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Resumos @morais_concurseira

RESUMO DO RESUMO-LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA


Não são crimes!!! São ilícitos de natureza CIVIL-política
“Probidade Administrativa”: correlação da probidade é com a MORALIDADE e não com o princípio da eficiência.

Alterações na Lei de Improbidade pelo Pacote Anticrime:

Antes: Art. 17- Em ação de improbidade, é inadmissível transação, acordo ou conciliação. Agora, com o Pacote Anticrime: §1º-
As ações de que trata este artigo ADMITEM a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos da lei. Mudança é
que não há mais a antiga vedação.

Artigo incluído (2020): Art. 10-A. “Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a
interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 dias ”.

Sujeito PASSIVO Sujeito ATIVO

Entidades Entidades PRIVADAS 1- Agente PÚBLICO (conceito bem amplo, engloba


PÚBLICAS estagiários, notários, registradores, jurados, etc.)
Entidade para cuja CRIAÇÃO ou
Adm. Direta e CUSTEIO, o erário haja concorrido ou
2- TERCEIRO: deve agir com DOLO. De modo a
Indireta ou concorra com MAIS DE 50 % do
induzir/ ou concorrer para a prática de ato de
fundacional, de patrimônio da receita anual.
improbidade/ ou dele se beneficie de forma direta
qualquer dos
Entidade para cuja CRIAÇÃO ou ou indireta.
poderes da U, E,
CURSTEIO o erário haja concorrido ou
DF, M, T
concorra com MENOS DE 50% do
STJ: Não se exige o exercício de atividade administrativa,
Empresa patrimônio da receita anual. **
podendo o magistrado cometer atos de improbidade durante
incorporada ao
Entidade que receba subvenção, o exercício da atividade judicante
patrimônio
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício
Público Doutrina/CESPE e STJ: o terceiro jamais poderá figurar
de ÓRGÃO público. **
sozinho no polo passivo da ação de improbidade, sendo
**nesses casos, a sanção se limita ao exigível necessariamente a presença de um agente público
âmbito PATRIMONAL. na relação processual.

STJ= Pessoa Jurídica pode ser sujeito passivo de ação de improbidade administrativa..

Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á
o integral ressarcimento do dano

Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações
(está no plural) desta lei até o limite do valor da herança.

Resumos @morais_concurseira
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Comprovação do Dano e prestação de Contas ao TCU:
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei INDEPENDE:
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, SALVO QUANTO À PENA DE RESSARCIMENTO;
 Logo, Pena de Ressarcimento=depende do DANO.

II- da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de contas.

STJ= para a configuração dos atos de improbidade administrativa que causem LESÃO AO ERÁRIO previstos na Lei de
Improbidade Administrativa, exige-se comprovação de efetivo DANO ao erário e de culpa, ao menos em sentido estrito.

REGRA= não se exige a ocorrência de dano para aplicar sanções.

Exceções (2) = Pena de ressarcimento e no caso de LESÃO ao ERÁRIO.

Indisponibilidade dos bens:


Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a
autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do
indiciado.

**CESPE e STJ: Decretação de medida cautelar de indisponibilidade de bens:

-periculum in mora (DILAPIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO): basta estar implícita ou presumida Dispensa comprovar URGÊNCIA
-fumus boni iuris (INDÍCIOS DA PRÁTICA DO ATO): deve ser fundamentada.

CESPE: A decretação judicial e cautelar de indisponibilidade de bens, mesmo baseada em cognição sumária, depende de
fundados indícios da prática de ato de improbidade, sendo dispensada, contudo, a demonstração de risco da demora do
processo ou de situação que inspire urgência.


Hipóteses= Lesão ao Patrimônio ou Enriquecimento Ilícito.

Quem representa= Autoridade Administrativa responsável pelo inquérito representa ao MP.

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Representação Propositura da Ação principal Indisponibilidade
dos Bens

Autoridade
Qualquer pessoa à autoridade Administrativa
Ministério Público ou PJ interessada
administrativa ou MP Responsável pelo
Inquérito representa
ao MP.

Art. 14. QUALQUER PESSOA Art. 17. A AÇÃO PRINCIPAL, que terá o rito ordinário, será Quando o ato de
poderá representar à autoridade proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa improbidade causar
lesão ao patrimônio
administrativa competente para que jurídica interessada, dentro de 30 dias da
seja instaurada investigação destinada público ou ensejar
efetivação da medida cautelar.
a apurar a prática de ato de enriquecimento ilícito,
improbidade. Mas, o terceiro pode REPRESENTAR, e não ajuizar. caberá a autoridade
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como administrativa
§ 1º A representação, que SERÁ
parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob responsável pelo
ESCRITA ou reduzida a termo e
assinada, conterá a qualificação do
pena de nulidade. inquérito
representante, as informações sobre o CESPE: O Ministério Público deverá ser cientificado pela autoridade
representar
fato e sua autoria e a indicação das administrativa sobre os atos que ensejarem enriquecimento ilícito ou ao Ministério Público,
provas de que tenha conhecimento.” lesão ao patrimônio público. para a
indisponibilidade dos
§ 2º A autoridade administrativa § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de 30 bens do indiciado.
rejeitará a representação, em dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, SE
despacho fundamentado, se esta não CONVENCIDO da inexistência do ato de improbidade, da
contiver as formalidades estabelecidas improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
no § 1º deste artigo. A rejeição não
Se o juiz tiver em dúvida, NÃO pode rejeitar a ação.
impede a representação ao Ministério
Público

Representação de má-fé= hipótese de crime.

