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dificuldades de aprendizagem
são luís
2015
Governador do Estado do Maranhão Edição
Flávio Dino de Castro e Costa Universidade Estadual do Maranhão - Uema
Núcleo de Tecnologias para Educação - UemaNet
Reitor da uema
Prof. Gustavo Pereira da Costa Coordenadora do UemaNet
Profª. Ilka Márcia Ribeiro de Sousa Serra
Vice-reitor da Uema
Prof. Walter Canales Sant’ana Coordenadora Pedagógica de Designer Educacional
Profª. Sannya Fernanda Nunes Rodrigues
Pró-reitor de Administração Coordenadora Administrativa de Designer Educacional
Prof. Gilson Martins Mendonça Cristiane Costa Peixoto
Designers Gráficos
Annik Azevedo
Helayny Farias
Rômulo Santos Coelho
120 p.
CDU: 37.015.3
ÍCones
Apresentação ................................................................................................. 11
1 Introdução ................................................................................................... 13
Resumo ...................................................................................................... 26
Referências .............................................................................................. 27
1 Introdução ................................................................................................ 31
Resumo ...................................................................................................... 53
Referências .............................................................................................. 55
1 Introdução ............................................................................................... 57
3
O Transtorno Específico da Articulação da Fala ou Dislalaia .... 63
4
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade - TDAH ...... 70
4.1 Breve apontamento da descrição histórica .............................. 71
Resumo ...................................................................................................... 76
Referências .............................................................................................. 77
1 Introdução ............................................................................................... 81
2
O Fracaso Escolar .................................................................................. 82
Resumo ..................................................................................................... 93
Referências .............................................................................................. 94
ANEXOS ..................................................................................................... 97
PALAVRA DA PROFESSORA-AUTORA
Bom estudo!
Caro estudante,
Objetivos
1 Introdução
Questões como essas tem sido ponto de discussão há muitos anos nas
áreas das ciências e da educação. A necessidade de compreensão sobre
a conceitualização e os modelos de aprendizagem vem determinando
ações no meio escolar, nas pesquisas científicas e nas vidas das pessoas,
principalmente quando apresentam dificuldades em suas habilidades
básicas da vida acadêmica e social.
Educacional
fatores
escrita
Específicas referencia
parte
considera dificuldade
especiais
abordagens Dados discalculia parceria relacionadas
dislexia
comunicação
orientação
intervenções
causais educação
alunos
Necessidades sociais
conteúdo
Dislexia
professor
coordenação
apresentadas
algumas consideradas dispraxia Especial necessidades
considerados Estratégias
desenvolvimento
ortografia lição
deficiências
descritivo
educacionais livro
Para saber mais sobre Educacionais
as Dificuldades de
Aprendizagem acesse
figura 1 - Nuvem com conceitos sobre aprendizagem
o site da Associação Fonte: http://www.grupoa.com.br/uploads/imagensTitulo/20120713042743_wordle.gif
Brasileira de Problemas
de Aprendizagem
(http://www.
abrapabr.org.br/) e
Associação Nacional de Para compreender o conceito dificuldade de aprendizagem é
Dificuldades de Ensino
e Aprendizagem (http:// necessário, inicialmente, discutir sobre o que significa aprendizagem de
www.andea.org/wp/).
acordo com a Psicologia da Educação.
figura 5 - A cognição
Fonte: http://i.ytimg.com/vi/kIOEHrm0iYc/maxresdefault.jpg
Resumo
atividades de aprendizagem
referências
Objetivos
.
• Estabelecer a categorização dos transtornos
específicos da aprendizagem;
• Definir o Transtorno Específico da Aprendizagem
com prejuízos na leitura ou Dislexia;
• Descrever o Transtorno Específico da Aprendizagem
com prejuízos na expressão escrita ou Disortografia;
• Apontar as principais características do Transtorno
Específico da Aprendizagem com prejuízos na
Matemática ou Discalculia;
• Reconhecer a função da equipe multidisciplinar
para o diagnóstico e a intervenção dos prejuízos na
aprendizagem.
1 Introdução
2 Critério de diagnóstico
Figura 6 - Erros evidentes no uso dos fonemas com dupla grafia, na diferenciação
de sílabas, no reforço da aprendizagem e no uso do “h”, do “m” antes de “p” e ‘’b”,
uso do “r”/“rr”.
