Eu e O meu Destino

A cena se passa em Scandicci(Itália), no ano de 1900.

Cena Única

Uma varanda em um estilo bem confortável na casa de um

homem burguês chamado Giovanni. Ele está bebendo vinho e tem
uma mulher ao lado dele bebendo suco de laranja chamada
Carmela.
Carmela- Tenho estado tão cansada, Giovanni. Eu quase não
durmo mais.

Giovanni- Sim, eu tenho percebido você andando de um lado

para o outro durante a noite.

Carmela- Me desculpe, Giovanni. Eu sei que atrapalho um pouco

às vezes as pessoas.

Giovanni(dá um gole no vinho)- Não, claro que não, Carmela.

Você é a uma visita aqui na minha casa. Pode fazer o que quiser.
Carmela- Obrigado pela compreensão, Giovanni( Sorri para
ele).

Giovanni- Carmela, você acredita no destino?

Carmela fica surpresa com a pergunta e arregala os olhos sem

saber o que responder.

Giovanni- Entendeu a pergunta?

Carmela(lentamente)- Entendi, eu só não sei mesmo o que dizer.

Giovanni- Eu acredito e muito no destino. Sabe, eu acho que eu e

o meu destino estão interligados de uma certa maneira.

Carmela- Mesmo? Eu não sabia que pensava assim.

Giovanni- Eu considero o Destino como uma forma mágica de
guiar nossas vidas. Ele é soberano e não devemos nunca fugir de
nosso próprio destino.

Carmela- Isso me parece definitivo demais. Prefiro pensar que

temos sempre escolhas a fazer.

Giovanni- Mesmo  com nossas escolhas, o Destino não deixa de

existir.

Carmela- Não, não deixa, mas dizer que o Destino nos guia em
todos os passos é subestimar nossa capacidade de ação.
Giovanni- Nunca fui um homem de acreditar no livre-arbítrio.
Sempre o achei superestimado pelas pessoas.

Carmela- Não é superestimado. Ele existe e devemos sempre

respeitá-lo.

Giovanni- Se está dizendo, mas eu acho que...

Neste momento, um criado entra e fala com Giovanni que tem

uma pessoa o esperando.
Giovanni- Com licença, Carmela, eu já volto. Fique aí.

Giovanni sai. Carmela toma um gole do suco de laranja. O pano

desce rapidamente.

Fim