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Indaial – 2020
2a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Dionei Alves dos Santos
S237p
ISBN 978-65-5663-174-5
ISBN Digital 978-65-5663-175-2
CDD 616.025
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! É um prazer encontrar você aqui. Seja muito bem-
vindo ao Livro Didático de Primeiros Socorros. Nesta etapa, focaremos nossos
esforços para melhor compreender os princípios que norteiam os Primeiros
Socorros e suas ocorrências, correlacionando-os às possíveis intervenções
passíveis de serem aplicadas! Estudaremos seus princípios, algumas
intervenções possíveis de serem aplicadas como primeiro atendimento
quando necessários, apontaremos alguns procedimentos e seus conceitos, e
ainda, as particularidades e cuidados através de uma contextualização mais
acurada acerca de cada evento.
UNI
Esses são alguns questionamentos básicos, porém essenciais, dos quais iremos, através do
livro didático, elucidar por meio de respostas para contribuir que ocorra ampliação do seu
conhecimento.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
EVENTOS AGUDOS I
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
3
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
2 ANAFILAXIA AGUDA
Anafilaxia se refere a manifestações clínicas sistêmicas potencialmente
graves, desencadeadas por reações mediadas pela imunoglobulina-E (IgE), após
exposição a um determinado antígeno quando um indivíduo é previamente
sensibilizado (alérgico) (FERREIRA; INACIO, 2018). As reações ditas
pseudoalérgicas ou anafilactoides, segundo Ribeiro, Chong Neto e Rosario Filho
(2017), por sua vez, são clinicamente indistinguíveis da anafilaxia, porém, sem
comprovação de participação da IgE, o que pode ser observado é o início de
manifestações relacionadas ao edema em determinadas regiões do corpo sendo
estas simples em algumas vezes ou comprometedoras em outras (Figura 1).
Neste texto, adotaremos o termo anafilaxia para designar genericamente todas
as situações clínicas pertinentes, reservando os termos “reação anafilactoide” ou
“pseudoalérgica” às considerações a respeito de fisiopatologias, por estes não
serem muito comumente utilizados na prática clínica.
4
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
• Alimentos
• Medicamentos (antibióticos, insulina, heparina, protamina, bloqueadores
neuromusculares, anestésicos, sulfas e derivados, anti-inflamatórios,
opiáceos, vacinas)
• Veneno de insetos
• Hemoderivados
• Óxido de etileno
• Látex
• Progesterona
• Líquido seminal
• Exercício
• Contrastes (iodados, fluoresceína)
• Idiopática, dentre outros
FONTE: O autor
5
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
6
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
7
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Descrição: ao avaliarmos essas imagens, é possível percebermos uma diferença estrutural bem
significativa. Na imagem A, não é possível identificar edema (inchaço) ou deformidade na sua
estrutura, podendo, assim, ser considerada como normal do ponto de vista anatômico. Já
nas figuras B, C e D percebemos um importante aumento nas estruturas ali dispostas, as quais
circundam a fenda central (traqueia). Na Figura D, a estrutura com maior saliência chama-se
epiglote.
FONTE: <https://ars.els-cdn.com/content/image/1-s2.0-S1368837512000747-gr1.jpg>.
Acesso em: 17 abr. 2020.
8
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
3 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de anafilaxia é eminentemente clínico. Naturalmente, em
situações com expressão de clínica menos grave, não será fácil definir se o quadro
em questão é apenas uma manifestação alérgica localizada ou uma anafilaxia.
Os quadros alérgicos localizados, tais como renite e asma, surgem comumente
após exposição local ao alérgeno (aeroalérgeno como ácaros, fungos, alérgenos
de animais e pólen), enquanto a anafilaxia normalmente decorre de exposição
sistêmica ao agente. Da mesma forma, quando as manifestações forem apenas
cutâneas, haverá maior dificuldade para o diagnóstico.
9
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Aun et al. (2016) nos dizem que, pelo menos, uma das condições a seguir,
pode estar muito evidente ou imperceptível, servindo como sinal de alerta:
10
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
11
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Por fim, Pereira, Gaspar e Ferreira (2018) descrevem que existem algumas
situações que podem elevar a concentração endógena de histamina, assim como
condições que se expressam clinicamente com eritema ou flushing. Neste sentido,
são apresentadas no Quadro 2, alguns exemplos diagnóstico diferenciais da
anafilaxia, a saber:
FONTE: O autor
12
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
3.2 TRATAMENTO
Em estudo realizado através de revisão integrativa da literatura médica,
a qual abordou o conhecimento dos médicos sobre a temática “anafilaxia”, em
que a coleta dos dados ocorreu em dezembro de 2016, por meio de consultas
nas plataformas de pesquisa PubMed, que abrange a Medical Literature Analysis
and Retrievel System Online (Medline), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific
Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS). Foram incluídos estudos publicados entre 2012 e
2016, resultantes da busca pelos descritores “anafilaxia, terapia e conhecimento”,
observou-se que os Estados Unidos apresentaram frequência de prescrição de
adrenalina autoinjetável muito superiores aos demais países pesquisados como
primeira escolha para tratamento da anafilaxia e/ou processos alérgicos. Dada a
diversidade de apresentação clínica da anafilaxia, as condutas podem variar na
dependência da gravidade dos sintomas, conforme descrevem Ribeiro, Chong
Neto e Rosario Filho (2017):
1) Volume:
Dois acessos vasculares de grosso calibre (preferencialmente abocath 16, 14),
para que possa ser permitida a infusão rápida de solução endovenosa (soro
fisiológico – 4 a 8 litros).
13
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: O autor
• Via de administração: parental ou oral, embora a via parental nos pareça mais
indicada no contexto de emergência, a difenidramina é o bloqueador H1 mais
estudado, embora qualquer outro possa ser utilizado.
Adultos Crianças
Difenidramina EV/IM: 25 a 50 mg até de Difedramina IM/EV: 1 a 2 mg/
4/4 ou 6/6 horas. kg/dose até de 4/4 ou 6/6 horas
Ranitidina EV: 50 mg até 8/8 horas. (máximo de 75 mg/dose).
Ranitidina EV: 1,5 mg/kg/dose até
de 8/8 horas.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
15
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Adultos Crianças
IM/EV: 1 a 2 mg de 5/5 minutos. EV: 20 a 30 µg/kg em 5 minutos (máximo
EV: 1 a 5 mg em 5 minutos, contínua de 1 mg), seguido de infusão contínua
de 5 a 15µg/minuto. de 5-15 µg/minuto.
FONTE: O autor
FIGURA 7– CRICOTIROIDOTOMIA
Cartilagem da tireoide
Cartilagem cricoide
4 EMERGÊNCIAS ALÉRGICAS
Como já sabemos, a anafilaxia é uma condição clínica imunoalérgica súbita,
apresentada por alguns indivíduos quando expostos a determinados alimentos,
medicamentos, picada de insetos e fatores físicos, podendo acarretar situação
ameaçadora para a vida. Determina alterações respiratórias (broncoespasmo,
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TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
4.1 EPIDEMIOLOGIA
A alergia alimentar responde por mais da metade dos casos de anafilaxia
em crianças que procuram o serviço de emergência. Acredita-se que a prevalência
de anafilaxia induzida por alimentos nos EUA alcance a marca aproximada de
29 mil internações e 150 mortes. Pacientes que experimentaram manifestações
alérgicas quando expostos anteriormente a esses alimentos e aqueles que
apresentam antecedentes pessoais de asma, possuem maior risco de desenvolver
anafilaxia. Alguns indivíduos toleram determinados alimentos, mas quando se
submetem à prática de exercícios apresentam anafilaxia, provavelmente pela
ocorrência de incremento do fluxo mesentérico, com maior absorção dos antígenos
(SARINHO; LINS, 2017).
17
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
18
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
FONTE: <https://docplayer.com.br/docs-images/91/107277987/images/16-0.jpg>.
Acesso em: 17 abr. 2020.
19
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: O autor
• Rinite
o congestão de mucosa nasal
o prurido nasal
o rinorreia
o espirros
• Broncoespasmo
o tosse
o roncos e sibilos
o taquipneia
o tiragem
Trato respiratório
o desconforto respiratório
baixo
o dispneia
o cianose
• Colapso circulatório
o tontura
o fraqueza generalizada
o síncope
o dor torácica isquêmica
o taquicardia
o hipotensão
o má perfusão
o choque
o incontinência
• Arritmias
o iguais às anteriores
Cardiovascular
o palpitações
o alterações do ECG: taquicardia, desnivelamento de ST,
alterações de VD, extrassístoles atriais e ventriculares,
ritmo nodal, FA
o parada cardíaca
o ausência de pulso
o alterações ECG: FV, assistolia
21
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
• Urticária
o prurido
o formigamento
o ardor
o eritema
• Angioedema
o edema de extremidades não pruriginoso
Pele e mucosa
o edema perional, língua e úvula
o edema periorbital
o edema não papuloso e geralmente assimétrico
• Conjuntivite
o prurido ocular
Olhos o lacrimejamento
o olhos vermelhos
o disfagia
o cólicas abdominais
o náuseas e vômitos
Gastrointestinal o diarreia (raramente sanguinolenta)
o teresmo
FONTE: O autor
22
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
23
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FIGURA 9 – PANOFTALMITE
FONTE: <https://www.adenovir.com/wp-content/uploads/2015/01/about-ekc-300x278.jpg>.
Acesso em: 17 abr. 2020.
24
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
4.4 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da anafilaxia como já sabemos, é fundamentado em
aspectos clínicos. As manifestações alérgicas menos graves, em geral, melhoram
espontaneamente, o que retarda a busca por atendimento médico. Os estudos
têm demonstrado que, de modo geral, os clínicos subestimam os achados e
confundem apresentações menos intensas de anafilaxia com relações alérgicas,
oferecendo tratamentos inadequados ou demasiadamente demorados e tornando
o prognóstico menos favorável.
A - Via aérea.
B - Respiração.
C - Circulação.
D - Avaliação neurológica.
E - Exposição e avaliação cefalopodal (da cabeça aos pés).
25
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
26
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
FONTE: <http://www.tckmed.com.br/wp-content/uploads/2017/12/reanimador-manual-spur-ii-
-tck.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2020.
27
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
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TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
DICAS
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UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: O autor
Hipotermia ≤ 35,4 °C
Afebril (Normal vs Esperado vs Fisiológico) 35,5 – 37 °C
Febril ou Subfebril 37,1 – 37,7 °C
Febre 37,8 – 38,9 °C
Pirexia 39 – 40 °C
Hipertermia (Hiperpirexia) ≥ 41 °C
FONTE: O autor
30
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
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UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Esôfago
Movimento
Energia de ultrassom de retrativo
calor sob pressão
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TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
Ânus
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UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
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TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
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UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
* Patogênese mista
FONTE: O autor
36
TÓPICO 1 — CHOQUE ANAFILÁTICO E HIPERTERMIA MALIGNA
5.5 TRATAMENTO
Os passos mais importantes no manejo de hipertermia são o diagnóstico e o
tratamento da causa de base (fonte geradora da ocorrência), além do fornecimento
de suporte cardiovascular e metabólico. Convém lembrar que, muitas vezes, é
importante realizar a diferenciação entre febre e hipertermia. Diferentemente dos
pacientes febris, os hipertérmicos não tem benefício com agentes antipiréticos
com atividade central (exemplos: dipirona, ácido acetilsalicílico, paracetamol ou
ibuprofeno).
37
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A verificação e/ou monitorização dos sinais vitais (SSVV), são fortes indicadores
de como se encontra o estado de saúde do ser humano e nos possibilita realizar
interpretações acerca da garantia das funções circulatórias, respiratória,
neurológicas e endócrinas. Tais informações podem nos auxiliar e servir como
um mecanismo de comunicação universal sobre o estado de pessoas que se
encontram adoecidas e da gravidade da sua doença, a temperatura é um
importante parâmetros.
