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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA X

DE TÃO TÃO DISTANTE

DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA

Processo nº XXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX

GREGORY HOUSE, brasileiro, médico, portadora do RG n. XXXXX, inscrita no


CPF/MF sob o n.º XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na rua XXXXX, CEP: n.º
XX.XXX-XXX, vêm, a V. Exa., através de sua procuradora judicial, onde recebe
notificações e intimações, por meio de seus advogados que subscrevem instrumento
procuratório em anexo, com escritório profissional localizado na Rua XXXXXX,
endereço eletrônico: XXXXXXX, telefone: XX XXXX-XXXX, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, com base no art. 16, III da Lei n° 6.830/80 e art. 914 do
CPC, opor, tempestivamente, os:

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO

Em face do MUNICÍPIO DE TÃO TÃO DISTANTE, pessoa jurídica de direito público


interno, inscrito no CNPJ sob o n.º XX.XXX/XXXX-XX, para este proposito
representado pela Procuradoria Fiscal do Município, com endereço referido para
citações na Rua XXXXX, endereço eletrônico: XXXXX, em decorrência das
justificativas de ordem fática e de direito, abaixo delineadas:
I. DOS FATOS

Gregory House, teve penhorada sua conta corrente, em face de Execução Fiscal
promovida pelo município de Tão Tão Distante. Ao verificar o processo observado que
o Município estava cobrando a diferença pela alíquota de IPTU residencial para
comercial, no ano de 2015, no valor de R$20.000,00 do consultório do Dr. Gregory
House, pois a SEFA de Tão Tão Distante, fez levantamento via satélite de todos os
bairros do município e cruzou com dados profissionais, deduzindo que o local onde era
verdadeiramente a residência do médico, seria na opinião daquela receita seu domicilio
profissional.
Em função destas diferenças, no ano de 2015 a SEFA de Tão Tão Distante
encaminhou notificação, com o lançamento do Tributo, que foi devolvida pelo correio
após três tentativas. Em função do não recebimento do carnê a SEFA de Tão Tão
Distante lavrou a Certidão de Dívida Ativa (CDA) e encaminhou-a à Procuradoria do
Município, para que esta realizasse a execução fiscal. Após protocolo e distribuição, a
execução fiscal resultou na penhora já mencionada anteriormente.
Não restou outra alternativa, a não ser ingressar no judiciário em face da penhora
realizada em face do embargante, realizada pelo próprio município de Tão Tão Distante
– art. 145, I, Constituição Federal.

II. PRELIMINARES

1.DA TEMPESTIVIDADE
A Embargante não fora citado, para pagar o débito perseguido na ação
executiva fiscal.
Por não ter sido feita quitação, fora feita a penhora, na conta corrente do
embargante. Esse ato constritivo, único o momento, fora realizado no ano de 2015, o
que se constata do documento acostado.
Não obstante a penhora tenha atingido o montante perseguido na CDA, é de se
registrar que, segundo jurisprudência consolidada do STJ, o termo inicial, nessas
circunstâncias, consta-se da primeira penhora efetivada.
Nesse prumo, urge transcrever arestos do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. Recurso especial.


Embargos à execução fiscal. Prazo. Termo inicial. Intimação da
primeira penhora. Nova penhora. Tempestividade dos novos
embargos à execução. Possibilidade desde que restrinja aos
aspectos formais do novo ato constritivo. Precedentes. Recurso
Especial a que se negam seguimento [...]

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. Recurso especial.


Embargos à execução fiscal. Prazo. Termo inicial. Intimação da
primeira penhora. Nova penhora. Tempestividade dos novos
embargos à execução. Possibilidade desde que restrinja aos
aspectos formais do novo ato constritivo. Precedentes. Recurso
Especial provido [...]

Dessa maneira, a presente demanda é ajuizada dentro do trintídio legal, vê-se que
aforada tempestivamente, conforme artigo 16, inciso III, da Lei de Execução Fiscal.

2. DA PRESCRIÇÃO
O credito encontra-se prescrito por ter passado mais de 05 (cinco) anos para ser
cobrado, portanto, devendo ser extinto e expedida certidão negativa, conforme
disposto nos artigos 174, 156, II e 205 do CTN.

3. DA NULIDADE DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA


A certidão de divida ativa deve ser anulada tendo em vista, a origem e natureza do
crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado –
Artigo 202 e 203 do Código Nacional Tributário.

III. DO EFEITO SUSPENSIVO E GARANTIA DE JUÍZO


Nos termos do art. 919, § 1º do Código de Processo Civil, mediante a comprovação da
fumaça do bom direito, em face da nulidade exposta na penhora, por cobrança
indevida, uma vez que, o município estava cobrando a diferença pela alíquota de IPTU
residencial para comercial e do perigo da demora, pois, incidirá juros e multa. Requer
o deferimento do efeito suspensivo, para suspender a execução fiscal, ao final
confirmar e expedir certidão positiva com efeito de negativa – art. 206 do CTN.

IV. DA GARANTIA DO JUIZO


O juízo encontra-se garantido por meio da penhora da conta corrente do
embargante.

V. DIREITO
Por se tratar de cobrança indevida, quanto a alíquota cobrada, uma vez que, o
município entendeu ser a casa do embargante um local comercial, contudo,
afirma-se, ser um imóvel residencial.
Ainda mais, consta-se que a execução foi proferida de modo indevido, uma vez
que, o embargante não tinha ciência do lançamento do tributo.

VI. DOS PEDIDOS


Diante do exposto, requer a vossa excelência que seja:

a) Que seja citada a parte contraria para apresentar defesa no prazo legal;
b) Que seja cabível, pois, houve execução e garantia do juízo art. 16, III da
Lei nº 6.830/67, sendo tempestiva por ter sido ajuizada dentro do prazo
de 30 dias;
c) Que seja deferida a preliminar de mérito de prescrição para extinguir o
credito e expedir certidão negativa – art. 147, 156 IV e 205 do CTN;
d) Deferida a preliminar de mérito de nulidade da Certidão de Dívida Ativa
por omissão quanto a origem e a natureza do crédito – art. 202 e 203 do
Código Tributário Nacional;
e) Seja Deferido o efeito suspensivo nos termos do art. 919, § 1º do CPC,
mediante a comprovação da fumaça do bom direito, em face da cobrança
indevida, e do perigo da demora, pois, incidirá em juros e multas para
suspender a execução, ao final confirmar e expedir certidão positiva com
efeito de negativa – art. 206 do CTN;
f) Que seja deferida a garantia do juízo, por meio da nomeação de bens à
penhora – art. 9º, III, da Lei nº 6.830/67;
g) Que seja julgado procedente o pedido para extinguir a execução fiscal em
face da cobrança indevida;
h) Que seja condenada a parte contrária às custas e aos honorários
advocatícios – art. 85, § 3º do CPC;
i) Que seja deferido provar o alegado por meio de todas as provas em direito
admitido – art. 319. VI do CPC;
j) Dispensada a audiência de conciliação – art. 319, VII do CPC;
k) Que seja intimada no endereço do advogado – art. 106, I do CPC;

Por fim, dá-se à causa o valor em R$ XXX.

Termos em que, pede deferimento.

Tão Tão Distante


XX/XX.XXXX

Advogado
OAB

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