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Palmas – TO
2018
Marco Oliveira Costa
Palmas – TO
2018
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 7
1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................ 9
1.1.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................................... 9
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 9
2.1SOLOS ............................................................................................................................................. 11
2.4 TALUDES....................................................................................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO
A ocorrência de processos de deslizamentos em encostas de terra infelizmente é um
problema recorrente no Brasil. Isso acarreta um transtorno imensurável, tanto para a
população tanto para a infraestrutura da cidade ou obra afetada por tamanha catástrofe. Tais
processos podem ser ocasionados tanto pela ação da natureza quanto por ação humana, desde
fortes chuvas ou processos naturais do solo ou por meio da construção de uma barragem,
ponto, rodovia entre outras obras da Engenharia Civil.
No Tocantins e regiões circunvizinhas não há a ocorrência destes desastres por
motivos naturais, ao menos não com tanta frequência como em outras regiões do Brasil,
devido principalmente a geografia, ao clima e a geologia local, apresentando um clima bem
delimitado entre período chuvoso e período de seca, sem chuvas fora do comum, e uma
topografia praticamente plana na maior parte do Estado.
Para a execução de rodovias, como é o caso observado nessa monografia, geralmente
é necessário efetuar um corte no terreno para atender o projeto de rodovia estabelecido para
o trecho. A saída mais econômica e viável para efetuar a estabilidade da encosta quando se é
efetuado o corte é a execução de um Talude, que quando executado de maneira correta,
atendendo os requisitos de projeto geotécnico e geométrico não oferece risco nenhum a
integridade da obra, entretanto, quando má executada pode ocasionar riscos que se
assemelham aos desastres naturais citados anteriormente.
A avaliação do Talude existente na rodovia TO 020, Km 49, objeto de estudo deste
trabalho, é ocasionada pelo fato de que o talude escalonado, executado para estabilizar a
encosta as margens da rodovia, veio a colapso em um trecho próximo á uma área de risco da
rodovia, chegando a invadir uma parte do leito carroçável. Além disso, o talude apresenta
processos erosivos ocasionados pela precipitação. Este processo pode agravar e acelerar a
degradação da encosta, levando risco aos usurários da via, podendo gerar novos
deslizamentos de terra no futuro.
O estudo de caso será a verificação da estabilidade da encosta em questão, através
de modelos computacionais, sendo que para esta avaliação será necessário o levantamento
planialtimétrico da seção, já a respeito da geologia será realizado ensaios in loco e em
laboratório para a caracterização geológica do solo que compõe a encosta.
Por fim, caso seja constatado realmente a instabilidade da encosta, será desenvolvido
um projeto para estabilizar a encosta, optando pela solução mais adequada, que deverá, além
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de ser economicamente viável, atender aos critérios mínimos de segurança estabelecidos pela
NBR 11682.
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1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
1.2 JUSTIFICATIVA
Em 2016 no Brasil, o rompimento de uma barragem de terra foi o protagonista de
uma das maiores catástrofes não naturais que atingiram o meio ambiente e o ser humano. O
rompimento da barragem de Mariana – MG, é um exemplo que sempre será lembrado como
alerta das consequências diretas da falha crítica da estabilidade de uma obra de contenção de
terra.
A barragem de terra de Algodões no município de Cocal, Norte do Piauí, que
também veio a colapso levando várias vidas, não pode ser esquecida, são inúmeros os casos
de desastres envolvendo colapsos de obras de terra no país, não só de barragens de terra, mas
também de deslizamentos de encostas sobre rodovias e erosões da base da própria rodovia
muitas vezes, o que nos evidencia os riscos envolvidos no entorno das obras que tem
envolvem a Engenharia Civil.
O presente estudo tem a intenção de verificar e estabilizar a encosta objeto de estudo,
com o intuito de prevenir e evitar possíveis novos movimentos de terra, como os que já
ocorreram no trecho, evitando uma possível catástrofe, prezando pela segurança dos usurários
da rodovia e do meio ambiente que circunda a região.
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1.3 PROBLEMA
A seção em estudo é um talude escalonado localizado na rodovia TO 020 Km 49,
que veio a colapso, deslocando um maciço de terra até as margens do leito carroçável da
rodovia, pôde-se observar também que o talude é composto por dois materiais distintos, o
que pode ser um agravante que ocasionou o deslizamento. Gerando o questionamento sobre
qual o motivo do colapso e se a encosta de terra em questão está estável?
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2.REFERENCIAL TEÓRICO
2.1SOLOS
Todo solo é o resultado da decomposição de uma rocha matriz, seja através de aços
mecânicas, como a ação dos ventos, ação das águas, clima ou até mesmo a vegetação que
poça existir sobre a região; ou ações químicas, através da alteração das características da
rocha de origem, como a oxidação dos minerais que compõem a rocha devido a ação da água,
ou até mesmo a carbonatação e hidratação podem ser consequências da ação da água ou de
agentes químicos presentes na vegetação local. (CAPUTO, 1988).