38
• A temperatura corporal é o resultado do equilíbrio entre a produção e a
dissipação do calor. Para que ocorra tal equilíbrio, o núcleo pré-óptico
do hipotálamo anterior e o hipotálamo posterior assumem o papel da
termorregulação. Em resposta ao aumento da temperatura corporal, há
ativação de fibras eferentes do sistema nervoso autônomo, levando à
vasodilatação cutânea – que dissipa o calor por convecção, e aumento da
sudorese – com dissipação pela evaporação.
39
AUTOATIVIDADE
40
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
41
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
2 FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
O sistema respiratório é composto por diversos órgãos e seu funcionamento
normal pode ser, resumidamente, explicado assim: o centro respiratório,
localizado no bulbo do tronco cerebral, é sensível a variações da pressão parcial
do gás carbônico (PCO2) de modo que elevações da pressão parcial sanguínea
(PaCO2) deste gás estimulam, via nervo frênico, a contração do diafragma e
musculatura acessória da respiração – essas últimas, em situações de aumento da
necessidade de trabalho respiratório (em especial a musculatura intercostal via
nervos intercostais).
42
TÓPICO 2 — IRREGULARIDADE RESPIRATÓRIA E/OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
Para que tal processo aconteça na sua totalidade, ocorre dois eventos: a
inspiração e a expiração. Na inspiração, é realizada a entrada de ar nos pulmões,
por meio de um movimento essencial para a obtenção de oxigênio. Esse processo
ocorre por causa da contração do músculo diafragma, que abaixa e alonga a
cavidade torácica, e da contração dos músculos intercostais, que levantam as
costelas. Já a expiração, acontece quando há relaxamento da musculatura do
diafragma e dos músculos intercostais, eleva-se o diafragma e as costelas abaixam,
diminuindo, assim, o volume da caixa torácica, expulsando o ar de dentro
dos pulmões. O retorno venoso volta ao valor basal. Essa variação do volume
sanguíneo ejetado determina uma variação da pressão de pulso (diferença entre
a pressão arterial sistólica e diastólica de modo que quanto maior o volume
sanguíneo ejetado, maior amplitude da diferença) (HALL; GUYTON, 2017).
43
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: <https://www.emergenciausp.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Intubation_ed-
-1200x480.jpg>. Acesso em: 17 abr. 2020
3 ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
A hipoxemia possui como principal causa a inadequação do balanço
ventilação/perfusão pulmonar, a seguir, conforme exposto no Quadro 14,
encontram-se disponíveis alguns fatores relacionados ao desencadeamento
da IRA (Insuficiência Respiratória Aguda) em decorrência da presença de
determinadas etiologias. Sabe-se da fisiologia que o ajuste adequado da utilização
da perfusão pulmonar para as áreas mais bem ventilados é complexo e baseia-
se nos princípios de vasoconstrição hipóxica, ou seja, abaixa a pressão parcial
44
TÓPICO 2 — IRREGULARIDADE RESPIRATÓRIA E/OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
Hipoxêmica
Neoplasias.
Infecções: vírus, bactérias, fungos.
Trauma: contusão, laceração.
Embolia pulmonar.
Atelectasias (colabamento alveolar).
Insuficiência cardíaca.
Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Aguda (DPOC).
Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
Doenças intersticiais pulmonares; dentre outras.
Hipercapnia
Medicações depressoras do SNC (opioides, benzodiazepínicos, barbitúricos
etc.).
Metabólicos: hiponatremia, hipernatremia, hipoglicemia, hipercalcemia etc.
Neoplasias do SNC.
Infecções relacionadas ao SNC: meningite, encefalite.
Elevação da pressão intracraniana.
Apneia do sono.
Hipoventilação central.
Nervos e músculos
Trauma: medula, diafragma.
Medicações: curares, aminoglicosídeos.
Metabólicos: potássio, fósforo e magnésio.
Infecções: poliomielite, tétano.
Miastenia gravis.
Guillain-Barré.
Distrofia muscular.
Esclerose lateral amiotrófica.
45
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: O autor
46
TÓPICO 2 — IRREGULARIDADE RESPIRATÓRIA E/OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
Tipos de derivações
do
sa
ou
ap
Capilar pumonar
cheio de líquido
ol
oc
ol
vé
Al
4 ACHADOS CLÍNICOS
As manifestações clínicas e desconforto respiratório na visão de Grangeia
et al. (2007), incluem uma infinidade de sinais e sintomas clínicos com intensidade
bastante variável, a depender da reserva fisiológica, tempo de instalação e
compensação. Pode-se ressaltar os seguintes:
47
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Züge et al. (2019) declaram que pacientes com diagnóstico de DPOC e/ou
com suspeita de retenção crônica de CO2 devem receber oxigênio suplementar
com cautela, monitorização com gasometria arterial para avaliar hipercapnia,
objetivando-se saturação de hemoglobina acima de 90% e abaixo de 95%.
A suspeita de hipercapnia não deve impedir a suplementação de O2, pois a
hipoxemia é muito mais deletéria para o organismo do que a hipercapnia (HALL;
GUYTON, 2017).
48
TÓPICO 2 — IRREGULARIDADE RESPIRATÓRIA E/OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
FONTE: <https://fibracirurgica.vteximg.com.br/arquivos/ids/165203/Mascara-de-Alta-Concentra-
cao-Adulta-com-Reservatorio.jpg?v=635487886263630000>. Acesso em: 17 abr. 2020.
4.2 TRATAMENTO
O tratamento adequado da IRpA deve ser específico para cada caso e a
quantidade de intervenções e possibilidades é muito grande para ser discutida de
maneira genérica. Em virtude da alta prevalência de hipoxemia como manifestação
clínica de IRpA, a oxigenoterapia é muito importante no manejo desta condição
clínica. Ofertar oxigênio em abundância faz aumentar o gradiente para a difusão
da luz alveolar (PAO2) para os capilares (PAO2), por consequente tendência
de correção de hipoxemia. No entanto, esta é uma maneira imediata, porém,
inespecífica de resolver a situação e a busca da causa e consequente instituição
de tratamento adequado nunca deve ser esquecida. Devemos destacar aqui que
existem diversas maneiras de oferecer oxigênio e/ou oxigenioterapia assistida
dependendo do fluxo requerido, assim como da capacidade de se controlar a
Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2), o que corresponde a quantidade de O2
inalado a cada inspiração. Seguem, a seguir, em ordem crescente de gravidade
e suporte terapêutico para essas intervenções, conforme recomendam Dres e
Demoule (2017):
a) Cateter nasal – Considerado como sistema de baixo fluxo (0,5 a 4-5 L/min) com
FiO2 não determinável (a princípio entre 3-4% para cada L/min., controlado
por fluxômetro, ou seja, com 2L/min, FiO2 = 21% + 2 x 3-4% = a 27-28% é a
concentração inalada pelo paciente/cliente). É útil em casos em que a hipoxemia
é leve ou naquelas situações em que o processo fisiopatológico requer baixos
fluxos de oxigênio como em portadores de DPOC. São dispositivos que toleram
um fluxo de até 4-5 litros/min. Cabe destacar que o referido dispositivo deve
estar bem adaptado no usuário, para que aconteça o aproveitamento desejado/
esperado.
49
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
b) Máscara facial – Naqueles casos em que são necessário alto fluxo de oxigênio,
esses são os dispositivos mais adequados, podendo ser acoplados a acessórios
específicos como válvulas de Venturi, que são estruturas capazes de aumentar
o fluxo, ofertado assim como determinar a FiO2 oferecida. Já o acoplamento
do reservatório de oxigênio, as máscaras permitem oferecer altos fluxos
com FiO2 a 100%. Além da oxigenoterapia, intervenções mais avançadas são
eventualmente necessárias, dentre elas, as técnicas de ventilação mecânica,
utilizada em setores avançados como unidades móveis de atendimento
avançado, serviços de urgência e emergência e unidade de terapia intensiva.
Para tanto, ao utilizar tal intervenção, os pacientes/clientes estarão utilizando
dispositivo invasivo de acesso a via aérea inferior, e, possivelmente, estarão
submetidos a sedação continua (coma induzido).
50
TÓPICO 2 — IRREGULARIDADE RESPIRATÓRIA E/OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
FONTE: <https://i0.wp.com/www.deportebalear.com/wp-content/uploads/2014/09/Canula-de-
-Guedel.jpg?resize=636%2C249>. Acesso em: 17 abr. 2020.
51
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: <https://lh3.googleusercontent.com/pfRl4IQXGhXIMy8-gIRr8deGhE0rO-6x5urNqHK-
po_U0tjzult9qCQYXrkwZoGcfAkFA=s129>. Acesso em: 17 abr. 2020.
52
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
53
• Dentre as causas (etiologia) de IRA relacionada aos nervos e músculos,
destacam-se: trauma: medula, diafragma. medicações: curares,
aminoglicosídeos. metabólicos: potássio, fósforo e magnésio; infecções:
poliomielite, tétano; miastenia gravis; Guillain-Barré; distrofia muscular;
esclerose lateral amiotrófica.
54
• O tratamento adequado da IRpA deve ser específico para cada caso e a
quantidade de intervenções e possibilidades é muito grande para ser discutida
de maneira genérica. Em virtude da alta prevalência de hipoxemia como
manifestação clínica de IRpA, a oxigenoterapia é muito importante no manejo
desta condição clínica. Ofertar oxigênio em abundância faz aumentar o
gradiente para a difusão da luz alveolar (PAO2) para os capilares (PAO2), por
consequente tendência de correção de hipoxemia.
55
AUTOATIVIDADE
56
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
FONTE: <https://www.acritica.com/uploads/news/image/735912/show_AlKyTxlr9219_QkPXrc-
9gATuBvJC1mQ2EvcSc2RQql6X.jpg>. Acesso em: 22 abr. 2020.
57
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: <https://thumbs.dreamstime.com/z/beb%C3%AA-perto-das-tomadas-el%C3%A9tri-
cas-25854234.jpg>. Acesso em: 22 abr. 2020.
58
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
3 APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Os achados relacionados às lesões pelo choque elétrico podem variar.
Esses podem apresentar-se por queimaduras superficiais há lesões por disfunção a
múltiplos sistemas e órgãos, que, quando o tratamento é aplicado demoradamente,
a evolução para óbito é certa. Sabendo disso, a seguir, descreveremos algumas
lesões mais comumente presentes, conforme as regiões do corpo e suas
apresentações. Cabe destacar que descargas elétrica de alta voltagem ocasionam
lesões tegumentares tipo queimaduras, devido haver a conversão de energia em
calor, resultando em lesões térmicas propriamente dita.
Hall e Guyton (2017) nos explicam que os danos associados aos tecidos
internos podem depender de alguns achados, conforme sinalizado anteriormente,
tais como: aqueles atrelados à resistência e da densidade gerada pela corrente, ou
seja, aquela corrente por unidade de área (entrada) e a energia quando se torna
concentrada (percurso e saída), através de pequenas áreas. Um bom exemplo,
pode ser correlacionado quando o contato com a corrente de energia elétrica
foi proveniente da periferia (um braço ou mão), este primariamente pode ser
classificado como sendo de baixa resistência, pois envolve músculos, vasos e
nervos. Outra etapa importante a ser considerada, relaciona-se à densidade da
corrente, pois torna-se aumentada e/ou intensificada nas articulações, pois há
uma significativa proporção de áreas de cruzamentos nesta região, a qual consiste
em tecidos de alta resistência (maior concentração de energia) como estruturas
ósseas e tendões, diminuindo a área de tecidos de baixa resistência. Dessa forma,
a densidade da energia elétrica influencia na presença das lesões, entretanto, os
danos aos tecidos de baixa resistência é que tendem a ser mais graves e agressivos
nas articulações.
