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Vários autores.
ISBN 978-85-249-0785-2
PSICOLOGIA
M10NU
(uma perspectiva crítica em psicologia)
3- edição
Dados Internacionais de Catalogaçao na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vários autores.
ISBN 978-85-249-0785-2
Capa: DAC
Preparação de originais. Silvana Cobucci Leite
Revisão: Maria de Lourdes de Almeida
Composição: Dany Editora Ltda.
Coordenação editorial: Danilo A. Q. Morales
© 2001 by Autores
OS AUTORES
P arte I
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA
PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
.
.
CAPÍTULO 1
A PSICOLOGIA SOCIO-HISTORICA:
uma perspectiva crítica em psicologia
Ana M ercês B ahia Bock
O fenômeno é bio-psico-social;
O fenômeno envolve ou implica a interação entre pessoas;
O fenômeno se refere a um indivíduo que é agente e sujeito. (Bock,
1999, p. 174)
IIINIIAM ENTOS TEÓRICOS DA PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA 21
Referências bibliográficas
.
CAPÍTULO 2
Introdução
I, listo capítulo e o capítulo 3 são uma versão revista e am pliada do artigo publica
d o um Tomas de Psicologia, vol. 6, n. 2, Ribeirão Preto, Sociedade Brasileira de Psico
l ogi a, 1908, pp. 135-141).
38 PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
Referências bibliográficas
Introdução
sau d adas com o a real superação dos limites presentes nas concep
ções m odernas sobre sujeito e subjetividade, tais idéias na verda
de significam o risco de negação ou descaracterização total do su
jeito, su a “volitização”, fenômeno aliás muito próprio de tempos
pós-m odernos.
A cham ada pós-m odernidade declara a falência de todas as
versões da m odernidade, notadamente a liberal e a m arxista. Ao
fazer isso, os pensadores que proclam am “novas id éias” para “no
vos tem pos” desconsideram que as diferentes concepções reve
lam contradições históricas ainda não superadas. Esse tratamento
hom ogêneo a todas as idéias m odernas traz o risco de se perder a
p ossibilidade de afirmar concepções que evidenciam as contradi
ções concretas e apontam para su a superação. A breve análise das
idéias pós-m odernas e su as im plicações para a Psicologia apre
sentada a seguir levanta algum as considerações sobre isso.
sujeito desaparece.
As concepções da pós-m odernidade apresentadas até aqui
incolocam a questão da relação objetividade-subjetividade. M as,
não pela su a superação e sim pela sua negação (não dialética).
Nega-se a objetividade, já que a realidade é criação do signo. E
nega-se a subjetividade, ao m enos aquela com poder de criar e
modificar a realidade. O sujeito se torna fluido, tam bém ele se
modifica pelo signo.
Em su a análise, Peixoto diferencia esses dois pen sadores de
i miIros do âm bito da cham ada pós-m odernidade em vários a s
pectos, sobretudo por su a noção de história e, em decorrência,
'■eu entendim ento da relação das idéias da pós-m odernidade com
iissn noção. Contudo, em bora reconheça que eles contribuíram
para a com preensão desse período (especialm ente Baudrillard
quo, a seu ver, fornece parâm etros im portantes para a an álise do
papel dos m eios de com unicação), Peixoto é crítica em relação a
tiHHOs autores:
60 PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
Referências bibliográficas
1. O leitor notará que não colocamos aspas nas citações de Luria. Como são muitas as
citações procuramos evitar o incômodo durante a leitura, mas esclarecemos que muitas
vezes o conteúdo aparece ipsis literis no texto publicado pelo autor na sua versão da edi
ção citada.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA 77
vidade está sem pre ligada à com unicação. A com unicação é a con
dição necessária e específica do desenvolvim ento do homem na
sociedade. Desde os prim órdios, foi a vida em grupo e a capacida
de de com unicação entre os membros desse grupo o fenômeno
responsável pela retenção coletiva do conhecimento. A ssim , as
descobertas de um indivíduo não se cindiam a ele próprio e eram
socializadas com o grupo. Essa espécie de consciência coletiva é
fruto da convivência em bando (a horda primitiva) e posterior
mente, assim que o repertório lingüístico acum ulado perm itiu a
retenção na memória desses conteúdos e os passava de geração a
geração, temos o aparecimento das condições necessárias para o
estabelecim ento da cultura humana.
