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Universidade de Caxias do Sul

Imunologia Geral
Acadêmicas: Carolina Tesch, Eduarda Zucco, Elisângela Monteiro Sartori,
Giovana Hass, Letícia R. Costa, Karina Camillo, Raquel Missio.

RETROVIROSES

CAXIAS DO SUL
23 de novembro de 2021.
Sumário
Retroviroses

Introdução:

O Corpo humano possui a capacidade de reagir diariamente aos ataques de


bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito
complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e
com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por
manter o corpo funcionando livre de doenças. (Departamento de Doenças
Condições Crônicas e infecções Sexualmente Transmissíveis).

Entre as células de defesa estão os linfócitos T-CD4+, principais alvos do HIV, vírus
causador da aids. São esses, conhecidos como glóbulos brancos que organizam e
comandam a resposta diante dos agressores. Produzidos na glândula timo, eles
aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os microrganismos estranhos que
entram no corpo humano. (Departamento de Doenças de condições Crônicas e
infecções Sexualmente Transmissíveis).
Desenvolvimento:

Definição do HIV/AIDS
O vírus da imunodeficiência humana (human immunodeficiency virus - HIV) é um
lentivírus que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (acquired
immunodeficiency syndrome - aids), responsável por uma deterioração progressiva
do sistema imunológico e que infecta principalmente os linfócitos T (LT) CD4+, os
macrófagos e as células dendríticas. A infecção provoca a diminuição do número de
LT-CD4+ por meio de diversos mecanismos, entre os quais a apoptose de células
espectadoras, a morte viral de células infectadas e a morte de LT-CD4+ por meio de
linfócitos T citotóxicos CD8+ que reconhecem as células infectadas. Quando o
número de LT-CD4+ desce abaixo do limiar aceitável, o corpo perde a imunidade
mediada por células e torna-se progressivamente mais suscetível a infecções
oportunistas. (Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis
2020)
Transmissão do HIV
A infecção pelo HIV pode ser transmitida por sangue, sêmen, lubrificação vaginal ou
leite materno. O HIV está presente nesses fluidos corporais tanto na forma de
partículas livres como em células imunitárias infectadas. As principais vias de
transmissão são as relações sexuais desprotegidas, o compartilhamento de
seringas contaminadas e a transmissão entre mãe e filho durante a gravidez ou
amamentação. Pela saliva o risco de transmissão é mínimo. (Protocolo Brasileiro
para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020)

Fases da Aids e seus Respectivos Sinais e Sintomas


As manifestações clínicas decorrentes da infecção pelo HIV abrangem um grande espectro
de sinais e sintomas, com diversas fases, que dependem da resposta imunológica individual
e da intensidade de replicação viral. Frequentemente ocorre um quadro agudo de infecção
nas primeiras semanas, seguido de uma fase assintomática, que pode durar anos, antes de
surgir a aids. No caso de indivíduos não tratados, o tempo médio entre o contágio pelo HIV
e o aparecimento da aids situa-se em torno de dez anos. A infecção pelo HIV pode ser
classificada em três fases. (Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis
2020)
Infecção aguda pelo HIV: a síndrome retroviral aguda ocorre entre a primeira e a terceira
semana de infecção e é caracterizada por sintomas inespecíficos como febre, cefaleia,
astenia, adenopatia, faringite, exantema e mialgia. A linfadenomegalia acomete
principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar. A
síndrome retroviral aguda é autolimitada, com resolução espontânea em três a quatro
semanas. Diante de um quadro viral agudo, em pessoa sexualmente ativa, o médico deve
considerar a possibilidade de síndrome retroviral aguda entre os diagnósticos diferenciais.
(Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020)
Latência clínica: caracteriza-se por ser em geral assintomática, com duração de anos. É
possível encontrar linfadenomegalia e alterações inespecíficas em exames laboratoriais, de
pouca importância clínica, como plaquetopenia, anemia (normocrômica e normocítica) e
leucopenia. Enquanto a infecção progride, ocorre queda gradual de LT-CD4+, com
aparecimento intermitente de infecções, que podem ter apresentações atípicas, ou
reativação de infecções antigas, como tuberculose e herpes-zóster. Além disso, podem
surgir sinais e sintomas como febre baixa, perda de peso, sudorese noturna e fadiga, além
de diarreia, cefalia e leucoplasia e candidíase oral. (Protocolo Brasileiro para Infecções
Sexualmente Transmissíveis 2020)
Aids: caracteriza-se pelo surgimento de manifestações de imunodeficiência avançada, onde
o aparecimento de infecções oportunistas ou neoplasias é indicativo de aids. Dependendo
do grau de imunossupressão e especificidades de cada caso, podem ocorrer uma ou várias
infecções oportunistas ao mesmo tempo. (Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente
Transmissíveis 2020)

