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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua

formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa


sobre o tema “O PROBLEMA DO CONSUMO EXCESSIVO DE AÇUCAR PELO BRASILEIRO”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O excesso de açúcar no sangue faz mal, isso já é sabido. A longo prazo —e combinado com hábitos ruins, como
sedentarismo e alimentação ruim — pode levar a aumentar o risco de obesidade e diabetes. Mas você sabia que até em
curto prazo o excesso de açúcar também faz mal? Ele pode afetar diversos órgãos do corpo e de formas diferentes.
Cérebro: o principal combustível do cérebro é a glicose, ou seja, açúcar. Logo após o consumo há um aumento do nível
de alerta seguido por uma sensação de bem-estar, que passa rápido, pois é um dos mecanismos do comer por
recompensa, como beliscar doces diversas vezes por dia e se sentir feliz nesses momentos. Porém, o excesso leva a
alterações no sistema de recompensa e nos circuitos cerebrais que regulam a fome e a saciedade. Isso faz com que a
pessoa queira comer doce, independentemente de estar com fome ou não. O cérebro entende como uma espécie de
recompensa prazerosa e isso gera uma sensação momentânea gostosa e agradável. Mas em longo prazo, pequenas
alterações na quantidade de açúcar podem resultar em perda da função cognitiva, redução da memória e atenção. Além
disso, o excesso pode desencadear o aparecimento de placas de gordura nas artérias do cérebro (aterosclerose) e
aumentar risco de AVC.
Coração: o excesso de açúcar faz com que as reservas de gorduras presentes no organismo sejam mobilizadas. Isso pode,
eventualmente, provocar a formação de placas nas artérias coronárias. Além disso, o consumo exagerado também forma
os chamados radicais livres, provocando uma lesão na camada que protege a parede das artérias. "Chamada de endotélio,
essa camada protege a parede de substâncias tóxicas, mas o açúcar em excesso provoca uma lesão nela", explica o
cardiologista Marcelo Sampaio. "Ninguém vai ter uma doença aguda pelo excesso de açúcar, vão ter doenças crônicas,
mas, agudamente, você vai ter reações e desequilíbrios de mecanismos compensatórios que são fundamentais para
manter o equilíbrio geral do organismo", diz Sampaio.
Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/03/a-curto-prazo-o-acucar-em-excesso-tambem-
e-prejudicial-entenda-porque.htm
TEXTO II
Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, revela que os efeitos do
açúcar no cérebro são parecidos com aqueles provocados pelo consumo de drogas como a cocaína. "Com base nas
semelhanças comportamentais e neuroquímicas observadas entre os efeitos do açúcar e drogas, podemos deduzir que o
açúcar atenda aos critérios para uma substância de abuso e possa ser "viciante" para alguns indivíduos quando
consumido de maneira exagerada", afirma a nutricionista Luciana Sarmento, do Espaço Stella Torreão.
O açúcar induz as mesmas respostas na região do cérebro conhecida como "centro de recompensa", como
nicotina, cocaína, heroína e álcool. O produto estimula a liberação de neurotransmissores - dopamina em particular. Nas
crianças, a especialista em Nutrição Clínica e Funcional Luciana Sarmento explica que a dependência do açúcar pode
se manifestar através de distúrbios de comportamento. "Hiperatividade, dificuldade de concentração, irritabilidade e
outros problemas psicológicos podem estar ligados à dieta e ao excesso de consumo de açúcar", avalia. Para os pais, é
muito difícil resistir à tentação de oferecer guloseimas para as crianças. Ao contrário da cocaína, o açúcar é uma "droga"
que vicia socialmente aceita, sobretudo em festinhas infantis.
Fonte: https://noticias.r7.com/saude/excesso-de-acucar-em-criancas-pode-causar-hiperatividade-18122019

TEXTO III

E-mail: profanavictoria.carlos@gmail.com
“Aumento no consumo de bebidas açucaradas é associado à pior qualidade da dieta: um estudo transversal de base
populacional” na Revista de Nutrição

A ingestão de bebidas açucaradas é elevada nas três faixas etárias da população de São Paulo, mas
principalmente em adolescentes. Este grupo consome, em média, 668,4mL de bebidas açucaradas por dia, especialmente
refrigerantes, e esse consumo corresponde a 14,5% da ingestão energética total desse grupo. De modo geral, o consumo
de bebidas açucaradas foi maior entre os adolescentes com excesso de peso, adultos que atendem às recomendações de
atividade física e idosos de menor renda familiar per capita. Por outro lado, adolescentes do sexo feminino apresentaram
menor consumo de bebidas açucaradas, tanto total quando de refrigerantes, quando comparadas aos meninos. Já idosos
do sexo masculino e não consumidores de bebidas alcoólicas apresentaram menos consumo quando comparados as
idosas e consumidores de álcool (FONTES, et al., no prelo).

E-mail: profanavictoria.carlos@gmail.com

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