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Tipos de conhecimento

Francisco Emanuel Alves de Almeida


Frank de Oliveira Silva
Renato da Silva Castro Filho

Resumo
Pode-se afirmar que é necessário o uso de variados tipos de conhecimento
para entender a realidade e a sua dinamicidade, podendo assim, chegar à sua
completa compreensão. Esses diversos tipos de conhecimento podem ser
classificados em conhecimento filosófico, teológico, científico, senso comum e
mítico. Lembrando que na maioria das vezes estes não se sobressaem um sobre
os outros, mas são válidos em diferentes contextos e em diferentes formas de
fazer o indivíduo interagir com a realidade para que possa compreendê-la ou
assimila-la.

Palavras chave
Conhecimento, conhecimento filosófico, teológico, científico e senso comum.

Introdução
O tema do artigo em questão é “Os tipos de conhecimento” e obteve esse
nome por abordar os diversos tipos de conhecimento existentes, sendo eles os
conhecimentos: filosófico, teológico, cientifico, senso comum e mítico. Este
artigo tem como objetivo estabelecer um maior entendimento sobre as diversas
classes de conhecimento, sendo feito através de estudos baseados em livros
acadêmicos.
À medida que a realidade é alterada, os horizontes do saber são expandidos.
Os conhecimentos são inexauríveis, enquanto a vida é finita. O famoso aforismo
clássico, vita brevis, ars longa, retrata precisamente a sensação de impotência
humana diante da imensa árvore dos conhecimentos. Se considerarmos ainda
que as culturas são muitas, o conhecimento se amplia ainda mais.
É vão o esforço humano de tudo saber, assim como é fútil a tentativa de
controlar, deter e dominar o conhecimento. O conhecimento se renova, se
reinventa, se multiplica, se modifica. Especialmente, quando observamos o
recorrente pressuposto de que o conhecimento tenha que vir da ciência e de
suas derivações, o conhecimento não pode ser reduzido ao científico, ele não
pode ser domado.
O conhecimento possui diferentes faces, como por exemplo o senso comum.
O conhecimento baseado no senso comum é formado pelas noções superficiais,
gerais e assistemáticas sobre o mundo absorvidas pelo homem enquanto
interage com o mesmo. O conhecimento de senso comum é, antes de tudo, um
conjunto de juízos não aprofundados retirados da experiência cotidiana com as
coisas.
Seu perigo encontra-se no fato de que nem tudo o que intui como correto ou
como errado realmente o é. Carente de busca das causas, desprovido de
método, impotente pela falta de provas e testemunhos a respeito de algo, suas
deficiências logo despontam como recursos insuficientes para se averiguar uma
realidade, um fenômeno, um sentido.
Outro aspecto do conhecimento é o teológico, o mesmo organiza-se como
doutrina omnicompreensiva, as religiões constituem uma das manifestações
humanas mais precoces na história dos tempos. O homem mostrou -se desde o
princípio de sua jornada terrena engajado em místicas e, em cultos, tal que,
observando as sociedades rudimentares, é possível observar o estabelecimento
de poder pautado na religião e no espiritualismo.
Entretanto, a fé liberta o homem de sua perspectiva de acaso, de
contingência, uma vez que ela passa a ditar o seu modo de vida, redefinindo os
valores do ser humano, de acordo com seus próprios termos. Ou seja, quem tem
fé determina seu modo de proceder e de interpretar a vida a partir de sua crença.
Contudo, por se pensar que a fé é pura crença, normalmente, de maneira
errônea, ela é dissociada do racional. Ao contrário, a verdadeira crença é
baseada em instrumentos racionais, distan ciando-se assim do fanatismo.
A fé esclarecida é grande aliada acerca das expectativas do porvir, nutrida
por crises existenciais e carregada por auxílios lógicos, a fé converte-se em forte
aliada nos processos habituais, como convívio, relacionamentos e projeção de
vida. Por meio da fé pode-se ceifar milhares de vidas em nome da conversão e
da salvação, bem como construir ou destruir impérios. Se abolida por completo,
estabelece-se um vazio, uma falta de razão para existir. Sua presença é mais
que indispensável e parece residir entre a racionalidade e o fanatismo entre a
crença e o ritualismo exterior, entre a honestidade carismática e o charlatanismo
vulgar, entre a responsabilidade e o messianismo descontrolado.

Outro tipo de conhecimento é o científico, que por meio da ciência, busca


um conhecimento sistematizado dos fenômenos, fazendo com que se coloque à
prova do raciocínio e da testabilidade empírica as hipóteses formuladas para
explicar os fenômenos que circundam, a humanidade, seja em seu aspecto
intrínseco, seja em seu aspecto extrínseco. Seu ímpeto, de desenvolvimento,
sua especialização, sua metódica empírica se dá mais acentuadamente no
mundo moderno, quando os pilares da “ciência moderna” se fixaram com
clareza, como tarefas de desbravamento do mundo pela razão. Depositando no
método sua capacidade de se distanciar da mera opinião pessoal, procura
universalizar respostas para satisfazer a inquietações e necessidades humanas
(específicas e especializadas) surgidas do inter-relacionamento e da vivência
mundana.

O último tipo de conhecimento é o filosófico, o mesmo apresenta como


visões de mundo influentes e atividade do pensamento, a especulação distingue-
se da mera observação passiva, da mera contemplação admirativa, uma vez que
postula, procura as causas primeiras, explica, critica, favorecendo a liberdade
humana de pensar; a filosofia aparece como uma forma de busca racional para
as questões que a própria ciência se julga impotente para responder. Para além
dos estreitos limites da causalidade empírica, pode a filosofia racionalmente
avançar, sem recair necessariamente nos domínios da crença e da fé religiosa.
Sem compromissos imediatos, sem preocupação com produtos racionais, sem
limites tão claramente delineados, sem vínculo de apresentar respostas, com a
filosofia a racionalidade humana galga a condição da liberdade intelectual.
Com isso, seus objetos são amplos, universais e infinitos. Pode, sem
dúvida nenhuma, representar grande instrumento de esclarecimento e
questionamento sobre meios e fins, sobre os princípios e as causas, sobre os
destinos e as metas, sobre o de onde e o por onde.

Conclui-se que o conhecimento seja vital, pois são determinantes para a


sobrevivência e que o ser humano o utiliza como ferramenta de sobrevivência.
De modo geral a cada momento da vida depara-se com os diversos modos de
conhecimento. Deve-se ressaltar, que nenhum se sobressai sobre o outro e que
todos tem uma finalidade importante. Porém, alguns são interessantes para ter
uma boa visão do que seja a realidade, e de como se deve colocar perante essa.

Referências
BITTAR, Eduardo C. B; ALMEIDA, Guilherme Assis. Curso de filosofia
do direito: tipos de conhecimento. 11 ed. São Paulo: Atlas S.A, 2015. p. 16-22.

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