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Resumo
Pode-se afirmar que é necessário o uso de variados tipos de conhecimento
para entender a realidade e a sua dinamicidade, podendo assim, chegar à sua
completa compreensão. Esses diversos tipos de conhecimento podem ser
classificados em conhecimento filosófico, teológico, científico, senso comum e
mítico. Lembrando que na maioria das vezes estes não se sobressaem um sobre
os outros, mas são válidos em diferentes contextos e em diferentes formas de
fazer o indivíduo interagir com a realidade para que possa compreendê-la ou
assimila-la.
Palavras chave
Conhecimento, conhecimento filosófico, teológico, científico e senso comum.
Introdução
O tema do artigo em questão é “Os tipos de conhecimento” e obteve esse
nome por abordar os diversos tipos de conhecimento existentes, sendo eles os
conhecimentos: filosófico, teológico, cientifico, senso comum e mítico. Este
artigo tem como objetivo estabelecer um maior entendimento sobre as diversas
classes de conhecimento, sendo feito através de estudos baseados em livros
acadêmicos.
À medida que a realidade é alterada, os horizontes do saber são expandidos.
Os conhecimentos são inexauríveis, enquanto a vida é finita. O famoso aforismo
clássico, vita brevis, ars longa, retrata precisamente a sensação de impotência
humana diante da imensa árvore dos conhecimentos. Se considerarmos ainda
que as culturas são muitas, o conhecimento se amplia ainda mais.
É vão o esforço humano de tudo saber, assim como é fútil a tentativa de
controlar, deter e dominar o conhecimento. O conhecimento se renova, se
reinventa, se multiplica, se modifica. Especialmente, quando observamos o
recorrente pressuposto de que o conhecimento tenha que vir da ciência e de
suas derivações, o conhecimento não pode ser reduzido ao científico, ele não
pode ser domado.
O conhecimento possui diferentes faces, como por exemplo o senso comum.
O conhecimento baseado no senso comum é formado pelas noções superficiais,
gerais e assistemáticas sobre o mundo absorvidas pelo homem enquanto
interage com o mesmo. O conhecimento de senso comum é, antes de tudo, um
conjunto de juízos não aprofundados retirados da experiência cotidiana com as
coisas.
Seu perigo encontra-se no fato de que nem tudo o que intui como correto ou
como errado realmente o é. Carente de busca das causas, desprovido de
método, impotente pela falta de provas e testemunhos a respeito de algo, suas
deficiências logo despontam como recursos insuficientes para se averiguar uma
realidade, um fenômeno, um sentido.
Outro aspecto do conhecimento é o teológico, o mesmo organiza-se como
doutrina omnicompreensiva, as religiões constituem uma das manifestações
humanas mais precoces na história dos tempos. O homem mostrou -se desde o
princípio de sua jornada terrena engajado em místicas e, em cultos, tal que,
observando as sociedades rudimentares, é possível observar o estabelecimento
de poder pautado na religião e no espiritualismo.
Entretanto, a fé liberta o homem de sua perspectiva de acaso, de
contingência, uma vez que ela passa a ditar o seu modo de vida, redefinindo os
valores do ser humano, de acordo com seus próprios termos. Ou seja, quem tem
fé determina seu modo de proceder e de interpretar a vida a partir de sua crença.
Contudo, por se pensar que a fé é pura crença, normalmente, de maneira
errônea, ela é dissociada do racional. Ao contrário, a verdadeira crença é
baseada em instrumentos racionais, distan ciando-se assim do fanatismo.
A fé esclarecida é grande aliada acerca das expectativas do porvir, nutrida
por crises existenciais e carregada por auxílios lógicos, a fé converte-se em forte
aliada nos processos habituais, como convívio, relacionamentos e projeção de
vida. Por meio da fé pode-se ceifar milhares de vidas em nome da conversão e
da salvação, bem como construir ou destruir impérios. Se abolida por completo,
estabelece-se um vazio, uma falta de razão para existir. Sua presença é mais
que indispensável e parece residir entre a racionalidade e o fanatismo entre a
crença e o ritualismo exterior, entre a honestidade carismática e o charlatanismo
vulgar, entre a responsabilidade e o messianismo descontrolado.
Referências
BITTAR, Eduardo C. B; ALMEIDA, Guilherme Assis. Curso de filosofia
do direito: tipos de conhecimento. 11 ed. São Paulo: Atlas S.A, 2015. p. 16-22.