Importância da Nutrição para quem apresenta HIV/AIDS


As intervenções nutricionais e/ou aconselhamento nutricional devem fazer parte dos
programas de controle e tratamento do HIV/AIDS, pois dieta e nutrição podem melhorar a
adesão e efetividade da terapia antirretroviral, além de contribuir com melhoria das
alterações metabólicas. Os principais objetivos dietoterápicos em pacientes com HIV/AIDS
constituem em evitar a desnutrição, preservar a massa magra, reduzir complicações e
sintomas de infecções oportunistas e efeitos colaterais de drogas que interfiram na ingestão
e absorção de nutrientes, assim como melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
(Revista Médica de Minas Gerais)
Para obter uma alimentação saudável, a pessoa deve buscar ingerir todos os grupos de
alimentos diariamente. A alimentação saudável deve fornecer carboidratos, proteínas,
lipídios, vitaminas e minerais, que são nutrientes necessários ao bom funcionamento do
organismo. A diversidade dietética que fundamenta o conceito de alimentação saudável
pressupõe que nenhum alimento específico – ou grupo deles - é suficiente para atender a
todos os nutrientes requeridos à uma boa nutrição e consequente garantia e manutenção
da saúde. (Manual clínico de alimentação e nutrição na assistência a adultos infectados
pelo HIV – 2006)
Uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades individuais, contribui para o
aumento dos níveis dos linfócitos T CD4, melhora a absorção intestinal, diminui os agravos
provocados pela diarreia, perda de massa muscular, Síndrome da Lipodistrofia e todos os
outros sintomas que, de uma maneira ou de outra, podem ser minimizados ou revertidos por
meio de uma alimentação balanceada. Lembrando sempre que orientar uma alimentação
saudável é colaborar para promover melhoria da qualidade de vida para portadores de
HIV/AIDS. (Manual clínico de alimentação e nutrição na assistência a adultos infectados
pelo HIV – 2006)

A importância sobre o conhecimento do vírus HIV na área da estética

Muitos profissionais da área da estética ainda não tem o conhecimento


adequado sobre a transmissão do vírus HIV.
O contato com o sangue deve ser evitado, mesmo que a exposição ocorrer
em pele íntegra. A utilização de precauções padrão deve ser extensiva a estes
profissionais e as normas de biossegurança não devem ser subestimadas,
considerando-se que estamos numa era cujo desconhecimento da real situação dos
infectados pelo HIV é uma verdade. Soma-se ainda a possibilidade de outras
infecções importantes, cujos patógenos são veiculados pelo sangue, como é o caso
da Hepatite do tipo B e de outras doenças infecto contagiosas emergentes e
reemergentes ou ressurgentes. (Girl Elucir; Gessolo Fabiana, 11 de março de 2010)
Devido ao fato das manicures e esteticistas utilizarem instrumentos pérfuro-
cortantes, é necessário que todo o material seja esterilizado da forma correta, sendo
necessária um higienização com álcoois etílico e isopropílico 70% e em seguia
expor a autoclavagem dos mesmos.
Uma das principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e
laboratórios diz respeito à higienização das mãos.
As luvas também são um dos equipamentos de proteção que merecem
destaque. Elas devem ser usadas sempre que necessário e trocadas após cada
procedimento.
Pesquisas realizadas entre profissionais de saúde que tiveram contato
acidental com sangue contaminado pelo HIV demonstraram que o risco ocupacional
é baixo. No entanto, resultados apontaram que a probabilidade de infecção é
diferente de zero. Diante desse fato, fica evidente que tanto os profissionais da área
de saúde, quanto os profissionais da área de estética (manicures, pedicures e
podólogos), que lidam com instrumentos perfurocortantes, estão expostos ao risco
de contágio com o vírus HIV.

https://www.scielo.br/j/reeusp/a/z5TTJ45VfQwxVnCR86m435h/?lang=pt

https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/biosseguranca-saude.htm

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