Síndrome da Anorexia-Caquexia
Artigo submetido em 18/1/05; aceito para publicação em 9/8/05
Resumo
A síndrome da anorexia-caquexia (SAC) é uma complicação freqüente no paciente portador de uma neoplasia maligna
em estado avançado. Caracteriza-se por um intenso consumo dos tecidos muscular e adiposo, com conseqüente
perda involuntária de peso, além de anemia, astenia, balanço nitrogenado negativo, devido alterações fisiológicas,
metabólicas e imunológicas. A SAC é intensificada pelas alterações no metabolismo dos nutrientes (carboidratos,
proteínas e lipídios), alterações hormonais (leptina, NPY, MC, grelina), além do aumento das citocinas circulantes
(TNFa, IL-1, IL-6, IFN). Mudanças na percepção de paladar e olfato ocorridas com a progressão tumoral e com o
tratamento oncológico, também contribuem com a anorexia e, conseqüentemente, com a SAC. O tratamento nutricional
é realizado com a utilização de nutrientes especiais, como os ácidos graxos polinsaturados EPA e DHA, os aminoácidos
glutamina e arginina e os nucleotídeos. A nutrição deve ser seguida junto ao tratamento farmacológico, com estimulantes
do apetite, devido maiores resultados positivos para o paciente com SAC.
Palavras-chave: Anorexia; Caquexia; Câncer; Nutrição.
Abstract
The cancer anorexia-cachexia syndrome (CACS) is a common complication in advanced cancer patients. It is
characterized by massive wasting of skeletal muscle and adipose tissue with involuntary weight loss, anemia,
asthenia, and negative nitrogen balance due to immunological, physiological and metabolic changes. CACS is
intensified by alterations in nutrient metabolism (carbohydrates, proteins, and lipids), hormonal changes (leptin,
neuropeptide-Y, melanocortin, ghrelin), and increased serum cytokine levels (TNFa, IL-1, IL-6, IFN-g). Tumors
produce factors that alter the patient's perception of food, particularly taste and smell, and cancer treatment
contributes to CACS. Nutritional treatment uses special nutrients such as polyunsaturated fatty acids (EPA and
DHA), the amino acids glutamine and arginine, and nucleotides. Nutritional and pharmacological treatment with
appetite-stimulating drugs has yielded more positive results in patients with CACS.
Key words: Anorexia; Cachexia; Cancer; Nutrition.
*
Nutricionista Especialista em Clínica e Terapêutica Nutricional pelo Instituto de Pesquisa, Capacitação e Especialização, IPCE.
Endereço para correspondência: Manuela Pacheco Nunes da Silva - Praça Arnon de Mello, 644- Farol. 57055-358 Maceió, AL - Brasil.
E-mail: manu_pacheco@hotmail.com
terços dos doentes terminais49. De acordo com Waitzberg uma deterioração da imagem corporal do enfermo, o
et al (2004)65, em 100 pacientes com câncer avançado e que faz com que o mesmo se isole em seu domicílio,
em cuidados paliativos, a anorexia esteve presente em com conseqüentemente perda de auto-estima. O paciente
66%, enquanto na oncologia infantil, a proporção é caquético pode apresentar uma maior susceptibilidade
maior, pois 80% dos pais das crianças falecidas por a processos infecciosos, complicações pós-operatórias,
câncer informaram queixas de anorexia em seus filhos diminuição da tolerância ao tratamento oncológico e,
no decorrer da doença. Segundo Marques & Portela ainda, sonolências. Devido à perda de massa muscular,
(2000)34, ocorre na maioria dos pacientes com tumores aumenta a probabilidade de surgimentos de úlceras de
malignos, tendo pouca associação com tumores decúbito, edema de membros inferiores e uma intensa
benignos. Constitui a principal causa de ingestão palidez25,57, como mostra a Quadro 2.
alimentar deficiente, por efeitos do tumor ou por causas
não mecânicas, conduzindo à progressiva inanição, com Quadro 2. Expressões clínicas da Síndrome da Anorexia-Caquexia
comprometimento do EN, do perfil imunológico, (SAC).
podendo levar à caquexia38,49,52,66,67.
e perda de peso progressiva apresentam a atividade do está relacionada ao aumento da lipólise, associada à
Ciclo de Cori aproximadamente 2 a 3 vezes maior do diminuição da lipogênese, em conseqüência à queda da
que aquela medida nos pacientes com câncer sem perda lipase lipoprotéica e liberação de fatores tumorais
de peso ou nos voluntários normais75. Segundo Tisdale lipolíticos e, ainda, aumento da lipase hormônio-
(2002)59, o gasto energético no Ciclo de Cori é de sensível33,40,59,61,69,75,87,97.
aproximadamente 300 calorias por dia. Esse aumento A diminuição da lipase lipoprotéica leva à
do turnover de glicose tem sido relatado em pacientes hiperlipidemia33,35,43,59,61,88,98. A hipertrigliceridemia, a
com tumores GI em proporção à extensão da doença88. hipercolesterolemia, o aumento dos ácidos graxos livres,
assim como a depleção dos estoques de gordura e
diminuição dos níveis de lipase lipoprotéica são
fenômenos observados em paciente oncológicos
desnutridos com tumores no TGI33,35,56,69,75,88,98.
