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Marcos Oliveira Costa

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE TALUDE DE TERRA NA RODOVIA


TO020 Km49

Palmas – TO
2018
Marco Oliveira Costa

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE TALUDE DE TERRA NA RODOVIA


TO020 Km49

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I elaborado e


apresentado como requisito parcial para obtenção do
título de bacharel em Engenharia Civil pelo Centro
Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Orientador: Prof. M.Sc. Edivaldo Alves dos Santos.

Palmas – TO
2018
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Pirâmide Textural .................................................................................................... 12


Figura 2 - Pirâmide Textural Simplificada ............................................................................... 13
Figura 3 - Sondagem Geoeletrica ............................................................................................. 14
Figura 4 - Obtenção de Amostras Indeformadas ...................................................................... 16
Figura 5 - Obtenção de Amostras Indeformadas ...................................................................... 17
Figura 6 - Tipos de Graduação do Solo .................................................................................... 22
Figura 7 - Escala Granulométrica ABNT e AASHO ............................................................... 24
Figura 8 - Aparelho Casagrande ............................................................................................... 25
Figura 9 - Procedimento do Ensaio no Aparelho Casagrande .................................................. 25
Figura 10 - Solo Antes e Após a Contração Total .................................................................... 26
Figura 11 - Ensaio de Cisalhamento Direto.............................................................................. 27
Figura 12 – Classificação dos Tipos de Movimentos Gravitacionais Segundo Varnes ........... 30
Figura 13 - Modelo de Cálculo das Lamelas ............................................................................ 31
Figura 14 - Modelo de Método de Cálculo de Culmann .......................................................... 32
Figura 15 - Seção de Estudo ..................................................................................................... 33
LISTA DE ABREVIATURAS

CEULP Centro Universitário Luterano de


Palmas
NBR Normas Brasileiras
SPT Standard Penetration Test
GPS Global Positining System
ABNT Associação Brasileira de Normas
Técnicas
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 7
1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................ 9
1.1.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................................... 9
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 9

1.3 PROBLEMA ................................................................................................................................... 10

2.1SOLOS ............................................................................................................................................. 11

2.1.1 Caracterização Geotécnica ........................................................................................................... 13


2.1.2 Prospecções Geofísicas e Mecânicas ........................................................................................... 14
2.1.3 Sondagens .................................................................................................................................... 19
2.1.3.1 Sondagem por penetração ......................................................................................................... 19
2.1.3.2 Sondagem à Percussão .............................................................................................................. 19
2.2 IDENTIFICADORES FÍSICOS DO SOLO ................................................................................... 21

2.2.1 Peso específico do solo................................................................................................................. 21


2.2.2 Teor de umidade ........................................................................................................................... 21
2.2.3 Granulometria .............................................................................................................................. 22
2.2.4 Limites de consistência ................................................................................................................ 24
2.3 TOPOGRAFIA ............................................................................................................................... 28

2.4 TALUDES....................................................................................................................................... 29

2.4.1 Rompimento de Taludes............................................................................................................... 29


2.5 MÉTODOS DE ESTABILIDADE DE TALUDES ........................................................................ 31

2.5.1 Métodos das lamelas .................................................................................................................... 31


2.5.2 Métodos computacionais .............................................................................................................. 32
3. METODOLOGIA ............................................................................................................................. 33
3.1 A Seção de Estudo .......................................................................................................................... 33

3.3 Geometria do Talude ....................................................................................................................... 34

3.4 Caracterização Geológica-Geotécnica do Talude ........................................................................... 34

3.5 Amostragem .................................................................................................................................... 34

3.7 Determinação do teor de umidade ................................................................................................... 36

3.8 Cisalhamento direto......................................................................................................................... 36

3.9 Determinação da Estabilidade da Seção Inicial............................................................................... 37


3.10 Análise dos Fatores Externos ........................................................................................................ 37