ÚNICO CRIME PREVISTO NA LEI:


Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor
da denúncia o sabe inocente. tipo de denunciação caluniosa específica.
Pena: DETENÇÃO de seis a dez meses E MULTA.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à
imagem que houver provocado.

STJ: É ADMISSÍVEL, no âmbito das ações por improbidade administrativa, a juntada de prova emprestada da seara criminal
STJ: Para a caracterização de ato de improbidade por ofensa a princípios da administração pública, exige-se a demonstração
do dolo genérico/lato senso (não precisa ter dolo específico).

STJ:A Lei de Improbidade Administrativa NÃO PODE SER APLICADA RETROATIVAMENTE para alcançar fatos anteriores a sua
vigência, ainda que ocorridos após a edição da Constituição Federal de 1988.

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Sequestros dos bens:
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do
órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido
ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

Que pode representar : Comissão

A quem pode representar= MP ou procuradoria do órgão

Prazos prescricionais:
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até 5 anos APÓS O TÉRMINO do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
STJ= ainda que determinado ato improbo tenha ocorrido no 1º mandato, a prescrição contra agente político reeleito inicia-se
somente com o fim do 2º mandato.
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço
público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
III - até 5 anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no
parágrafo único do art. 1º desta Lei.
STJ: firmou o entendimento que o termo inicial da prescrição é o mesmo para o servidor e para o particular. Superior Tribunal
de Justiça é no sentido de que, nas ações de improbidade administrativa, para o fim de fixação do termo inicial do curso da
prescrição, aplicam-se ao particular que age em conluio com agente público as disposições do art. 23, I e II, da Lei nº
8.429/1992.
Ações de Ressarcimento e Imprescritibilidade:
STJ: no caso das AÇÕES DE RESSARCIMENTO decorrentes de improbidade, são imprescritíveis.
STF, informativo 910: "SÃO IMPRESCRITÍVEIS as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ATO DOLOSO tipificado
na Lei de Improbidade Administrativa. logo, o dano de improbidade culposa é prescritível

Demissão e Perda do Cargo e Trânsito em Julgado


Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença
condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução
processual.
 DEMISSÃO não precisa do trânsito em julgado: STJ: as sanções disciplinares previstas na Lei 8.112/90 são
independentes em relação às penalidades previstas na LIA, daí porque não há necessidade de aguardar-se o trânsito
em julgado da ação por improbidade administrativa para que seja editado o ato de demissão.

Perda do cargo=sanção CIVIL. EXIGE o trânsito em julgado.


Demissão=sanção administrativa. NÃO EXIGE o trânsito em julgado.
STJ: decidiu que o atentado à vida e à liberdade individual, incluída a tortura, a prisão ilegal e o justiciamento, pode configurar
improbidade administrativa, pois, fere não somente a pessoa, mas a Administração em geral, as instituições de segurança
pública e ao Estado Democrático de Direito.

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Atos de IMPROBIDADE Administrativa

Enriquecimento Ilícito Prejuízo ao Erário Contra Princípios Aplicação Indevida de


da Administração, Benefício Financeiro
STJ prevê dois requisitos: exige lista exemplificativa ou Tributário
a comprovação do efetivo dano
ao erário e a existência de dolo
ou culpa do agente.

SIM, mas deve ter no


Mínimo CULPA.
Pune na modalidade NÃO NÃO NÃO
culposa Sem dolo ou culpa, fato
não é de improbidade.

Macete para Aqui, o agente público Aqui, o agente público


diferenciar aufere vantagem para facilita ou permite que
SI MESMO OUTREM adquira vantagem

Perda da TODOS
pública/demissão

Suspensão dos 8-10 anos 5-8 anos 3-5 anos 5-8 anos
Direitos Políticos

Proibição de contratar Sim, Sim, Sim,


com o Poder Público e
perceber benefício Por 10 anos Por 5 anos Por 3 anos -
fiscal ou creditício

Multa 3x o valor do 2x o valor do DANO 100x o valor da 3x o valor do


acréscimo patrimonial remuneração benefício.

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com
a gravidade do fato. O juiz levará em conta a gravidade do fato, a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial
obtido pelo agente

Cespe cobrou várias vezes: O agente público que se recusar a fornecer, dentro do prazo determinado, a declaração de bens
será punido com a pena de demissão.

 Na Esfera Federal: A pena de DEMISSÃO do serviço público (8112/90) poderá ser aplicada em caso de improbidade
administrativa.
 Na CF: “Os atos de improbidade acarretarão: Suspensão dos direitos políticos, Perda da função pública,
Indisponibilidade dos bens, Ressarcimento ao erário.

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Decorre da VIOLAÇÃO DE PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de HONESTIDADE, IMPARCIALIDADE, LEGALIDADE, E
LEALDADE às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de
competência;

II - retardar ou/ deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer
em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

 PREJUÍZO AO ERÁRIO: “Frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para


celebração de parcerias com entidades SEM fim lucrativo, ou dispensa-lo indevidamente.

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial,
teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias


firmadas pela administração pública com entidades privadas.

PREJUÍZO AO ERÁRIO se “agir com negligência”, causa prejuízo ao erário.

IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação.

X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a
prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art.
24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.

 BIZU= Se não for “área da saúde” vai ser prejuízo ao erário.

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