Ferreira et al. (2010) também reforçam dizendo que dentre as lesões oculares
geradas por choque elétrico, a catarata é a mais presente complicação, com taxas de
em média de 5% a 20% das vítimas. Daqueles que apresentam tais acometimentos
nessas estruturas, aproximadamente cerca de 70% dos casos são necessários a
intervenção por procedimento cirúrgico. Em lesões associadas a eventos externos
da natureza como raios, também são mencionadas novas complicações como:
lesões de córneas; uveíte (inflamação que acomete a úvea ou uma de suas partes
– íris, corpo ciliar e coroide, ocasionando irritabilidade/vermelhidão nos olhos)
Figura 22a e Figura 22b; iridociclite (inflamação aguda ou crônica da íris e/ou do
corpo ciliar, com presença de exsudatos dentro da câmara anterior, descoloração
da íris “vermelhidão” e pupila contraída); hifema (acúmulo de sangue na câmara
anterior do olho – micro-hemorragias) Figura 23; hemorragia vítrea (reflete
na luz captada pelo olho, gerando borramento e distorção visual) Figura 24;
atrofia do nervo óptico (possui como característica a chamada desconexão das
ligações nervosas que unem o olho ao cérebro) Figura 25; descolamento de retina
e coriorretinite. Como conduta a esses pacientes/clientes que sofreram alguma
das respectivas lesões em decorrência de descarga elétrica, deverão ser avaliados
60
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
FONTE: <https://www.fisioterapiaparatodos.com/p/wp-content/uploads/2017/12/uveite.jpg>.
Acesso em: 22 abr. 2020.
61
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FIGURA 23 – HIFEMA
FONTE: <https://i2.wp.com/www.lenteseoculos.com.br/wp-content/uploads/2017/11/Derrame-
-ocular.png?w=1024&ssl=1>. Acesso em: 22 abr. 2020.
FONTE: <https://www.admiravision.es/resources/images/20161010-hemorragia-vi-
trea2219830076294436017.jpg>. Acesso em: 22 abr. 2020.
62
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
FONTE: <https://www.ideco.med.br/blog/wp-content/uploads/2018/11/tampaoocular2.jpg>.
Acesso em: 22 abr. 2020.
Ferreira et al. (2010) afirmam que as lesões mais graves, são aquelas que
geralmente:
63
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: <https://66.media.tumblr.com/tumblr_mblmdwkrLM1r8vrhxo1_540.jpg>.
Acesso em: 22 abr. 2020.
64
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
FONTE: <https://www.mibrujula.com/wp-content/uploads/2018/08/figuras-de-Lichtenberg-
-0-480x276.jpg>. Acesso em: 22 abr. 2020.
65
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
66
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
67
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcRx3prYIo2gWrUhRYqN-
Dyt6TwautaYZ11iN2yCtO-IH47aPY_61&usqp=CAU>. Acesso em: 22 abr. 2020
68
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
4 ABORDAGEM AO PACIENTE
O Atendimento Pré-Hospitalar (APH) e triagem de pacientes/clientes e/
ou vítimas de choques elétricos, torna-se de fundamental importância, porque
é através desse primeiro contato (de quem socorre vs vítima) que será possível
aplicar algumas intervenções tais como:
69
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FONTE: <https://docplayer.com.br/docs-images/81/84051758/images/22-0.jpg>.
Acesso em: 22 abr. 2020.
70
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
FONTE: <https://oximaq.com.br/3063-tm_thickbox_default/disjuntor-tripolar-25a-curva-c-steck.jpg>.
Acesso em: 22 abr. 2020.
DISJUNTOR B
FONTE: <https://www.hiperfer.com.br/img/2019/07/produto/2893/1/home/disjuntor-30a-preto.jpg>.
Acesso em: 22 abr. 2020.
71
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
FIGURA 34 – REMOÇÃO DE UMA VÍTIMA QUE ESTÁ EM CONTATO COM A FONTE GERADORA
DE ENERGIA
Descrição: a) o socorrista deve avaliar se há possibilidade de suspender e/ou desligar a fonte ge-
radora de energia; b) o socorrista deve avaliar a cena (aos arredores da vítima) para realizar diag-
nóstico da área; c) o socorrista deve manter certa distância entre este e a vítima; d) o socorrista
deve idealmente estar com calçado fechado e com solado de borracha – torna-se como meio
isolante; e) o socorrista não deve utilizar dispositivo molhado ou feito de metal para que
não ocorra transferência de energia para o próprio socorrista.
FONTE: <https://bit.ly/2KoDA9t>. Acesso em: 22 abr. 2020.
72
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
FONTE: <https://img.medicalexpo.com/pt/images_me/photo-mg/77318-9455195.jpg>.
Acesso em: 22 abr. 2020.
FONTE: <https://lh3.googleusercontent.com/3g9UQi_K-JOI1vCIN0zU0FensueFfWAJBz-
fXubANYYYAm_7DtWENLe-QG2hPpiNptGyJ0Q=s170>. Acesso em: 22 abr. 2020.
FONTE: <https://segredosdomundo.r7.com/wp-content/uploads/2019/03/7-possiveis-causas-e-
-significados-para-uma-pupila-dilatada-9.jpg>. Acesso em: 22 abr. 2020.
73
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Outra medida simples quanto aos cuidados para evitar que ocorra
choque elétrico no meio industrial ou domiciliar, é que profissionais estejam
munidos dos EPIs necessários, tais como: capacetes, protetores oculares, luvas
de tecido, botas de borrachas, cintos de contenção para evitar quedas de alturas,
protetores visuais (máscaras), dentre outros (Figura 38) e cuidados direcionados
que envolvam crianças de pequeno porte, que é evitar que estes tenham contato
com fios desencapados e que seja aplicado a adaptação de protetores de tomadas
de energia, conforme exemplificado na Figura 39. Uma medida simples, porém,
muito eficaz (SILVA; MENDES, 2005; MOLENTO, 2017).
FONTE: <https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/profissoes/dia-eletricista-conheca-os-10-epis-fun-
damentais-para-quem-trabalha-no-setor//>. Acesso em: 22 abr. 2020.
74
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
FONTE: <http://imagens.revista.zapcorp.com.br/wp-content/uploads/2012/03/foto-protecao.jpg>.
Acesso em: 22 abr. 2020.
75
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
As lesões por choque elétrico, por causas naturais como raios, expressam
a existência de pequena proporção quanto ao número de admissões em unidades
de urgência e emergência. Por outro lado, há ocorrência de admissão de taxas
mais expressivas de vítimas por meio choque elétrico por fatores convencionais,
como aqueles oriundos do manuseio de redes elétricas, o que resultam em elevado
custo quanto ao risco às vítimas e à sociedade, bem como expressivos gastos que
devem aplicados a elas.
76
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
77
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
LEITURA COMPLEMENTAR
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TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
Histórico
79
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Relatório estratégico
80
TÓPICO 3 — LESÕES POR CHOQUE ELÉTRICO
81
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
Discussão
83
UNIDADE 1 — EVENTOS AGUDOS I
CHAMADA
84
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
85
ocasionado um novo evento, arritmias cardíacas. Essa corrente tende a ser mais
perigosa, e ainda, destaca-se que correntes elétricas que tiveram seu ponto
fonte pela cabeça, este pode danificar/lesionar o sistema nervoso central (SNC)
e seu funcionamento.
• As lesões mais graves, oriundas do choque elétrico, são aquelas que geralmente,
são indolores, porque há perda da sensibilidade; podem apresentar coloração
amarelo acinzentada; estão associadas à presença de necrose central.
• Descargas elétricas que atingem alguma via superior (cabeça, braço por
exemplo) e possui sua via de saída, os membros inferiores (pés), as vítimas
podem desencadear grandes chances de estimular a presença de uma
arritmia cardíaca de grande magnitude, tal como Fibrilação Ventricular (FV),
considerada como um ritmo de modalidade de Parada Cardiopulmonar (PCP).
86
AUTOATIVIDADE
87
REFERÊNCIAS
ÁLVAREZ, V. E. et al. Fiabilidad en la medición de la temperatura corporal con
un termómetro timpánico en pacientes geriátricos. Gerokomos, Barcelona, v. 28,
n. 2, p. 68-72, 2017.
88
FERREIRA, H. et al. Anafilaxia e alergia alimentar: O resultado de uma intervenção
na comunidade. Nascer e Crescer, Porto, v. 24, n. 3, p. 103-107, set. 2015.
FERREIRA, F.; INACIO, F. Patologia associada ao trigo: alergia IgE e não IgE
mediada, doença celíaca, hipersensibilidade não celíaca, FODMAP. Rev Port
Imunoalergologia, Lisboa, v. 26, n. 3, p. 171-187, set. 2018.
HALL, J. E.; GUYTON, A. C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13.
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
90
UNIDADE 2 —
EVENTOS AGUDOS II
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
91
92
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
93
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: <https://medilarblog.files.wordpress.com/2019/08/estrela-da-vida-blog_prancheta-1-1.
png?w=645&h=525>. Acesso em: 20 maio 2020.
94
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
95
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
96
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
Isso significa que você deve realizar algumas perguntas a vítima e se fazer
algumas perguntas e obter auto respostas, tais como:
• São necessários outros recursos mais avançados para socorrer a vítima como a
presença de médicos ou outros?
97
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
98
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
DICAS
99
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
DICAS
100
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
Descrição: devemos ressaltar que ocorreu a adaptação de um novo modelo de escala para ava-
liação neurológica, entretanto, na prática clínica a que se encontra aqui exposta, é o instrumento
que ainda é mais utilizada rotineiramente no meio clínico.
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/94/6d/b1/946db1cbc79b3ac6940b25b7c0344477.jpg>.
Acesso em: 20 maio 2020.
101
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
Descrição: o socorrista deve apoiar a mão não dominante, firmemente, sobre o face frontal (tes-
ta) da vítima e com a mão dominante adicionar, levemente, os dedos indicador e médio abaixo da
região mentual (queixo) e elevar (pressionar) para cima e com o polegar, você deve abrir a boca
da vítima visando inspecionar se há algum corpo estranho para removê-lo, conforme exemplifica
a imagem.
FONTE: <https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/14685/mod_resource/content/2/un01/
img_content/figura1.18.png>. Acesso em: 20 maio 2020.
Descrição: o socorrista adiciona os dedos indicador, médio, anular e mínimo na altura do ângulo
da mandíbula, e com o polegar, viabiliza a abertura da boca visando inspecionar se há algum
corpo estranho para removê-lo, após aplicado tais etapas, o socorrista deve tracionar as referidas
estruturas suavemente, conforme exemplifica a imagem.
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/-wqc8xtG71uE/U-uavybfs5I/AAAAAAAAACE/FbSab8QHjOk/
s1600/Imagem4.jpg>. Acesso em: 20 maio 2020.
102
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
FONTE: <https://www.soccorritori.ch/wp-content/uploads/2014/12/m_1407858829.jpg>.
Acesso em: 20 maio 2020.
Descrição: o colar cervical possui diversos tamanhos e marcas, quanto aos tamanhos, estes são:
bb (neo) – rosa; pediátrico – azul-claro; pp – lilás; pequeno – azul-royal; médio – laranja; grande –
verde; gg – branco. Quanto à medida do tamanho do colar cervical: você deverá com o dorso da
mão, medir a altura entre o ângulo da mandíbula e a base do pescoço da vítima (Figuras 6A e 6B).
FIGURA 6A – DELIMITAÇÃO
Descrição: no colar, medir do parafuso ou marca indicadora até o final da parte rígida.
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR2nSZgA89MIB6sgdF-
qReHNdhTsKHo0nXagXALJBLOyJcLpz9Bk&s>. Acesso em: 20 dez. 2019
103
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTkVQi7fRn5zzwuqTQ3Ji1C-
QWrZhSN0Zyn69F32lF3Kn3FmohQi2w&s>. Acesso em: 20 maio 2020.
A) Descrição: perceba que o pulmão esquerdo da vítima não se encontra totalmente expandido,
devido à presença de ar (área esbranquiçada) na imagem, justificando e/ou simbolizando a ar no
interior do tórax (entre as pleuras), justificando a presença de pneumotórax.
FONTE: <https://image.freepik.com/vetores-gratis/uma-anatomia-humana-do-pneumoto-
rax_1308-13588.jpg>. Acesso em: 20 maio 2020.
104
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
FONTE: <http://tklbrasil.com.br/2018/wp-content/uploads/2017/09/cateter-simples-mediplus2.
png>. Acesso em: 20 maio 2020.
C) Descrição: uma vez localizado a linha medioclavicular, também conhecida como linha hemi-
tórax ou terço médio hemiclavicular, basta apenas localizar o 2° espaço intercostal (espaço entre
uma costela e outra) no lado acometido e introduzir o dispositivo escolhido (preferencialmente o
mais calibroso) em uma angulação de 90°.
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/5-150412170128-conversion-gate01/95/5-trax-e-ris-
co-de-morte-rx-do-trauma-41-638.jpg?cb=1428876198>. Acesso em: 20 maio 2020.
105
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: <https://md.uninta.edu.br/geral/primeirossocorros/#/os-torniquetes>.
Acesso em: 20 maio 2020.
106
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
107
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: <https://apolomedical.com.br/wp-content/uploads/2019/06/prancha-longa-em-polieti-
leno-600x600.jpg>. Acesso em: 20 maio 2020.
Problema de ventilação:
O ventilação muito rápida, muito lenta ou superficial;
O dispneia;
O sinais de hipóxia evidentes;
O suspeita de pneumotórax;
O pneumotórax aberto;
O tórax instável.
Hemorragia:
Ohemorragia externa significativa;
Osuspeita de hemorragia interna.
Alteração neurológica:
O paciente/vítima encontra-se confusa ou desorientada;
O Glasgow ≤13;
O síncope;
O convulsões;
O déficit sensitivo ou motor.
Ferimento:
O penetral em cabeça;
O pescoço;
O tronco ou membros superiores;
O membro(s) inferior(es);
O o objeto se encontra empalado no paciente/vítima;
O amputação ou quase amputação proximal aos dedos.
108
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
FONTE: O autor
2.6 COMUNICAÇÃO
Devesa (2016) descreve que a comunicação é um aspecto crucial do
atendimento pré-hospitalar, porém, até hoje, apresenta problemas e fragilidades.
Por esse motivo, cabe elencar o referido tópico, nesta unidade, para que possamos
minimizar a existência de tais fragmentos. A importância da comunicação
começa na ativação do sistema. Dependendo de como a primeira comunicação
chegar à central, os recursos humanos e de equipamentos enviados para atender
à emergência podem ser adequados ou não. Mesmo enquanto a equipe de
atendimento ainda está a caminho do local da ocorrência ou evento, a comunicação
com a central permite obter novas informações que podem orientar a preparação
da equipe para o atendimento. Por esse motivo, ao iniciar o primeiro atendimento
e se for necessário a solicitação de auxílio de equipes especializada, o solicitante
deve ter noções do que avaliar na vítima, para realizar o repasse das informações
de forma mais pontual e direcionada, o que de certa forma, tal conduta contribui
para o atendimento da equipe que está a caminho.
109
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
2.7 TRANSPORTE
Vimos que no paciente crítico (clínico ou traumático), é fundamental
iniciar precocemente o transporte para hospital adequado. É fundamental
que o hospital escolhido seja adequado, capaz de tratar as lesões ou queixas
existentes que o paciente possa apresentar e que seja notificado da chegada do
paciente antes de o transporte propriamente dito seja iniciado. O transporte de
paciente para o hospital não apropriado pode significar perda grande de tempo
e exposição ao mesmo. No nosso meio, esse processo pode ser extremamente
demorado, o que pode retardar muito o início do tratamento definitivo e
direcional.
Por outro lado, se o hospital não for notificado antes de ser iniciado
o transporte, pode não ter condições de atender adequadamente ao paciente
naquele momento o que novamente significa perda de tempo e exposição.
Assim, nem sempre o hospital mais próximo é o mais adequado, naquele
momento, para aquele paciente. A importância da comunicação com a central
e com hospital de destino fica evidente. Na maioria das vezes, quem presta os
primeiros cuidados, não realiza esse tipo de conduta “ligar para o hospital”,
mas a depender do caso, esta é uma estratégia viável, importante e decisiva
para a vítima.
110
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
Outro aspecto que deve ser considerado, é que nem sempre é fácil
cuidar do paciente grave em trânsito na unidade de atendimento de urgência e
emergência móvel. O espaço é muito limitado. A própria movimentação com o
balanço da ambulância, dificulta qualquer intervenção. Devem ser antecipadas
as possíveis necessidades do paciente e providenciadas as condições para que
possam ser atendidas, com as menores intervenções possíveis. Intervenções mais
complexas quando absolutamente necessárias, talvez possam ser feitas dentro da
ambulância mesmo antes de iniciar o transporte ou com a ambulância andando
lentamente. Cuidados especiais devem ser realizadas acerca da forma como a
viatura (ambulância) é conduzida, pois a velocidade do transporte quando
exagerada, pode significar risco considerável para o paciente e para a equipe (além
da possibilidade de colisões, pode haver deslocamento ou queda de equipamento
dentro da ambulância), dentre outros.
3 SÍNCOPE
Segundo Alvares (2015), síncope pode ser definida como perda súbita da
consciência e do tônus postural, podendo haver a recuperação espontânea. De
maneira geral, todas as formas de síncope cursam em decorrência da diminuição
ou rápida interrupção do fluxo sanguíneo cerebral. A referida síndrome clínica,
corresponde por cerca de mais de 7% de todas as consultas em serviços de
urgência e emergência, podendo a sua causa ser uma condição benigna ou
marcador de grande risco de morte súbita. É uma condição que pode ocorrer a
qualquer momento e local.
• antiarrítmicos;
• antidepressivos;
• anti-hipertensivos (β-bloqueadores, diuréticos, inibidores de ECA,
bloqueadores dos canais de cálcio, dentre outras categorias);
• antiparkinsonianos;
• anticonvulsionantes;
• digitálicos;
• benzodiazepínicos etc.
112
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Achados Probabilidades
Desidratação, medicações (diuréticos,
Hipotensão ortostática. anti-hipertensivos) e outras causas de
disfunção autonômica.
Ictus desviado, sopro de regurgitação
mitral, B3 (sugerindo disfunção Taquicardia ventricular.
ventricular esquerda).
FONTE: O autor
115
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
exames neurológicos. Caso você não tenha acesso a aparelhos de pressão arterial
(esfigmomanômetro), é importante que verifique a pulsação periférica (Artéria
radial e pediosa bilateralmente), pois, através de tal conduta você poderá ter
uma percepção de como está a distribuição sanguínea realizada pelo ventrículo
esquerdo, o que dá dará indícios de como o SNC está sendo perfundido.
Benditt (2011) informa que em pacientes com esse ECG normal e sem doença
cardíaca, a síncope neuralmente mediada torna-se a principal hipótese. Doentes
com episódio único de síncope, exame físico e de eletrocardiograma normais,
sem nenhum achado sugestivo de doença de base, podem ser acompanhados sem
necessidade de investigação diagnóstica adicional. Dependendo dos achados,
incluindo aqueles dois ECG, pode ser necessário indicar testes específicos,
tais como: ecocardiograma, monitorização contínua ECG (Hotter, telemetria
ou dispositivos de longa gravação), teste de isquemia miocárdica ou mesmo
cineangiocoronariografia. Algumas situações são consideradas de alto risco para
morte súbita, portanto, pode ser necessária a indicação de estudo eletrofisiológica
cardíaca para complementação da avaliação.
116
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
Neuralmente
Características Arritmias Crise epiléptica
mediada
Idade mais avançada Idade mais avançada Menor idade
Idade
(> 54 anos) (> 54 anos) (> 55 anos)
Prevalência de
Homens > mulheres Semelhante Mulheres > homens
sexo
Número de
Poucos (<3) Variável Mais episódios (>2)
episódios
117
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
Estresse emocional,
ambiente
Cenário clínico Qualquer um Qualquer um
hiperaquecido
(quente)
Maior duração
(>5 segundos):
Curta duração
Achados Pode ter aura com palpitações, visão
(<6 segundos);
durante o sintomas gustativos, borrada, náusea,
palpitação pouco
evento olfatórios ou visuais diaforese, sudorese
frequente
e iminência de
desmaio
FONTE: O autor
118
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
o diuréticos;
o bloqueadores adrenérgicos (α, β, mistos);
o inibidores da ECA;
o antidepressivos;
Agentes e
o fenotiazinas;
medicamentos
o barbitúricos;
o vasodilatadores (hidralazina, bloqueadores dos canais de
cálcio);
o agonistas α2-centrais (metildopa, clonidina);
o álcool;
o anfetaminas;
o cocaína.
FONTE: O autor
119
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
120
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
FONTE: O autor
Descrição: percebam que a primeira figura a sua direita desse material (no topo), acusa como
batimento cardíaco normal, sinalizando que o ciclo elétrico (fenômeno mecânico) está em
um mesmo compasso. Já nas demais figuras, podemos perceber uma diferença no sistema de
condução, o que sugere alteração também quanto ao efeito contrátil (fenômeno de contração)
estará alterado.
FONTE: <https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-
-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/arritmias-card%C3%ADacas/considera%C3%A7%C3%B5es-ge-
rais-sobre-arritmias-card%C3%ADacas>. Acesso em: 20 maio 2020.
122
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
3.6 TRATAMENTO
A síncope não é uma doença, mas uma manifestação “um sintoma” de
algum distúrbio de base. Dessa forma, a abordagem inicial segue os mesmos
princípios do tratamento do Suporte Avançado de Vida (ACLS). Assim, pode
haver necessidade de cardioversão (se presença de taquiarritmias), instalação
de marcapasso (se bradiarritmias), tratamento da dissecção de aorta (com
ressuscitação volêmica – infusão de volume), embolia, de isquemia miocárdica,
dentre outros (RODRIGUES; SANTIAGO; LIMA, 2018).
• Avaliar o local que circunda a vítima, observar a posição como ela se encontra
e se aquele espaço (cena) está seguro para que você se aproxime da vítima em
potencial (Figura 11).
Descrição: observar a posição da vítima lhe permitirá ter noções de como o evento ocorreu e por
onde você poderá se posicionar perante ela.
FONTE: <https://www.portaldozacarias.com.br/site//arquivos/imagens/imgeditor/livia-cai-no-
-chao%20(1).jpg>. Acesso em: 20 maio 2020.
• Uma vez próximo da vítima, a próxima etapa é observar como se encontra o nível
de responsividade dela (atende ao chamado verbal facilmente? Vagarosamente?
Não atende ao chamado verbal?); não havendo responsividade ao chamado
verbal, informe-a que você irá tocá-la e realize estimulação dolorosa (Fig.12a
e 12b) caso não responda, realize estimulação dolorosa sobre o esterno;
havendo movimentação por parte dela, procure identificar o(s) provável(eis)
desencadeadores do evento (síncope) (Figura 12C) e, ainda, caso a vítima se
mantenha sonolenta e não possua sinais de trauma, mantenha-a lateralizada
(posição de proteção / posição de recuperação), pois todo paciente sonolento,
em decorrência de algum evento clínico, possui risco de apresentar vômito e
broncoaspiração (Figura 13).