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 38


5. CRONOGRAMA .............................................................................................................................. 43
6. ORÇAMENTO ................................................................................................................................. 44
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1. INTRODUÇÃO
A ocorrência de processos de deslizamentos em encostas de terra infelizmente é um
problema recorrente no Brasil. Isso acarreta um transtorno imensurável, tanto para a
população tanto para a infraestrutura da cidade ou obra afetada por tamanha catástrofe. Tais
processos podem ser ocasionados tanto pela ação da natureza quanto por ação humana, desde
fortes chuvas ou processos naturais do solo ou por meio da construção de uma barragem,
ponto, rodovia entre outras obras da Engenharia Civil.
No Tocantins e regiões circunvizinhas não há a ocorrência destes desastres por
motivos naturais, ao menos não com tanta frequência como em outras regiões do Brasil,
devido principalmente a geografia, ao clima e a geologia local, apresentando um clima bem
delimitado entre período chuvoso e período de seca, sem chuvas fora do comum, e uma
topografia praticamente plana na maior parte do Estado.
Para a execução de rodovias, como é o caso observado nessa monografia, geralmente
é necessário efetuar um corte no terreno para atender o projeto de rodovia estabelecido para
o trecho. A saída mais econômica e viável para efetuar a estabilidade da encosta quando se é
efetuado o corte é a execução de um Talude, que quando executado de maneira correta,
atendendo os requisitos de projeto geotécnico e geométrico não oferece risco nenhum a
integridade da obra, entretanto, quando má executada pode ocasionar riscos que se
assemelham aos desastres naturais citados anteriormente.
A avaliação do Talude existente na rodovia TO 020, Km 49, objeto de estudo deste
trabalho, é ocasionada pelo fato de que o talude escalonado, executado para estabilizar a
encosta as margens da rodovia, veio a colapso em um trecho próximo á uma área de risco da
rodovia, chegando a invadir uma parte do leito carroçável. Além disso, o talude apresenta
processos erosivos ocasionados pela precipitação. Este processo pode agravar e acelerar a
degradação da encosta, levando risco aos usurários da via, podendo gerar novos
deslizamentos de terra no futuro.
O estudo de caso será a verificação da estabilidade da encosta em questão, através
de modelos computacionais, sendo que para esta avaliação será necessário o levantamento
planialtimétrico da seção, já a respeito da geologia será realizado ensaios in loco e em
laboratório para a caracterização geológica do solo que compõe a encosta.
Por fim, caso seja constatado realmente a instabilidade da encosta, será desenvolvido
um projeto para estabilizar a encosta, optando pela solução mais adequada, que deverá, além
8

de ser economicamente viável, atender aos critérios mínimos de segurança estabelecidos pela
NBR 11682.
9

1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral

Verificar a estabilidade do corte executado na rodovia TO-020 Km 49, próximo a


cidade de Aparecida do Rio Negro, caso o resultado não atenda o fator de segurança de 1,5
previsto na NBR-11682, reelaborar o projeto do Geométrico e Geotécnico do Talude para dar
estabilidade à encosta.

1.1.2 Objetivos Específicos

 Executar levantamento da geometria da seção de estudo;

 Caracterizar o solo na seção, a fim de obter as características do mesmo;

 Verificar a estabilidade inicial da encosta;

 Projetar um novo talude que ofereça estabilidade, caso seja necessário.

1.2 JUSTIFICATIVA
Em 2016 no Brasil, o rompimento de uma barragem de terra foi o protagonista de
uma das maiores catástrofes não naturais que atingiram o meio ambiente e o ser humano. O
rompimento da barragem de Mariana – MG, é um exemplo que sempre será lembrado como
alerta das consequências diretas da falha crítica da estabilidade de uma obra de contenção de
terra.
A barragem de terra de Algodões no município de Cocal, Norte do Piauí, que
também veio a colapso levando várias vidas, não pode ser esquecida, são inúmeros os casos
de desastres envolvendo colapsos de obras de terra no país, não só de barragens de terra, mas
também de deslizamentos de encostas sobre rodovias e erosões da base da própria rodovia
muitas vezes, o que nos evidencia os riscos envolvidos no entorno das obras que tem
envolvem a Engenharia Civil.
O presente estudo tem a intenção de verificar e estabilizar a encosta objeto de estudo,
com o intuito de prevenir e evitar possíveis novos movimentos de terra, como os que já
ocorreram no trecho, evitando uma possível catástrofe, prezando pela segurança dos usurários
da rodovia e do meio ambiente que circunda a região.
10

1.3 PROBLEMA
A seção em estudo é um talude escalonado localizado na rodovia TO 020 Km 49,
que veio a colapso, deslocando um maciço de terra até as margens do leito carroçável da
rodovia, pôde-se observar também que o talude é composto por dois materiais distintos, o
que pode ser um agravante que ocasionou o deslizamento. Gerando o questionamento sobre
qual o motivo do colapso e se a encosta de terra em questão está estável?
11

2.REFERENCIAL TEÓRICO
2.1SOLOS
Todo solo é o resultado da decomposição de uma rocha matriz, seja através de aços
mecânicas, como a ação dos ventos, ação das águas, clima ou até mesmo a vegetação que
poça existir sobre a região; ou ações químicas, através da alteração das características da
rocha de origem, como a oxidação dos minerais que compõem a rocha devido a ação da água,
ou até mesmo a carbonatação e hidratação podem ser consequências da ação da água ou de
agentes químicos presentes na vegetação local. (CAPUTO, 1988).
Uma massa de solo pode ser considerada como um conjunto de partículas e vazios das
mais variadas formas e tamanhos que, por sua vez, podem estar preenchidos com água, ar ou
ambos. Logo, o solo pode ser equacionado como uma soma de três estados físicos da matéria,
sólidos, gases e líquidos.
Segundo Pio Fiori (2015):

Uma massa de solo pode ser descrita por suas propriedades físicas, como peso
específico, teor de umidade, índices de vazios, entre outras, e suas propriedades
mecânicas, como ângulo de atrito interno, resistência ao cisalhamento, coesão, entre
outras, como será visto no decorrer do trabalho. (p. 01).