Uma massa de solo pode ser considerada como um conjunto de partículas e vazios das
mais variadas formas e tamanhos que, por sua vez, podem estar preenchidos com água, ar ou
ambos. Logo, o solo pode ser equacionado como uma soma de três estados físicos da matéria,
sólidos, gases e líquidos.
Segundo Pio Fiori (2015):
Uma massa de solo pode ser descrita por suas propriedades físicas, como peso
específico, teor de umidade, índices de vazios, entre outras, e suas propriedades
mecânicas, como ângulo de atrito interno, resistência ao cisalhamento, coesão, entre
outras, como será visto no decorrer do trabalho. (p. 01).
Na mecânica dos solos para a Engenharia Civil, os solos são divididos e caracterizados
em três grandes grupos: solos Arenosos Siltosos e Argilosos. Essa classificação é flexível, pois
dificilmente encontramos na natureza um solo que apresenta uma única característica de uma
única classe, quando o solo é classificado em um dos três grupos, significa que o solo apresenta
a predominância daquele material, entretanto a combinação das frações de areia silte e argila
está presente na maioria dos solos e para poder classificá-los devidamente é necessário realizar
a análise granulométrica do solo.
Solos arenosos, geralmente apresentam uma coesão nula ou extremamente baixa pois
a presença de porções de silte e argila se faz em pequenas quantidades, o que faz com as
partículas presentes no solo não apresentem ligações entre si tornando o solo mais suscetível a
erosões.
Solos Argiloso, são solos que tem no mínimo 30% de argila em sua composição e
baixo índice de vazios, apresentam um comportamento contrário ao solo arenoso, devido a sua
plasticidade e capacidade de aglutinar apresentando uma alta coesão entre os grãos, os solos
argilosos se tornam praticamente impermeáveis quando já saturados.
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Solos Siltosos, são solos extremamente erosivos, pois suas partículas além de pequenas
e leves, não interagem com as argilas. São solos finos e sem resistência e plasticidade.
É possivel diferenciar os solos apartir da classificação textural, com os valores das
quantidades de areia silte e argila que compõe o solo, obitidos apartir dos ensaios de
granulometria, é possivel classificar o solo quanto a textura atraves da interpretação dos
triangulos texturais:
2.1.3 Sondagens
2.1.3.1 Sondagem por penetração
A sondagem por penetração ou Santard Penetration Test (SPT) é a maneira
reconhecidamente mais utilizada em todo mundo para a realização de investigação do solo.
Possibilita determinar a consistência de solos coesivos e até rochas brandas, e a densidade de
solos granulares, é comum a utilização dos valores obtidos de SPT desse método de sondagem
para projetos de fundações diretas e indiretas, especialmente no Brasil. (SHANAID, 2014).
As sondagens de penetração é o método para investigação que consiste na
penetração do solo com uma haste de aço com ponta perfurante em formato de cone, que
penetra no solo ao ser golpeado continuamente com o martelo. Este ensaio possibilita a
obtenção da característica das camadas de solo através da resistência do terreno à penetração.
Este procedimento não possibilita a retirada de amostras de solo, deformadas ou
indeformadas. (FERNANDES, 2014)
2.2.3 Granulometria
As frações constituintes do solo recebem designações próprias de acordo com suas
características, graduação dos grãos e tamanho dos grãos. Para a determinação da
granulometria de solos com diâmetro de grãos variando até 0,075 mm, pode-se utilizar o
método de peneiramento, para solos finos quem diâmetro granular inferiores a 0,075 utiliza-
se então o método de sedimentação continua em meio liquido. (Pinto, 1996).
O procedimento para a determinação da faixa granulométrica é regido pela NBR
7181/1984.
Cisalhamento direto
O ensaio de cisalhamento direto consiste em determinar qual a tensão normal que
pode provocar a ruptura de uma amostra. O mecanismo do ensaio ocorre da seguinte forma,
o solo é colocado dentro de uma caixa composta por duas partes deslocáveis entre si, a
drenagem da amostra se dá por meio de pedras porosas posicionadas na parte superior e
inferior da amostra respectivamente. O ensaio pode ser realizado através da tensão controlada
ou da deformação controlada. (PINTO, 1996)
2.3 TOPOGRAFIA
A topografia é a ciência aplicada cujo o objetivo é a representação, através de
desenhos em planta, a configuração de uma porção de terreno, representando as curvas de
níveis, o relevo do solo, as elevações e as depressões do mesmo. Esta ciência também permite
conhecer a diferença de nível e a distância entre dois pontos, possibilitando conhecer volumes
de cortes e aterro para assim edificar uma obra de engenharia. A topografia é considerada
básica para a execução das mais diversas obras de engenharia. (BORGES, 2013).
