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IESO / DIREITO 7° P/ ALUNA: THALÍA MAYARA QUEIROZ VIANA

IMPOSTOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS

Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte,
onde são classificados em federais, estaduais ou municipais, de acordo com o
ente com competência para sua instituição. Sendo regidos pelos princípios da
legalidade, isonomia tributária, irretroatividade tributária, anterioridade,
uniformidade tributária.
Diante disso, cada entidades tem suas finalidades de impostos, porém
apenas vamos relatar dos Impostos Estaduais e Municipais.
Pois bem, a finalidade dos Impostos Estaduais é arrecadar recursos
para custear despesas de níveis Estaduais (Art. 155, I da CF), ou seja,
financiamentos e investimentos de serviços públicos em todo o estado, como
por exemplo, as escolas e faculdades estaduais, rodovias estaduais e outros.
Sendo responsáveis por cerca de 28% da arrecadação total, que são:

ICMS: Impostos sobre circulação de mercadorias e serviços


IPVA: Imposto sobre a propriedade de motores automotores
ITCMD: Imposto de transmissão causa mortis e doação.

Vê-se que, o ICMS, IPVA e ITCMD são impostos estaduais, que detém
bases de cálculos, fator gerador e contribuintes distintos, vejamos cada:
ICMS: são operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação. Ele incide em todo tipo de
produto e serviço prestado e é cobrado de forma indireta, tendo
seu valor embutido nos bens de consumo ou no serviço prestado. 
São fatos geradores do ICMS: circulação de mercadorias,
prestação de serviço de transporte interestadual, prestação de
serviço de transporte intermunicipal e a prestação de serviço de
comunicação.
Os contribuintes: são pessoas que pratiquem operações
relativas à circulação de mercadorias, importadores de bens de
qualquer natureza, prestadores de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e, finalmente, prestadores de
serviço de comunicação.
Base de cálculo: basta aplicar sua alíquota ao produto ou
serviço em questão, entretanto cada estado pratica uma alíquota
diferente. Caso se trate de circulação de mercadorias, a base de
cálculo será o valor da mercadoria objeto de comercialização.
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IPVA:  incide sobre a posse de veículos e sua alíquota é definida
pelos seus respectivos estados, o que inclui carros, motos,
ônibus, caminhões e outros. O objetivo da arrecadação desse
imposto é para melhoria das vias públicas
O fato gerador do IPVA: é a propriedade de veículo automotor
de qualquer espécie.
Os contribuintes: é o proprietário do veículo automotor, pessoa
física ou jurídica.
Base de cálculo:  será o valor venal de referido veículo. Após
arrecadar, 50% do valor é de domínio do estado e os outros 50%
da cidade onde o veículo foi registrado.
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ITCMD: é um imposto que deve ser pago nas situações de
transmissão de heranças ou doações. 
O fato gerador do ITCMD: verifica-se com a transmissão
gratuita de quaisquer bens (móveis ou imóveis). Referida
transmissão pode se dar mediante contrato de doação ou, ainda
em razão do falecimento de seu titular (causa mortis).
Os contribuintes:  são descritos nas leis dos seus respectivos
estados que são os herdeiros ou legatários, doador ou donatário.
Base de cálculo: é o valor venal dos bens ou direitos
transmitidos e da doação. A alíquota possui um valor máximo de
8%, firmado pelo Senado Federal.

Além disso, os Municípios também possuem seus impostos, sendo


sua finalidade de arrecadar tributos de nível municipal, tem como forma de
oferecer as obrigações públicas aos moradores, viabiliza investimentos na
cidade, por exemplo, sistema de saúde, educação e atendimento à
população. Sendo responsáveis por cerca de 5,5% da arrecadação total, que
são:

IPTU: Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana,


para propriedades com construção em meio urbano
ISS: Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, destinados
aos cofres públicos
ITBI: Imposto de Transmissão de Bens Imóveis, em
transferência imobiliária

Vê-se que, o IPTU, ISS e ITBI, são impostos municipais, que detém
bases de cálculos, fator gerador e contribuintes distintos, vejamos cada:

IPTU:  incide sobre a propriedade de qualquer tipo de imóvel, por


exemplo, residências, galpões indústrias, prédios comerciais ou
residenciais, chácaras de recreio, terrenos e quaisquer outros
espaços. Podemos citar ainda relacionados a este imposto outros
dois: o ITU (Imposto sobre Território Urbano) e o ITR (Imposto
sobre Território Rural). Que incidem sobre terrenos vazios em
território urbano e a propriedades rurais fora do perímetro urbano. 
O fato gerador do IPTU: é a propriedade, pode ser o domínio
útil ou com a posse de imóveis na zona urbana.
Os contribuintes:  é o proprietário do imóvel, quem usufrua ou
o possuidor do bem, sendo cobrado anualmente pelos
municípios.
Base de cálculo: é o valor venal do bem imóvel, considerando o
tamanho do terreno, total de área construída e não construída,
localização do terreno na planta da cidade e qualificação, sendo
multiplicado este o valor venal pela alíquota de seu município, na
maioria das vezes esta alíquota é de 1,0% para casas e
comércios ou de até 3% para prédios e terrenos, podendo ser
pago a vista ou em parcelas. 

ISS: incide sobre os serviços elencados na Lei 11.438/1997 e a


Lei Complementar 116/2003, cobrado sobre a prestação de
serviços como médicos, hospitais, alfaiates, barbeiros,
cabeleireiros, contadores, advogados, estabelecimentos de
ensino, lavanderia, transporte intermunicipal, hotéis e outros
serviços em que não há cobrança de ICMS.
O fato gerador do ISS: a prestação de serviços constantes da
Lista mencionada da Lei Complementar 116/2003, exceto
transporte interestadual e intermunicipal, serviços para o exterior
e serviços pelo próprio ente tributante.
Os contribuintes: é o prestador dos serviços constantes da lista
anexa à LC 116/2003, excetuados aqueles que prestam serviços
em relação de emprego, os trabalhadores avulsos e os diretores
e membros de Conselhos Consultivo e Fiscal de Sociedades
(Art. 2º, II, da LC 116/2003).
Base de cálculo: é o preço do serviço estabelecido no Art. 7º,
LC 116/2003. Sendo impossível aferir o valor correspondente,
calcula-se a partir de um valor recolhido periodicamente, que é o
“ISS FIXO”. A alíquota mínima é de 2% com base nos
rendimentos brutos da empresa, profissionais autônomos também
devem pagar esse imposto é geralmente a alíquota é de 5% em
cima do valor da nota fiscal de cada serviço prestado.

ITBI:  impostos sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título,


por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física,
e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição. – CF, art. 156, II.
O fato gerador do ITBI: acontece com o registro do título no
Cartório competente.
Os contribuintes: pode ser qualquer das partes envolvidas nas
operações que tenham por objeto a transmissão onerosa de
imóvel (CTN, art. 42), ou seja é o comprador de um imóvel.
Base de cálculo: consiste no valor venal dos bens ou direitos
transmitidos (CTN, artigo 38), devendo-se entender por valor
venal o valor de venda no mercado, uma vez que a ele deve
corresponder o preço pago pelo adquirente.

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