Na mecânica dos solos para a Engenharia Civil, os solos são divididos e caracterizados
em três grandes grupos: solos Arenosos Siltosos e Argilosos. Essa classificação é flexível, pois
dificilmente encontramos na natureza um solo que apresenta uma única característica de uma
única classe, quando o solo é classificado em um dos três grupos, significa que o solo apresenta
a predominância daquele material, entretanto a combinação das frações de areia silte e argila
está presente na maioria dos solos e para poder classificá-los devidamente é necessário realizar
a análise granulométrica do solo.
Solos arenosos, geralmente apresentam uma coesão nula ou extremamente baixa pois
a presença de porções de silte e argila se faz em pequenas quantidades, o que faz com as
partículas presentes no solo não apresentem ligações entre si tornando o solo mais suscetível a
erosões.
Solos Argiloso, são solos que tem no mínimo 30% de argila em sua composição e
baixo índice de vazios, apresentam um comportamento contrário ao solo arenoso, devido a sua
plasticidade e capacidade de aglutinar apresentando uma alta coesão entre os grãos, os solos
argilosos se tornam praticamente impermeáveis quando já saturados.
12

Solos Siltosos, são solos extremamente erosivos, pois suas partículas além de pequenas
e leves, não interagem com as argilas. São solos finos e sem resistência e plasticidade.
É possivel diferenciar os solos apartir da classificação textural, com os valores das
quantidades de areia silte e argila que compõe o solo, obitidos apartir dos ensaios de
granulometria, é possivel classificar o solo quanto a textura atraves da interpretação dos
triangulos texturais:

Figura 1 – Pirâmide Textural

Fonte: Caputo (2089)


13
Figura 2 - Pirâmide Textural Simplificada

Fonte: EMBRAPA (2011)

2.1.1 Caracterização Geotécnica


Caracterização geotécnica nada mais é do que o conhecimento das propriedades
físicas, mecânicas e hidráulicas de um determinado solo e suas camadas. Para tal
conhecimento é necessário a realização de ensaios em laboratórios a partir de amostras do
solo em questão. (FERNANDES, 2009)
14

2.1.2 Prospecções Geofísicas e Mecânicas


Prospecções Geofísicas são o conjunto de estudos geofísicos do solo, comumente
na engenharia, através de propagações de ondas sísmicas ou por eletrorresistividade do solo
para a obtenção de dados, que quando devidamente interpretados poderão apontar as
características das camadas de solo analisadas. A eletrorresistividade serve para definir o
nível do lençol freático e a espessura da camada de solo sondado, medindo a resistência que
o solo oferta à passagem de corrente elétrica, apontando presença de água e mudança do teor
de humidade do solo podendo assim definir quando uma camada de solo se encerra e outra
se inicia. O método Sísmico analisa a propagação de ondas sísmicas no solo, onde a
velocidade de propagação das ondas é a responsável por apontar as características do solo.
(QUEIROZ, 2009).
Prospecções Mecânicas são utilizadas com mais frequência na engenharia civil por
se tratar de uma metodologia mais difundida no meio, sondagens de penetração e furação,
valas, trincheiras e poços são comumente empregadas na Engenharia Civil para a
caracterização do solo ou a obtenção de amostras para realização de ensaios em laboratórios
ou em situ. (FERNANDEZ, 2014)

Figura 3 - Sondagem Geoelétrica

Fonte: Chiossi (2013)


15
16

2.1.2.1 Amostras deformadas e indeformadas


As obtenções de amostras deformadas são mais simples de se obter em comparação
as amostras indeformadas, pois os dados serão obtidos a parir da realização de ensaios de
granulometria, plasticidade, cisalhamento e compactação. A realização destes ensaios não
exige que o solo conserve suas características naturais, que o solo apresenta originalmente no
local analisado. (QUEIROZ, 2009)

As amostras indeformadas são utilizadas para obtenção de índices de coesão e


ângulo de atrito interno do solo, parâmetros utilizados para realização de obras de terra, como
taludes e reaterros por exemplo, pois visam representar os esforços que o solo será submetido
de forma mais realística. As amostras são obtidas por meio da extração de um bloco maciço
de solo indeformado, podendo ser escavado diretamente na superfície analisada ou em poços
e trincheiras já escavados (Fig. 3 e Fig. 4). As amostras devem obedecer às dimensões de 20
x 20 x 20 cm; 30 x 30 x 30 cm; ou 40 x 40 x 40 cm. (QUEIROZ, 2009)
A obtenção destas amostras deve seguir os critérios regidos pela NBR 9604/1986.