Pacientes em processo de caquexia excretam na urina
o fator mobilizador de lipídios (Lipid Mobilizing Factor
- LMF), que age diretamente no tecido adiposo,
hidrolisando os triglicerídios a ácidos graxos livres e
glicerol, por meio do aumento intracelular do AMPc,
de modo análogo aos hormônios lipolíticos, com
conseqüente mobilização e utilização dos
lipídios33,59,61,69,75,88,97.
de proteólise (Proteolysis Inducing Factor - PIF), capaz gasto energético envolvido no processo de digestão,
de induzir tanto a degradação como inibir a síntese absorção, transporte e incorporação dos nutrientes pelo
protéica na musculatura esquelética. O PIF está presente organismo (5%). Na caquexia do câncer, o gasto
na urina de pacientes caquéticos portadores de tumores energético voluntário pode estar diminuído, o que se
GI, mas não em pacientes com pouca perda de peso, e manifesta clinicamente por apatia, fadiga e depressão.
tem como expressão a perda de peso No entanto, o desequilíbrio entre a aquisição e o
marcante33,40,43,56,61,67,69,72,80,97. consumo de energia é uma ocorrência importante no
mecanismo de perda de peso33,40,59,65,69,99.
Metabolismo Energético As proteínas mitocondriais UCPs 1, 2 e 3 (Uncoupling
O metabolismo energético é definido como a soma Protein) têm sido envolvidas no controle do metabolismo
de reações químicas complexas e integradas, por meio energético. A UCP1 é expressa somente no tecido adiposo
das quais tanto os seres humanos quanto os animais marrom, que tem função de queimar o excesso de gordura
obtêm energia do ambiente e, assim, mantêm o e gerar calor, a UCP2 é distribuída e expressa na maioria
funcionamento adequado de todos os processos dos tecidos e a UCP3 é expressa no tecido adiposo
biológicos. Um dos determinantes da perda de peso da marrom e músculo esquelético. A indução das UCPs é
caquexia no câncer é o aumento do gasto energético99. mediada por sinais orexígenos e anorexígenos, que,
O gasto energético estimado por calorimetria indireta respectivamente, diminuem e aumentam a atividade do
em pacientes caquéticos com câncer GI, não tem padrão sistema nervoso simpático, responsável por regular o gasto
uniforme. Esses pacientes podem ser hipermetabólicos, energético, interferindo na regulação térmica pelas UCPs.
normometabólicos ou hipometabólicos a depender do A ativação das UCPs no músculo e tecido adiposo branco,
tipo de tumor, estágio do câncer e formas de tratamento pelas citocinas, deve ser o mecanismo molecular
empregadas24,40,43,59,88,99. O gasto energético de repouso responsável pelo aumento da produção de calor e consumo
(GER) dos pacientes oncológicos varia em cerca de 60 muscular 33,56,59,69,72.
a mais de 150% do valor normal32. Mas, segundo Shils Desequilíbrios na ingestão energética e o gasto
& Shike, citados por Shils et al (2003)35, os dados sobre energético são evidentes no câncer. Esses desequilíbrios
GER são contraditórios. Pesquisadores relatam um são importantes para entender o mecanismo da perda de
pequeno aumento absoluto no GER em pacientes com peso e para orientar a oferta dietética mais eficaz frente
câncer GI que estavam perdendo peso, comparado com às necessidades nutricionais do paciente oncológico65.
pacientes em doenças malignas (p<0,05); a presença de
metástases hepáticas ou de doenças mais extensas ALTERAÇÕES HORMONAIS
aumentaram o GER. Outros estudos não encontraram
aumento. Segundo Berger et al, citados por Jatoi & O controle da ingestão alimentar tem regulação
Loprinzi (2002)56, tumores GI parecem não predispor cerebral, a nível de hipotálamo, eixo hipotálamo-
aumento do metabolismo. hipofisário e sistema autonômico (simpático e
Apesar das controvérsias existentes a respeito do parasimpático). Essa regulação / controle é feita por
gasto energético total em pacientes oncológicos, um mecanismos de ordem comportamental, como ingestão
estado de hipermetabolismo ou catabolismo persistente de alimentos, padrões de atividade e de sono ou
é comum em estados avançados da doença. Uma das fisiológicos, como ajuste da temperatura corporal, gasto
explicações possíveis para esse quadro pode ser a avidez energético basal e ativação da resposta aguda ao
das células neoplásicas malignas em captar glicose96. O estresse 50,51,65,69 . Vários neuropeptídios centrais e
aumento de captação de glicose por essas células está gastrointestinais - leptina, neuropeptídio Y,
fortemente relacionado com o grau de malignidade e melanocortina, grelina, insulina, galamina,
poder de invasão celular. Devido à glicose ser a fonte colecistoquinina, endorfina - interferem na regulação
energética preferencial para essas células, os pacientes da ingestão dos alimentos, como também no gasto
com câncer desenvolvem intenso turnover de glicose, e energético. Alterações nos níveis dessas substâncias
importantes alterações secundárias no metabolismo contribuem para a SAC51,69.