Fonte: http://www.centrodefonoaudiologia.com
Confira a leitura
2.3.3 Possíveis causas do artigo sentido
de número e
desempenho
em Matemática:
diagnóstico e
acompanhamento em
Bastos (2006) descreve as duas principais diferenças entre as causas alunos do 1º ciclo de
Marcelino, De Sousa,
da dificuldade de Matemática. O primeiro fator ocorre por causas Cruz e Lopes (2012),
apresentado no II
neurológicas que podem ser divididas entre causas primárias e causas Seminário Internacional
“Contributos da
secundárias. Entre as primárias apresentam-se a acalculia e a discalculia Psicologia em Contextos
Educativos”, 1427-1437.
do desenvolvimento, nas causas secundárias está à associação com Braga: Universidade do
outros distúrbios neurológicos, transtornos, síndromes, deficiências, ou Minho. Disponível em:
<http://webs.ie.uminho.
fatores socioeconômicos. pt/iisicpce/atas.pdf>.
Acesso em: 10 jan. 2015.
resumo
atividades de aprendizagem
Manual dIaGnÓstICo e estatÍstICo de transtornos MentaIS
[recurso eletrônico]: dsM-5 / [American PsychiatricAssociation ; tradução:
Maria Inês Corrêa Nascimento... et al.] ; revisão técnica: Aristides
VolpatoCordioli ...[et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre:
Artmed, 2014.
e
Objetivos
ad
.
• Conceituar o Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação;
id
• Diferenciar Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação
de Transtorno Específico da Aprendizagem;
Un
• Estabelecer os principais prejuízos ao desenvolvimento
psicomotor causado pela Disgrafia;
• Conceituar a Dislalia como um Transtorno Específico da
Articulação da Fala;
• Descreveras principais evidências de um quadro de dislalia
em uma criança;
• Discutir quais as ações para se diagnosticar a dislalia;
• Descrever os aspectos que identificam uma pessoa
comTranstorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e uso
das nomenclaturas;
• Identificar a combinação da tríade do TDAH: desatenção,
desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade e seus
subtipos.
1 Introdução
2 O Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação ou Disgrafia
figura 1 - Disgrafia afeta muitas crianças, tem passado despercebido pelas salas de aula
Fonte: http://veja4.abrilm.com.br/assets/images/2010/6/9141/R.P.-14-anos-size-598.jpg
Alves (2012) ressalta que a criança que tem disgrafia tem dificuldades
em organizar o texto no caderno, em obedecer às margens das folhas
e respeitar os limites; em sua escrita apresenta espaço irregular entre as
palavras, linhas e entrelinhas. O traçado é de tamanho muito pequeno
ou muito grande; exerce pressão na escrita ou não há prensa; algumas
de suas letras são irregulares e muitas vezes retocadas e distorcidas; o
caderno geralmente apresenta rasuras. Faz movimentos contrários ao
da escrita convencional, apresentando inversões ou “escrita espelhada”;
escreve com irregularidade no espaçamento das letras na palavra e faz
mau uso do espaço gráfico disponível na folha; a direção de sua escrita
é inadequada, ora oscila para cima ou para baixo; tem dificuldade na
escrita e no alinhamento dos números. Tem desorientação espacial;
dificuldade ao copiar do quadro ou do caderno e expressa lentidão
exagerada na escrita ou para executar tarefas.
figura 3 - Orientações que o professor pode dar para ajudar a criança com disgrafia
Fonte: http://stat.correioweb.com.br
Fonte: http://www.
apoiopsicopedagogico.
com/impulsividade
Sem dúvida o comportamento da criança com TDAH desafiam
pais e professores, por isso vale ler o livro “TDAH Crianças
que desafiam: como Lidar com o Déficit de Atenção e
a Hiperatividade na Escola e na FamíliaAcesse: http://
tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/
Uma boa dica para Nesta aula, estudamos Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação
leitura e orientação são
as Cartilhas sobre TDAH ou Disgrafia que se caracteriza como um transtorno do motor do
da Associação Brasileira
de Défict de Atenção.
neurodesenvolvimento que afeta crianças e adultos. Este transtorno
Acesse o site: http:// traz prejuízos para as habilidades escolares e profissionais, podendo ser
www.tdah.org.br/br/
sobre-tdah/cartilhas- associada a outros transtornos, inclusive de causa emocional. Envolve
sobre-tdah.html e leia:
desde a incapacidade de segurar um lápis até o traço de uma linha. A
Cartilha da ABDA:
perguntas e disgrafia é perceptível em qualquer situação que envolve o movimento
respostas sobre da escrita seja em desenhos simples das crianças e ou em atividades
TDAH;
Direitos dos de repetição. Estudamos ainda, que a dislalia como é comumente
Portadores de conhecida é um Transtorno Específico da Articulação da Fala que inicia
TDAH: doutrinas e
jurisprudência; durante o neurodesenvolvimento da criança e pode atingir a idade
Cartilha da Inclusão adulta. Este transtorno causa prejuízos na utilização dos fonemas e
Escolar: inclusão
baseada em para intervenção conta com apoio de uma equipe multidisciplinar.
