema fornecido de acordo com a norma NBR 15575, o
que pressupõe fornecer também o prazo de vida útil
previsto para o bem fornecido, os cuidados na operação e
na manutenção do produto, etc. Podem também ser
fornecidos resultados comprobatórios do desempenho do
produto com base em normas internacionais ou
estrangeiras compatíveis com a NBR 15575.

VIDA ÚTIL DE REFERÊNCIA

Cláudio Mitidieri

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NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais


RESPONSABILIDADES

Usuário

Ao usuário da edificação habitacional, proprietário ou


não, cabe utilizar corretamente a edificação, não
realizando sem prévia autorização da construtora e/ou
do poder público alterações na sua destinação, nas
cargas ou nas solicitações previstas nos projetos
originais. Cabe ainda realizar e registrar as manutenções
preventivas de acordo com o estabelecido no Manual de
Uso, Operação e Manutenção do imóvel e nas normas
NBR 5674 e 14037.

Cláudio Mitidieri

51

17
Fonte: Nações Unidas Brasil Fernanda Belizário Silva

52

Anomalia de temperatura
(°C)
Baseline comum 1951 - 1980

A temperatura média do planeta já aumentou 1,0°C em relação aos


níveis pré-industriais

Fonte: NASA/NOAA Fernanda Belizário Silva

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Extração de recursos

Minerais não metálicos


Construção

Minerais metálicos
Combustíveis fósseis
Biomassa

Metade dos recursos extraídos são usados na construção


(areia, brita, calcário)

Fonte: Schandl et al. (2018) Global Material Flows and Resource Productivity: Forty Years of Fernanda Belizário Silva
Evidence

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NBR 15575:2013 Desempenho de edificações habitacionais
Requisitos gerais

Adequação Ambiental - a NBR 15575 não estabelece critérios de adequação ambiental,


observando que “os empreendimentos devem ser projetados, construídos
e mantidos de forma a minimizar as alterações no ambiente”
• Disposições gerais (considerar: possibilidade de assoreamento de vales ou cursos d’água,
lançamentos de esgoto a céu aberto etc; consumo racional de recursos naturais, como água, energia e
matérias-primas; uso de madeira legal; gestão de resíduos no canteiro de obras (resoluções CONAMA 307
e 448); ciclo de vida dos produtos; soluções de projeto que minimizem o consumo de energia, a utilização
de iluminação e ventilação natural e de sistemas alternativos de aquecimento de água)
• Racionalização do consumo de água
• Risco de contaminação do solo e do lençol freático
• Utilização e reuso de água
Prever
critérios na
revisão.
QUANDO?

Cláudio Mitidieri

55

Demolição Extração
de
Matérias-primas Emissões atmosféricas
matérias
primas

Uso e Produção dos


Água Efluente
operação materiais

Energia Resíduos sólidos


Construção Transporte

Oportunidades X Ciclo de vida


Método de avaliação de desempenho ambiental - ACV

Luciana Oliveira

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ALGUMAS REFERÊNCIAS

Fonte: Silva et al. (2020). Avaliação do ciclo de vida do concreto dosado em central com base em
dados da indústria brasileira. Revista Concreto & Construções http://dx.doi.org/10.4322/1809-
7197.2020.98.0010

Fonte: Pessoto et al. (2018) Avaliação do ciclo de vida de uma edificação residencial: análise dos
impactos ambientais incorporados pelos materiais de construção. Anais ENTAC

Fonte: Oliveira et al. (2016) Indicadores ambientais em canteiros de obras: estudo de caso.
Revista IPT

Live AECWeb – Durabilidade 2020 – Projetista,


Fabricante, construtor, Instituição de pesquisa
https://register.gotowebinar.com/recording/recordingView?webinarKey=
(análises e ensaios)
6393987079165434126&registrantEmail=teste%40teste.com.br

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19
NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais
ESTANQUEIDADE À ÁGUA

 Ascensão capilar
 Água de uso
 Água de chuva

Logo da
Empresa do
Cláudio Mitidieri palestrante

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NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais


ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE FACHADAS – CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO

CPs submetidos durante sete horas à lâmina de água escorrendo a partir do


seu topo, com vazão de 3 litros / minuto / m 2 de parede; para simular a ação
do vento, atua uma pressão de ar que varia com a região onde a obra será
executada (Tabela).

(*) Para coberturas vazão de 4 litros / minuto / m2


Casas térreas, beirais ≥ 0,50 m: reduzir pressão 10 Pa regiões II a V
Cláudio Mitidieri

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NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais


ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE FACHADAS – CRITÉRIOS DE DESEMPENHO

Cláudio Mitidieri

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20
NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais
ESTANQUEIDADE À ÁGUA (Não se limita a ensaios)
Importância do projeto – detalhes de fachadas e de juntas

39 mm de projeção
Painel

Detalhes de fachada
Concepção de juntas

Tira de espuma
Barreira de ar Mastique de elástico

a > 50 mm Estas superfícies


não devem
20° > 10 mm ser paralelas
10°
mm
20

> 60 mm

Logo da
Empresa do
Cláudio Mitidieri palestrante

61

A geometria dos ressaltos e pingadeiras podem ajudar a expulsar os fluxos de água


superficiais, como também podem provocar regiões de depósito de sujeiras,
contribuindo para a degradação da fachada.

Cláudio Mitidieri

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Exemplos: como olhar para a AVALIAÇÃO TÉCNICA


ESTANQUEIDADE À ÀGUA
Juntas entre componentes
Interface com fundações
calçada e entre parede interna e piso do banheiro

Proteção da fachada
Interface entre a parede externa e o piso da

Proteção de áreas molhadas e molháveis

Cláudio Mitidieri

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NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais

ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE AMBIENTES INTERNOS

Para perfeito entendimento das exigências é importante entender a


distinção entre áreas molháveis e áreas molhadas da edificação, conforme
definições da NBR 15575-3:
Áreas molhadas
Áreas da edificação cuja condição de uso e exposição pode resultar na
formação de lâmina d’água pelo uso normal a que o ambiente se destina
(por exemplo, banheiro com chuveiro, área de serviço e áreas
descobertas).
Áreas molháveis
Áreas da edificação que recebem respingos de água decorrentes da sua
condição de uso e exposição e que não resulte na formação de lâmina
d’água pelo uso normal a que o ambiente se destina (banheiro sem
chuveiro, lavabo, cozinha e sacada coberta).

Cláudio Mitidieri

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NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais


ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE AMBIENTES INTERNOS
Estanqueidade de pisos de áreas molhadas

Os sistemas de pisos de áreas molhadas não podem permitir o


surgimento de umidade, permanecendo secas a superfície inferior e os
encontros com as paredes e pisos adjacentes que os delimitam,
quando submetidos a uma lâmina d’água de no mínimo 10 mm em seu
ponto mais alto, durante 72 h. Caso sejam utilizados sistemas de
impermeabilização, estes devem atender à norma NBR 9575.

Áreas molháveis não são consideradas estanques e, portanto, o critério de estanqueidade não
é aplicável. Esta informação deve constar no Manual de Uso, Operação e Manutenção.
Sempre que houver ralos, mesmo que em áreas molháveis, recomenda-se executar
impermeabilização nos arredores e encontros entre os pisos e os referidos ralos.
Obs: Anexo C da NBR 15575-3 - ensaio para áreas molhadas e molháveis
Exceto quando aplicados sobre impermeabilização, pisos cerâmicos, em placas de rocha e
outros só conseguirão atingir a condição de “estanques” caso os rejuntes sejam impermeáveis
e não apresentem descontinuidades ou falhas de aderência com as placas.
Condição essencial para que não ocorra percolação de umidade em pisos laváveis é a
adequada adoção de caimentos, recomendando-se 0,5% para pisos externos, 0,5 a 1% para
pisos internos e 1 a 2% para pisos em box de chuveiros.

Cláudio Mitidieri

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NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais


ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE PAREDES E PISOS – UMIDADE ASCENDENTE

A ascenção de umidade do solo ocorre


com intensidade bem maior nos solos
predominantemente argilosos, sendo que
sua migração para a construção é
usualmente impedida com a
impermeabilização das fundações e
interposição de manta plástica ou camada
de brita entre o solo e o contrapiso logo
acima dele. Para qualquer sistema que
venha a ser utilizado, deve-se evitar a
percolação de umidade através de pontes
representadas por contrapisos,
revestimentos e outros.

Cláudio Mitidieri

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NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais
ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE COBERTURAS

Durante a vida útil de projeto do sistema de


cobertura não podem ocorrer infiltrações de água
que acarretem escorrimentos ou gotejamentos,
considerando-se as condições de exposição,
observando-se que no caso das coberturas a vazão
de ensaio deve corresponder a 4 litros /min / m2.

Impermeabilidade de telhas

Cláudio Mitidieri

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