Ocorre que o desenvolvimento humano não depende somente
de suas características filogenéticas ou ontogenéticas. O próprio de
senvolvimento da história da hum anidade desembocou na cons
trução das sociedades de classes e na dominação do homem pelo
homem. Esse fator histórico produz um campo de desigualdade que
vai além dos fatores ambientais. Ela não é provocada por elementos
biológicos, m as pela forma particular do desenvolvimento históri
co — a desigualdade econômica, fruto da divisão social do trabalho
o do aparecimento da mercadoria, que irá instrumentar a capacida
de criadora do homem. Há que se considerar também a existência
de diferenças produzidas historicamente pela divisão de classes e
as diferenças constitucionais produzidas também historicamente
pela produção de cultura. A noção de indivíduo é uma conquista da
humanidade e baseia-se na diferença. A questão que se apresenta é
a possibilidade de o indivíduo exercer sua individualidade — seu
potencial — sem depender da sua situação de classe.
A sociedade capitalista tem como uma de suas principais carac-
Inrfsticas a constituição do individualismo. Entretanto, esse produto
imo garante a expressão das diferenças como seria fácil supor. Há
uma contradição exposta pela constituição, ao mesmo tempo, de uma
nociedade de m assas que produz uma ilusão na qual nos sentimos
Indivíduos quando somos obrigados a um consumo de m assa que
nos torna muito parecidos com todos os outros. Os meios de comuni
cação de massa, as agências socializadoras (como a família, a escola,
ii igreja etc.) e as agências controladoras (o aparato repressivo do Es
tado) são responsáveis pela difusão e manutenção de um quadro de
valores e crenças que instituem formas de controle e autocontrole
82 PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
SIGNO E INSTRUMENTO
A subjetividade social
Referências bibliográficas
CONSCIÊNCIA E ATIVIDADE:
categorias fundamentais da psicologia sóclo-hlstórica
Wanda M. Junqueira A guiar
dos pela cultura e pelos outros que, quando in tern alizados, se tor
nam instrum entos internos e subjetivos da relação do indivíduo
consigo m esm o. O signo seria tudo aquilo que p ossu i u m signifi
cado e se remete a algo situado fora de si m esm o; é o elem ento que
integra as funções psíquicas superiores.
Da m esm a forma Bakhtin (1981) destaca a im portância dos
signos. Para ele, a palavra, além de constituir a chave p ara a com
preensão da consciência e da subjetividade, é tam bém esp aço pri
vilegiado de criação ideológica.
Diferentemente do sinal, inerte, o signo é vivo, m óvel, pluri-
valente, jam ais monovalente ou neutro. A palavra, portanto, é a
arena onde se confrontam valores sociais contraditórios, confli
tos, relações de dom inação etc. D essa forma, com o afirm a o au
tor1, “todo signo é ideológico; a ideologia é um reflexo das estrutu
ras sociais; assim , toda m odificação da ideologia en cadeia uma
m odificação na língua” (1981, p. 15). A palavra (signo ideológico)
aponta sem pre as menores variações das relações sociais, não só
as referentes aos sistem as ideológicos constituídos, m as também
as que dizem respeito à “ideologia do cotidiano”, aquela que se
exprim e na vida corrente, em que se formam e se renovam as
ideologias constituídas.
Os sistem as sem ióticos, portanto, não só exprim em a ideolo
gia com o são determ inados por ela; em outras palavras, os signos
não só refletem a realidade, como constituem um fragmento mate
rial desta.
Para Vigotski, o signo não deve ser com preendido sim ples
mente com o um a ferramenta que transform a o m undo externo.