evidências científicas;
Analisamos o Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade – TDAH,
Cartilha para
Profissionais de o qual é um transtorno que causa à pessoa déficits de desatenção,
Educação: perguntas desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade que tem início
e respostas sobre
TDAH. na infância e se perdura por toda a vida adulta. Suas causas não são
totalmente conhecidas e as principais intervenções tem se apoiado na
terapia cognitiva-comportamental e em tratamentos farmacológicos.
atividades de aprendizagem
referências
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS
[recurso eletrônico]: DSM-5 / [American PsychiatricAssociation; tradução:
Maria Inês Corrêa Nascimento... et al.] ; revisão técnica: Aristides
VolpatoCordioli ...[et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre:
Artmed, 2014.
Objetivos
.
• Conceituar o Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação;
• Diferenciar Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação
de Transtorno Específico da Aprendizagem;
• Estabelecer os principais prejuízos ao desenvolvimento
psicomotor causado pela Disgrafia.
1 Introdução
Unidade
A escola e a família, aparentemente, tem se colocado à disposição para a
superação dos problemas que levam ao fracasso escolar, seja pela busca
incessante dos pais por um atendimento de profissionais que saibam
lidar com o problema ou por medidas do próprio sistema educacional
a partir de medidas como a reestruturação organizacional a partir da
legislação, de programas de incentivo a leitura, escrita e ao cálculo.
Um dos grandes fatores que tem levado nas últimas décadas a busca por
novas formas de lidar com este problema é devido às taxas de evasão
e reprovação que estão com alto nível, principalmente nas séries finais
do ensino fundamental e nos anos iniciais do ensino médio. Com isso,
programas governamentais tem sido implantados e implementadas
com a intenção de dar subsídios à escola para a superação desses níveis
tão negativos, influenciado diretamente nas formas de avaliação, nos
direcionamentos das ações escolares, na prática do professor e na busca
pela autonomia do aluno.
Haidt (2002) afirma que a avaliação tem a função não apenas de avaliar
os alunos como também o desempenho do professor como reflexo do
que a turma aprendeu, mas também tem outros propósitos: conhecer
os alunos, os conhecimentos prévios da turma que servirão de base para
o trabalho do professor, verificando o que precisará ser retomado antes
dos novos conteúdos, e ainda, determinar o trabalho antes dos novos
conteúdos e analisar se o aluno progrediu ou não; identificar as dificuldades
de aprendizagem e suas possíveis causas, natureza cognitiva, afetiva,
emocional, social, a fim de superá-las e, perceber se os objetivos propostos
para o processo ensino aprendizagem foram ou não atingidos em uma
avaliação formativa, que visa demonstrar se os alunos já conseguiram
assimilar e aquilo que lhes falta para uma aprendizagem completa.
Resumo
Atividades de aprendizagem
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática,
2002.
2. Dificuldade para compreender o sentido do que é lido (p. ex., pode ler
o texto com precisão, mas não compreende a sequência, as relações, as
inferências ou os sentidos mais profundos do que é lido);
Anexo | A 99
Para indivíduos com 17 anos ou mais, história documentada das dificuldades de
aprendizagem com prejuízo pode ser substituída por uma avaliação padronizada.
Nota: Os quatro critérios diagnósticos devem ser preenchidos com base em uma
síntese clínica da história do indivíduo (do desenvolvimento, médica, familiar,
educacional), em relatórios escolares e em avaliação psicoeducacional.
Dislexia de desenvolvimento
Leitura especular
Exclui:
Exclui:
dificuldades de soletração:
Anexo | A 101
Acalculia de desenvolvimento
Dicalculia
Exclui:
dificuldades aritméticas:
Categoria residual mal definida de transtornos nos quais existe tanto uma
alteração significativa do cálculo quanto da leitura ou da ortografia, não atribuíveis
exclusivamente a retardo mental global ou à escolarização inadequada. Deve ser
utilizada para transtornos que satisfazem aos critérios tanto de F81.2 quanto aos de
F81.0 ou F81.1.
Exclui:
• leitura (F81.0)
• soletração (F81.1)
Incapacidade (de):
• aprendizagem SOE
[...]
[...]
