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GLAUCO VELASQUEZ

Nasceu na Itália em 23 de março de 1884, filho de Adelina Alambary e Eduardo


Medina Ribas seu professor de canto, sendo doado a uma família de
camponeses e posteriormente protegido por um pastor protestante que lhe
proporcionou o primeiro contato com os estudos. Recebeu suas primeiras
lições de música na Europa e ingressou no Instituto Nacional de Música em
1902, ano em que começou a compor, obras como peças sacras a duas
vozes, cantadas por suas alunas na capela local de São Roque, e muitas obras
para piano e canto. Salutaris também foi uma de suas composições que
chegou a mostrar a Francisco Braga, com quem estudou contraponto, fuga e
composição, sendo recomendado por seu mestre, a voltar para o Instituto
Nacional de Música. Em 1903 matriculou-se na classe de harmonia de
Frederico Nascimento, professor de tendência liberal e aberto a experiências
progressistas que muito influenciou na sua formação. Estimulado por mestres e
amigos, acompanhou a renovação musical europeia da época, dedicando se à
composição. Foi considerado um dos mais talentosos compositores brasileiros
e em suas composições, fazia uso do emprego de técnicas wagnerianas e
recursos derivados da escola de francesa. Apresentou pela primeira vez um
concerto com suas obras, em 20 de setembro de 1911. Ao apresentar
problemas de saúde, seus amigos se mobilizaram e enviaram uma petição ao
Congresso Nacional, também assinada por diversas personalidades, com a
finalidade de se obter, para GLAUCO VELASQUEZ, uma bolsa de estudos do
governo brasileiro, para que ele estudasse na Europa, cujo verdadeiro objetivo
seria permitir ao compositor tratar-se em algum centro especializado em
tuberculose na Suiça, porém a pretensão foi negada pelo Congresso e três
anos depois, ficou muito doente vindo a falecer prematuramente aos 30 anos
de idade em 21 de junho de 1914, no Rio de Janeiro, deixando inacabada a
partitura da ópera Soeur Beátrice, orquestrado por Francisco Braga, além de
seu Quarto trio, inacabado, só terminado em 1917 por Darius Milhaud.
Escreveu também canções, sonatas para violino e para violoncelo, e música
para piano. Por iniciativa de Luciano Gallet, amigos e admiradores dos quais
vários eram professores do Instituto Nacional de Música, que se reuniam e
promoviam concertos das obras do compositor, foi criada a Sociedade
GLAUCO VELASQUEZ, com a finalidade de prestigiar o compositor,
promovendo a divulgação do seu legado nas primeiras décadas do século XX e
seu acervo que teve origem nessa Sociedade, encontra se na Escola de
Música da Ufrj .

Algumas de suas peças para piano são:

Obras dedicadas a música de câmara.

No canto - de caráter lírico e romântico

Uso de técnicas wagnerianas e recursos derivados da escola de francesa.

- lmpromptu op 34 ( piano)

- Melancolia op.76 (piano)


- Trio IV – opus 106 ( violino, violoncelo e piano)

- Salutaris

- Cantique de Soeur Beatrice (soprano, orquestra de câmara)

Darius Milhaud diz em uma conferência publicada no jornal do comércio -


"Você ficará maravilhado com a música de Glauco Velasquez", repetindo as
palavras de seu professor as vèsperas de sua partida da frança para o Brasil.

O Trio no 4 para violino, violoncelo e piano de Glauco Velasquez, foi restaurado por
Darius Milhaud sob a supervisão de Francisco Braga.

https://www.youtube.com/watch?v=iiyh3ePtTFQ

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