desse nutriente65. Todas as alterações metabólicas na
caquexia do câncer podem ser vistas na Quadro 3. Leptina
A avaliação do gasto energético total inclui os cálculos Hormônio produzido e secretado pelo tecido
do GER (70%), gasto energético voluntário (25%) e, adiposo, sendo um componente da alça de homeostase
que rege o controle do peso corpóreo. Uma das ações consideradas mediadores do processo da caquexia. Os
da leptina é a regulação das taxas de gordura corpórea. níveis aumentados de citocinas reduzem a ingestão
Níveis elevados de gordura são acompanhados de alimentar e produzem diversas características da SAC,
aumento proporcional dos níveis circulatórios de leptina. tendo, ainda, correlação com a progressão de tumores.
Quando há restrição calórica ou inanição, com As citocinas podem produzir longa inibição do apetite
conseqüente perda de peso, os níveis de leptina como por estimularem a expressão e liberação de leptina e/ou
os de insulina decaem, voltando a elevar-se com a mimetizarem os efeitos hipotalâmicos de um feedback
realimentação. Assim, quando há perda de peso, ocorre negativo excessivo, sinalizado pela leptina, impedindo a
diminuição dos níveis de leptina proporcionais à perda execução normal e mecanismos compensatórios, diante
de gordura corporal. Baixos níveis de leptina cerebral da diminuição da ingestão alimentar e aumento da perda
aumentam a atividade de sinais orexígenos de peso. Por esta razão, a perda de peso observada em
hipotalâmicos, que estimulam o apetite, suprimem o um paciente com câncer, difere muito daquela observada
gasto energético e diminuem a atividade de sinais em uma desnutrição simples com ausência de
anorexígenos, os quais suprimem o apetite e aumentam tumores33,69.
o gasto energético33,51,52,69, ou seja, leptina reduz o apetite
e aumenta o gasto energético, ativando circuitos Neuropeptídio Y (NPY)
catabólicos e prevenindo circuitos anabólicos51,65,82. O hormônio também associado à caquexia,
Segundo Martignoni et al (2003)71, altos níveis de leptina abundantemente distribuído no cérebro, incluindo o
bloqueiam a ação do neuropeptídio Y. hipotálamo, situado abaixo da leptina na via metabólica,
A anorexia associada ao câncer parece resultar de é o mais potente peptídio orexígeno (estimulante do
fatores circulantes produzidos pelo hospedeiro em apetite), ativado pela diminuição de leptina, fazendo
resposta ao tumor - as citocinas - substâncias parte de uma rede inter-conectada de substâncias
orexígenas, como a galanina, insulina, peptídios opióides, O estudo de Shimizu et al (2003)77 mostrou, ainda, que
hormônio concentrador de melanina (MCH), orexina e os níveis de grelina não mudaram significativamente
AGRP (Peptídio Agouti-Associado). O NPY pode em pacientes com boa ingestão alimentar. Assim, a
estimular o apetite por si só ou mediante a liberação de anorexia, efeito adverso comum no paciente em
outros peptídios orexígenos acima citados33,51,65,69,72. O tratamento quimioterápico, mais evidente do 8° ao 21°
NPY tem como ação aumentar a ingestão de alimentos, dia pós-QT, tem associação ao aumento dos níveis
diminuir o gasto energético e aumentar a lipogênese, séricos de grelina, no câncer de pulmão.
promovendo o balanço energético positivo e o aumento
da reserva de gordura65,72. MEDIADORES - CITOCINAS
Estudos experimentais mostram que os sistemas de Citocinas são glicoproteínas solúveis, de pequeno
controle da alimentação relacionados ao NPY são peso molecular, produzidas pelos macrófagos e linfócitos
ineficazes em animais anoréticos portadores de tumor. do hospedeiro, em resposta a estímulos tumorais, que
O nível e a liberação de NPY no hipotálamo estão atuam como mensageiras intercelulares. Níveis
reduzidos nesses animais com tumores, sendo um efeito circulantes mensuráveis de citocinas ocorrem,
mais intenso à medida que a anorexia progride69. geralmente, em situações de hiperestímulo da produção,
e, provavelmente, refletem perda dos mecanismos de
Melanocortina (MC) homeostase69,100.
Constituem uma família de peptídios regulatórios, Atualmente, listam-se 18 interleucinas (IL), seis
que incluem a adrenocorticotrofina (ACTH) e o fatores estimuladores da proliferação, diferenciação e
hormônio melanócito estimulante (MSH), também ativação das linhagens eritróide e mucóide (G-CSF, M-
associados à SAC. Esse grupo de peptídios e seus CSF, GM-CSF, eritropoetina / EPO, SCF, BCGF), fator
receptores ajudam a regular o apetite e a temperatura de necrose tumoral (TNFa), linfotoxina (TNFO),
corporal, como também são importantes para memória, interferons (IFN) tipo I (a/b) e tipo II (g), fatores de
bem-estar e imunidade. Apesar da acentuada perda de crescimento transformadores a/b (TGF e TGEP) e vários
peso, em que normalmente se esperaria uma regulação outros fatores de crescimento citocina-símile59,69,73,100.
negativa dos sistemas anorexígenos relacionados à As citocinas têm sido associadas como a chave
melanocortina, o sistema permanece ativo, durante a principal de fatores humorais envolvidos na caquexia
caquexia neoplásica, aumentando ainda mais a taxa do câncer 40,49,51,52,53,61,72,73,79 e, com a progressão da
metabólica, a anorexia e a perda de peso. Mas, se o doença, é possível que as citocinas passem a circular
receptor central de melanocortina for bloqueado, os em outros tecidos e venham a atuar como fatores
processos de anorexia e caquexia são revertidos33,65,69. endócrinos69,73.