123
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
a)
FONTE: <https://clinicalgate.com/intensive-care-after-neurosurgery/>.
Acesso em: 28 maio 2020.
b)
Descrição: para esse estímulo, você poderá realizar (traçar) uma linha imaginária entre os mamilos
e na parte central sobre o esterno, deve pressionar firmemente utilizando os dedos conforme
simbolizado na figura.
FONTE: <http://www.bcehs.ca/health-info/public-health/responding-to-an-overdose/what-to-
-do-for-a-suspected-overdose>. Acesso em: 28 maio 2020.
• Caso não tenha ocorrido nenhuma movimentação por parte da vítima, tente
checar o pulso central (carotídeo ou femoral em adultos ou, ainda, braquial,
axilar ou femoral em lactentes e crianças). Havendo pulso palpável, avalie a
qualidade do mesmo e priorize a identificação da fonte geradora do evento,
entretanto, caso não haja pulso ou este se encontre ≤ 40 batimentos cardíacos
por minuto, após ter estimulado vigorosamente a vítima, você está diante de
uma condição de emergência, você terá que iniciar o Suporte Básico de Vida
(SBV).
124
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
• idade ≥ 45 anos;
• história de doença cardíaca e/ou insuficiência cardíaca propriamente dita;
• história de arritmias ventriculares;
• ECG normal (exceto alterações de repolarização inespecíficas).
Descrição: imagine que você irá virar a vítima para o lado direito como na Imagem 1 – o socorrista
deverá flexionar o braço esquerdo e apoiar a mão do mesmo membro junto a face lateral do rosto
no lado contrário (direito); Imagem 2 – flexionar levemente o membro superior esquerdo sobre
a perna direita e virar a vítima utilizando o peso do seu corpo – você deverá adaptar a sua mão
esquerda junto a região escapular da vítima (ombro esquerdo) e a mão direita na face posterior da
coxa no membro esquerdo da vítima e, ainda, utilizar o peso do seu corpo para lateralizar a vítima;
Imagem 3 – você deverá se certificar de que a face da vítima está apoiada sobre o braço da mesma
(dorso da mão esquerda na face do lado direito da vítima) e de que a cavidade oral se encontra
aberta (permitindo a drenagem de resíduo gástrico caso ocorra algum episódio de vômito; Imagem
4 – deixar a perna esquerda semiaberta e flexionada visando dar sustentação à posição.
FONTE: <https://demedbook.com/images/1/first-aid-the-recovery-position-and-cpr_2.jpg>.
Acesso em: 20 maio 2020.
125
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: O autor
126
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E SÍNCOPE
127
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Uma vez ocorrido o trauma ou dano clínico, para que o sistema seja ativado,
é necessário que alguém detecte a ocorrência e ligue para uma central
informando, de maneira bem simples, mas completa o tipo de ocorrência
(colisão, atropelamento, queda, incêndio, desabamento, agressão, dor e em que
região, qual a duração e sua intensidade, se existe alguma limitação mais em
evidência, dentre outros), o número de vítimas, se a ocorrência for um trauma,
suas condições e as circunstâncias relacionadas ao trauma ou se está se tratar
de uma condição clínica, se existe alguma particularidade e irregularidade
mais aparente.
128
fundamental, no atendimento clínico, como já enfatizado, também é uma
condição intimamente aplicável e não há espaço para indecisões ou incertezas,
é necessário que a abordagem seja sistematizada (integral) e que permite não
perder tempo nem deixar passar despercebida qualquer lesão ou queixa clínica
que possam sinalizar a existência de risco de vida ou de sequelas.
129
AUTOATIVIDADE
130
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
CRISE EPILÉTPICA
1 INTRODUÇÃO
131
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: <http://emercor.com.br/wp-content/uploads/2018/09/EEF14E47-2.jpg>.
Acesso em: 20 maio 2020.
FONTE: <https://enfermagemflorence.com.br/wp-content/uploads/2019/04/convuls%C3%A3o.jpg>.
Acesso em: 20 maio 2020.
132
TÓPICO 2 — CRISE EPILÉTPICA
Hopker et al. (2017) descrevem alguns pontos pertinentes que devem ser
levados em consideração acerca do que observar nas vítimas recorrentes:
133
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
134
TÓPICO 2 — CRISE EPILÉTPICA
135
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
136
TÓPICO 2 — CRISE EPILÉTPICA
FONTE: <https://pesquisanimed.files.wordpress.com/2015/06/img_20150629_021229389.
jpg?w=238&h=300>. Acesso em: 20 maio 2020.
137
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
138
TÓPICO 2 — CRISE EPILÉTPICA
139
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: <https://www.cukiert.com.br/wp-content/uploads/2019/05/eletroencefalograma-clini-
ca-cukiert.jpg>. Acesso em: 20 maio 2020.
Descrição: A proposta desta imagem é sinalizar que uma das formas de se observar a presença
de irregularidades quanto aos impulsos elétricos cerebrais é através da captação desses impulsos
por meio do eletroencefalograma. Este exame permite realizar a comparação do traçado das
imagens ora captadas, as quais evidenciam onde há latência (excitabilidade fisiológica – atividade
cerebral normal) como esboça a imagem a esquerda. Já na figura central, é possível percebermos
a existência de um traçado (linhas maiores no sentido vertical) justificando a presença de
maior excitabilidade. E na figura à direita, percebemos que esses traçados (linhas no sentido
vertical), se apresentam ainda com deformidade e/ou irregularidades sequenciais, justificando
hiperexcitabilidade cerebral (desordem).
FONTE: <https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-
-nervos/transtornos-convulsivos/transtornos-convulsivos>. Acesso em: 20 maio 2020.
2.4 CONDUTA
A seguir, encontra-se disponível o que orientam Moreira (2004), Aguilar,
Alves e Serrano (2016), acerca do que as pessoas que prestam cuidado às pessoas
que manifestam epilepsia devem observar e de como devem intervir perante a
existência dessa síndrome clínica, a saber:
• Paciente epilético, em uso de fármacos para controle e que parou de tomar por
conta própria a medicação por alguns dias: neste caso, avaliar individualmente
há necessidade de exames complementares. Administrar a medicação de
que o paciente faz uso (compensando-se também as doses “perdidas”). A
suspensão abrupta ou redução intempestiva dos fármacos (barbitúricos ou
benzodiazepínicos), são causas frequentes de descompensação do controle de
crises epilépticas e devem ser tratadas com a reintrodução das mesmas ou de
similares.
• Pacientes epiléticos em uso de um ou mais fármacos antiepilépticos sem um
desencadeante aparente: o manejo dos fármacos, nestas situações, deve ser
feito, preferencialmente, em conjunto com o médico que acompanha o paciente
e/ou vítima. Em algumas situações isso não é possível, podendo ser necessário
ajustes na dose da medicação no pronto-socorro.
• Estado de mal epiléptico independentemente da etiologia da crise epiléptica:
o doente pode apresentar-se em uma situação de emergência, cuja situação
caracterize o chamado de mal estado epilético. O estado de mal epiléptico,
pode ocorrer no contexto de uma crise aguda sintomática ou em decorrência
da descompensação de epilepsia prévia. Crises prolongadas podem,
potencialmente, causar dano ao SNC. Estudos experimentais sugerem que
crises não controladas predispõem o cérebro a crises de mais difíceis controle
por meio do uso de medicamentos. Embora, tecnicamente, o diagnóstico
de estado de mal epiléptico refere-se a crises com duração de mais de vinte
minutos, estudos em animais de laboratório indicam alterações teciduais a
partir de cinco minutos do início da crise. Como a maioria das crises epilépticas
essa ocorre em menos de dois minutos (não incluindo o período de confusão
pós-ictal), justifica-se que comecem a ser tomadas medidas terapêuticas para
abordar as crises a partir de quinto minuto após o início da crise.
• Acerca do estado de mal convulsivo: caracteriza-se por crises tônico-clônico
generalizadas reentrantes, sem recuperação completa da consciência entre as
crises ou crises generalizadas que pode durar por até mais de vinte minutos
(esse é um diferencial). Representa risco de morte. Deve ser identificado
e tratado prontamente. A ocorrência da crise generalizada é frequente, com
intervalos breves de recuperação de consciência entre as crises, embora não
represente estado de mal epiléptico, também deve ser diagnosticada e tratada
prontamente.
• O estado de mal não convulsivo (ou estado de mal com manifestações clínicas
e sutis): pode ocorrer espontaneamente seguida de crises tônico-clônico
generalizadas ou de crises parciais com perda de consciência (crises parciais
complexas). Manifesta-se por rebaixamento persistente do nível de consciência,
141
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
• quedas vs traumas;
• síncope;
• crise não epilética de origem psicogênica;
• ataques de pânico;
• distúrbios de sono;
• enxaqueca;
• distúrbios metabólicos.
142
TÓPICO 2 — CRISE EPILÉTPICA
2.6 TRATAMENTO
No atendimento de emergência é fundamental para que a conduta médica
seja guiada por um processo diagnóstico estruturado, visando à intervenção
terapêutica eficaz. A troca de informações com aqueles que prestaram o primeiro
socorro é crucial. A prioridade inicial é avaliar se há presença de hipoglicemia
e realizar as manobras de suporte avançado de vida (garantir vias aéreas,
ventilação, circulação, dentre outros). Em seguida é necessário que se estabeleça,
paralelamente algoritmo diagnóstico e terapêutico.
FONTE: O autor
143
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
144
TÓPICO 2 — CRISE EPILÉTPICA
145
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
146
Sistema Nervoso Central (SNC): como meningites e encefalites (principalmente
a meningoencefalite herpética); outras lesões agudas do SNC: Acidente Vascular
Encefálico Transitório (AVE.T), Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico
(AVE.H) ou Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVE.I).
• Com relação à tomografia computadorizada (TC), esta pode ser realizada com
ou sem o aditivo de contraste. As realizadas sem contraste são consideradas
uma ferramenta auxiliadora para identificar muitas causas geradoras de
atividade epiléptica. Já as TCs que são realizadas com contraste endovenoso,
pode ser mais específica para um diagnóstico em particular, porém a utilização
de contraste, na maioria das vezes, não melhora a sensibilidade para detecção
de lesões, com exceção das doenças metastáticas existentes no SNC.
147
AUTOATIVIDADE
2 Conceitue convulsão.
148
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
149
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: O autor
FONTE: O autor
150
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
151
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
3 DEFINIÇÕES
O principal mecanismo patogenético de instabilização da placa
aterosclerótica, nas síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis é a ocorrência
da rotura/erosão da placa aterosclerótica (Figura 20), levando às seguintes
complicações: ativação inflamatória, aumento de agregação plaquetária,
vasoconstrição e trombose intraluminal da artéria coronária. A oclusão coronária
por tempo prolongado promove completa interrupção no fornecimento de
nutrientes para uma determinada região do miocárdio, constitui o substrato
anatômico para o desenvolvimento do Infarto Agudo do Miocárdio com ou sem
elevação do segmento ST (IAM) (Figura 21).
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/-qDxt6WFs9iY/TiN-kIFGGrI/AAAAAAAABd8/04BNoJZ1Sns/
s200/placa-ateroma.gif>. Acesso em: 20 maio 2020.
152
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
FONTE: <https://www.bancodasaude.com/cdn/press/0000000005886.jpg>.
Acesso em: 20 maio 2020.
153
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
Pré-unidade Unidade
Recanalização química ou mecânica
coronariana coronariana
20% – 30% 15% 6% – 10%
FONTE: O autor
154
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
FONTE: O autor
155
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/d7/f4/41/d7f4418e2c5a8f6ed15cc80e1688f9e1.jpg>.
Acesso em: 20 maio 2020.