Figura 4 - Obtenção de Amostras Indeformadas

Fonte: Tec Geo Sondagens e Fundações (2018)


17

Figura 5 - Obtenção de Amostras Indeformadas

Fonte: Fernandes (2014)


18
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2.1.3 Sondagens
2.1.3.1 Sondagem por penetração
A sondagem por penetração ou Santard Penetration Test (SPT) é a maneira
reconhecidamente mais utilizada em todo mundo para a realização de investigação do solo.
Possibilita determinar a consistência de solos coesivos e até rochas brandas, e a densidade de
solos granulares, é comum a utilização dos valores obtidos de SPT desse método de sondagem
para projetos de fundações diretas e indiretas, especialmente no Brasil. (SHANAID, 2014).
As sondagens de penetração é o método para investigação que consiste na
penetração do solo com uma haste de aço com ponta perfurante em formato de cone, que
penetra no solo ao ser golpeado continuamente com o martelo. Este ensaio possibilita a
obtenção da característica das camadas de solo através da resistência do terreno à penetração.
Este procedimento não possibilita a retirada de amostras de solo, deformadas ou
indeformadas. (FERNANDES, 2014)

2.1.3.2 Sondagem à Percussão


Semelhantemente a sondagem descrita anteriormente, este método busca conhecer
as características do solo e subsolo por meio da resistência que o mesmo oferece ao ser
penetrado, entretanto, este procedimento permite a retirada de uma amostra de solo
indeformado para posteriores analises. O ensaio consiste na cravação de um amostrador
padrão no solo através do impacto ocasionado pelo martelo de 65Kg, que cai em queda livre
à 75cm de altura sobre a haste do amostrador, cravando o amostrador em camadas de 45 cm
a cada metro de profundidade do solo. A resistência é determinada pela quantidade de golpes
necessários para que o amostrador penetre 15cm de solo, repetindo-se o procedimento 3 vezes
até que se atinja a profundidade de 45cm prevista em norma.
Considera-se o solo impenetrável quando, em três metros de solo, necessitar de 30
golpes para penetração dos 15 cm iniciais do amostrador-padrão; quando, em quatro metros
de solo, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm iniciais do amostrador-padrão; e
quando, em 5 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para a penetração dos 45 cm do amostrador-
padrão (NBR 6484, 19997)
20
21

2.2 IDENTIFICADORES FÍSICOS DO SOLO


2.2.1 Peso específico do solo
O peso especifico de uma partícula solida do solo, um grão, nada mais é do que a
relação da massa que a forma pelo volume que a partícula ocupa no espaço. E possível
determinar o peso especifico de um solo através de ensaios de laboratório. ( Gil Carvalho,
2005).

2.2.2 Teor de umidade


O peso especifico de um solo é o peso da água contida em um certo volume do solo
pelo peso de solido existente no solo. A obtenção deste índice é bem simples, basta aferir o
peso que o solo apresenta em seu estado natural, ou seja sem sofrer nenhuma perda de água
considerável, e após colocar o solo em uma estufa para que se retire completamente a água
do interior dos vazios e posteriormente comparar o peso que o solo apresenta antes e depois,
determinando assim a quantidade de agua existente no solo. (PINTO, 1996)
22

2.2.3 Granulometria
As frações constituintes do solo recebem designações próprias de acordo com suas
características, graduação dos grãos e tamanho dos grãos. Para a determinação da
granulometria de solos com diâmetro de grãos variando até 0,075 mm, pode-se utilizar o
método de peneiramento, para solos finos quem diâmetro granular inferiores a 0,075 utiliza-
se então o método de sedimentação continua em meio liquido. (Pinto, 1996).
O procedimento para a determinação da faixa granulométrica é regido pela NBR
7181/1984.

Figura 6 - Tipos de Graduação do Solo

Fonte: Caputo (1996)


23

Fonte: Caputo (1996)


24

Figura 7 - Escala Granulométrica ABNT e AASHO

Fonte: Pinto (1996)

2.2.4 Limites de consistência


A classificação da consistência dos solos finos em relação ao teor de umidade
presente nele se divide em quatro classes, variando com a umidade presente no solo, sendo
eles, sólido, semissólido, plástico e líquido, o limite de transição entre cada classe é
classificado em limite de contração, limite de plasticidade e limite de liquidez
respectivamente.
A obtenção do limite de liquidez é possível por meio da utilização do aparelho
denominado Casa Grande, aparelho este que permite que a amostra analisada possa ser
submetida a uma série de golpes por meio da queda da concha de latão de uma altura
constante de 1 cm, garantindo a uniformidade do ensaio.
O Limite de liquides se situa entre o estado liquido e o estado plástico, e é aferido
mediante a quantidade de golpes necessários para o fechamento de um suco feito no solo
sobre a concha. (CAPUTO, 1996)
25

Figura 8 - Aparelho Casagrande

Fonte: Caputo (1996)

Figura 9 - Procedimento do Ensaio no Aparelho Casagrande

Fonte: Caputo (1996)


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O limite de plasticidade se situa entre os estados semissólido e plástico do solo.


