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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) DESEMBARGADOR (A)

RELATOR (A) DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO.

PROCESSO N° XXX-XXX

Joana, menor impúbere, representada por sua genitora Carol, ambas já


qualificadas nos autos da ação em epígrafe movida em face de Emerson, também já
qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu procurador
signatário, com fundamento no artigo 1.015, I do Código de Processo Civil, interpor o
presente
AGRAVO DE INSTRUMENTO
conforme razões anexas:

I – DO PREPARO
Requer a juntada da cópia integral do processo conforme o art. 1.017 do CPC,
bem como a agravante acostou aos autos o comprovante de recolhimento do preparo
conforme o art. 1.016 do CPC, informando-se assim o nome e o endereço do
advogado da agravante, ora recorrente:
José Neves Grangeiro Neto; OAB XXXXX; endereço XXXXX, Cidade/PE.

II – DO RESUMO DOS FATOS


Joana, recorrente, ajuizou Ação de Alimentos em face de Emerson, recorrido,
seu suposto pai. Apesar de o nome do recorrido não constar da Certidão de
Nascimento da recorrida, ele realizou, em 2020, voluntária e extrajudicial, a pedido da
genitora da recorrente, exame de DNA, no qual foi apontada a existência de
paternidade.
Na petição inicial, a recorrente informou ao juízo que sua genitora está
desempregada e que o recorrido não exercia emprego formal, mas vivia de “bicos” e
serviços autônomo e informal, razão pela qual pediu 30% de um salário mínimo.
O juízo da 1ª Vara de Família da Comarca de Serra Talhada/PE indeferiu o
pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação de
alimentos provisórios com base em dois fundamentos:
(i) Inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome
de Emerson não consta na certidão de nascimento e que o exame de
DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o decido
processo legal, sendo, portanto, inservível; e
(ii) Inexistência de “possibilidade” por parte do réu, que não tinha como
pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal,
como confessado pela própria autora.
III- DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO
No tocante a inexistência de verossimilhança da paternidade e do fato do nome
do recorrido não constar na Certidão de Nascimento da recorrente, em 2020 foi feito o
exame de DNA, mesmo que judicialmente, ficou clara a existência da relação de
paternidade do recorrido com a recorrente.
No que concerne a inexistência de “possibilidade” do recorrido arcar com o
pagamento da pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, foi
exposto também pela recorrente que o recorrido exerce trabalho autônomo o que traz
a possibilidade de obter uma renda até acima de um salário mínimo. Sendo assim o
que tem que ser levado em consideração é o binômio necessidade x possibilidade,
conforme o §1º do art. 1694 e 1695 do Código Civil.

IV – DA NECESSIDADE DE PROVER O EFEITO SUSPENSIVO


Levando em consideração o pedido de tutela antecipada para a fixação de
alimentos provisórios em que foi negado e entendendo que poderá provocar prejuízos
à alimentada, ora recorrente, requer a atribuição do efeito suspensivo conforme art.
1.019, I, do CPC.

V – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, o conhecimento do presente
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO e que seja recebido e processado em
seu regular efeito devolutivo e com efeito suspensivo conforme art. 1019, I do CPC,
para que, no mérito, lhe seja dado provimento, oficiando-se a decisão de primeira
instância pelo juízo “a quo”.
Requer, ainda, a intimação da parte contrária para querendo apresentar
contraminuta no prazo legal.

Nestes termos, pede deferimento.

Local, data.

Advogado – OAB XXXXX

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