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Att filosofia

1) Leia com atenção os trechos a seguir. Indique onde há argumentos. Em seguida


identifique qual a conclusão e quais as premissas de cada argumento. 

Atenção: um argumento não é um simples conjunto de senteças declarativas. Um


argumento é um conjunto de sentenças encadeadas. Ou seja, as sentenças devem estar
relacionadas entre si (ou devem estar de tal modo articuladas a propor uma relação
entre elas), para que possam constituir um argumento. 

Exemplo:  [...] por hora definimos a autossuficiência como sendo aquilo que, em si


mesmo, torna vida desejável e carente de nada. E como tal entendemos a felicidade,
considerando-a além disso, a mais desejável de todas as coisas, sem contá-la como um
bem entre outros. [...] A felicidade é, portanto, algo absoluto e autossuficiente.
(Aristóteles)

Argumento. 

Premissas:  Definimos a autossuficiência como sendo aquilo que, em si mesmo, torna


vida desejável e carente de nada. / Entendemos a felicidade como sendo algo desse
tipo. / A felicidade é a mais desejável de todas as coisas e não um bem entre outros. 

Conclusão: A felicidade é algo absoluto e autossuficiente. 

a) Se quereis descobrir vossa opinião real sobre alguém, observai a impressão que
vos causa a primeira observação de uma carta escrita por essa pessoa. (Arthur
Schopenhauer). 

Não é argumento

b) A nenhuma homem é consetido ser juiz em causa própria; porque seu interesse
certamente influirá em seu julgamento, e, não improvavelmente corromperá a
sua integridade. (James Madison). 

b) nenhuma homem é consetido ser juiz em causa própria/porque seu interesse


certamente influirá em seu julgamento, e, não improvavelmente corromperá a sua
integridade

conclusão – o homem julga de acordo com seus interesses.


c) Um hortelão que cultiva sua própria horta, com suas próprias mãos, reúne em sua
própria pessoa três diferentes caracteres: de proprietário rural, de agricultor e de
trabalhador rural. SEu produto, portanto, deveria pagar-lhe a renda do primeiro, o lucro
do segundo e o salário do terceiro. (Adam Smith). 

c) Um hortelão que cultiva sua própria horta, com suas próprias mãos, reúne em sua
própria pessoa três diferentes caracteres: de proprietário rural, de agricultor e de
trabalhador rural/ SEu produto, portanto, deveria pagar-lhe a renda do primeiro, o lucro
do segundo e o salário do terceiro. (Adam Smith). 

Conclusão – o preço do produto deve ser tido de acordo com o valor e esforço de sua
produção.

d) Tanto em pintura como em música e literatura, tantas vezes o que chamam de


abstrato me parece apenas o figurativo de uma realidade mais delicada e mais difícil,
menos visível a olho nu. (Clarice Lispector). 

d) Tanto em pintura como em música e literatura, tantas vezes o que chamam de


abstrato me parece apenas o figurativo de uma realidade mais delicada e mais difícil,
menos visível a olho nu. (Clarice Lispector). 

Não é argumento

e) Com efeito, senhores/ temer a morte é o mesmo que supor-se sábio quem não o é/
[...]. Ninguém sabe o que é a morte, nem se, porventura, será para o homem o maior
dos bens; todos a temem como se soubessem ser ela o maior dos males. A ignorância
mais condenável não é essa de supor saber o que não sabe? 

Conclusão – não se sabe o que é a morte e se ela o efeito dela sobre nos porém
temem-na como se fosse o pior dos males.

f) Minha família vivia numa apartamento velho quando eu nasci. Era grande e escuro,
em cima da casa da minha avó. Do meu avô também, mas ele não contava. Essa casa
ficava diante da praça, bem no centro. (Eliane Brum). 

f) Premissa Minha família vivia num apartamento velho quando eu nasci/Era grande e
escuro, em cima da casa da minha avó/ Essa casa ficava diante da praça/ bem no centro
Conclusão – a família morava em um apartamento em cima da casa da avó, localizado
em frente a uma praça central.

g) Ninguém, portanto, a menos que seja vencido por causas externas e contrárias à sua
natureza, deixa de aspirar ao que lhe é útil, em outras palavras, conservar seu ser.
Ninguém, afirmo, pela necessidade de sua natureza e sem ser compelido por causas
externas, se negará a alimentar-se, ou se suicidará, o que pode ser feito de diversas
maneiras. Alguém se mata porque um outro o obriga, torcendo-lhe a mão, que por
acaso agarra um gládio,e  força-o a voltar esse gládio contra o coração; outra
possibilidade é por ordem de um tirnao, como Sêneca, que o obrigue a cortar as veias,
desejando evitar um mal maior com outro menor; ou então, finalmente, é porque causas
externas ocultas dispõem a imaginação de tal forma e afetam o corpod e maneira que
este se reveste de outra natureza, contrária à primeira, e da qual não consegue fazer
ideia no Espírito. Mas que o homem, pela necessidade de sua natureza, busque não
exisitir, ou mudar de forma, isso é tão impossível quanto criar algo a partir de nada,
como todos podem concluir meditando um pouco. (Spinoza). 

g) Ninguém/a menos que seja vencido por causas externas e contrárias à sua natureza,
deixa de aspirar ao que lhe é útil/ pela necessidade de sua natureza e sem ser
compelido por causas externas, se negará a alimentar-se, ou se suicidará/ Alguém se
mata porque um outro o obriga/ força-o a voltar esse gládio contra o coração/ causas
externas ocultas dispõem a imaginação de tal forma e afetam o corpo e maneira que
este se reveste de outra natureza/ da qual não consegue fazer ideia no Espírito. Mas que
o homem, pela necessidade de sua natureza, busque não exisitir, ou mudar de forma,
isso é tão impossível quanto criar algo a partir de nada.