156
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
FONTE: <https://www.medicalequipment-msl.com/upload/img/20180404/2018040415223
75722.jpg>. Acesso em: 20 maio 2020.
157
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
158
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
3.5 TRATAMENTO
Desde o final da década de 1970 e início de 1980, sabe-se que, quanto
mais tempo se passa para recanalização, a partir do início dos sintomas, menos
evidentes são os benefícios dela. Daí, o conceito de que “tempo é músculo”, e,
portanto, a terapia de recanalização, quando indicada deve ser iniciada o mais
precocemente possível (OUCHI et al., 2017; SANTOS et al., 2018). Os mesmos
autores indicam alguns cuidados adicionais, os quais devem ser aplicados ainda
em ambientes extra-hospitalar, conforme descritos a seguir:
159
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
Clínico: dor sugestiva de isquemia miocárdica aguda com até 12 horas de evolução,
não responsiva ao uso de nitrato. Não é obrigatória a presença de dor no momento da
avaliação.
Eletrocardiográfico: supradesnível do segmento ST > 1 mm em pelo menos duas
derivações de mesma parede ou Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE) novo ou
presumivelmente novo.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Contraindicações absolutas
Qualquer hemorragia cerebral prévia.
Lesão vascular cerebral conhecida.
Neoplasia intracraniana (primária ou metastática).
AVC isquêmico < 3 meses (exceto < 3 horas).
Traumatismo craniano ou facial significativo < 3 meses.
Sangramento interno ativo (exceto menstruação).
Suspeita de dissecção da aorta.
Doença de coagulação.
Redução da expectativa de vida (coma, sepse, neoplasia).
FONTE: O autor
160
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Contraindicações relativas
História de HAS crônica grave e não controlada.
Pás > 180/PAD > 110 mmHg, apesar do alívio da dor.
AVC isquêmico > 3 meses e outras doenças cerebrais não citadas.
Uso de anticoagulantes dicumarinicos.
Trauma recente ou cirurgia de grande porte nas últimas 3 semanas.
Ressuscitação cardiopulmonar traumática ou prolongada (> 10 minutos).
Punção vascular não compressível.
Sangramento interno recente (2 a 4 semanas).
Úlcera péptica ativa.
Para estreptoquinase (EQ) – uso prévio de EQ (>5 dias) ou reação alérgica prévia.
Gravidez.
FONTE: O autor
161
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: <http://www.icor.com.br/exames-cardiologicos/angioplastia-coronaria-o-que-e-quan-
do-deve-ser-realizada/>. Acesso em: 20 maio 2020.
162
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
FONTE: O autor
163
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
FONTE: O autor
164
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
LEITURA COMPLEMENTAR
166
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
167
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
168
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
169
UNIDADE 2 — EVENTOS AGUDOS II
170
TÓPICO 3 — PRECORDIALGIA E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Conclusão
FONTE: OUCHIA, J. D. et al. Tempo de chegada do paciente infartado na unidade de terapia in-
tensiva: a importância do rápido atendimento. Ensaios e Ciência: Cienc. Biol. Agrar. Saúde, v. 21,
n. 2, p. 92-97, 2017. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/260/26053412007.pdf. Acesso
em: 21 maio 2020.
171
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
172
retroesternal, epigástrica ou torácica difusa (à direita e/ou à esquerda).
Irradiação: membro superior esquerdo (aspecto ulnar) ou ambos os membros
superiores, ombros, pescoço, mandíbula, região interescapular ou epigástrio.
Fatores concomitantes: náusea, vômitos, sudorese, dispneia. Fatores
desencadeantes: estresse emocional, esforço físico moderado ou intenso. Não é
incomum a ocorrência de repouso.
CHAMADA
173
AUTOATIVIDADE
174
REFERÊNCIAS
AGUILAR, S.; ALVES, M. J.; SERRANO, F. Gravidez e epilepsia. Acta Obstet
Ginecol Port, Coimbra, v. 10, n. 2, p. 120-129, jun. 2016.
175
HOPKER, C. del C. et al. A pessoa com epilepsia: percepções acerca da doença
e implicações na qualidade de vida. CoDAS, São Paulo, v. 29, n. 1, e20150236,
2017.
176
PESARO, A. E. P.; SERRANO JUNIOR, C. V.; NICOLAU, J. C. Infarto agudo do
miocárdio: síndrome coronariana aguda com supradesnível do segmento ST.
Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 50, n. 2, p. 214-220, abr. 2004.
177
VILAS, L. A. et al. Síncope vasovagal como fenómeno médico frecuente. Rev.
Cub. Med. Mil. Ciudad de la Habana, v. 31, n. 4, dez. 2002.
178
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
179
180
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Dentre os principais sintomas que podem preceder uma PCR são: dor
torácica, sudorese, palpitações precordiais, vertigens (Tonturas), perda de
consciência, alterações neurológicas, sinais de baixo débito cardíaco, parada de
sangramento prévio.
181
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
182
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
FONTE: <https://3.bp.blogspot.com/-42bWwizlQss/V_5JDdoRSJI/AAAAAAAADPk/BYwRIaOme-
1gU9Q6G7mWQc2_ETGPHnA3uACLcB/s640/pcrih-pcreh.png>. Acesso em: 28 maio 2020.
• PCR Intra-hospitalar
o vigília e prevenção;
o reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência;
o RCP imediata e de alta qualidade;
o rápida desfibrilação;
o suporte avançado de vida e cuidados pós-PCP.
183
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
• PCR Extra-hospitalar
o reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência;
o RCP imediata e de alta qualidade;
o rápida desfibrilação;
o serviços médicos básicos e avançados de emergência;
o suporte avançado de vida e cuidados pós-PCP.
• O paciente e/ou vítima deve ser chamado ao menos por duas vezes, associando-
se estímulo táctil no ombro da vítima. Se o paciente responder ao chamado ou
apresentar movimentos voluntários em resposta, isto significa que ele possui
fluxo sanguíneo suficiente para manter alguma atividade do sistema nervoso
central (mesmo que parcialmente), ou seja, a situação se afasta da condição
de PCR/PCP. Quando não há resposta, assume-se a interpretação de que a
função do Sistema Nervoso Central - SNC - está limitada por uma ou mais
184
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
FONTE: <https://img.medicalexpo.com/pt/images_me/photo-mg/69625-14877175.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2020.
185
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e1/Directional_Terms.
jpg/220px-Directional_Terms.jpg>. Acesso em: 28 maio 2020.
186
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
FONTE: <https://www.metropoles.com/saude/entenda-a-tecnica-que-coloca-pacientes-com-
-covid-19-de-brucos>. Acesso em: 28 maio 2020.
Descrição: resgatista com relação à vítima deve estar ajoelhado na linha dos ombros do paciente;
localizar o apêndice xifoide e medir dois dedos acima da porção final em direção ao polo cefálico
(cabeça); apoiar a mão dominante sob a área delimitada; entrelaçar a mão não dominante a mão
dominante; manter os membros superiores hiperestendidos (90º); apoiar o peso do corpo sobre
o membro hiperestendido
FONTE: <https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/14685/mod_resource/content/2/un01/
img_content/imagem20.png>. Acesso em: 28 maio 2020.
187
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
Descrição: jaw thrust – tração de mandíbula; chin lift – elevação de mandíbula e da hiperextensão
da coluna cervical.
FONTE: <https://lh3.googleusercontent.com/uMFZzuK2EWfy2yHGcMkPD8Yz5lbfoOe0cIuOA-
JSNt1FWJ2Xtox8ArXyzCgwAkoGM89SD=s167>. Acesso em: 28 maio 2020.
188
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
189
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/16346/mod_resource/content/1/un03/
img_content/pulso_carotideo.png>. Acesso em: 28 maio 2020.
190
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
• frequência;
• profundidade;
• permitir o retorno do tórax a cada compressão;
• interrupção mínima entre as compressões;
• revezamento entre os operadores a cada ciclo de dois minutos para manutenção
de alta performance na MCE (o que contribui para perfusão cerebral mais
efetiva).
191
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
Processo Esterno
xifoide
FONTE: <https://cmosdrake.com.br/content/uploads/2018/12/massagem-cardiaca-em-bebes-
-600x300.jpg>. Acesso em: 28 maio 2020.
• Se a vítima for lactente, circunde o tórax dela com a palma das mãos, trace
uma linha imaginária entre eles e, no centro, (sobre o apêndice xifoide) aplique
compressões utilizando o polegar direito e esquerdo. Lembre-se de que antes
de iniciar as compressões, a via aérea da vítima deve estar livre (sem resíduo,
por exemplo) e hiperestendida (Figura 11).
192
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
FONTE: <https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/16346/mod_resource/content/1/un03/
img_content/compressoes_toracicas_entre_mamilos.png>. Acesso em: 28 maio 2020.
• Se a vítima for adulta, localize o apêndice xifoide, delimite dois dedos acima
(na posição horizontal) da porção final, adicione a região hipotenar (palma da
mão) não dominante sobre a região delimitada, adicione a mão dominante sobre
ela e entrelace os dedos (cruze os dedos), você deverá hiperestender os braços
(direito e esquerdo) mantendo-o em (90°), após deverá iniciar a massagem.
Lembre-se de que antes de iniciar as compressões a via aérea da vítima deve
estar livre (sem resíduo, por exemplo) e hiperestendida (Figura 13).
193
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
Para tal a American Heart Association (AHA, 2018) descreve que seguir as
seguintes determinações:
194
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
195
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://hypescience.com/os-filmes-enganam-a-desfibrilacao-nao-salva-todos-os-pa-
cientes/>. Acesso em: 28 maio 2020.
FONTE: <https://cmosdrake.com.br/produto/dea-trainer-feedback-de-rcp-jezer/>.
Acesso em: 28 maio 2020.
196
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
DEAs são fáceis de serem usados, pois, estes são autoexplicativos e orientativos
(LUCAS et al., 2018). Entretanto, para que o equipamento funcione na sua
totalidade, alguns cuidados são necessários, tais como:
• Vítimas que possuem muita pigmentação (pelos, por exemplo), devem ser
raspados assim que possível, pois na presença deles existe a possibilidade de
não fixação dos adesivos (pás descartáveis) (Figura 16). Apesar de haver uma
grande quantidade de marcas e modelos desses equipamentos, todos seguem
o mesmo padrão, vindo com orientações visuais quanto à posição que estes
dispositivos devem ser adaptados ao tórax da vítima.
FONTE: <https://http2.mlstatic.com/pas-adesivas-eletrodo-adulto-dea-cmos-drakemodelo-anti-
go-D_NQ_NP_942672-MLB31698790874_082019-F.webp>. Acesso em: 28 maio 2020.
• Adaptação correta das pás (adesivos) é uma conduta crucial para o sucesso da
transferência de energia (choque) para eliminar as arritmas que induziram a
existência de PCR (Figuras 17A e 17B).
A) Adolescentes e Adultos
197
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://cmosdrake.com.br/blog/como-salvar-vida-de-uma-crianca-que-sofre-para-car-
diorrespiratoria/>. Acesso em: 28 maio 2020.
198
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
199
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
200
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
DICAS
FONTE: <http://ekginterpretation.weebly.com/waves-complexes-and-intervals.html>.
Acesso em: 28 maio 2020.
201
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://media.istockphoto.com/photos/ventricular-tachycardia-ventricular-fibrillation-
-picture-id1132930401>. Acesso em: 28 maio 2020.
202
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
FONTE: <http://www.scielo.br/img/revistas/abc/v113n3//0066-782X-abc-113-03-0449-gf06.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2020.
FONTE: <https://www.mountainside-medical.com/products/cpr-face-shield-masks-mouth-to-
-mouth-resuscitation>; <https://hypescience.com/os-filmes-enganam-a-desfibrilacao-nao-salva-
-todos-os-pacientes/>; <https://bit.ly/2AneC8m>. Acesso em: 28 maio 2020.
