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Objetivos:
GRUPOS DE FERTILIZANTES Os Micronutrientes são utilizados pelas plantas em pequenas quantidades. Sua falta, no
entanto, pode acarretar grandes perdas na produtividade. O zinco (Zn), cobre (Cu), ferro
A adubação pode ser feita de várias formas, nomeadamente adubação no (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), boro (B) e cloro (Cl) são os elementos
solo, adubação por rega e adubação foliar. considerados micronutrientes essenciais. Outros elementos, como o sódio (Na), cobalto
(Co), silício (Si) e níquel (Ni), são considerados benéficos.
Podem agir através de ação direta, isto é, proporcionando às culturas uma maior
disponibilidade dos elementos nutritivos que lhes são mais necessários, recebendo a
designação de adubos, ou através de ações
predominantemente indiretas, ou seja, atuando ao nível da melhoria nas diferentes
características do solo, sendo neste caso apelidados de corretivos.
Fig 3 Ripagem
São utilizados vários métodos distintos: Para realizar a subsolagem, utiliza-se os subsoladores, que são implementos de hastes,
aprofundando-se no solo a profundidades superiores a 40 cm. Durante o ciclo de uma
A Ripagem cultura anual, como milho, entre outras, máquinas agrícolas trafegam várias vezes sobre
Operação que se destina a provocar o rompimento dos horizontes do solo em o solo, causando a sua compactação. Porém, na safra seguinte, quando for realizado a
profundidade de forma a facilitar o desenvolvimento radicular das plantas, sem produzir preparação do solo, parte da camada compactada será revolvida e os efeitos da
alterações na respetiva disposição. O número de dentes a utilizar no ripper e o seu compactação, nesta camada, serão reduzidos.
comprimento devem ser função das características da estação.
Como o processo se repete durante todo o ciclo da cultura, chega um momento em que
A ripagem deve ser localizada e efetuada segundo a curva de nível, de forma a reduzir o parte da camada compactada, que se situa abaixo da região de atuação dos
risco de erosão. implementos de preparo do solo, fica tão compactada ao ponto de causar danos às
plantas. Esta camada compactada, portanto, passa a atuar como uma barreira para o
sistema radicular das plantas, bem como para a movimentação da água das chuvas e
da irrigação.
Para quebrar esta camada compactada são utilizados os subsoladores, por meio das Comportamento dos implementos na lavoura primária
hastes metálicas que se aprofundam no solo. Para obter melhor eficiência na operação,
As charruas invertem os pães de terra sobre os quais trabalham em maior ou menor
recomenda-se fazer a subsolagem antes do período das chuvas, quando o solo se
grau, deixando a superfície exposta aos efeitos deteriorantes das altas temperaturas e
encontrar mais seco. Além disso, pode ser necessário realizar duas passadas do
chuvas. A charrua de relhas e aiveca incorpora cem por cento dos restolhos em
subsolador, em sentido cruzado, para aumentar a eficiência da operação e quebrar o
máximo possível a camada compactada. superfície, a charrua de discos cinquenta por cento e a charrua-grade trinta por cento.
Estes valores podem ser modificados segundo o tipo de restolho, velocidade de lavoura,
inclinação dos discos…
Comportamento das diferentes ferramentas na lavoura secundária
Grade de discos, de uso frequente devido ao seu fácil manejo e versatilidade. A grade é
uma ferramenta que se emprega para nivelar o terreno, romper os torrões, remover o
solo e destruir ervas daninhas, gera um alto grau de erosão nos solos.
Grade de dentes, empregada para amolecer o terreno lavrado imediatamente antes da
sementeira, de menor agressividade do que a ferramenta anterior, resultar ser o
Fig 5 Subsolador complemento ideal da charrua-grade, o seu grado de agressividade aumenta ao ser
utilizada em tandem com a grada de discos.
Rolo desterroador, é utilizado com o fim de completar a fractura de torrões,
Lavoura
simultaneamente actua como compactador quando a quantidade de restolho foi grande
A lavoura é o conjunto de operações primárias e secundárias realizadas para preparar
e o tempo de decomposição curto, melhorando as condições de uso para a semeadora
uma cama de sementeira, para uma determinada cultura.
e o contacto solo-semente. Nos solos de estrutura fraca a pressão é habitualmente
Lavoura primária é a destinada a abrir pela primeira vez o solo, é realizada com as
excessiva, provocando a degradação da estrutura. Nos solos limosos e argilosos a sua
charruas de relha de aiveca, charrua-grade (múltipla ou de aivequilhos) ou
acção provoca a formação de crostas duras.
escarificador pesado. A lavoura secundária inclui as operações de refinamento e
Vibrocultor, cumpre a tarefa da grade de dentes. A sua diferença estrutural radica nos
nivelação na preparação da cama de sementeira, é desenvolvida com diferentes tipos
braços elásticos que o conformam. Este implemento produz com a sua vibração golpes
de grades de discos, gradas de dentes, rolos desterroadores, barras de mondas ou
secos sobre os torrões, partindo-os por impacto, e também descalça as ervas daninhas
cultivadores de cinzeles e vibrocultores.
expondo-as ao sol. É um implemento que normalmente é usado a alta velocidade (9-12
O solo é um corpo natural complexo, as suas propriedades são mutantes e evolui como
Km/h)
tal.
A lavoura produz modificações geralmente desfavoráveis do ponto de vista da
Tende para um equilíbrio em que as mudanças são quase imperceptíveis em solos
conservação de algumas propriedades dos solos: Degradação integral do recurso solo
virgens; colocados sob cultura, procuram um novo equilíbrio com bruscas mudanças e
(propriedades físicas, químicas e biológicas), incremento de erosão hídrica e eólica das
alterações das suas propriedades físicas, químicas e biológicas e as operações de lavoura
superfícies agrícolas e paulatina perda de produtividade dos solos.
geram profundas modificações que alteram o seu equilíbrio.
Fig 6 charruas de relha de aiveca
Fig 10 Vibrocultor
Abertura de covas
1.4 Amanhos culturais Competem com a cultura por água, luz, nutrientes e espaço Madge (2007);
Amanhos culturais, são todos os trabalhos que se fazem depois da sementeira e antes Finney e Creamer (2008); Vasconcelos et al. (2014); Ligenfelter (2016)
da colheita. Servem de abrigo a pragas e doenças Liebman et al. (2004); Madge (2007);
Para o bom desenvolvimento das plantas é necessário a execução de algumas praticas Finney e Creamer (2008); Ligenfelter (2016)
culturais, onde todas as operações devem ser executadas na época certa. Aumentam os custos de produção Finney e Creamer (2008); Ligenfelter (2016)
Amanhos comuns, à maioria das culturas: Interferem com os operadores, animais e maquinaria Liebman et al. (2004);
Finney (2008); Ligenfelter (2016)
Sachas e mondas;
Reduzem a quantidade e qualidade da colheita Finney e Creamer (2008);
Fertilização;
Ligenfelter (2016)
Tratamentos fitossanitários;
Limitam a escolha das operações culturais
Rega. Liebman et al. (2004); Ligenfelter (2016)
Sachas e mondas Aumentam o teor de matéria orgânica do solo, reciclam nutrientes e estimulam
Principais características das infestantes a atividade biológica Madge (2007); Marques (2012); Ligenfelter (2016)
Ajudam a controlar a erosão e aumentam a capacidade de retenção de água no
Rápido crescimento e amadurecimento Finney e Creamer (2008);
solo Madge (2007); Marques (2012); Ligenfelter (2016)
Marques (2012); Vasconcelos et al. (2014); Ligenfelter (2016)
Algumas espécies podem servir de alimento para animais ou serem utilizadas na
Podem reproduzir-se na fase jovem Liebman et al. (2004); Finney (2008)
extração de óleos e substâncias medicinais Madge (2007); Ligenfelter (2016)
Toleram uma vasta gama de condições edafoclimáticas Finney e Creamer
(2008); Vasconcelos et al. (2014)
Podem ser utilizadas como sebe, cobertura do solo ou enrelvamento e abrigar Métodos de controlo de infestantes
fauna auxiliar Liebman et al. (2004); Marques (2012)
Servem de adubo verde e fornecem material para a compostagem Liebman et
al. (2004) As leguminosas têm capacidade em fixar azoto atmosférico Liebman
et al. (2004)
Providenciam banco genético Ligenfelter (2016)
Fornecem indicações sobre a natureza, estrutura e composição química do solo
Liebman et al. (2004);
A eliminação das plantas infestantes deve ser realizada enquanto estas são jovens,
preferencialmente com 1-2 cm de altura, devido à sua maior suscetibilidade e também
para evitar que contribuam para o aumento da humidade junto das culturas (Mourão e
Pinto, 2006). Atualmente ainda não existem herbicidas químicos homologados para o
MPB na Europa. No entanto, nos Estados Unidos, já são comercializados herbicidas de
contacto para AB que têm como substâncias ativas base o ácido cítrico e o ácido acético 1.5Tratamentos fitossanitários, monda química e utilização de
(Finney e Creamer, 2008). Os métodos utilizados no controlo das infestantes podem ser produtos fitofarmacêuticos
enquadrados na categoria de preventivos ou de intervenção direta.
