Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
utiliza força
www. portalidea.com.br
Movimentos repetitivos e executados de maneira equivocada podem causar lesões. Como se não bastasse,
a busca pela reeducação pode ser insatisfatória se o educador físico utilizar práticas antigas ou
inadequadas. Por incrível que pareça, esse tipo de conduta ainda é recorrente na liberação miofascial.
Como um tecido que conecta os músculos em trilhos anatômicos responsáveis pelas ações cinesiológicas,
a fáscia permite a transmissão de forças de um ponto a outro do corpo. Cabe a ela, ainda, ser a responsável
Apesar da complexidade do assunto, a abordagem da anatomia nos cursos de graduação nem sempre
contempla a função do tecido miofascial, já que o modelo de ensino da função muscular baseia-se apenas
em flexão e extensão.
“A fáscia não aparece nos detalhes da anatomia funcional sob o argumento de que é apenas um tecido
inerte e que a melhor visualização dos músculos se dá sem ela. No entanto, sem a fáscia, os músculos são
apenas carne”, explica Ivan Jardim, professor de educação física e treinador pessoal. Como resultado,
alguns profissionais aplicam a liberação miofascial com força excessiva, gerando o rompimento de tecidos
musculares.
Jardim explica que a abordagem da anatomia funcional se difere da tradicional em dois aspectos. O primeiro
diz respeito ao fato de que a transmissão de força entre músculos conectados em um trilho anatômico é
distribuída entre seus componentes. O segundo considera que a função de um músculo depende da
Por exemplo: segundo a anatomia clássica, a função do glúteo médio é realizar abdução do quadril. No
entanto, as fibras anteriores do glúteo médio são sinergistas na flexão do quadril, assim como na rotação
interna do fêmur. Ou seja, a função do glúteo médio pode variar entre abdução e sinergista na flexão do
Para Jardim, o estudo da fáscia proporciona uma visão integrada do movimento humano. “A anatomia
funcional proporcionada pela inclusão da fáscia na transmissão de forças e sinais nervosos nos mostra que
o sistema nervoso central não controla apenas músculos se contraindo isoladamente, mas conecta cada
Liberação miofascial a técnica que pode ajudar você a ter menos dores e lesões
Como percorre o corpo todo e está relacionada aos movimentos, a fáscia pode sofrer alterações devido a
uma série de fatores: treinos muito intensos, prática esportiva não supervisionada, maus hábitos posturais,
padrão de movimento incorreto. Outras causas como estresse e desgastes emocionais também podem
afetar a fáscia e causar dor.
O corpo reage a estas alterações formando nódulos, que são chamados de pontos gatilhos ( trigger points).
A partir daí o ciclo “desgaste – formação de nódulos – dificuldade de movimento- desgaste”, vai culminar no
aparecimento de lesões, prejudicando o rendimento físico e a qualidade de vida.
A liberação miofascial (mio =músculo+ fáscia = tecido conectivo) trabalha para liberar essas restrições.
Não há um horário ideal para realizar as massagens de liberação miofascial. Ela pode ser realizada no pré-
treino, pós treino, ou em outros horários do dia.
Auto-liberação
Nem sempre e possível contar com uma massagem feita por um profissional, especialmente nos períodos
de treino. Nesse caso, existe a possibilidade da massagem de auto-liberação miofascial.
Para realizar a massagem miofascial em si mesmo, você pode usar alguns acessórios específicos. Os mais
comuns são:
Bola de tênis: usada para massagem da planta do pé e das partes anterior e posterior da perna.
Bastão (stick): usado para quadríceps e isqueostibias, menos eficiente que os outros, porém muito bom
para ser levado em viagens.
Contra-indicações da liberação miofascial
Em geral é um procedimento que pode ser realizado sem grandes restrições. Porém quem estiver nos
grupos abaixo deve evitá-lo: