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01) A Administraçã o Fazendá ria de determinado Estado, por entender que a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos – ECT enquadra-se como contribuinte do IPVA incidente sobre os novos veículos de sua frota,
adquiridos e emplacados em seu territó rio, efetuou lançamento tributá rio direto relativo ao respectivo imposto
de sua competência. Todavia, a aludida empresa, que se encontra no prazo regular para pagamento do IPVA,
nã o quitou o imposto por discordar de sua cobrança, entendendo nã o ser seu contribuinte, ante a relevâ ncia
dos serviços de natureza postal para a populaçã o. Sabendo-se que a referida Empresa pretende viabilizar
demanda judicial para a defesa dos seus interesses, ela procura você, na qualidade de advogado contratado pela
ECT, para informar-se da possibilidade jurídica de sua pretensã o. Qual seria seu parecer para sua cliente?
Utilize os argumentos jurídicos pertinentes e fundamente.
RESPOSTA: Diante do caso em vertente seria aplicado como fundamentação jurídica termos do art.
150, VI, a, c/c art. 150, parágrafo 2º, da CRFB/88, sendo esse último uma vedação do inciso VI, a, para a
extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes
02) Uma autarquia federal, proprietá ria de veículos automotores adquiridos recentemente, foi surpreendida
com a cobrança de IPVA pelo Estado responsá vel pelos respectivos licenciamentos, nã o obstante vincular a
utilizaçã o desses veículos à s suas finalidades essenciais. Com base na hipó tese sugerida, assinale a afirmativa
correta.
A) A cobrança é constitucional, por se tratar de fato gerador do IPVA.
B) A cobrança é constitucional, por se aplicar o princípio da capacidade contributiva.
C) A cobrança é inconstitucional, por se tratar de isençã o fiscal.
D) A cobrança é inconstitucional, por tratar de hipó tese de imunidade tributá ria.
RESPOSTA: A resposta correta é letra D, pois a Constituição Federal quanto a imunidade impede a
incidência do tributo, podendo atingir as autarquias e fundações públicas. (art. 150, §1 e 2 da CF)
03) O procurador do município de Juazeiro do Norte/CE decide contestar judicialmente a cobrança do ICMS
discriminada na fatura da conta de luz do imó vel onde funciona a sede da prefeitura, alegando a condiçã o de
ente político para livrar-se da exaçã o. Está juridicamente correto o entendimento do Procurador? Utilize os
argumentos jurídicos pertinentes e fundamente.
RESPOSTA: A contestação do procurador é inviável, pois dessa forma será o a contestação rejeitada
em virtude de que a municipalidade não tem imunidade contra o referido imposto, ou seja, o município
é apenas contribuinte não podendo se esquivar de tal tributo por alegar ter imunidade.
A) O município está correto em cobrar o IPTU sobre o imó vel de propriedade do sindicato dos trabalhadores?
Justifique.
Tal municipalidade está errada cobrando o dado tributo. Isso porque o sindicato dos trabalhadores
tem o direito à imunidade tributária prevista no Art. 150, inciso VI, alínea c, da CRFB/88. E ainda
segundo a Súmula Vinculante nº 52, este o aluguel do imóvel da sede é posto para os fins de atividades.
Sim, advém o que diz o art. 150, inciso VI, alínea c, da CRFB/88, o sindicato dos trabalhos tem direito
a imunidade por ser taxativo a este por lei, já o sindicado patronal não é uma das entidades imunes.
06) A entidade beneficente de assistência social Associaçã o Lar Das Crianças, devidamente registrada e
cumprindo todos os requisitos legais para o gozo de imunidade tributá ria, requereu à Receita Federal o
reconhecimento de imunidade tributá ria quanto à s contribuiçõ es para a seguridade social. O Fisco federal
negou o pedido, afirmando que a imunidade tributá ria das entidades beneficentes de assistência social somente
abarcava impostos, nos termos do Art. 150, inciso VI, alínea c, da CRFB/88, mas nã o contribuiçõ es. Além disso,
o Fisco notificou a entidade para que apresentasse a escrituraçã o de suas receitas e despesas, o que a entidade
se recusou a fazer, alegando que nã o estava obrigada a manter essa escrituraçã o em razã o de sua imunidade
tributá ria. Sobre o caso narrado, responda aos itens a seguir.
A) As entidades beneficentes de assistência social, que cumprem todos os requisitos legais para o gozo de
imunidade tributá ria, também fazem jus ao reconhecimento de imunidade tributá ria quanto a contribuiçõ es
para a seguridade social ou apenas quanto a impostos?
Sim. Diante do art. 195, § 7º, da CRFB/88, as entidades beneficentes de assistência social, mesmo não
estando no rol taxativos das entidades imunes, o citado artigo anteriormente dispõe que estas
entidades são sim isentas de contribuição da seguridade social.
B) Está correta tal entidade beneficente de assistência social em se negar a apresentar a escrituraçã o de suas
receitas e despesas?
Não. O art. 14 do CTN, versa que na condição para ser entidade beneficentes de assistência social
com imunidade, em especifico o inciso III, dispõe inciso “manterem escrituração de suas receitas e
despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão”.
07) O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos (cujas receitas, inclusive seus eventuais superá vits,
sã o integralmente reinvestidas no estabelecimento de ensino) deseja saber se está correta a cobrança de
impostos efetuada pelo fisco, que negou a pretendida imunidade tributá ria, sob o argumento de que a
instituiçã o de ensino privada auferia lucros.
A) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributá ria apenas alcança instituiçõ es de ensino que nã o sejam
superavitá rias.
B) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributá ria apenas alcança instituiçõ es pú blicas de ensino.
C) O fisco nã o agiu corretamente, pois nã o há impedimento à distribuiçã o de lucro pelo estabelecimento de
ensino imune.
D) O fisco nã o agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituiçã o nã o precisa ser
deficitá ria, desde que o superá vit seja revertido para suas finalidades.
RESPOSTA: O fisco não está correto em virtude a letra do art. 150, VI, c, § 4º da CF, que compreendem
somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas.
08) De acordo com o CTN, para que uma instituiçã o de educaçã o sem fins lucrativos goze da imunidade
tributá ria relativa ao pagamento de impostos sobre seu patrimô nio, renda ou serviços, ela deve
Alternativas
A) aplicar ao menos 50% de seus recursos na manutençã o dos seus objetivos institucionais.
B) manter escrituraçã o de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades que assegurem a
exatidã o das informaçõ es.
C) abster-se de distribuir mais do que 5% de seu patrimô nio ou de suas rendas.
D) nomear apenas diretores brasileiros.
RESPOSTA: Para tal matéria jurídica dispõem no CNT em seus artigos 9º, inciso IV, alínea c, e art.
14, inciso III, quanto as vedações e aos entes federativos sobre a cobrança de impostos e sendo a alínea
c, do inciso IV do artigo 9º subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele
referidas a manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades
capazes de assegurar sua exatidão.
09) A Igreja Céu Azul, que goza de imunidade quanto ao pagamento de certos tributos, é proprietá ria de vá rios
imó veis, um deles alugado a terceiro, e outro, onde sã o celebrados os cultos, que possui uma casa pastoral, um
cemitério e um amplo estacionamento.
Considerando a situaçã o hipotética apresentada e as normas atinentes à imunidade tributá ria, assinale a opçã o
correta.
A) O imó vel alugado a terceiros goza de imunidade quanto ao pagamento do imposto sobre a propriedade
predial e territorial urbana, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais da Igreja Céu
Azul.
B) A imunidade tributá ria conferida à referida igreja dispensa-a do recolhimento de impostos, taxas,
contribuiçõ es de melhoria, bem como do cumprimento de obrigaçõ es tributá rias acessó rias.
C) Apenas a Uniã o está autorizada a instituir impostos sobre o patrimô nio, renda e serviços da Igreja Céu Azul.
D) A imunidade nã o abrange a casa pastoral, o cemitério e o estacionamento da Igreja Céu Azul, pois a norma
constitucional se refere apenas aos templos de cultos religiosos.
RESPOSTA: Em virtude das limitações do poder de tributar, a sumula 724 do STF é clara “Ainda
quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades
referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas
atividades essenciais de tais entidades.”
Dessa forma, no caso em vertente o referido imóvel alugado a terceiros possui sim a referida
imunidade tributaria devendo os fins lucrativos serem postos as atividades essenciais da entidade
religiosa.