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PRONOMES

Pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham


os substantivos. A finalidade dos pronomes é indicar a pessoa do discurso ou
situá-lo no tempo e espaço sem utilizar seu nome.
Quando o pronome substitui o nome, é pronome substantivo: Ela está triste.
Quando se refere a ele, é pronome adjetivo: Esta menina está triste.

PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais são os que substituem as três pessoas gramaticais.
PESSOAIS CASO RETO CASO OBLÍQUO

1ª SINGULAR eu me, mim, comigo

2ª SINGULAR tu te, ti, contigo

3ª SINGULAR ele, ela o, a, lhe, se, si,


consigo

1ª PLURAL nós nos, conosco

2ª PLURAL vós vos, convosco

3ª PLURAL eles, elas os, as, lhes, se, si,


consigo

NOTA:
Observação: Em muitos estados do Brasil, as formas tu e vós são
substituídas por você e vocês, respectivamente. As formas que se
associam a esses dois pronomes pessoais são:
você: o/a, se, si, lhe
vocês: os/as, se, si, lhes
ESTUDO DOS PRONOMES PESSOAIS
PRONOMES RETOS
a) Exercem sempre a função sintática de sujeito do processo verbal. É errado
empregá-los como complemento.

Exemplos:
Ela chegou atrasada. (certo)
Convidaram ela para o evento. (errado)
b) Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos, e não os
pronomes retos.

Exemplos:
Convidei-a. (certo)
Convidei ela. (errado)
Chamaram-me. (certo)
Chamaram eu. (errado)
c) Os pronomes retos, exceto eu e tu, quando precedidos de preposição,
funcionam como oblíquos. Nesse caso, é correto usá-los como complemento.

Exemplos:
Deram a nós o dinheiro.
Eles gostam muito de nós.
Contaram a ele o segredo.

Atenção:
Informaram a eu. (errado)
Informaram a tu. (errado)
Informaram-me. (certo)
d) As formas retas eu e tu só funcionam como sujeito, não como
complemento.

Exemplos:
Nunca houve problemas entre mim e ti. (certo)
Nunca houve problemas entre eu e tu. (errado)
Atenção: Sendo precedidas de preposição, usam-se as formas
oblíquas mim e ti. No entanto, há casos em que é correto usar as
formas retas eu e tu, mesmo quando precedidas por preposição. Isso
ocorre quando essas formas agem como sujeito de um verbo no
infinitivo.

Exemplos:

Dê esse livro para  ler.


Deram o trabalho para eu fazer.
Apesar de precedido pela preposição para, o pronome é reto, eu, pois
age como o sujeito do verbo no infinitivo fazer.
PRONOMES OBLÍQUOS
e) Os pronomes oblíquos se, si, consigo, são reflexivos:

Exemplos:
Gosto muito de você. (certo)
Gosto muito de si. (errado)
Quero falar com você. (certo)
Quero falar consigo. (errado)
Quando os pronomes se, si, consigo são empregados como reflexivos, não há
erro: Exemplo: O aluno trouxe o caderno consigo.
f) Os pronomes oblíquos podem ser combinados:
Me + o = mo Me + os = mos

Te + o = to Te + os = tos

Lhe + o = lho Lhe + os = lhos

Nos + o = no-lo Nos + os = no-los

Vos + o = vo-lo Vos + os = vo-los

Lhes + o = lho Lhes + os = lhos

Me + a = ma Me + as = mas

Te + a = ta Te + as = tas

Exemplos:
Você deu o envelope ao carteiro?
Sim, dei-lho. (lhe representa o carteiro + o representa o envelope)
Não lhe dou este livro = não lho dou.
Ele ainda não nos deu a resposta = Ele não no-la deu.
g) As formas oblíquas o, a, os, as são usadas como complemento de verbos
transitivos diretos. Já as formas oblíquas lhe, lhes são usadas como
complemento de verbos transitivos indiretos.

Exemplos:
José convidou-o. (convidar - verbo transitivo direto)
José obedece-lhe. (obedece - verbo transitivo indireto)
Eu a vi ontem. (certo)
Eu lhe vi ontem. (errado)
Sempre lhe obedeci. (certo)
Sempre o obedeci. (errado)
PESSOAIS CASO RETOS CASO OBLÍQUO CASO OBLÍQUO
Átonos (sem Tônicos (com
preposição) preposição)

1ª SINGULAR eu me mim

2ª SINGULAR tu te ti

3ª SINGULAR ele, ela se, lhe, o, a si, ele, ela

1ª PLURAL nós nos nós

2ª PLURAL vós vos vós

3ª PLURAL eles, elas se, lhes, os, as si, eles, elas


REGRAS
1. As formas ele/ela, nós, vós e eles/elas aparecem na coluna do caso reto e na
do caso oblíquo. Tais formas podem exercer tanto o papel de sujeito como o
de complemento.