Segundo CAPUTO (1996): O limite de plasticidade é determinado pela porcentagem de
umidade em que o solo começa a se despedaçar, ao tentar moldar um cilindro de 3 mm de
espessura por 10 cm de comprimento.

Limite de contração é o ponto em que o solo para de se contrair com a perda da


umidade, mesmo que o solo continue a perder peso, pois os índices de vazio no interior do
solo permanecem inalterados. (Das, 2007).
Os procedimentos para a realização dos ensaios de limites de plasticidade, liquidez
e contração, são regidos pelas seguintes normas, NBR 7180/1984, NBR 6459/1984 e NBR
7183/1986 respectivamente.

Figura 10 - Solo Antes e Após a Contração Total

Fonte: Caputo (1996)


27

Cisalhamento direto
O ensaio de cisalhamento direto consiste em determinar qual a tensão normal que
pode provocar a ruptura de uma amostra. O mecanismo do ensaio ocorre da seguinte forma,
o solo é colocado dentro de uma caixa composta por duas partes deslocáveis entre si, a
drenagem da amostra se dá por meio de pedras porosas posicionadas na parte superior e
inferior da amostra respectivamente. O ensaio pode ser realizado através da tensão controlada
ou da deformação controlada. (PINTO, 1996)

Figura 11 - Ensaio de Cisalhamento Direto

Fonte: Caputo (1996)


Este ensaio visa a obtenção dos valores de coesão e ângulo de atrito interno do solo,
ambos valores dependem muito do arranjo estrutural do solo, índice de vazios e teor de
umidade, e são extremamente importantes para determinar se o solo apresenta aspectos
necessários para a realização de um empreendimento.
28

2.3 TOPOGRAFIA
A topografia é a ciência aplicada cujo o objetivo é a representação, através de
desenhos em planta, a configuração de uma porção de terreno, representando as curvas de
níveis, o relevo do solo, as elevações e as depressões do mesmo. Esta ciência também permite
conhecer a diferença de nível e a distância entre dois pontos, possibilitando conhecer volumes
de cortes e aterro para assim edificar uma obra de engenharia. A topografia é considerada
básica para a execução das mais diversas obras de engenharia. (BORGES, 2013).
A topografia é dividida em dois ramos principais, são eles a Planimetria e a
Altimetria.
A Planimetria é o conjunto das distâncias horizontais, contemplando os ângulos e
obstáculo, representando em planta por meio de desenhos do ponto de vista superior. Já a
Altimetria engloba as distancias verticais e elevações, representando os desenhos através de
perfil cortes e elevações, as únicas exceções são as curvas de nível, que são elementos de
altimetria mas aparecem em plantas semelhantemente a levantamentos planimétricos.
29

2.4 TALUDES
Superfícies de solos inclinados, formando ângulos em relação aos planos horizontais
com o solo são denominadas de taludes, e podem ser originados naturalmente, devido a ação
da natureza, ou originados devido a ação humana. (DAS, 2011)

2.4.1 Rompimento de Taludes


Diversos fatores podem ocasionar a perda da estabilidade de uma encosta. O
rompimento de um talude pode ser ocasionado devido a deslizamento ou queda, tombamento,
expansões laterais e escoamentos das encostas. Essas

Escorregamento
Escorregamentos ocorre quando a ação da gravidade sobre a massa de solo da
superfície do talude se torna maior que a resistência do solo devido ao atrito interno das
partículas.

Tombamentos
Tombamentos ocorrem quando existe um movimento de rotação do material, solo
ou rocha, à frente do da contenção, abaixo do eixo de gravidade do material que está sendo
deslocado, ou seja, o material em questão tomba para frente. (DAS, 2011)

QUEDAS
Ocorre quando uma rocha ou solo cai da face de um talude, as quedas podem
configurar deslizamentos. ( DAS 2011)

EXPANSÕES LATERAIS
Ocorre por meio de translação, quando o solo base se movimenta subitamente
devido a ação da agua ou por excesso de carga, levando consigo o maciço de terra (DAS,
2011)
30

ESCOAMENTOS

É o deslizamento de solo talude a baixo, com o comportamento similar a de um


fluido, ou seja, solo liquefeito que se desprende da face da encosta.
Classificação para os tipos de movimentos gravitacionais segundo Varnes (1978)
modificado por Corominas e Yagüe (1997); Highland e Bobrowsky (2008)

Figura 12 – Classificação dos Tipos de Movimentos Gravitacionais Segundo Varnes

Fonte: Highland e Bobrowsky (2008)


31

2.5 MÉTODOS DE ESTABILIDADE DE TALUDES


O cálculo da estabilidade de taludes leva em conta duas variáveis principais, sendo
elas, os esforços atuantes e o os esforços resistentes da estrutura. O primeiro é basicamente o
peso do solo sujeito ao cisalhamento, o segundo a resistência ao cisalhamento ao longo da
superfície de ruptura. (QUEIROZ, 2009)

2.5.1 Métodos das lamelas


Geralmente os taludes apresentam-se composto de vários solos com características que
se diferenciam entre si. Devido a isso a determinação dos esforços que atuam sobre a superfície
de ruptura do solo torna-se complexa, e para superar essa dificuldade divide-se o maciço de
solo em deslizante em lamelas. Podendo assim determinar o esforço normal sobre a superfície
de ruptura através dos esforços resistentes e atuantes das lamelas sobre o maciço de terra. Este
método admite a superfície de rompimento circular.

Figura 13 - Modelo de Cálculo das Lamelas

Fonte: Prof. M. Marangon (2009)


32

2.4.2 Método de Fellenius


Neste método, considera-se a interação entre várias lamelas, admitindo que as
resultantes das forças laterais em cada lamela são colineares e de igual intensidade, o que
permite eliminar os efeitos dessas forças considerando o equilíbrio na direção normal a base.
A única iteração entre as lamelas vem da consideração da ruptura progressiva. Este fato é
considerado implicitamente nos parâmetros de resistência do solo, coesão e angulo e
atrito.(MARANGON, 2009)

2.4.1.3 Método de Culmann


Este método admite uma superfície de ruptura partindo do pé do talude até o top,
formando uma superfície plana. Após a determinação da geometria, calcula-se a forças
atuantes na cunha, através da relação entre a força peso, força de coesão e força de atrito.

Figura 14 - Modelo de Método de Cálculo de Culmann

Fonte: Prof. M. Marangon (2009)

2.5.2 Métodos computacionais


Os métodos computacionais vêm evoluindo muito no campo da geotecnia,
auxiliando os engenheiros a resolverem problemas a respeito de solos ou rochas. Vale citar
os programas para estabilidade de taludes, que são ferramentas poderosas e vem se tornando
indispensáveis, promovendo maior agilidade e segurança as análises.
O mercado apresenta uma gama muito grande de programas que oferecem grande
confiabilidade, sendo os mais utilizados o GeoStudio, Geo5, Plaxis, Slope, dentre outros.
33

3. METODOLOGIA
A realização do presente trabalho consistirá na realização de um estudo de caso, para
a avaliação da estabilidade de uma encosta de terra na rodovia TO020 km49 próximo a cidade
de Aparecida do Rio Negro. A metodologia estabelece o passo-a-passo a ser seguido para
alcançar os objetivos.

3.1 A Seção de Estudo


A seção em estudo está localizada as margens da rodovia na rodovia TO020 km49
próximo a cidade de Aparecida do Rio Negro como mostra a figura abaixo (figura 15). A
encosta em questão foi escolhida pelo fato de que o trecho da rodovia em que ela se encontra
apresenta alto risco ao trafego, pois se localiza entre a base de uma encosta e a margem de
uma ribanceira, foi constatado também que parte do talude em questão, que já havia
colapsado, veio a interferir no fluxo de veículos da região, pois uma porção do maciço de
solo chegou a invadir parte do leito carroçável da rodovia.

Figura 15 - Seção de Estudo

Fonte: Autor (2018)


34

3.3 Geometria do Talude


O levantamento geométrico da seção de estudo será executado através da utilização
de GPS. Vale ressaltar que o levantamento com GPS convencionais apresenta uma margem
de erro de leitura, entretanto tal margem de erro não irá interferir no levantamento da
geometria, pois não há necessidade de que a coordenada levantada seja precisa, pois a
informação buscada será a diferença entre os dados dos pontos levantados com o GPS. Após
o levantamento dos pontos na base e no topo do talude poderão ser obtidos os valores
referentes a altura e profundidade da seção de estudo.
O procedimento adotado para o levantamento seguira os seguintes passos: será
fixada uma estaca de madeira com altura de 01 metro do solo rente a base do talude, em
seguida será aferida a distância ente o topo da estaca e a encosta de terra, aferindo assim a
inclinação da face do talude, tal procedimento deverá ser realizado em trechos em que a
superfície do talude se encontre indeformada, mantendo as características de quando foi
executada.