Diferentemente dos instrum entos, orientados para regular os ob
jetos externos que na realidade constituem condutores da in
fluência hum ana sobre o objeto da atividade, os signos são orien
tados para regular as ações sobre o psiquism o das pessoas. No
caso, “o signo (instrumento psicológico) não m uda nada o objeto
de um a operação psicológica, m as influencia psicologicam ente a
conduta do outro ou a própria; é um meio de atividade interna,
dirigida ao domínio dos próprios hum anos” (Wertsch, 1988, p. 94).
Referências bibliográficas
PSICOLOGIA SOCIO-HISTORICA:
Metodologia e Pesquisa
CAPÍTULO 6
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA
PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
Maria da Graça Marchina Gonçalves
Introdução
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 8
A metodologia
• 1979/1984
• 1985/1990
• 1991/1993
• 1994/1998
Quadro 1
1979 - 1984 (3 ESTUDOS)
Quadro 2
1985 - 1990 (21 E S T U D O S )
(entre 3 e 4)
Quadro 3
1991 -1992 (17 ESTUDOS)
Moscovici
Vigotski
Cheptulin
Goffman
González-Rey
Dejours
Vasquez
Quadro 4
1994 - 1998 (25 ESTUDOS)
Mediação Wertsch - 5
Conf Subjet.
154 PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
Quadro 5
TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO EM PSICOLOGIA - T.C.C.
1993 - 1998 (37 ESTUDOS)
PERÍODO TEMAS CATEGORIAS/ METODOLOGIA AUTORES
CONCEITOS
Moscovici
Leontiev
Silvia Lane
Anal. De Cont.
Referências bibliográficas
A PRATICA PROFISSIONAL EM
PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
Ana Mercês B ahia Bock
construção de sentido, pois o que pode ser aparentem ente sim ples
não é, pois envolve a organização psicológica do sujeito no decor
rer de su a vida. Vários elem entos de registro estarão em jogo e
precisam ser buscados.
O trabalho clínico pode ser diferenciado do trabalho edu ca
cional exatam ente neste aspecto: o trabalho educacional antecipa
qualquer fragilização do sujeito; é um a intervenção que se faz para
prom over a capacidade de intervenção e de transform ação do ho
mem sobre o m undo cotidiano. Damos a ele instrum entos que ju l
gam os adequados para esse enfrentamento; são inform ações, são
relaçõ es, são c a p a c id a d e s. O trabalh o clín ico é um trabalho
terapêutico, isto é, um a intervenção que vem para recuperar ou
rom per um processo de fragilização que se apresenta com o im pe
ditivo, dificultador e am eaçador. Ambos, quando realizados da
perspectiva sócio-histórica, exigem que o sujeito seja pensado em
sua inserção sociocultural e todas as su as capacidades e dificul
dades sejam vistas da perspectiva histórica.
CAPÍTULO 9
A concepção de adolescente
0 conceito de adolescência
• a adolescência existe?
• há características naturais na adolescência?
• o que é a adolescência?
A adolescência existe?
0 que é a adolescência?
Referências bibliográficas
Contextualização
Constituição da sexualidade
Sexualidade e adolescência
Referências bibliográficas
Introdução
Referências bibliográficas
• querem os que a técnica seja vista com o com prom etida, in
terferindo em seus m odos de uso para os o bjetivo s a que se
propõe;
• querem os que o profissional seja capaz de recon h ecer des
conhecim ento e perguntar, para criar p o ssib ilid a d e s de co
nhecer: a p esq uisa é um a forma de perguntar, conhecer,
atuar;
• querem os que o saber esteja sem pre sendo p ro du zid o na
realidade, exigindo questionam entos, cap acid ad e de deci
são de quem o produz sobre sua direção; a realid ade não
pode ser vista com o estática, à espera do u so da técnica
pronta e certa para cada situação;
• queremos compreender a realidade em sua totalidade e com
plexidade, entendendo que isso só é p o ssív el a partir de
muitos e diferentes olhares profissionais que se intercomple-
mentam;
• queremos que nossa ação seja um a intervenção, isto é, algo
que interfere para m odificação da situação, algo que tenha
conseqüências, e que estas sejam com prom etidas com o ob
jetivo da profissão: a saúde dos sujeitos da ação, no conjunto
das relações em que estas ações ocorrem coletivamente.