Exemplos:
Ela recebeu um presente. (pronome do caso reto - sujeito da oração)
O namorado entregou o presente para ela. (pronome oblíquo - não é o
sujeito da oração)
Os pronomes ele (eles) e ela (elas), quando oblíquos, são tônicos e,
portanto, devem ser precedidos de preposição. Quando não houver
preposição, tais formas não devem ser usadas.

Exemplos:
Eu conheço ele. - Incorreto, pois não há preposição.
Eu o conheço. - Correto
2. Lembre-se de que os pronomes oblíquos átonos nunca são precedidos de
preposição. Já os oblíquos tônicos sempre são precedidos de preposição.

Exemplos:
Ele me dará um presente. (pronome oblíquo átono - sem preposição)
Pense em mim. (pronome oblíquo tônico - com preposição)
3. Quando se designa uma determinada pessoa gramatical, é necessário que se
utilize os pronomes referentes a ela de maneira uniforme. Essa exigência se
chama de uniformidade de tratamento.

Veja:
Exemplo 1: Gosto de você, por isso te escolhi para jogar futebol
conosco. - Incorreto
Exemplo 2: Gosto de você, por isso o escolhi para jogar futebol
conosco. - Correto
O Exemplo 1 está incorreto, pois as formas que se associam ao pronome você
são: o/a, se, si, lhe, não te.
As formas que se associam a esses dois pronomes pessoais são:
você: o/a, se, si, lhe

h) SI, CONSIGO: são consideradas formas pronominais reflexivas do


pronome SE. Dessa forma, SI e CONSIGO só podem referir-se ao sujeito do
verbo.

Exemplos:
Ele sempre traz a pasta consigo.
Aquele homem só fala de si mesmo.
Atenção:
É errado empregar as formas SI e CONSIGO em frases como: Fiquei
fora de si com a notícia.
O correto é: Fiquei fora de mim com a notícia.
É incorreto dizer: Desejo falar consigo.
Nesse caso, deve-se usar com você (s): Desejo falar com você.
i) NÓS e VÓS, CONOSCO e CONVOSCO:
a) usamos NÓS e VÓS se, na oração, estiverem determinados, geralmente por
um numeral, ou pelas expressões todos, mesmo, outros, próprios:

Exemplos:
Ele quer falar com nós dois.
Desejo conversar com vós todos.
b) usamos CONOSCO e CONVOSCO (preposição COM + pronome NÓS
ou VÓS) quando não houver determinação:
Exemplos:
Ele quer falar conosco.
Desejo falar convosco.

PRONOME DE TRATAMENTO
A elegância e educação obrigam certas formas de tratamento que distinguem
as pessoas a quem nos referimos. Nesse caso, empregam-se os pronomes de
tratamento. É importante saber o emprego de cada um deles, bem como as
formas abreviadas que se empregam na escrita.
Veja o quadro abaixo:
V.A. = Vossa Alteza - príncipes e duques
V. Emª = Vossa Eminência - cardeais
V. Il.ma. = Vossa Ilustríssima - autoridades em geral
V Rev.ma. = Vossa Reverendíssima - bispos
V. S. = Vossa Santidade - Papa
V. Exª = Vossa Excelência - Presidente e altos cargos
V. M. = Vossa Majestade - reis
V. Sª = Vossa Senhoria - pessoas de cerimônia

NOTA:
As formas acima são usadas para o tratamento direto e estabelecem
concordância com a terceira pessoa do singular. No tratamento
indireto, emprega-se SUA no lugar de VOSSA, com
abreviatura S.Sª.
REGRAS DE PRONOMES DE TRATAMENTO
1. Os pronomes de tratamento são precedidos de vossa quando nos dirigimos à
pessoa e de sua quando falamos da pessoa.

Exemplos:
Vossa Excelência gostou do meu trabalho?
Sua Excelência, o presidente, estará amanhã no Rio de Janeiro.
No primeiro caso, fala-se diretamente com o presidente. No segundo
caso, fala-se do presidente.

2. Você e os demais pronomes de tratamento, mesmo que se refiram à pessoa


com quem falamos, são classificados como pronomes de terceira pessoa.
Exemplos:
Você trouxe seus livros?
Vossa Excelência não precisa preocupar-se com seu estado de saúde.

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