Conclusão – Nínguém muda a menos que alguém o mude de alguma forma.

h) A vontade de verdade, que ainda nos fará correr não poucos riscos, a célebre
veracidade que até agora os filósofos reverenciaram: que questões essa vontade de
verdade já não nos colocou! Estranhas, graves, disuctíveis questões! Trata-se de uma

h) A vontade de verdade, que ainda nos fará correr não poucos riscos/a célebre
veracidade que até agora os filósofos reverenciaram/ Estranhas, graves, discutíveis
questões/Trata-se de uma longa história - mas não é como se apenas começasse? / se
por fim nos tornarmos desconfiados, perdemos a paciência, e impacientes nos
afastamos? longa história - mas não é como se apenas começasse? Que surpresa, se por
fim nos tornarmos desconfiados, perdemos a paciência, e imapcientes nos afastmos?
(Nietzsche). 

Conclusão – nos tornamos desconfiados e nos afastamos, por causa da impaciência.


i) A filosofia é uma disciplina especulativa. Por conseguinte, é preciso saber especular
para saber fazer filosofia. 

i) A filosofia é uma disciplina especulativa/é preciso saber especular para saber fazer
filosofia.

Conclusão - a especulação é necessária para aprender filosofia

j) É ilógico raciocinar assim: "Sou mais rico do que tu, portanto, sou superior a ti.". "Sou
mais eloquente do que tu, portanto, sou superior a ti." É mais lógico raciocinar: "Sou
mais rico do que tu, portanto, minha propriedade é superior a tua." "Sou mais eloquente
do que tu, portanto, meu discurso é superior ao teu." As pessoas são algo mais do que
propriedade ou fala. 

j) É ilógico raciocinar/ "Sou mais rico do que tu, portanto, sou superior a ti."/ "Sou mais
eloquente do que tu, portanto, sou superior a ti/" É mais lógico raciocinar: "Sou mais
rico do que tu, portanto, minha propriedade é superior a tua."/ "Sou mais eloquente do
que tu, portanto, meu discurso é superior ao teu."/ As pessoas são algo mais do que
propriedade ou fala.

Conclusão – a Inteligência e riqueza de uma pessoa, não pode ser definida por posse de
estudo nem de propriedade.

2) Coloque os silogismos a seguir na forma típica (Premissa Maior; Premissa Menor;


Conclusão), usando diagramas (livro didático, p.95), verifique se eles são válidos ou
inválidos. (lembre-se: um argumento dedutivo é válido se  a verdade das premissas
garantir a verdade da conclusão. Ou seja, se  ao considerarmos as premissas
verdadeiras, necessariamente a conclusão também será verdadeira.). 

Exemplo:  

Premissa maior: Todas as cobras são répteis.

Premissa menor: Alguns animais perigosos não são cobras.

Conclusão: alguns animais perigosos (termo menor) não são répteis (termo maior)

Esse argumento é inválidos, pois, ainda que as premissas sejam verdadeiras, elas não
garantem a verdade da conclusão. Ou ainda, a conclusão não é uma consequência
lógica das premissas., e ela pode ser falsa, ainda que as premissas sejam verdadeiras.
Quando a premissa menor diz que "alguns animais perigosos não são répteis", isso não
diz nada sobre esses animais serem ou não répteis. 

a)Alguns reformadores são fanáticos, assim como alguns idealistas são fantáticos, visto
que todos os reformadores são idealistas. 

a) PMa: Todos reformadores são idealistas.

  PMe: Alguns idealistas são fanáticos.

  Con: Alguns reformadores são fanáticos.

  Val: Válido, pois se todo R é I e algum I é F, logo, algum R é F.

b) Alguns mamíferos não são cavalos, pois nenhum cavalo é centauro, e todos os
centauros são mamíferos. 

b) PMa: Nenhum cavalo é um centauro.

  PMe: Todos os centauros são mamíferos.

  Con: Alguns mamíferos não são cavalos.

  Val: Inválido, pois a conclusão não diz nada sobre os outros mamíferos.

c) Nenhum músico é esportista ativo, todos os músicos são torcedores de basebol;


consequentemente, nenhum espoertista ativo é torcedor de basebol. 

c) PMa: Nenhum músico é esportista ativo.

  PMe: Todos os músicos são torcedores de basebol.

  Con: Nenhum esportista ativo é torcedor de basebol.

  Val: Válido, pois se nenhum M é EA e todo M é TB, logo, nenhum EA é TB.

d) Alguns cristãos não são metodistas, porque alguns cristãos não são protestantes e
alguns protestantes não são metodistas. 

d) PMa: Alguns cristãos são protestantes.

  PMe: Alguns protestantes não são metodistas.


  Con: Alguns cristãos não são metodistas.

  Val: Inválido, pois a conclusão não diz nada sobre os outros cristãos.

e) Todos os barcos que andam debaixo d'água são submarinos; portanto, nennum
submarino é barco de recreio, visot que tos barcos de recreio não andam debaixo
d'água. 

e) PMa: Todos os barcos que andam debaixo d'água são submarinos.

  PMe: Nenhum barco de recreio anda debaixo d'água.

  Con: Nenhum submarino é um barco de recreio.

  Val: Válido, pois se todo BDA é S e nenhum BR é BDA, logo, nenhum S é BR.

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