Anexo | A 103
Quadro 4 - National Joint Committee on Learning Disabilities (2007)
LD has been defined by the National Joint Committee on Learning Disabilities (NJCLD)
as a heterogeneous group of disorders of presumed neurological origin manifested
differently and to varying degrees during the life span of an individual. These disorders are
developmental in nature, occur prior to kindergarten, and continue into adult life. Various
manifestations of LD may be seen at different ages and as a result of varying learning
demands ( NJCLD, 1985/2001a, 1990/2001c) . Early indicators that a child may have LD
include delays in speech and language development, motor coordination, perception,
reasoning, social interaction, prerequisites to academic achievement and other areas
relevant to meeting educational goals.These indicators may occur concomitantly
with problems in self¬-regulation, attention, or social interaction (LOWENTHAL, 1998;
MCCARDLE, SCARBOROUGH & CATTS, 2001).
TRADUÇÃO:
Anexo | A 105
A comorbidade desses problemas com TDAH é preditora de pior evolução da
saúde mental quando comparada àquela associada a um transtorno específico da
aprendizagem sem TDAH. Instrução sistemática, intensiva e individualizada, utilizando
intervenções baseadas em evidências, pode melhorar ou diminuir as dificuldades de
aprendizagem em alguns indivíduos ou promover o uso de estratégias compensatórias
em outros, mitigando, dessa forma, evoluções de outro modo negativas.
2.1 Introdução
Anexo | B 107
2.2 O Transtorno Específico na Aprendizagem com prejuízos na leitura ou Dislexia
Erros de ortografia
Uso indevido de Erros ligados à Representações natural; Erros na Erros de caráter
letras origem das palavras múltiplas sequência dos visoespecial
grafemas
Erros de ortografia
Generalização de nartural; Erros na Erros de caráter
Hipercorreção Supercorreção
regras Segmentação na visoauditivo
cadeia de fala
Erros de ortografia
Modificação da
arbitrária: erros de
estrutura segmental: Erros nas silabas de Erros com relação ao
OMissão de letras independentes de
trocas, surpressão, estruturas complexas conteúdo
regras e dependente
acréscimo e inversão
de reras
Ausência de
Juntura Junção/Separação
segmentação Erros das regras
intervocabular e não convencional de -
e segmentação ortográficas
segmentação palavras
indevida
Erros por
Forma morfológica Confusão entre as
desconsiderar as - -
diferente terminações am x ão
regras contextuais
Forma estranha de Erros por ausência de
Trocas surdas/sonoras - -
traçar as letras nasalização
Uso indevido
Erros por trocas de
de maiúsculas e Acréscimo de letras - -
letras
minúsculas
Fonte: FERNÁNDEZ, Amparo Ygualet al. Avaliação e intervenção da disortografia baseada na semiologia dos
erros: revisão da literatura. Revista Cefac, v. 12, n. 3, p. 499-504, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/
pdf/rcefac/v12n3/196-09>. Acesso em: 20 jan. 2014.
Anexo | B 109
2.3.2 Identificação e diagnóstico
Erros de caráter viso-analítico - não separa sequências gráficas pertencentes a uma dada sucessão
fónica, ou seja, une palavras (“ocarro” em vez de “o carro”), junta sílabas
pertencentes a duas palavras (“no diaseguinte”) ou separa palavras
incorretamente.
- não coloca “m” antes de “b” ou “p”;
Quadro 6 – Algumas possíveis causas segundo Torres e Fernandes (2001 apud COELHO,
2014, p. 10)
Causas Associação Consequências
As deficiências na percepção, na Na correta orientação das letras e na discriminação
Perceptivo memória visual e auditiva e/ou a de grafemas com traços semelhantes, por
nível espaço-temporal. exemplo.
Pode levar a uma escrita incorreta porque a
A um déficit ou imaturidade
criança não domina as operações de caráter lógico
Intelectual intelectual; um baixo nível de
e intelectual necessárias ao conhecimento e
inteligência geral.
distinção dos diversos elementos sonoros.
Pronúncia/articulação e uso de Problemas de linguagem /ou deficiente
Linguísticos
código restrito. conhecimento e utilização do vocabulário
Poderão fazer com que a criança cometa erros
Baixos níveis de motivação e
Afetivo-emocional ortográficos (mesmo que conheça a ortografia das
atenção.
palavras).
Quando o professor se limita à utilização frequente
Métodos de ensino do ditado, que não se ajusta às necessidades
Pedagógicas
desadequados. individuais dos alunos e não respeita os seus
ritmos de aprendizagem.
Fonte: Torres e Fernandes (2001 apud COELHO 2014, p.10)
Fonte: BASTOS, José Alexandre. Discalculia: transtorno específico da habilidade em matemática. In: ROTTA, N. T.
et al. Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
Anexo | B 111
Quadro 9 – Áreas de comprometimento cerebral afetadas por conta da discalculia
Áreas do cérebro Comprometimento
Área terciária do hemisfério esquerdo Dificuldade na leitura e na compreensão dos problemas verbais
cerebral e conceitos matemáticos.