-Tratamentos fitossanitários:
- Monda química:
Produtos fitofarmacêuticos de uso não profissional – A utilização destes produtos Dependente do sistema de rega, os agroquímicos podem ser aplicados directamente na
aplica-se em ambiente doméstico (plantas de interior, hortas e jardins familiares…) zona radicular (rega subterrânea), junto da zona radicular (rega localizada, ou de
Neste caso a formação não é obrigatória. superfície), na parte aérea da planta (rega por aspersão), ou em ambas.
Com esta acção, possibilita-se, por um lado, fazer a aplicação de uma forma mais
eficiente e uniforme, mais facilmente assimilável, e simultaneamente, evitar as
1.6 Rega e drenagem. operações que, de outra forma, teriam que ser realizadas por métodos clássicos.
A rega, é, como foi definida, a aplicação artificial de água ao solo, de uma forma eficiente A drenagem do solo consiste num processo de remoção natural ou artificial, do
e uniforme, com o objectivo de fornecer humidade às plantas cultivadas e melhorar as excesso de água que se encontra no/ou sobre o solo. Os drenos colocados no solo
condições em que as mesmas se desenvolvem, sempre que o solo não tiver a humidade consistem em tubos especializados, valas ou fossos especializados para drenar.
suficiente. Esta distribuição deverá efectuar-se tendo em atenção a qualidade da água,
O processo de drenagem consiste no processo de escoar e “enxugar” a água de terrenos
a cultura e fase de desenvolvimento, a época do ano, o tipo de solo, as condições agrícolas encharcados ou alagados bem como outro tipo de terrenos que tenham
culturais, etc. excesso de água. A drenagem do solo pode ser feita através de tubos, canais, valas e
Com a pressão ambiental sobre a agricultura, e com a escassez e o custo da água para túneis podendo também serem utilizados motores para auxiliar o escoamento, o que
rega, os sistemas de rega tem tido um desenvolvimento no sentido da aplicação da água pode tornar todo o processo mais dispendioso.
de uma forma cada vez mais uniforme e eficiente, o que associado à aplicação localizada O processo de drenagem começa primeiramente com a verificação da origem do
e a uma gestão com automatismos crescentes, possibilitou a que a rega, para além de excesso de água no local que será drenado e logo após esse procedimento é feito
cumprir o seu objectivo primeiro, pudesse ser aproveitada, simultaneamente, como
um levantamento topográfico do local para elaborar um projeto mais efetivo de 1.7 Maneio e reprodução animal.
escoamento da água.
Todos os tipos de solo estão sujeitos à drenagem natural cuja intensidade depende das É um termo amplo que diz respeito a todas as actividades diariamente desenvolvidas
suas características edáficas. No entanto, apenas os solos que apresentem uma com o rebanho.
capacidade de drenagem insuficiente para a tolerância hídrica da cultura é que devem É o conjunto de práticas relacionadas com a reprodução animal, visando aperfeiçoar a
ser submetidos a drenagem artificial, desde que os custos justifiquem (na maioria dos reprodução do rebanho. Tem como base a alimentação/nutrição e sanidade que
casos, os custos associados a este processo são elevados,pelo que deve ponderar bem sustentam a actividade como um todo.
e avaliar todas as condicionantes).
Entende-se por sanidade animal, o conjunto das condições fornecidas ao animal que
podem aumentar o bem-estar de um modo geral e incrementar consequentemente a
eficiência da produção e a qualidade e segurança dos produtos animais.