3.4 Caracterização Geológica-Geotécnica do Talude


Para a realização da avaliação da estabilidade do corte inicial deverão ser coletados
corpos de provas de solo como foi dito anteriormente, pois por meio deles serão obtidas as
características do solo tais como, massa especifica, teor de umidade, tensão de cisalhamento
direto. Os ensaios e amostragens que serão realizados seguirão os seguintes procedimentos:

3.5 Amostragem
Para a caracterização geológica da seção de estudo serão retiradas amostras
deformadas e deformadas seguindo os critérios regidos pela NBR 9604/1986. Serão coletadas
03 amostras de solo deformado em 03 pontos diferentes da seção, afim de se obter uma maior
precisão nos resultados. Cada amostra deverá ter o peso de 20Kg.
Para a retirada das amostras de solo indeformado será por meio do afincamento de uma
caixa cúbica metálica de 25 x 25 cm no solo, posteriormente, deverá ser retirado o solo ao redor
da caixa e realizado a separação do fundo entre solo e a caixa, em seguida deverá ser realizado
o procedimento de impermeabilização das superfícies do solo, para que o mesmo possa chegar
ao laboratório sem alterações em seus estados naturais para que se obtenha resultados
fidedignos. A NBR 9604/1986 recomenda a escavação de ao menos um metro de solo antes da
35

retirada das amostras para assim eliminar o solo contaminado com matéria orgânica ou
impurezas presentes na superfície.
36

3.6 Determinação da massa específica


O ensaio de da massa específica será realizado in loco, onde será possível obter as
características do solo de maneira imediata, antes que o mesmo possa perder massa devido à
perda de umidade que pode ocorrer no transporte de material. Serão retirados corpos de
provas cilíndricos indeformados, através da cravação de um cilindro de aço de volume
conhecido. Após a total penetração do cilindro, o mesmo deverá ser pesado em uma balança
de campo A massa especifica será obtida através da relação entre a massa de solo retirada
através do cilindro e o volume do cilindro.

3.7 Determinação do teor de umidade


A determinação do teor de umidade natural do solo será realizada em laboratório da
seguinte forma: após pesagem de uma amostra de material em estado natural, o mesmo será
colocado em uma bandeja e levado a uma estufa para a secagem à 105°C a 110°C por um
período 24hs, após a secagem do material deverá ser comparado os valores obtidos na balança
e assim determinar o teor de umidade. Este procedimento é dado pela NBR 6457/1986

3.8 Cisalhamento direto


O ensaio de cisalhamento deverá ser realizado com as amostras de solo indeformado
e teor de umidade natural, conservando os aspectos presentes no solo originalmente. Deverá
cravar-se um molde de solo da amostra indeformada, que será utilizado no ensaio, o molde
será colocado no conjunto para ensaio de cisalhamento (composto por caixa metálica, placa
de base, pedra porosa, grelha inferior, grelha superior, placa de carga normal e suporte de
carga horizontal). Em seguida o solo será submetido a uma serie de cargas axiais durante um
período de 24hs para que haja adensamento completo. O início do cisalhamento se dará após
os ajustes do extensômetro horizontal e do sensor (anel ou célula de carga) que irá medir a
força cisalhante desenvolvida durante o ensaio.
37

3.9 Determinação da Estabilidade da Seção Inicial


Com os dados coletados no da seção de estudo e na caracterização geotécnica do
talude, será analisada a estabilidade da contenção através do software GEO5, para determinar
se a contensão é ou não estável.

3.10 Análise dos Fatores Externos


Serão analisados também a possível interferência de fatores externos que possam
interferir na estabilidade do talude, pois levando em consideração que uma parte da seção de
estudo já veio a ruir, deve-se considerar no modelo de estudo utilizado a interferência de fatores
de meio externo que possam ter levado o talude a romper. Pois caso seja constatado que o solo
talude executado é estável, será realizada a analise com o sob efeito de condicionais externas,
como solo saturado por exemplo.
38

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALONSO, Urbano Rodriguez. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blucher


Ltda, 1983. 202 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras de


Solo - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. Rio de
Janeiro: ABNT, 1986. 9 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6458: Grãos de


pedregulho retidos na peneira de 4,8 mm - Determinação da massa específica, da massa
específica aparente e da absorção da água. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. 6 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6459: Solos


-
Determinação do Limite Liquidez. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. 6 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6484: Solos


-
Sondagens de simpes reconhecimento com SPT - Método de ensaio. Rio de Janeiro:
ABNT, 2001. 17 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6508: Grãos de solos


que passam na peneira de 4,8 mm – Determinação da massa específica. Rio de Janeiro:
ABNT, 1984. 8 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7180: Solos


-
Determinação do Limite de Plasticidade. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. 3 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181: Solos – Análise


39

Granulométrica. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. 13 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7183: Determinação


do limite e relação de contração de solos. Rio de Janeiro: ABNT, 1982. 3 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7185: Solos

Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia.
Rio de Janeiro: ABNT, 1986. 7 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9604: Abertura de


poço e trincheira de inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e
indeformadas. Rio de Janeiro: ABNT, 1986. 9 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9813: Solos


-
Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego de cilindro de
cravação. Rio de Janeiro: ABNT, 1987. 5 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11682: Estabilidade de
encostas. Rio de Janeiro: ABNT, 2007. 27 p.
BASTOS, Izabel Gomes. Estabilização de Encosta através de Drenagem Profunda:
Estudo de um caso de estabilização com túnel de drenagem. 2006. 219 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

BORGES, Alberto de Campos. Topografia: Aplicada a Engenharia Civil. 2. ed. São


Paulo: Edgard Blucher, 2013. 191 p. Volume 1.