• aquisição da coordenação
Exclui:
Anexo | C 113
Quadro 2 - Transtornos Motores
Quadro 3 – Três tipos as causas da disgrafia segundo Torres e Fernandes (2001 apud
COELHO, 2014, p. 8)
Causas Associação Consequências
Estas crianças são desajeitadas do ponto de vista motor
Estão relacionadas com (geralmente possuem idade motora inferior à idade
perturbações de lateralidade cronológica) e apresentam uma escrita irregular ao nível
Maturativas
e de eficiência psicomotora da pressão, velocidade e traçado, bem como perturbações
(motricidade, equilíbrio) de organização perceptiva-motora, estruturação/
orientação espacial e interiorização do esquema corporal.
Á fatores de personalidade, Determinar o aspeto do grafismo (estável/instável, lento/
que podem, rápido);
Carateriais consequentemente,
e também a fatores O sujeito reflete na escrita o seu estado e tensão
psicoafetivos, emocionais.
Mudança inadequada de letra de imprensa para letra
Á instrução/ ensino rígido e
Pedagógicas manuscrita e/ou uma ênfase excessiva na qualidade ou
inflexível.
rapidez da escrita.
Fonte: Torres e Fernandes (2001 apud Coelho 2014, p. 8)
Quadro 4 – Principais classificações da Dislalia por Carrió Rovira et al (1991), Pascual (1995) e Valverde e
Cols. (1992) segundo Moreno González e Ramírez Villegas (2012, p. 38)
Classificações Características
Transtorno articulatório de origem neurológica e não causada por lesões ou
Diglossia
anormalidades de órgãos articulação periférica.
Dá-se devido a danos no sistema nervoso central e caracterizada pela perda
Dislalia
Disartria de controlo do motor. Abrange um transtorno motor da fala e caracteriza-se
orgânica
por fraqueza muscular.
Dislalia
Alterações nas articulações devido a problemas de audição.
audiogênicos
Incapacidade de produzir com sucesso fonemas, causada pela maturidade
cerebral insuficiente e inadequado para o desenvolvimento do aparelho
fonoarticulador.
Dislalia evolutiva Todas as crianças apresentam este tipo de alterações nos primeiros anos de
sua vida, mas a partir dos quatro anos é que se pode falar sobre dislalia, uma
vez que é nesta idade que, estatisticamente, as crianças têm uma articulação
fonética correta.
Disfunção da articulação devido a uma má operação dos articuladores, não
Dislalia funcional
por causas orgânicas.
Fonte: Moreno González e Ramírez Villegas (2012, p. 38).
Anexo | C 115
3.2.2 Identificação e diagnóstico
Transtorno da Fala
Critérios Diagnósticos
Anexo | C 117
a. Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por
descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades
(p. ex., negligencia ou deixa passar detalhes, o trabalho é impreciso);
b. Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou
atividades lúdicas (p. ex., dificuldade de manter o foco durante aulas,
conversas ou leituras prolongadas);
c. Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra
diretamente (p. ex., parece estar com a cabeça longe, mesmo na ausência
de qualquer distração óbvia);
d. Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar
trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho (p. ex., começa
as tarefas, mas rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo);
e. Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (p.
ex., dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter
materiais e objetos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado;
mau gerenciamento do tempo; dificuldade em cumprir prazos);
f. Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas
que exijam esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos escolares ou lições
de casa; para adolescentes mais velhos e adultos, preparo de relatórios,
preenchimento de formulários, revisão de trabalhos longos);
g. Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades
(p. ex., materiais escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves,
documentos, óculos e celular);
h. Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos (para
adolescentes mais velhos e adultos, pode incluir pensamentos não
relacionados);
i. Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas (p. ex.,
realizar tarefas, obrigações; para adolescentes mais velhos e adultos,
retornar ligações, pagar contas e manter horários agendados).
2. Hiperatividade e impulsividade: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas
persistem por pelo menos seis meses em um grau que é inconsistente com o nível
do desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas atividades sociais e
acadêmicas/profissionais.
Nota:. Os sintomas não são apenas uma manifestação de comportamento opositor,
desafio, hostilidade ou dificuldade para compreender tarefas ou instruções. Para
adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são
necessários:
Anexo | C 119
Quadro 8 – Quanto aos subtipos da TDAH
Determinar o subtipo: DSM-5(2014)/CID-
Fator para diagnóstico
10(2008)