203
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
204
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
FONTE: <https://www.emergenciausp.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Intubation_ed-
-1200x480.jpg>. Acesso em: 28 maio 2020.
205
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://www.stramedicalshop.com.br/blog/como-utilizar-uma-mascara-laringea/>.
Acesso em: 28 maio 2020.
206
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
FONTE: <https://www.newmed.com.br/lojas/00026590/prod/52FTEA_G.png>.
Acesso em: 28 maio 2020.
207
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
5mg/kg de peso
Amiodarona Ampolas de 150mg 7,5mg/kg de peso
(300mg)
Bicarbonato de
1 mL = 1mEq 1 mEq/kg de peso Indeterminada
sódio 8,4%
10% (10 mL=1g)
Sulfato de
20% (20 mL =2g) 1 a 2g 0,5 a g/hora
magnésio
50% (10 mL =5g)
FONTE: O autor
208
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
209
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
• mensuração da • reaquecimento ou
• Hipotermia ou hipertermia.
temperatura. resfriamento.
• avaliação clínica;
• Hipocalemia/hipercalemia
eletrocardiograma; • reposição de potássio /
o distúrbio hidroeletrolítico
• análise laboratorial bicarbonato de sódio.
*K, Ca, Mg, Na.
(exames de sangue).
210
TÓPICO 1 — ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR (PCP)
• reposição de:
o potássio;
o bicarbonato de sódio;
• Hipoglicemia ou • exames de glicemia e
o líquido;
hiperglicemia corpos cetônicos
o insulina;
o hipoglicemia =
administrar glicose a 50%.
• Trauma • história;
• ABCD primário;
o politrauma; • avaliação;
• ABCDE secundário;
o choque elétrico; • exame físico, dentre
• **XABCDE.
o afogamento. outros.
• Tamponamento cardíaco
o trauma; • história;
• pericardiocentese
o uremia; • fator de risco;
(punção pericárdica);
o compressão cardíaca; • turgência jugular;
• reposição volêmica;
o carcinoma; ecocardiograma,
• toracotomia.
o acidente de punção; dentre outros.
o pericardite.
211
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: O autor
212
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A avaliação primária (Basic Life Suport – BLS) envolve o suporte básico de vida
associado às manobras para reconhecimento da PCR e suporte hemodinâmico
e respiratório através da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). A avaliação
secundária (Advanced Life Suport – ALS) envolve a aplicação de manobras
para o suporte avançado de vida, como a utilização de dispositivos invasivos
por vias aéreas, estabelecimento de acesso venoso, utilização de fármacos,
desfibrilações elétricas e estabilização do paciente após a reversão da PCR/PCP
com o uso de vasopressores, por exemplo.
213
• O posicionamento correto do resgatista, em relação à vítima, é ajoelhado na
linha dos ombros do paciente. Essa posição permite acesso rápido ao segmento
cefálico (via aérea) e ao tronco do indivíduo (massagem cardíaca).
• A procura pelo pulso não deve exceder o intervalo de 10 segundos. Frente a essa
colocação, podemos nos deparar com quatro tipos de público: recém-nascidos
– RN (0 – 28 dias de idade); lactentes (29 dias de vida até 3 anos completos);
pré-escolar (4 anos a 13 anos); e adolescentes e adultos.
214
AUTOATIVIDADE
215
216
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
217
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
Cavidade
nasal
Língua
Epiglote
Hipofaringe
Subglote
Glote
Cordas vocais esôfago
Supra-glote
Traqueia
218
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
dimensão dos corpos estranhos. Nos corpos estranhos esofágicos que têm
dimensões maiores que a capacidade de apreensão dos acessórios endoscópicos
convencionais, o uso da esofagoscopia rígida com pinças de maiores amplitudes
de apreensão é indicada, porém a anestesia geral é obrigatória tanto em crianças
como em adultos (RODRIGUES et al., 2016).
219
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
• tosse persistente;
• limitação atrelado a dificuldade respiratória;
• diminuição localizada dos sons respiratórios;
• em alguns casos sibilos (chiado no peito);
• cianose (pele azulada);
• afonia (a pessoa ou criança não apresenta sons verbais);
• se adulto e ainda acordado, pode levar as mãos ao pescoço;
• apresentar sudorese (geralmente cefálica);
• inconsciência (quando a obstrução ocorreu a certo tempo);
• dentre outras.
220
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
• obstrução leve;
• obstrução grave.
221
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
222
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
FONTE: <http://nursing411.org/Courses/MD0532_Cardiopulmonary_Resuscitation/MD0532/
images/md0532_img_22.jpg>. Acesso em: 28 maio 2020.
223
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcSW9eYAbBRaKYzqUC-
fW1JRDXhZskW4kuIdzHZ3eS1gucB-W8Dj2&usqp=CAU>. Acesso em: 28 maio 2020.
224
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
FONTE: <https://i0.wp.com/www.opopularns.com.br/wp-content/uploads/2019/09/beb%C3%A-
A-engasgado-2.jpg?resize=301%2C168&ssl=1>. Acesso em: 28 maio 2020.
225
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
226
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
A B
227
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://1.bp.blogspot.com/-tKPuwIf9jaU/UZDe3rkVOqI/AAAAAAAAAak/uhIGkVkvUHA/
s320/m%C3%A3o3.JPG>. Acesso em: 28 maio 2020.
Após a aplicação das referidas manobras, deve ser esperado que a vítima
venha expelir (eliminar) o corpo estranho (Figuras 40A e 40B). Uma vez expelido o
corpo estranho e a vítima se mantendo consciente, orientá-la a não ingerir líquidos
e sólidos nos próximos 30 minutos, para que ocorra estabilização respiratória.
Havendo eliminação do corpo estranho, mas a vítima se mantém sonolenta e com
batimento cardíaco, ela deve ser mantida lateralizada, conforme já mencionado
em outro momento neste material. Não havendo a liberação do corpo estranho, o
socorrista deve intensificar as manobras, solicitar ajuda a serviços especializados
e manter tais condutas até a chegada de socorro.
FONTE: <https://pebmed.com.br/henry-heimlich-morre-o-criador-da-manobra-que-salvou-mi-
lhares-de-vidas/>. Acesso em: 16 jun. 2020.
228
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
FONTE: <https://incrivel.club/inspiracao-criancas/o-que-fazer-caso-seu-filho-esteja-engasga-
do-535310/>. Acesso em: 20 dez. 2019
4 VÍTIMAS DE TRAUMAS
Jim Styner, médico cirurgião ortopédico, em 1976, ao sofrer grave
acidente automobilístico com sua família, percebeu o quão inadequados eram
os cuidados prestados pela equipe de atendimento em relação aos primeiros
socorros aplicados a sua família naquela época. Frente a essa experiência e ao
momento vivido, o profissional médico desenvolveu o protocolo assistencial
ABCDE do trauma, o qual passou a ser instituído em diversas regiões do mundo,
em meados de 1977-1978. Sendo posteriormente reconhecida pelas autoridades
médicas como uma importante metodologia que auxiliava na minimização de
danos e sequelas àqueles que se deparavam a situações traumáticas, tendo como
foco a estabilização e a otimização da remoção da vítima de forma eficiente,
impactando, positivamente, na redução dos índices de morbimortalidade de
vítimas em decorrência do trauma (KFURI JUNIOR, 2011).
229
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
230
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
231
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
232
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
Categoria Subgrupos
Idade
Demográfica
Sexo
Histórica/geográfica Conflitos militares, civis (urbanos e rurais)
Penetrante (lâminas, projéteis)
Mecanismo vs cinética
Fechado (desaceleração, fraturas)
Pescoço
Anatômica vs área comprometida Troco
Extremidades (superiores, inferiores).
FONTE: O autor
FONTE: <https://portaldoconhecimentosus.com.br/rau/images/migrado/2017/09/Tema-1-1.pdf>.
Acesso em: 28 maio 2020.
233
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
234
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
FIGURA 45 – FERIMENTO POR ARMA DE FOGO (A) E CURATIVO TRÊS PONTAS (B)
A
Descrição: material - separar plástico (formato quadrado) e esparadrapo. Técnica – (A) limpar a
pele ao redor da ferida (orifício), visando retirar resíduos antes da aplicação do esparadrapo e
possibilitar que este fique aderido a pele; (B) dos quatro cantos existentes no plástico, você deverá
fixar apenas três, o que não for fixado irá permitir o escape ventilatório.
235
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
4.2.1.1 Isquemia
É a manifestação clínica mais frequente, caracterizando-se por dor,
impotência funcional (limitação), alterações de sensibilidade e ausência dos
batimentos arteriais distais à lesão. A isquemia será mais ou menos intensa de
acordo com alguns fatores que reagem à fisiopatologia das obstruções artérias
agudas. O déficit perfusional é evidente, manifestando-se com palidez da região
acometida. A isquemia pode não ser causada por doenças subjacentes. Algumas
causas comuns são exercícios extremos, exposição ao frio ou torniquete, bem
como, aquelas ditas como trombótica e por embolia. Trombótica refere-se aquela
gerada pelo entupimento por um coágulo formado numa artéria que irriga
o cérebro devido à aterosclerose. Já a isquemia gerada por embolia é aquela
desencadeada por presença de coágulo o qual pode impedir o suprimento de
sangue a determinadas estruturas, por exemplo, levado a uma artéria do cérebro
pela circulação sanguínea e fazer com que a vítima desenvolva AVC Isquêmico.
4.2.1.2 Hemorragia
Nos traumatismos arteriais, a síndrome hemorrágica é frequente e,
em geral, facilmente reconhecida através da perda abundante de sangue pelo
local do ferimento, a não ser que a hemorragia seja intracavitária. Além das
manifestações locais, há, evidentemente, o quadro sistêmico caracterizado pelos
sinais de choque hemorrágico, podendo ser interpretado com pulso distal débil,
sonolência, confusão mental, palidez cutânea (esta manifestação pode estar
associada à presença de dor), dentre outros. Quando o ferimento vascular é
intracavitário (Figuras 46A e 46B), o reconhecimento da hemorragia nem sempre
é fácil e a indicação cirúrgica é baseada nos sinais gerais e nos procedimentos de
imagem utilizados para o diagnóstico, basicamente o ultrassom e a tomografia
computadorizada.
236
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
Acumulação de gás
sob o diafragma
Ruptura intestinal
Início da peritonite
Conteúdo intestinal
237
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
3.2.1.3 Hematoma
O hematoma formado em decorrência da contenção da hemorragia por
estruturas musculoaponeuróticas, tem comunicação direta com a luz arterial.
Geralmente, é tenso e pode ou não apresentar pulsatilidade (Figura. 47). Às vezes,
não é bem definido, pois invade estruturas vizinhas. Sobre o hematoma, pode ser
que surjam mais frequentemente horas ou dias após o trauma ou dependendo
da energia aplicada na área afetada, pode ser perceptível na hora do impacto.
Através dos hematomas, estes podem servir como indicador de lesão, grau da
lesão, sua gravidade e extensão.
FIGURA 47 – HEMATOMA
FONTE: https://lambfam.files.wordpress.com/2010/09/img_2129.jpg?w=300&h=200>.
Acesso em: 28 maio 2020.
238
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
A) Descrição: ferimento facial extenso, com necessidade de aspiração e/ou retirada de secreção
oral e hemostasia local. Para garantir adequado padrão respiratório, foi instituído a realização
de traqueostomia (orifício artificial criado cirurgicamente através de costa ou de frente de seu
pescoço e em sua traqueia) como garantia de perveabilização respiratória (vias aéreas abertas,
sem impedimento da passagem de ar). B) Descrição: além do ferimento facial extenso, é possível
perceber através da tomografia de face, a presença de fratura óssea da mandíbula e do maxilar.