A topografia é dividida em dois ramos principais, são eles a Planimetria e a
Altimetria.
A Planimetria é o conjunto das distâncias horizontais, contemplando os ângulos e
obstáculo, representando em planta por meio de desenhos do ponto de vista superior. Já a
Altimetria engloba as distancias verticais e elevações, representando os desenhos através de
perfil cortes e elevações, as únicas exceções são as curvas de nível, que são elementos de
altimetria mas aparecem em plantas semelhantemente a levantamentos planimétricos.
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2.4 TALUDES
Superfícies de solos inclinados, formando ângulos em relação aos planos horizontais
com o solo são denominadas de taludes, e podem ser originados naturalmente, devido a ação
da natureza, ou originados devido a ação humana. (DAS, 2011)
Escorregamento
Escorregamentos ocorre quando a ação da gravidade sobre a massa de solo da
superfície do talude se torna maior que a resistência do solo devido ao atrito interno das
partículas.
Tombamentos
Tombamentos ocorrem quando existe um movimento de rotação do material, solo
ou rocha, à frente do da contenção, abaixo do eixo de gravidade do material que está sendo
deslocado, ou seja, o material em questão tomba para frente. (DAS, 2011)
QUEDAS
Ocorre quando uma rocha ou solo cai da face de um talude, as quedas podem
configurar deslizamentos. ( DAS 2011)
EXPANSÕES LATERAIS
Ocorre por meio de translação, quando o solo base se movimenta subitamente
devido a ação da agua ou por excesso de carga, levando consigo o maciço de terra (DAS,
2011)
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ESCOAMENTOS
3. METODOLOGIA
A realização do presente trabalho consistirá na realização de um estudo de caso, para
a avaliação da estabilidade de uma encosta de terra na rodovia TO020 km49 próximo a cidade
de Aparecida do Rio Negro. A metodologia estabelece o passo-a-passo a ser seguido para
alcançar os objetivos.
3.5 Amostragem
Para a caracterização geológica da seção de estudo serão retiradas amostras
deformadas e deformadas seguindo os critérios regidos pela NBR 9604/1986. Serão coletadas
03 amostras de solo deformado em 03 pontos diferentes da seção, afim de se obter uma maior
precisão nos resultados. Cada amostra deverá ter o peso de 20Kg.
Para a retirada das amostras de solo indeformado será por meio do afincamento de uma
caixa cúbica metálica de 25 x 25 cm no solo, posteriormente, deverá ser retirado o solo ao redor
da caixa e realizado a separação do fundo entre solo e a caixa, em seguida deverá ser realizado
o procedimento de impermeabilização das superfícies do solo, para que o mesmo possa chegar
ao laboratório sem alterações em seus estados naturais para que se obtenha resultados
fidedignos. A NBR 9604/1986 recomenda a escavação de ao menos um metro de solo antes da
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retirada das amostras para assim eliminar o solo contaminado com matéria orgânica ou
impurezas presentes na superfície.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia.
Rio de Janeiro: ABNT, 1986. 7 p.
DAS, Braja M.. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 6. ed. São Paulo: Thomson
Learnig, 2007. 559 p. Tradução da 6ª edição norte-americana.
FIORI, Alberto Pio; CARMIGNANI, Luigi. Fundamentos de mecânica dos solos e das
rochas: aplicações na estabilidade de taludes. 2. ed. 2009: UFPR, 2009. 604 p.
MASSAD, Faiçal. Obras de terra: curso básico de geotecnia. 2. ed. São Paulo: Oficina
de Textos, 2010. 216 p.
PINTO, Homero Caputo. Mecânica dos solos: e suas aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro:
Ltc - Livros Técnicos e Científicos Editora S.a., 1996. 234 p. Volume 1
QUARESMA, Arthur Rodrigues et al. Fundações: Teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Pini,
1998. 751 p.
QUEIROZ, Rudney C.. Geologia e geotecnia básica para a engenharia civil. São Carlos:
Rima, 2009. 406 p.
2018
ETAPAS
JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT NOV
ESCOLHA DO TEMA X
LEVANTAMENTO
BIBLIOGRÁFICO PARA X X X
CONSTRUÇÃO DO PROJETO
ELABORAÇÃO DO PROJETO X X
APRESENTAÇÃO DO
X X
PROJETO
COLETA DOS DADOS X X
ANÁLISE DOS DADOS X X
REDAÇÃO DO TRABALHO X
REVISÃO E REDAÇÃO X X
ENTREGA DO TCC PARA A
X X
BANGA
DEFESA DO TCC EM BANCA X
CORREÇÕES E
ADEQUAÇÕES SUGERIDAS X
PELA BANCA
ENTREGA DO TRABALHO X
6. ORÇAMENTO
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