Fresas
Fig 20 Fresas
Fig 17 Subsolador
Fig 18 Escarificador
Fig 22 Espalhador de chorume
Fig 23 Semeadores
Fig 28 Podadores
Fig 24 Plantadores
2 – Impacto da produção no ambiente • Toxicidade crónica: possibilidade de provocar cancro, efeitos na reprodução e
desenvolvimento de fetos, alterações genéticas e efeitos no sistema nervoso.
amônia (N-NH3) são influenciadas principalmente por condições climáticas, tais como
vento e temperatura do ar, e condições do solo, tais como classe de solo, humidade no
solo e presença de restos culturais.
2.3 Poluição das águas - Fertilizantes, produtos
2.5 Degradação do solo - Erosão e resíduos,
fitofarmacêuticos e dejeções animais.
A poluição da água é resultado das alterações de sua qualidade e que a tornam desertificação e salinização.
imprópria para o consumo e prejudicial aos organismos vivos que nela habitam.
Erosão:
A actividade agrícola é potencialmente poluidora porque o uso de pesticidas e
É o processo de desgaste, transporte e sedimentação do solo, dos subsolos e das rochas
fertilizantes químicos, pode infiltrar no solo e atingir o lençol freático.
como efeito da ação dos agentes erosivos, tais como a água, os ventos e os seres vivos.
Desertificação:
Poluição é qualquer alteração provocada no meio ambiente, que pode ser um que o ambiente esteja protegido das agressões constantes do homem. É preciso, entre
ecossistema natural, agrário, ou urbano. outras medidas:
Pode ser causada pela introdução de substâncias artificiais e, portanto, estranhas a • Diminuir a quantidade de gases que se enviam para a atmosfera;
qualquer ecossistema. • Diminuir a quantidade de adubos, pesticidas e herbicidas que se usam na
agricultura, que poluem os solos e contaminam os lençóis de água;
A poluição e a contaminação do solo, podem tornar a terra improductiva para plantio e
• Proteger as águas, procurando tratar e despoluir os esgotos e as águas que
também podem gerar riscos para a saúde das pessoas.
vêm das fábricas;
A Saúde Ambiental compreende os aspectos da saúde humana (incluindo a qualidade • Evitar o desperdício de água
de vida), que são determinados por factores físicos, químicos, biológicos, sociais e
psicológicos do ambiente 4 – Código de Boas Prácticas
Regras e Legislação
A segurança alimentar garante que os alimentos não vão ser prejudiciais para o
consumidor no momento de consumo, quando são preparado e/ou consumidos de
acordo com o uso pretendido.
Os elementos a tomar em consideração para desenvolver um programa de Proteção Assim, o NEA varia com o tempo e local durante uma temporada e é sensível às
Integrada são: condições ambientais e práticas agronómicas, aos custos de produção e às condições de
preço do produto no mercado.
1. Identificar corretamente o problema; por exemplo, pragas ou doenças e os seus
inimigos naturais.
2. Monitorizar a praga, temperatura e humidade, o que permite determinar com
Prevenção, observação e intervenção
precisão os níveis de infestação da praga, a presença de inimigos naturais e o
efeito das condições ambientais sobre eles.
Existem três passos que devem ser levados em conta: prevenção, observação e
3. Determinar níveis de prejuízo económico a partir dos quais é necessário
intervenção.
acompanhamento.
4. Tomar decisões de gestão de acordo com as informações obtidas através da
monitorização.
1. PREVENÇÃO
5. Fazer uso do controlo natural, cultural e biológico em conjunto com a utilização
de produtos seletivos, se necessário. Limitar ou prevenir pragas, através da gestão das culturas, de forma a aumentar as
6. Avaliar decisões ao nível de pequenos, médios e grandes agricultores. populações de auxiliares, reduzindo os locais das diferentes pragas e/ou diminuindo o
7. Transferir os resultados ao nível dos agricultores e consultores técnicos. alimento para as pragas.
Para quebrar o ciclo da praga, algumas ferramentas a usar são: rotação de culturas,
variedades resistentes a pragas, boa sanidade, remoção de pragas e hospedeiros, gestão
Limiar e Nível Económico de Ataque (NEA)
de resíduos de colheita, restolhos e sementes. Existem também métodos espaciais e
O limiar de prejuízo económico, uma ferramenta crítica na Proteção Integrada, indica- sequenciais e de controlo de material de plantação ou sementeira.
nos o tempo oportuno para decidir uma ação preventiva. Assim, o limiar de prejuízo
Métodos espaciais: como, por exemplo, usar vários padrões de cultivo, espaçamento na cultura, pode ser recomendável o tratamento com um inseticida. Essa recomendação
entre plantas, cultivos intercalados, plantações em fileiras, uso de culturas que atraem faz-se de acordo com a fase de crescimento da cultura e da presença de insetos
as pragas ou intercaladas com outras, gestão do habitat. benéficos.