Interleucina 1 (IL-1)
Citocina inflamatória que compreende uma família ALTERAÇÕES SENSORIAIS
com dois agonistas e dois antagonistas. Macrófagos e
monócitos, principalmente, mas também, células A diminuição no consumo alimentar e o aumento da
endoteliais, fibroblastos, epitélio intestinal e, ainda, perda de peso que ocorrem na SAC são atribuídos a
eosinófilos, neutrófilos e mastócitos, os quais podem inúmeros fatores64, sejam eles efeitos locais do tumor,
sintetizar IL-140,69,100. A infusão de IL-1 induz saciedade, como obstruções e sintomas GI, ou anorexia decorrente
o que diminui a ingestão de alimentos e de água. É, de causas não mecânicas, como desequilíbrios de
portanto, antagonista do NPY72. É capaz, ainda, de neuropeptídios e citocinas34,60,66,72. A baixa ingestão pode
causar febre e alterar a síntese protéica no fígado50,69,100. ocorrer, ainda, por reações adversas do tratamento radical
Segundo Carvalho et al (1992)40, a IL-1 parece produzir do câncer, como náuseas e vômitos decorrentes da QT,
os mesmos efeitos do TNF, mas não age sobre o que diminuem o apetite20,26,41,50,57,58,59,60,66,67,72,84,86,101, as
músculo, e seus efeitos em induzir a caquexia tornam- mucosites e enterites em função da RT e as mutilações
se menos potentes que os do TNF. das cirurgias66,102.
Muitos pacientes atribuem a diminuição do apetite
Interleucina 6 (IL-6) e da ingestão alimentar a alterações desagradáveis e
Citocina produzida por macrófagos, monócitos, inaceitáveis do paladar e do olfato9,20,32,35,41,44,49,58,88. Os
fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos40,88,100. fatores que afetam o paladar e o olfato são complexos,
Seus efeitos no metabolismo intermediário de glicose sejam eles anatômicos, fisiológicos ou de outra
em hepatócitos são semelhantes aos da IL-1, porém natureza35,49. Os estudos iniciais sobre o paladar alterado
menos potentes100. Estudos com ratos têm revelado que de pacientes com câncer utilizaram o método que detecta
não há envolvimento com a caquexia nesses a menor concentração percebida de soluções de cloreto
animais52,53,59,67 e, outros estudos utilizando músculo
de sódio (salgado), ácidos hidroclórico e cítrico (azedo),
esquelético, mostraram que a IL-6 não tinha efeito direto
uréia (amargo) e sacarose (doce). Mas, esses estudos de
na proteólise muscular desses animais52,53.
sensibilidade de paladar, em doença maligna, têm
Segundo Van Halteren et al (2003)67 e Tisdale (2002),
mostrado resultados variáveis. Os relatos incluem um
a concentração de IL-6 ou TNFa não tem papel central
limiar de reconhecimento elevado para o doce, limiar
na caquexia do câncer em humanos. Para Inui (1999)51,
diminuído para o amargo e algum aumento em limiares
níveis séricos aumentados de TNFa, IL-6 e IL-1 têm
para o azedo e o salgado. O limiar de paladar diminuído
sido associados em alguns, mas não em todos os
pacientes, com a progressão de alguns tumores, mas a para o amargo foi associado à aversão à carne
administração crônica dessas citocinas, sozinhas ou vermelha 5,9,33,35. Outros trabalhos contestaram as
combinadas, é capaz de diminuir a ingestão alimentar, irregularidades no limiar ao paladar9,35. É importante
desencadeando a SAC. salientar que a supressão do paladar é mais severa após
Altos níveis circulantes de IL-6 são associados à tratamento radioterápico na região de orofaringe64,69,102,103
perda de peso em alguns pacientes com linfoma, câncer e pacientes em QT referem a sensação de gosto metálico
de pulmão e colo-retal76. na boca69. Segundo Ferreira (2003)68, as alterações do
paladar são associadas à diminuição dos níveis séricos de
Interferon g (IFNg) metais como zinco e níquel.
Citocina produzida por células T ativadas e natural Embora estes achados sobre o sabor sejam
killer (NK). Potencializa o efeito do TNF e aumenta a inconsistentes em relação a um padrão, respostas
expressão do RNAm engatilhada pelo TNF nos alteradas ao sabor dos alimentos causam rejeição de
macrófagos expostos à endotoxina40,69. Segundo Carvalho alimentos nutritivos, contribuindo para a anorexia e
et al (1992)40, assim como o TNFa, o IFNg provoca diminuição da ingestão. Essas anormalidades de
diminuição da ingestão alimentar e inibição da lipase sensações não se correlacionam consistentemente com
lipoprotéica nos adipócitos. a localização tumoral, extensão de envolvimento do
Assim, muitos estudos revelam que a caquexia pode, tumor, resposta do tumor à terapia ou preferências e
raramente, ser atribuída a uma citocina, mas a ingestões alimentares9,33,35.
associação de citocinas e outros fatores, como alguns Em relação às alterações gerais do paladar, é freqüente
hormônios - cortisol, glucagon, adrenalina - propiciam o desenvolvimento de aversões alimentares específicas,
/ intensificam a SAC51,56,88. ou seja, o consumo de um alimento particular é associado
a uma reação desagradável durante ou após sua ingestão. tratamento e o custo. Para tal, deve-se considerar as
O resultado é a abstenção daquele alimento. Portanto, limitações sócio-econômicas e a vontade do paciente e
recomenda-se que os pacientes evitem seus alimentos da sua família em enfrentar o tratamento25.
preferidos durante o período da QT, caso contrário
poderá ocorrer uma associação de desprazer entre os Nutricional
efeitos da QT e os alimentos oferecidos durante o A alimentação merece atenção especial em qualquer
tratamento do câncer, criando-se uma situação de aversão fase do ciclo vital, sendo fator essencial à sobrevivência
alimentar35,69. do indivíduo. Nenhuma outra atividade será tão
Saciedade precoce também é comum no paciente permanente na história humana como a alimentação. A
oncológico, presente em aproximadamente 50% dos alimentação é um ato social, carregado de representações
pacientes, por alterações na motilidade GI e redução da sociais e emocionais que são construídas106.
capacidade gástrica. O declínio da capacidade gástrica A Terapia Nutricional (TN) em oncologia deve
pode ser causado por uma neuropatia autonômica contemplar inúmeras variáveis, relacionadas com o próprio
paraneoplásica, em virtude do tratamento tumor, com o impacto desse no metabolismo do doente e
quimioterápico que altera o feedback autonômico do com as características individuais de cada paciente25.
sistema nervoso central. Neoplasias malignas no TGI A indicação da TN em pacientes com câncer
também podem produzir saciedade precoce 32,49,54,60,69. avançado permanece controversa 25,35,60. A TN em
pacientes fora de possibilidades terapêuticas é uma
PROGNÓSTICO questão a ser discutida e decidida pelo paciente e
A desnutrição, associada à perda de peso, induzida familiares / acompanhantes, com a assistência de uma
pelo câncer, é um dos fatores prognósticos para a equipe multidisciplinar, na qual o nutricionista deve ter
avaliação do paciente oncológico. Pacientes que participação indispensável105.
apresentaram perda de peso também diminuíram a Segundo Argilés et al (2003)87, estratégias nutricionais
resposta à QT 42,54,59,60,64 . O grau da caquexia é não são suficientes para reverter a caquexia; para Younes
inversamente correlacionado com o tempo de sobrevida & Noguchi (2000)53, o suporte nutricional pode reverter
do paciente e sempre implica em mau a maioria, mas não todas as alterações.
prognóstico52,53,64,83,92,98 e deterioração da qualidade de A TN deverá ser planejada conforme o estado
vida70,83. Pacientes desnutridos com neoplasia maligna nutricional do paciente e a quantidade e a qualidade da
do TGI têm pior prognóstico do que aqueles bem aceitação alimentar. O Quadro 4 apresenta sugestões
nutridos ou que conseguiram interromper o processo para acréscimo protéico-calórico em preparações
de perda de peso durante o tratamento104. alimentares, para pacientes oncológicos que estejam
Um índice nutricional contendo vários parâmetros utilizando a via oral para alimentação. Se a aceitação da
foi descrito por Müllen e col e, Buzby e col, o chamado dieta via oral não for suficiente, ou seja, menor que
Índice de Prognóstico Nutricional - PNI e o Índice de 60% das necessidades calóricas, é conveniente introduzir
Prognóstico Inflamatório e Nutricional - PINI, através TN via oral de início, com acréscimo de alimentos
de albumina e transferrina séricas, PCT e calóricos e nutritivos ou mesmo utilizando suplementos
hipersensibilidade tardia, como parâmetros de EN para alimentares industrializados para aumentar o aporte
pacientes pré-operatórios32,64,83,85,90. protéico-calórico da dieta105.
A escolha do momento oportuno para apresentação
TRATAMENTO do alimento merece consideração. Os pacientes com
O tratamento do câncer envolve várias fases e câncer reclamam da capacidade diminuída de se
diferentes objetivos, podendo ser curativo, paliativo ou alimentarem conforme o dia progride. A esse sintoma,
de suporte105. atribui-se a digestão e esvaziamento gástrico vagarosos,
No paciente oncológico, especialmente com doença como resultado de produção diminuída de secreções
avançada, é muito importante compreender, em digestivas, atrofia da mucosa GI e atrofia gástrica
conjunto com a equipe médica responsável, com o muscular. Alimentações pequenas e freqüentes, com
paciente e a família, os objetivos do tratamento e, ênfase nas alimentações da manhã são sugeridas9.
discutir, quando possível, a sobrevida do paciente. A Quando a TN via oral é nutricionalmente
equipe de saúde responsável deverá preocupar-se com insuficiente, a introdução de TN agressiva, como
questões éticas, considerando o real benefício do Nutrição Enteral ou Nutrição Parenteral, conforme o
Quadro 4. Sugestões para acréscimo protéico-calórico em preparações alimentares a serem ingeridas por via oral.
ação aumentada no catabolismo protéico da caquexia. tratamento, já que esse aminoácido é fonte energética
Eicosanóides derivados do EPA e DHA têm mostrado para células do intestino delgado e linfócitos, sendo
também uma ação inibitória direta sobre a lipólise importante para a proliferação dessas células e
induzida pelo tumor. O mecanismo de reversão da manutenção desses tecidos, prevenindo a atrofia
caquexia pelo EPA envolve a supressão das citocinas intestinal, mantendo os níveis de secreção pelo intestino
inflamatórias TNFα, IL-1 e IL-654,61,67,73,79,107. da IgA secretória, mantendo a imunidade da mucosa
Segundo Togni et al (2003)78, estudos em modelos intestinal e melhorando a imunidade celular (células T),
animais com suplementação de ω3 reduziram o causando, assim, um estímulo da função imunológica
crescimento tumoral, aumentaram a sobrevida e geral do organismo108,109.
preveniram o desenvolvimento da caquexia. No estudo Portanto, evidências sugerem que a suplementação
de Bruera et al (2003)85, o uso de óleo de peixe, nas de dietas de pacientes cancerosos com GLN pode ser
doses diárias de 1,8g de EPA e 1,2g de DHA, por 2 benéfica, sem a ocorrência de aumento da proliferação
semanas, não promoveu alterações significativas no de tumores108.
apetite, no estado nutricional e nem melhora de A arginina (ARG), outro aminoácido
disfunções físicas em pacientes com câncer avançado . condicionalmente essencial em estados catabólicos, está
Já em um estudo conduzido por Inui (2002)33, a envolvida na síntese de proteína, biossíntese de
suplementação de cápsulas de óleo de peixe, sendo 18% aminoácidos e seus derivados e maior retenção de
EPA + 12% DHA em 12 tabletes/dia via oral, por 3 nitrogênio107,108,109. Tem associação com o aumento da
meses, levaram à diminuição da fadiga, redução das ativação de linfócitos T em pacientes com câncer,
proteínas de fase aguda, com um pouco de ganho de estimulando tanto a proliferação quanto a função dos
peso. A redução das proteínas de fase aguda (proteína linfócitos T109. Por ser um aminoácido precursor do óxido
C reativa) foi relatada também pela supressão na nítrico, serve como molécula efetora na citotoxidade sobre
produção de IL-6. células tumorais, promovendo um crescimento mais lento
A suplementação com PUFAs ω3 deve ser utilizada dos tumores64,109.
juntamente com ingestão suficiente de vitamina E para Esse óxido atua na vasodilatação, na síntese protéica
evitar efeitos adversos potenciais, como peroxidação de dos hepatócitos, no transporte de elétrons da mitocôndria
tecidos lipídicos, depleção da defesa antioxidante e dos hepatócitos e na resposta imunológica110. Segundo
supressão da imunidade mediada por células107. Méier et al (2004)106, ratos alimentados com ARG
mostraram redução da tumorigênese e disseminação do
Glutamina e Arginina - Os aminoácidos Glutamina câncer. Os altos níveis de óxido nítrico gerados pela
(GLN) e Arginina (ARG) são classificados como ARG resultaram em apoptose e inibição do crescimento
aminoácidos condicionalmente essenciais, pois podem tumoral em tumores pancreáticos in vivo e in vitro. Em
ser necessários em maiores quantidades em pacientes animais com um tumor sólido recebendo suplementação
sofrendo de um insulto catabólico, como trauma, com 4 a 6% de ARG, a taxa de metástases foi mais
infecções graves e câncer108. Fórmulas suplementadas baixa e a anemia menos grave do que àqueles sem ARG
com GLN têm resultado em uma maior preservação do em sua alimentação.
Méier et al (2004)106 destacaram, ainda, que a ARG
músculo esquelético, devido aumento da síntese protéica
sozinha não tem efeito benéfico, mas, quando fornecida
e diminuição da proteólise muscular59,64,107,108. Além
junto com uma mistura balanceada de aminoácidos, o
disso, a GLN melhora o balanço nitrogenado em
equilíbrio protéico líquido melhora. Esses resultados
pacientes graves107,109, aumenta a função das células
sugerem que a ARG deva ser componente de uma mistura
imunes não aumentando a produção de citocinas pré- de aminoácidos utilizada para estimular a síntese de
inflamatórias107. É, ainda, precursor da glutationa, um proteína muscular. Isso foi verificado, em um teste clínico
importante antioxidante intracelular107,109,110. controlado, randomizado, com 32 pacientes com câncer
Segundo Abcouwer & Souba (2003) 107 , a sólido avançado que tinham perdido ao menos 5% do
suplementação de GLN pode auxiliar a aliviar a depleção peso corporal, em que receberam uma mistura de
muscular, diminuindo o catabolismo protéico associado aminoácidos essenciais (L-ARG, L-GLN e o metabólito
à caquexia cancerosa. O aumento da tolerância à RT e beta-hidroxi-betametilbutirato - o HMB) e ganharam peso
QT é verificado com a sua suplementação, devido à quando comparados com os pacientes-controle que
proteção contra lesão intestinal e toxicidade do perderam peso59,111.
A maioria dos estudos sugere, portanto, que a ARG aumento do tecido adiposo. De modo geral,
tenha uma atividade antitumoral107,110, atribuída a seus aproximadamente 5% dos pacientes que utilizam AM
efeitos na função imune108. apresentam diarréia, flatulência, náuseas, vômitos,
impotência, diminuição da libido, exantema e
Nucleotídeos - Representados pelas purinas e hipertensão arterial. Pode levar, ainda, ao
pirimidinas. São os precursores do Ácido desenvolvimento de reações comuns ao uso de
Desoxirribonucléico (DNA) e Ácido Ribonucléico prostágenos, que induzem constipação, dispepsia,
(RNA)109,110. Não há estudos clínicos disponíveis usando xerostomia, aumento de salivação e candidíase oral,
nucleotídeos como imunomoduladores isolados em incontinência urinária, infecção do trato urinário,
pacientes com câncer. Portanto, a imunonutrição, em cardiomiopatia, palpitação, edema, edema periférico,
combinação com a ARG, ω3 e os nucleotídeos, tem insuficiência cardíaca congestiva, dispnéia, insônia,
sido testada. A evidência mais significante atribuída aos depressão, neuropatias, desordens pulmonares e
nucleotídeos é a redução de complicações pós- leucopenia. Apesar dos efeitos adversos citados não
operatórias, de cirurgias eletivas, em pacientes serem freqüentes, AM e outras drogas prostágenas
desnutridos, portadores de câncer, face à suplementação devem ser empregadas de forma cautelosa112.
pré-operatória43,64,107.
Corrêa & Rocha (2004)110 citam que pacientes com Corticosteróides (Glicocorticóides) - Têm sido
câncer do TGI tratados com combinações de nutrientes utilizados como paliativo nos sintomas associados ao
especiais: ARG - RNA - ω3 - apresentaram diminuição câncer. Melhoram, em curto prazo, o apetite, a ingestão
significativa de complicações. alimentar, a performance e a qualidade de vida, mas
não asseguram o ganho de peso. O tratamento
Farmacológico - Estimulantes do Apetite prolongado pode levar à fraqueza, delírios, osteoporose
O FDA (Food and Drug Administration), dos Estados e imunossupressão, comumente presente em pacientes
Unidos da América, aprovou fármacos para o tratamento com câncer avançado. Devem ser administrado, de
da caquexia associada ao câncer. Os estimulantes de preferência, no horário da manhã ou começo da tarde,
apetite mais estudados atualmente são o Acetato de para evitar insônias noturnas33,67,104.
Megestrol e os Corticosteróides, além do Dronabinol e
a Melatonina50,112. Dronabinol - É um derivado sintético da maconha
Acetato de Megestrol (AM) - É um derivado sintético na forma oral de tetrahidrocannabinol (THC). Tem sido
do hormônio progesterona. Sua administração oral é utilizado como antiemético no tratamento
freqüentemente utilizada no tratamento de tumores quimioterápico. Muitos estudos associam a utilização
avançados, tumores responsivos à hormonioterapia e de THC em pacientes com câncer com a melhora do
no tratamento de pacientes portadores de SAC. humor e apetite, além de melhora do peso corpóreo.
Esquemas posológicos de 160mg/dia (40mg, 4 vezes/ Os efeitos adversos mais comuns são euforia, confusão
dia) a 1600mg/dia têm sido relacionados ao aumento
mental e sonolência. Seu mecanismo de ação ainda não
do apetite, maior captação de calorias, ganho de peso
está totalmente claro, postula-se que tem ação nos
corporal e sensação de bem-estar. Tais respostas foram
receptores de endorfina, inibindo a síntese de
obtidas com doses de 800mg/dia, notando-se que não
prostaglandinas ou a secreção de IL-133,35,50,112.
se obteve aumento da resposta acima desse limite
Estudos com solução oral de AM mostraram-se mais
posológico33,50,54,67,104,112, embora a recomendação, muitas
benéficos no controle da anorexia em pacientes com
vezes, ultrapasse essa média .
câncer avançado em comparação com o uso isolado de
O AM pode induzir o apetite via estimulação do
NPY, por meio de modulação do canal de cálcio presente Dronabinol. O tratamento com a combinação de ambos
em células do núcleo ventro-medial (VMH) do os agentes não conferiu benefícios adicionais104.
hipotálamo, um conhecido centro da saciedade. Outra
forma de atuação é a inibição da atividade de citocinas Melatonina - Hormônio da glândula pineal capaz de
pró-inflamatórias IL-1, IL-6 e TNFα. Níveis séricos reduzir os níveis circulantes de TNFα em pacientes com
diminuídos dessas citocinas foram verificados em câncer avançado. Associado à redução da mielossupressão,
pacientes com câncer após tratamento com AM33. neuropatia e caquexia em pacientes com condições clínicas
O ganho de peso corresponde em maior parte ao precárias, portadores de câncer de pulmão33.
CONCLUSÃO AGRADECIMENTOS
A SAC é uma complicação séria e comum de ser À Professora Doutora Maria de Fátima Machado
encontrada em pacientes com câncer avançado, frente de Albuquerque e ao amigo Oncologista André Luiz
à diminuição do apetite e concomitante aumento das Pereira Guimarães.
taxas metabólicas e perdas de massa corporal. Portadores
de tumores GI apresentam distúrbios nutricionais mais REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
freqüentes do que aqueles com outros tipos de tumor.
Além dos problemas locais do tumor e cirurgias para 1. Dias MCG. Câncer. In: Cuppari L. Nutrição: nutrição
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que ocorrem nesses pacientes, complicam, ainda mais, 3. Willet WC. Dieta, nutrição e prevenção do câncer. In: Shils
ME, Olson JA, Shike M, Ross AC. Tratado de nutrição
o quadro de SAC, fazendo com que as opções
moderna na saúde e na doença. 9ª ed. São Paulo: Manole;
terapêuticas sejam analisadas de imediato para, ao 2003. p. 1329-40.
menos, paliação do mecanismo anorexia-caquexia.
4. Otto SE. Oncologia. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso
O tratamento é sempre individualizado e deve ter Editores; 2002.
uma equipe de profissionais de saúde no
5. Escott-Stumpf S. Nutrição relacionada ao diagnóstico e
acompanhamento (médicos: oncologista, cirurgião, tratamento. 4ª ed. São Paulo: Manole; 1999.
radioterapêuta, enfermeiros, nutricionista, psicólogo,
6. Instituto Nacional de Câncer; Ministério da Saúde.
entre outros) do paciente e de seus familiares, devido às Estimativas da incidência e mortalidade por câncer. Rio de
necessidades específicas e planejamento individualizado, Janeiro: INCA; 2003.
para promover uma melhor qualidade de vida. 7. Instituto Nacional de Câncer; Ministério da Saúde.
A TN é freqüentemente indicada com o objetivo de Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2004.
melhorar a defesa imunológica do paciente com câncer, 8. Ford MB, Mitchell MF. Epidemiologia do câncer. In: Boyer
manter e restaurar suas reservas protéicas e sensibilizar KL, Ford MB, Judkins AF, Levin B. Oncologia na Clínica
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alcançar o objetivo desejado é possível. No entanto, as neoplásicas In: Mahan LK, Escott-Stump S. Krause:
vantagens e restrições dos nutrientes imunomoduladores Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 9ª ed. São Paulo: Roca;
não são ainda suficientemente documentadas para 1998. p. 823-45.
permitir o controle de seus efeitos109. A combinação 10. Morales JA, Sarmiento UB, Bujanda DA. Historia natural
entre a nutrição e farmacologia tem tido melhores del cáncer. Carcinogénesis oncogenes: crecimento y
progresión tumoral. In: Sancho MG. Medicina Paliativa en
resultados terapêuticos na SAC.
la Cultura Latina. Madrid: Arán; 1999. p. 93-9.
Assim, a TN deverá ser introduzida se o paciente
11. Gomes-Carneiro MR, Ribeiro-Pinto LF, Paumgartten FJR.
assim o desejar ou se sentir beneficiado por apreciar o
Fatores de risco ambientais para o câncer gástrico: a visão do
sabor do alimento, sentindo-se mais disposto e/ou
toxicologista. Cad Saúde Pública. 1997; 13 Supl. 1:27-38.
animado. Familiares / acompanhantes e profissionais
12. Gomes NGL, Milanez MC. Biologia dos tumores. In:
da saúde envolvidos no tratamento desses pacientes não
Gomes R. Oncologia Básica. Rio de Janeiro: Revinter; 1997.
devem sentir-se impotentes em relação à alimentação e p. 18-35.
à hidratação. Os pacientes nessa fase necessitam de
13. Vulimiri SV, Digiovanni J. Carcinogenesis. In: International
muito afeto, palavras e gestos de carinho, controle de Union Against Cancer. Manual of Clinical Oncology. 7 ed.
dor, estímulo espiritual e bom-humor104. New York: Wiley-Liss; 1999. p. 19-43.
Portanto, o nutricionista deve observar o paciente 14. Geraghty JG, Wobst A. Cancer diagnosis. In: International
como um todo, não apenas com o objetivo de oferecer Union Against Cancer. Manual of Clinical Oncology. 7 ed.
TN, mas também como em conjunto com os familiares New York: Wiley-Liss; 1999. p. 201-14.
/ acompanhantes e toda a equipe multiprofissional, 15. Oliveira IM. Estadiamento histopatológico. In: Mello ELR,
permitindo melhores desempenhos e resultados, em que Correia MM. Câncer Gástrico. Rio de Janeiro: Revinter;
o maior beneficiado será o paciente. 1999. p. 45-52.
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