Etiologia
Acidentes automobilísticos
o Colisão de veículos
o Colisão de motocicletas
o Atropelamentos
Violência interpessoal
o Agressões
o Ferimentos por arma branca
o Ferimentos por arma de fogo
Atividades esportivas
o Quedas
FONTE: O autor
239
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
4.3.1 Tratamento
Em qualquer ferimento de partes moles as condutas básicas iniciais são
comuns, conforme apontadas no Quadro 5.
FONTE: O autor
240
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
FONTE: <https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/16344/mod_resource/content/1/un01/
top03p01.html>. Acesso em: 2 jun. 2020.
241
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://musculoskeletalkey.com/genitourinary-injuries-and-renal-management/>.
Acesso em: 28 maio 2020.
242
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
que você chegou até ela, pois tais dispositivos considerados “de segurança”,
também podem determinar tipos específicos de lesões, não sendo infrequentes
lesões mesentéricas, perfurações de intestino delgado e fraturas de coluna lombar
associadas ao uso do cinto de segurança. Na realidade, o uso de airbags associado
ao cinto de três pontas promove um efeito protetor ao tórax e ao abdômen, mas
pode causar mais lesões oculares e de face. A direção do impacto pode determinar
o padrão de lesão. Assim, os impactos laterais estão mais associados a lesões
abdominais e torácicas (VON BAHTEN et al., 2006; PIMENTEL et al. (2015).
243
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://i0.wp.com/www.fisioterapiaparatodos.com/p/wp-content/uploads/2012/11/
Fratura-cominutiva.jpg>. Acesso em: 28 maio 2020.
244
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
É importante identificar numa fratura qual parte e que tipo de osso foi
acometido, pois temos diferentes abordagens de urgência e objetivos no tratamento.
Os principais ossos longos (fêmur, tíbia, úmero, rádio e ulna), quando fraturados,
geram grande incapacidade, pois, são importantes estruturas de sustentação e de
inserção muscular, além de provocarem grandes hemorragias e muita dor. Os
ossos curtos e chatos, exceto o anel pélvico, tendem a apresentar fraturas com
poucos sinais clínicos que, por esta razão, são subdiagnosticadas algumas vezes.
Os principais achados na semiologia das lesões traumáticas musculoesqueléticas
são: dor, edema (inchaço), incapacidade ou limitação funcional, deformidade e
lesão cutânea.
245
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
Sintoma /
Características Limitações
sinal
• lesão menor pode ser
• localiza a estrutura lesada com
mascarada por dor intensa de
Dor a palpação;
outro segmento;
• piora com movimento.
• paciente inconsciente.
Edema • deve sempre ser valorizado. • fraturas da coluna e da pelve.
• fraturas impactadas ou
Incapacidade • ocorre por ruptura de uma
incompletas;
funcional estrutura ou dor intensa.
• lesões parciais de tendões.
• encurtamento, desvios • lesões menores e com pouco
Deformidade
rotacionais e angulares. desvio.
• pode significar fratura exposta;
• ferimentos profundos podem • a imobilização esconde o
Lesão cutânea
estar associados à lesão ferimento.
tendinosa e nervosa.
FONTE: O autor
246
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
FIGURA 52 – ENFAIXAMENTO
Descrição: a aplicação do enfaixamento deve ser iniciada do distal para o proximal, ou seja, da
mão ou pé em direção ao centro do corpo; A faixa ou atadura deve ser aplicada em espiral
(uma camada sobre a outra); e não deve ser aplicada pressão para evitar estrangulamento
(garroteamento) do membro, o que pode desencadear dor e limitação circulatória no membro
acometido.
FONTE: <https://i2.wp.com/centralpronatec.com.br/wp-content/uploads/2014/12/Foto-
lia_61146880_Subscription_Monthly_M.jpg?resize=300%2C193>. Acesso em: 28 maio 2020.
247
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
A B
FIGURA 54 – TIPOIA
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/-dLaXDupwl8A/UJ5d07ixhJI/AAAAAAAAAfA/YpoZtXQ-cDc/
s400/15018.jpg>. Acesso em: 28 maio 2020.
248
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
Fratura
Fratura oblíqua fragmentada
249
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
Descrição: é importante manter toda a extensão do membro alinhado e imobilizado para evitar
que ocorra deslocamento e/ou movimento por parte do membro lesado.
250
TÓPICO 2 — OVACE E PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE TRAUMAS
5.2.4 Luxações
Luxação é a perda total do contato entre as superfícies articulares (Figura
57). Para que isto aconteça, ocorre ruptura completa dos ligamentos e da cápsula
articular. A cartilagem articular, que é nutrida pelo líquido sinovial, permanece
em situação de risco de dano permanente enquanto a articulação estiver luxada.
Toda articulação luxada deve ser reduzida o mais rápido possível e tal conduta
será realizada no ambiente de saúde devido à necessidade de a vítima receber
anestesia.
FONTE: <http://icote.com.br/artigos/ombro-e-cotovelo/luxacao-acromioclavicular/>.
Acesso em: 28 maio 2020.
251
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
5.3 FASCIOTOMIA
Nas isquemias prolongadas, as lesões extensas de partes moles ou nas
lesões venosas concomitantes com comprometimento do retorno venoso, o
edema muscular leva com frequência ao aumento da pressão compartimental
nas estruturas musculares da perna. Esta situação, que leva o nome de síndrome
compartimental, pode resultar em quadro neurológico grave com paralisia do
pé e comprometimento da vitalidade da musculatura da perna. A fasciotomia
descompressiva deve ser indicada precocemente como recurso terapêutico
essencial, mantendo as condições de viabilidade do membro e evitando graves
sequelas neurológicas. Esta consiste em incisar amplamente a fáscia de cobertura
dos grupos musculares anterior e posterior, com a finalidade de aliviar a
compressão exercida sobre os vasos por edema ou hematoma. Basicamente tal
procedimento pode ser executado exclusivamente por profissional médico, mas
torna-se necessário identificarmos a existência de tal acometimento.
252
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Toda e qualquer causa externa pode ser considerada como evento traumático.
Por isso, durante o primeiro contato com a vítima, aplica-se o ABCDE a fim
de garantir sua estabilização, sendo que qualquer lesão maior deverá ser
monitorada com a devida atenção até a chegada a uma unidade de saúde que
contemple atendimento apropriado.
253
• A letra A (Airway) ou via aérea sinaliza a importância de avaliar as vias aéreas
e a manutenção do controle cervical (da coluna cervical). Nessa primeira fase
de atendimento, a equipe deve checar se o paciente está com as vias aéreas
livre e/ou desobstruídas. Torna-se importante averiguar se não há presença
de corpo estranho impedindo a passagem de ar e que esteja comprometendo
a respiração, bem como se há fraturas na face ou qualquer outra lesão na ou
próximo a coluna cervical.
254
AUTOATIVIDADE
1 Ao se deparar com uma vítima com obstrução das vias aéreas com corpo
estranho, que manobra podemos aplicar? Descreva-a e conceitue-a.
4 Toda vítima que sofre qualquer evento externo pode ser considerada como
um evento traumático. Baseado nesta afirmação, descreva o mnemônico
utilizado para esses casos.
255
256
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
257
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
2 QUEIMADURAS
As queimaduras são agravos decorrentes de agentes térmicos, elétricos e
químicos, para os quais se estima a ocorrência de 195.000 mortes a cada ano. As
maiores taxas de mortalidade por queimaduras correspondem a crianças menores
de cinco anos e idosos com mais de 70 anos. Apesar da elevada sobrevivência,
a maioria dos pacientes enfrenta um longo período de recuperação, além da
presença de limitações físicas e emocionais.
258
TÓPICO 3 — PRIMEIROS SOCORROS PARA VÍTIMAS DE QUEIMADURAS
Quanto aos tipos e causas, são maneiras que permitem ser realizadas
as chamadas classificações de lesões, quanto à profundidade e extensão. Com
relação à profundidade, esta pode ser de 1º grau: atinge a epiderme (camada
superficial da pele). 2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada
da pele). 3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Abaixo
encontram-se melhor descritas as diferenças quanto ao tipo de lesão. Com
relação à extensão (representada em percentagem da área corporal queimada),
leves, médias e graves.
259
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://vidadesocorrista.com/wp-content/uploads/2019/10/Burns.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2020.
260
TÓPICO 3 — PRIMEIROS SOCORROS PARA VÍTIMAS DE QUEIMADURAS
FONTE: <https://vidadesocorrista.com/wp-content/uploads/2019/10/second-1024x768.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2020.
• espessura total;
• indolor (devido a danos nos nervos), no entanto deve ser considerada dor
devido a lesões adjacentes;
• placa esbranquiçada ou enegrecida;
• textura coriácea;
• não reepitelizam, necessitam de enxertia de pele (também indicado no II grau
profundo);
• em casos graves a pele terá aparência chamuscada com visível trombose/
coagulação de vasos sanguíneos.
261
UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
FONTE: <https://vidadesocorrista.com/wp-content/uploads/2019/10/third.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2020.
FONTE: <https://www.researchgate.net/publication/307671169/figure/fig3/AS:652977513705472
@1532693379079/Figura-1-Queimadura-profunda-3-e-4-grau-dos-membros-inferiores-com-ex-
posicao-da.png>. Acesso em: 28 maio 2020.
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TÓPICO 3 — PRIMEIROS SOCORROS PARA VÍTIMAS DE QUEIMADURAS
3 TRATAMENTO
Os objetivos do tratamento de queimaduras são promover alívio da dor,
prevenir o ressecamento da área, possibilitar que o ambiente fique apropriado
para a cura das lesões e minimizar as chances de infecção.
• A vítima deve deitar no chão e rolar de um lado para o outro para extinguir
as chamas, ou então, usar um casaco, toalha ou cobertor para abafá-las (Figura
62A e Figura 62B). Durante o incêndio, arrastar-se embaixo da fumaça evita
intoxicação. Muitas das mortes são causadas pela inalação da fumaça e de
gases tóxicos.
• Pacientes vítimas de queimaduras em ambientes fechados (casa, automóvel)
têm risco de lesão de vias aéreas e inalação de fumaça. Qualquer pessoa que
apresentar queimaduras na face ou lábios, com edema, rouquidão, tosse
irritativa, dificuldade respiratória, deve ter prioridade de atendimento devido
ao risco de obstrução respiratória.
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UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
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TÓPICO 3 — PRIMEIROS SOCORROS PARA VÍTIMAS DE QUEIMADURAS
FONTE: <https://www.safetyfirstaid.co.uk/images/blog/electric-shock-first-aid-02.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2020.
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UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
LEITURA COMPLEMENTAR
RESUMO
INTRODUÇÂO
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TÓPICO 3 — PRIMEIROS SOCORROS PARA VÍTIMAS DE QUEIMADURAS
isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. Os acidentes nos seguintes cenários
têm riscos potenciais de lesão de medula: mergulho em água, queda de cavalo
e acidentes de trânsito. Além disso, ainda no A, deve-se realizar a avaliação das
vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem
por obstrução de vias aéreas.
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UNIDADE 3 — PRIMEIRO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE PARADA CARDIOPULMONAR, OVACE, TRAUMAS E QUEIMADURAS
CONCLUSÃO
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Lesões por queimaduras de terceiro grau são aquelas que apresentam maiores
riscos de complicações, dentre elas a infecções, perda de linfa e sangue, deixando
a vítima susceptível ao choque (instabilidade hemodinâmica), e vulnerável à
morte.
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• Cabe destacar, que todas as queimaduras ocasionam risco de infecções pela
migração de bactérias pela descontinuidade da pele, uma vez que a pele é
nosso maior veículo de proteção.
CHAMADA
270
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
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275