Métodos sequenciais: como por exemplo, rotação de culturas, culturas múltiplas, etc.,. Também é possível que assessores de organismos públicos, ou outros, tenham
programas de previsão para aconselhar os agricultores sobre quando realizar atividades
Controle da plantação/sementeira: como por exemplo, a resistência da planta
de controle de pragas.
hospedeira, o uso de sementes e plantas livres de doenças, diversidade genética da
cultura, fertilização e irrigação adequada, etc. Gestão regional:
Para permitir um controlo eficaz de certas pragas, é possível que se tenham que tomar
medidas de controlo de grande envergadura, especialmente quando se trata de pragas
2. OBSERVAÇÃO
altamente móveis. Nestes casos, provavelmente todos os agricultores de uma dada
O objetivo deste aspeto da proteção das culturas é determinar quais as medidas a tomar localidade devem tomar medidas adequadas. Normalmente essa ação coordenada seria
organizada por organismos públicos. Por exemplo, a gestão da mosca da fruta.
e quando as tomar.
3. INTERVENÇÃO
A inspeção à cultura em intervalos regulares é uma questão fundamental. Há que
averiguar como crescem as plantas, as infestantes, os insetos e doenças que estão a
O objetivo das medidas de intervenção direta é reduzir populações de pragas a níveis
aparecer, para chegar a uma decisão sobre o uso de fertilizantes, controle de
economicamente aceitáveis. Os tipos de controlo são:
infestantes, insetos e doenças e, finalmente, a data em que a época de colheita deve
começar. Químico: com substâncias orgânicas e inorgânicas. Podem ser sintéticas, organismos ou
derivados de organismos (biopesticidas, feromonas, aleloquímicos, reguladores de
Também se devem avaliar os inimigos naturais, já que a sua presença pode permitir que
crescimento de insetos) ou provenientes de recursos naturais (inorgânicos) .
se minimize o uso de produtos fitofarmacêuticos. Deve-se contar o número de pragas
presentes e o número de inimigos naturais presentes na cultura, para se chegar a uma Biológico: a intervenção biológica utiliza organismos predadores, parasitóides e agentes
decisão sobre as ações apropriadas. patogénicos de pragas. Estes podem ser introduzidos diretamente.
Sistemas de suporte das decisões: Cultural: são medidas de gestão, tradicionais ou não, que podem ser preventivas ou
intervencionistas. A maneira de agir é fazer com que a planta seja inaceitável para a
A fim de ajudar os agricultores a tomar decisões sobre a incidência de pragas nas suas
praga, devido à dimensão das populações de pragas de inimigos naturais. Nesta
culturas, fazem-se investigações para determinar em que ponto devem ser executadas.
categoria estão, por exemplo, rotação de culturas, culturas intercaladas, culturas que
Por exemplo, quando a população de um inseto prejudicial atinge um determinado nível
atraem as pragas, o uso de plantas e/ou de sementes certificadas, plantação e cultivo 7.1 Princípios básicos do modo de produção
no momento apropriado, gestão adequada da irrigação e adubação, etc.
A proteção integrada consiste na avaliação ponderada de todos os métodos de proteção
Físico: a manipulação física pode alterar as características físicas do ambiente para gerir das culturas disponíveis e a integração de medidas adequadas para diminuir o
as populações de pragas. Estas incluem, por exemplo, a destruição de resíduos de desenvolvimento de populações de organismos nocivos e manter a utilização dos
culturas, mobilização apropriada do solo, barreiras físicas, tais como produtos fitofarmacêuticos e outras formas de intervenção a níveis económica e
estufas, solarização, gestão do nível de humidade do solo para lidar com algumas ecologicamente justificáveis, reduzindo ou minimizando os riscos para a saúde humana
pragas, etc. e o ambiente.
