Por Cibelle Guimarães Silva Severo

Gipsita
O Mineral Gpsita, matéria prima do gesso, é uma
rocha sedimentar que tem sua origem na precipitação
de sulfatos de cálcio contidos em águas marinhas
submetido a evaporação.
Gipsita
A Gipsita é composta por sulfato de cálcio di-
hidratado, Ca.SO4. 2H2O, mais impurezas.
Gesso

É o aglomerante inorgânico menos utilizado na

construção civil.

Utilizado no passado na Europa com o desenvolvimento

de técnica sofisticada de acabamento decorativo de
parede e tetos.
Brasil – 1,50% da produção mundial

Reservas brasileiras

Bahia – 43,0%
Pará – 35,0%
Pernambuco – 18,0%

O restante distribuído entre:

Maranhão
Ceará
Rio Grande do Norte
Piauí
Amazonas
DNPM/PE 2008
Pólo Gesseiro de Pernambuco.
O Pólo gesseiro de Pernambuco é formado por 47
minas, 80 unidades industriais de calcinação e 234
industria de pré moldado.
Fabricação do gesso

É obtido pela calcinação da gipsita, sulfato de cálcio

dihidratado, em geral acompanhado de impurezas como
SiO2, AlO3, FeO, CaCO3, MgO

Sulfato de Cálcio dihidratado

Ca SO4.2H2O
Matéria-prima – Gipsita – Gesso natural
O processo industrial consiste:

Extração da gipsita
Moagem por britagem
Desidratação por calcinação
Ensacamento e Expedição
As reações de desidratação são as seguintes:

CaSO4.2H2O CaSO4 + 0,5H2O

Gipsita 140oC Hemidrato
160oC

CaSO4.2H2O CaSO4 + εH2O

Gipsita 160oC Anidrita III
200oC (Solúvel)

CaSO4.2H2O CaSO4
Gipsita 200oC Anidrita II
800oC (Insolúvel)

Acima de 800oC obtem-se a Anidrita I (Insolúvel)

 Mecanismo de hidratação do gesso

CaSO4.0,5H2O + 1,5H2O CaSO4.2H2O + calor

Propriedades

Pega

Inicia-se a partir do momento em que a água entra em

contato com o gesso
 Mecanismo de hidratação do Gesso.
(i) Fenômeno Químico da dissolução: O hemidratado misturado à água
de amassmento dissolve-se dando origem a uma solução supersaturada de
íons SO4-2 e Ca+2 , constituindo os núcleos di-hidratados ;

(ii) Fenômeno Físico de Cristalização: Os íons se depositam sobre os

núcleos de dihidratados em formas de agulhas.
(iii) Fenômeno Mecânico de Endurecimento. O aumento da concentração
de cristais que se precipitam, a partir da solução saturada provoca o
endurecimento.
 Mecanismo de hidratação do Gesso.
Ocorre uma pequena hidratação, seguido do período de indução. Esta etapa é finalizada
pelo período da pega em que a temperatura aumenta em uma taxa de temperatura que
ultrapassa 0,1 °C/min.

Há uma elevação rápida de temperatura, ou seja, uma evolução rápida da reação de

hidratação;

A reação atinge o ponto máximo de incremento de temperatura que, corresponde à

conclusão da hidratação, isto é, ao final da pega.
Características

Elevação da temperatura e aumento de volume

Tempo de cristalização da mistura – diminuição da

consistência – crescimento e entrelaçamento dos
cristais
A relação água/gesso é o parâmetro de maior
influêencia na cinética da reação de hidratação
e, consequentemente, na pega do gesso.
Quanto maior a quantidade de água de
amassamento, maior o intervalo de tempo
necessária para saturar a solução.
Quando os núcleos são numerosos o
crescimento é rápido e há formação de uma
grande quantidade de pequenos cristais por
unidade de volume da solução. Quando ocorre
a formação de poucos núcleos o crescimento é
lento o que favorece a formação de grandes
Cristais.
 Importante!!!!!

Na construção civil é essencial conhecer o intervalo em

que ocorre a pega, que corresponde a uma consistência
pastosa que possibilita a execução dos serviços.

A velocidade do endurecimento da massa de gesso

depende dos seguintes fatores:

tempo e temperatura de calcinação

finura
quantidade de água de amassamento
presença de impurezas e aditivos
Aditivos de Pega.
Os aditivos controladores de pega modificam a
morfologia dos cristais de gesso resultando em
microestruturas que envolvem mudanças de
porosidade e nas propriedades mecânicas.
Principais aditivos

-Aceleradores – alúmen (silicato duplo de alumínio e

potássio – sulfato de alumínio e potássio), sal de
cozinha.

- Retardadores – sulfato de sódio, bórax, caseína,

açucar, fosfato, álcool, cola, sangue.
Resistência mecânica

As pastas de gesso depois de endurecidas atingem

resistência à tração entre 0,7 e 3,5 MPa e à
compressão entre 5 e 15 MPa.

Aderência

Pastas e argamassas de gesso aderem muito bem ao

tijolo, pedra e ferro e aderem mal à superfícies de
madeira.
A presença de umidade reduz acentuadamente a
resistência mecânica.

Não se deve utilizar em:

Revestimentos externos
Presença de umidade

Isolamento Térmico

Coeficiente de condutibilidade térmica

Gesso – 0,5 W/moC

Concreto – 1,2 W/moC
Madeira – 0,2 W/moC
Tijolo furado – 0,46 W/moC
Proteção contra incêndios

Quando a temperatura atinge

de 130oC, parte da água de
cristalização se liberta e
forma um “véu de vapor”. A
outra parte liberta-se a 200oC
e reforça o “véu de vapor”.

Protege estruturas de madeira

contra incêndio - uma
espessura de 3 cm é capaz de
proteger durante 45 minutos a
uma temperatura de 1000oC.
A NBR 13207/94 prescreve os seguintes ensaios de recebimento
para o gesso de construção civil:

NBR 12127 – Gesso para a construção - Determinação das

propriedades físicas do pó – Método de ensaio;

NBR 12128 - Gesso para a construção - Determinação das

propriedades físicas da pasta – Método de ensaio;

NBR 12129 - Gesso para a construção - Determinação das

propriedades mecânicas – Método de ensaio;

NBR 12130 - Gesso para a construção - Determinação da água

livre, água de cristalização e teores de óxido de cálcio – Método
de ensaio.
Aplicações do gesso na construção civil

Pastas e argamassas para revestimento de

alvenarias
GESSO PROJETADO

• Aplicado em ambientes internos com uma bomba

de projeção

•O produto contém aditivos

• Vantagens em ralação a argamassa – eliminam-se

as etapas de chapisco, emboço e reboco.
 Guias mestras

Taliscas para moldagem das

guias mestras
 Aplicação em jatos horizontais

Bomba de projeção
 Ornamentação em
sancas
Placas para forro
Blocos para
paredes
Dimensões
67 x 50 cm
Construção de uma casa com gesso
Painéis de gesso acartonado

É um componente de construção de paredes internas

existente há muitas décadas no exterior e, nos últimos anos,
vem obtendo mais espaço no mercado nacional, segunda
metade da década de 90.

Sistema construtivo a seco – Drywall

Drywall

Pasta de gesso e papel cartão são as principais

matérias- primas do processo de fabricação das
placas usadas no sistema de paredes secas.

Processo de fabricação
1 - estiramento da bobina de papel cartão
Pasta – Mistura de gesso em pó + aditivos + água

Lançamento da pasta sobre o papel cartão

Adição da segunda folha de cartão
O Gesso reage com a água provocando o endurecimento
da placa antes que seja cortada
Corte das placas conforme padrões de normas
técnicas e necessidade do mercado.
O secador retira toda a água livre das placas de
drywall
Fim do processo de fabricação – embalados e
encaminhados aos centros de distribuição
Histórico do consumo de chapas de gesso
acartonado no Brasil
Chapas de gesso acartonado encontradas no Brasil
Chapa Standard - ST (cor cinza) = para uso geral, utilizada
em paredes, tetos e revestimentos de áreas secas.

Chapa Resistente à Umidade – RU (cor verde) = utilizada

em áreas molhadas, como: banheiros, cozinhas, áreas de
serviços e lavanderias. (As chapas de gesso apresentam
silicone na composição, o que trará maior resistência à
umidade.

Chapa Resistente ao Fogo – RF (cor rosa) = utilizada

em saídas de emergência e em áreas enclausuradas,
como: escadas e corredores. (O gesso é um material que
naturalmente resiste ao fogo e para garantir mais
eficiência, as chapas RF apresentam na
composição retardantes de chama).
Sistema Construtivo
A NBR 13207/94 prescreve os seguintes ensaios de
recebimento para o gesso de construção civil:

NBR 12127 – Gesso para a construção - Determinação das

propriedades físicas do pó – Método de ensaio;

NBR 12128 - Gesso para a construção - Determinação das

propriedades físicas da pasta – Método de ensaio;

NBR 12129 - Gesso para a construção - Determinação das

propriedades mecânicas – Método de ensaio;