BRASIL. Humberto Gonçalves dos Santos. Centro Nacional de Pesquisa de Solos


Embrapa. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa-
spi, 2006. 306 p.

CARVALHO, Pedro Alexandre Sawaya de. Taludes de Rodovia: Orientação para


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1991. 388 p.

CONCEIÇÃO, Dayane de Almeida. Análise paramétrica da estabilidade de um talude


grampeado. 2011. 90 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Universidade
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DUTRA, Vinícius Araújo de Souza. Projeto de estabilização de taludes e estruturas de


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OLIVEIRA, Felipe de Paiva Nascimento e; SAMPAIO, Marconi Neves. Projeto de


estrutura de contenção em solo reforçado e em solo grampeado na cidade de São
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PINTO, Homero Caputo. Mecânica dos solos: e suas aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro:
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SCHNAID, Fernando. Ensaios de Campo: e suas aplicações à Engenharia de Fundações.


São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 189 p.
VARGAS, Milton. Introdução a mecânica dos solos. São Paulo: Mcgraw-hill, 1977. 509
p.
5. CRONOGRAMA

2018
ETAPAS
JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT NOV
ESCOLHA DO TEMA X
LEVANTAMENTO
BIBLIOGRÁFICO PARA X X X
CONSTRUÇÃO DO PROJETO
ELABORAÇÃO DO PROJETO X X
APRESENTAÇÃO DO
X X
PROJETO
COLETA DOS DADOS X X
ANÁLISE DOS DADOS X X
REDAÇÃO DO TRABALHO X
REVISÃO E REDAÇÃO X X
ENTREGA DO TCC PARA A
X X
BANGA
DEFESA DO TCC EM BANCA X
CORREÇÕES E
ADEQUAÇÕES SUGERIDAS X
PELA BANCA
ENTREGA DO TRABALHO X
6. ORÇAMENTO

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE QTD. VALOR UNT. VALOR TOTAL


MATERIAL DE CONSUMO E
01
SERVIÇOS
R$
01.01
Impressões em Papel A4 UND 150 0,30 R$ 45,00
R$
01.02
Encadernações UND 3 2,50 R$ 7,50
R$
01.03
Computador HR 50 0,50 R$ 25,00
Material de escritório (
01.04 incluso Caneta Lapiseira R$
Calculadoras e etc.) UND 1 20,00 R$ 20,00
02 Equipamentos
R$
02.01
Veículo para Mobilização KM 120 3,50 R$ 420,00
R$
02.02
Equipamento fotográfico HR 2 20,00 R$ 40,00
Equipamentos R$
02.03
Topográficos HR 8 20,00 R$ 160,00
03 Recurso Humano
R$
03.01
Aluno HR 8 30,00 R$ 240,00
R$
03.02
Auxiliar HR 8 30,00 R$ 240,00
TOTAL R$ 1.197,50
ANEXOS
27/04/2018 report (1).html

Documentos candidatos

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Arquivo de entrada: TCC I MARCOS.docx (4703 termos)

engenhariacivilfsp.f... [0,64%]
Arquivo encontrado

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(https://www.recife.pe.gov.br/pr/servicospublicos/emlurb/cadernoencargos/pavime
passeidireto.com/arq... [0,36%]
engenhariacivilfsp.f... (https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2012/11/geo
trabalhosfeitos.com/... (http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Instrumentalizaçã
target.com.br/produt... [0,26%]
passeidireto.com/arq... (https://www.passeidireto.com/arquivo/4190426/modelo-c
passeidireto.com/arq... [0,22%] target.com.br/produt... (https://www.target.com.br/produtos/normas-tecnicas/2797
aparente-in-situ-com-emprego-de-cilindro-de-cravacao)
terraplenagem.net/di... [0,1%] passeidireto.com/arq... (https://www.passeidireto.com/arquivo/36639749/estabilid
terraplenagem.net/di... (http://www.terraplenagem.net/dicionario/t/talude/)
scribd.com/document/... [0,01%]
scribd.com/document/... (https://www.scribd.com/document/310032333/Estabilida

followscience.com/co... (http://followscience.com/content/351132/curso-de-recupe

ufjf.br/nugeo/files/... (http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/togot_Unid04Estabilida

file:///C:/Users/marck/Downloads/report%20(1).html 1/1

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