Genético: controlo através da gestão de genes, cromossomas e sistemas reprodutivos 7.2 Plano de exploração
das culturas, pragas e populações benéficas. Exemplos: resistência de plantas
hospedeiras, esterilização de insetos machos, melhora genética de inimigos naturais, O exercício da produção integrada inicia-se com a elaboração de um plano de
7 – Modo de Produção Integrada • O material destinado à plantação ou sementeira deve ser certificado de acordo
com as normas oficiais em vigor, garantindo nomeadamente a sua
homogeneidade e estado sanitário;
Na escolha dos meios de proteção existentes contra os inimigos das culturas, deve ser Dá-se o nome de colheita ao acto de colher/apanhar os frutos que oferece a terra,
efectuada uma estimativa do custo da proteção fitossanitária, a qual abrange as geralmente obtidos através de cultivos. O termo também faz referência à época em que
despesas relativas ao preço dos tratamentos e a ponderação dos efeitos secundários é realizada essa apanha, aos produtos apanhados e ao conjunto dos frutos
desses tratamentos.
O acondicionamento deve satisfazer os seguintes requisitos:
7.6 Proteção fitossanitária Deve proteger os alimentos contra uma série de riscos e perigos durante a distribuição
e o armazenamento. Esta função inclui a de funcionar como barreira contra a sujidade,
A luta contra os inimigos das culturas, deve ter início antes da instalação da cultura no
microrganismos e outros contaminantes;
terreno, tendo em consideração o tipo de solo, as condições meteorológicas, a época
mais aconselhável da plantação, adoptando medidas preventivas que impeçam o O acesso a infra-estruturas de armazenamento elimina a necessidade de comercializar
desenvolvimento de condições favoráveis para o início dos ataques de pragas, doenças os produtos imediatamente depois da colheita.
e infestantes.
No caso de não ser possível armazenar os produtos de forma adequada e que um
7.7 Gestão da água de rega e da sua qualidade produto apresente o perigo de deterioração antes de ser consumido, normalmente a
melhor solução é conservá-lo.
O objectivo principal da Gestão de Água, ou gestão de rega, é aplicar apenas e
A conservação implica que o produto será modificado de modo a que as suas
estritamente o volume de água necessário às plantas, no momento exacto e de um
propriedades mudem e esse possa ser mantido durante mais tempo.
modo adequado ao tipo de solo existente.
o Substâncias tóxicas;
o Perturbações fisiológicas
A composição em nutrientes da dieta (isto é, da mistura dos alimentos que o animal o De moscas e outros insectos;
Objectivos:
Garantir que o solo, donde a planta extrai os elementos necessários ao seu crescimento,
seja um solo fértil, rico em matéria orgânica e com teores de ph adequados.
Uma nutrição equilibrada constitui assim um garante de plantas com boas resistências
a ataques de doenças e pragas.
- Gestão de adventícias
A fertilidade e a actividade biológica dos solos devem ser mantidas ou - Acções benéficas:
melhoradas através de:
• redução da erosão dos solos, sobretudo em solos mais declivosos e mal
o culturas apropriadas e sistemas de rotação adequados;
o incorporação nos solos de matérias orgânicas adequadas; estruturados;
• aumento da fertilidade dos solos, sobretudo quando a flora é constituída por
Para fertilização ou correção dos solos estão claramente referenciados, na
regulamentação europeia, quais os produtos que, a título excepcional, podem ser leguminosas e são incorporadas no solo;
utilizados; • são hospedeiros alternativos e preferenciais de pragas, evitando que
ataquem a cultura;
8.3 Correção do solo e conservação
- Proteção das plantas
- Fauna auxiliar
8.4 Produção biológica de animais e de produtos de - Conservação:
A produção vegetal biológica contribui para a manutenção e aumento da fertilidade dos 8.7 Controlo e certificação
solos e a sua proteção contra a erosão, enquanto a produção animal fornece as matérias Certificação da Produção Biológica
orgânicas e os nutrientes necessários às culturas.
As regras europeias relativas ao modo de produção biológico estabelecem os objetivos
e princípios comuns destinados a aplicar relativamente a todas as fases da produção,
É obrigatório que a cada produto biológico corresponda um Certificado do Modo de
preparação e distribuição dos produtos biológicos e ao seu controlo.
Produção Biológico e que todos os operadores intervenientes no processo de
certificação de um produto tenham contrato com um Organismo de Controlo. 8.8 Conversão para o modo de produção biológico
Período de conversão de 2 anos antes da sementeira das culturas anuais ou de 3 anos
8.6 Acondicionamento e conservação antes da colheita de frutos e outras culturas perenes;
- Acondicionamento: