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Num tempo já esquecido, o dia não tinha fim. O sol ficava o tempo todo iluminando
a floresta. Os índios eram obrigados a dormir no claro. Estavam cansados disso e
desejavam um pouco de escuridão para conseguirem dormir melhor.
Mas o sol não deixava de iluminar o eterno dia.
Foi quando um velho, que veio de muito longe, contou que tinha visto um monstro
que guardava dois grandes potes. Os potes eram pretos e estavam cheios de escuridão.
Os índios imaginaram que a noite tão desejada poderia estar trancada nesses
potes. E resolveram ir pegar a noite.
No dia seguinte um grupo saiu para ir ao local indicado pelo velho. Andaram
bastante até que viram o mostro dormindo ao lado dos potes. Quando se aproximaram viram
escutaram o barulho que vinha de dentro daquelas vasilhas: o som das corujas, dos
macacos noturnos, dos grilos, das rãs e dos sapos do brejo e de todos os seres que vivem
na noite. O grupo de índios usando arco e flechas conseguiram quebrar o pote menor. De
dentro daquela vasilha saiu a noite com todos os seu bichos. Os índios saíram correndo.
Chegaram nas ocas e aproveitaram a escuridão para dormir um pouco. Mas a noite que saiu
do pote pequeno não durou muito. Era curta. Não dava para descansar quase nada.
Os índios resolveram voltar e quebrar o pote maior. Dois índios foram incumbidos
de realizar a tarefa, pois eram grandes arqueiros. Os dois jovens convidaram o Urutau para
acompanha-los. Mas aconselharam ao pássaro que corresse bem depressa porque essa
noite era maior e podia pegá-los de jeito. Os três chegaram ao local onde o monstro ainda
dormia e com a habilidade dos arcos quebraram o pote maior. Saiu de lá uma noite que não
tinha mais fim. Os três fugiram em disparada. Mas Urutau tropeçou num cipó e caiu. Foi logo
alcançado pela imensa escuridão. Por isso, até hoje, o Urutau é uma ave noturna.
E foi assim que surgiu a noite.
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ANANSE E O BOM SENSO
Um dia Ananse concluiu que, se conseguisse reunir todo o bom senso do mundo numa
cabaça, ficaria rico.
- Sim! Guardando comigo todo o bom senso do mundo, muitas pessoas virão me procurar
em busca de conselhos para resolverem seus problemas. Então vou cobrar bem caro por
eles. Vou ficar rico!
Saiu com uma enorme cabaça recolhendo todo bom senso que encontrava. Quando a
cabaça estava cheia, ele resolveu pendurar o pote numa árvore bem alta para que ninguém
pudesse pegar. Ele amarrou uma corda em volta do gargalo da cabaça e deu um nó nas
duas pontas da corda. Pendurou-a em seu pescoço junto à barriga e começou a subir na
árvore.
Mas a situação ficou complicada. A cabaça balançava para lá e para cá dificultando a
subida. Foi quando Ananse ouviu uma risada que vinha lá de baixo. Ele se virou e viu um
garotinho que olhava para cima e se dobrava de tanto rir enquanto dizia:
Ao ouvir palavras tão sensatas vindas da boca de um simples menino, percebeu a bobagem
que estava fazendo. Ananse atirou a cabaça no chão e ela se quebrou em mil pedacinhos.
O vento soprou espalhando bom senso pelos quatro cantos do mundo.
Foi assim que cada pessoa ficou com um pouquinho. Uns mais e outros menos.
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Mito
Mito segundo o dicionário é:
Características de um mito:
Uma moça, filha de um fazendeiro que morava perto de um rio onde havia uma bela
cachoeira, gostava de um de seus empregados e dizia que queria se casar com ele. Usaria
no seu casamento um véu bem comprido e largo. Porém, o pai a deu em casamento para
um homem rico e desconhecido. Sem conseguir terminar o noivado indesejável, ela foi à
cachoeira e escorregou lentamente no lugar mais perigoso das pedras. Seus longos
cabelos, levados pelas águas, se abriram enroscando-se nas raízes e pedras e ela morreu.
Quando acharam o corpo, chamaram aquele local de Véu da Noiva.
Mitos: A caixa de pandora, monte olimpo, prometeus, odin, mito da criação.