Você está na página 1de 47

7/5/2017

Universidade Federal do Pará


Instituto de Tecnologia

Estatística Aplicada I

Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes

Campus de Belém
Curso de Engenharia Mecânica
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Teoria das Probabilidades

Universidade Federal do Pará


Instituto de Tecnologia

Capítulo IV

Modelos de Distribuições

Campus de Belém
Curso de Engenharia Mecânica
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

1
7/5/2017

IV – Modelos de Distribuições

 Introdução
 Distribuições teóricas discretas
 Distribuições teóricas contínuas

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

IV – Modelos de Distribuições

 Introdução
 Distribuições teóricas discretas
 Distribuições teóricas contínuas

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

2
7/5/2017

4.1 Introdução

 Existem variáveis aleatórias que têm uma função de


distribuição pertencente a uma classe de distribuições
teóricas.

 As distribuições teóricas, como o próprio nome indica,


foram submetidas a estudos prévios e têm propriedades
conhecidas; portanto, podem servir como modelo em
determinadas situações em que a distribuição esteja
identificada, poupando tempo na análise do problema
estudado.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.1 Introdução

 As distribuições teóricas que aqui serão estudadas são:

• Caso discreto
- Distribuição binomial
- Distribuição hipergeométrica
- Distribuição de Poisson

• Caso contínuo
- Distribuição uniforme
- Distribuição exponencial
- Distribuição normal
- Distribuição qui-quadrado
- Distribuição t de Student
- Distribuição F
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

3
7/5/2017

IV – Modelos de Distribuições

 Introdução
 Distribuições teóricas discretas
 Distribuições teóricas contínuas

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Prova de Bernoulli

• A prova de Bernoulli é uma experiência aleatória que serve de


base a várias distribuições teóricas (distribuição binomial,
distribuição binomial negativa e distribuição geométrica).

• Consideremos uma experiência aleatória na qual existem apenas


dois acontecimentos em que estamos interessados: o
acontecimento A que será designado por sucesso e o
acontecimento contrário, A, que será designado por falha. O
sucesso ocorre com probabilidade p, e o insucesso com
probabilidade q = 1− p .

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Prova de Bernoulli

• O espaço de resultados está assim particionado em


dois acontecimentos S  { A, A } em que:

A  sucesso P( A )  p
A  falha P( A )  q  1  p

• A uma experiência aleatória com estas características


dá-se o nome de prova de Bernoulli.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Prova de Bernoulli

• Principais características:
1
Média :    xi f ( xi )  0  q  1  p  p
0

Variância :  2  E ( x i   ) 2   E ( X 2 )   2 
1
  x i2 f ( x i )   2  0 2 q  1 2 p  p 2 
0

 p  p 2  p( 1  p )  pq

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

5
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Prova de Bernoulli

• Sucessão de provas de Bernoulli: Defini-se como o


processo caracterizado por repetidas provas que têm lugar nas
seguintes condições:
1. Cada prova resultem em somente dois resultados possíveis,
designados como “sucesso” e “falha”.
2. A probabilidade de um sucesso em cada prova, designada por
p, permaneça constante. A probabilidade de falha designa-se
por q = 1− p.
3. As provas sejam independentes, isto é, os resultados obtidos
numa sequência de provas não influenciam os resultados da(s)
provas(s) subsequente(s).
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição binomial
• Trata-se de uma distribuição de probabilidade adequada aos
experimentos que apresentam apenas dois resultados: sucesso ou
falha.

• Este modelo fundamenta-se nas seguintes hipóteses:


- H1. n provas independentes e do mesmo tipo são realizadas;
- H2. cada prova admite apenas dois resultados – sucesso ou
falha;
- H3. a probabilidade de sucesso é p e de falha é 1 – p = q.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

6
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição binomial
• Considerando-se uma sucessão de n provas de Bernoulli, a
variável aleatória que representa o número de sucessos obtidos
nessas n provas de Bernoulli tem distribuição binomial.

• A variável aleatória X, que é igual ao número de provas que


resultam em um sucesso, tem uma distribuição binomial com
parâmetros p e n em que 0 < p < 1 e n = {1, 2, 3, ..., n}.

• A função de probabilidade de X é

n
f ( x )    p x q n x , x  0 , 1 , 2 , ..., n
 x

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição binomial
• É assim chamada (binomial), pois variando X (número de vezes
do sucesso) obtemos os termos correspondentes do
desenvolvimento do binômio (q + p)n. Com efeito,
n( n  1 ) n 2 2
( q  p )n  q n  nq n 1 p  q p  ...  p n 
2!
n! n!
 q n p0  q n 1 p0 
0! ( n  0 )! 1! ( n  1 )!
n! 0 n
 ...  q p
n!0!
• Generalizando, tem-se: n! n
f( x) q n x p x    p x q n x
x! ( n  x )!  x
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

7
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição binomial

• Principais características:

- De acordo com as hipóteses, observa-se que X é a soma de n


variáveis do tipo “Bernoulli”, daí

Média : E ( X )  n  np

Variância : Var ( X )  n 2  npq

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição binomial

• Exemplo: Cada amostra de ar tem 10% de chance de conter


uma certa molécula rara. Considere que as amostras sejam
independentes em relação à presença da molécula rara. Encontre
a probabilidade de que, nas próximas 18 amostras, exatamente 2
contenham a molécula rara.

- Seja X = número de amostras de ar que contenham a molécula


rara nas próximas amostras analisadas (sucessos); então, X é a
variável aleatória binomial com p = 0,1 e n = 18. Assim,

n  18 
f ( x )    p x q n x  P ( X  2 )   ( 0 ,1 ) 2 ( 0 ,9 )16  0 ,284
 x 2

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

8
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição binomial

• Exemplo: Determine a probabilidade de que no mínimo 4


amostras contenham a molécula rara.

- Neste caso, a probabilidade requerida é

18
 18 
P ( X  4 )    ( 0 ,1 ) x ( 0 ,9 )18 x 
x4  x 

3
 18 
 1    ( 0 ,1 ) x ( 0 ,9 )18 x 
x 0  x 

 1  ( 0 ,150  0 ,300  0 ,284  0 ,168 ) 


 0 ,098

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição binomial

• Exemplo: Determine a probabilidade de que o número de


amostras que contenham a molécula rara esteja entre 3 e 6.

- Neste caso, a probabilidade requerida é

6
 18 
P ( 3  X  6 )    ( 0 ,1 ) x ( 0 ,9 )18 x 
x3  x 

 0 ,168  0 ,070  0 ,022  0 ,005 


 0 ,265

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

9
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição hipergeométrica
• Suponhamos que temos um conjunto de N elementos e que M
destes elementos têm uma certa característica em que estamos
interessados (sucesso); logo os outros N-M elementos não têm
essa característica.
• Ao retirarmos n elementos do conjunto inicial de N elementos
(retirar de forma aleatória e sem reposição – probabilidade do
sucesso não constante) consideremos X a variável aleatória que
representa o número de elementos que são retirados e que têm a
característica em que estamos interessados.
• A variável aleatória definida nas condições anteriores tem
distribuição hipergeométrica com parâmetros N, M e n.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição hipergeométrica
• A probabilidade da variável aleatória assumir o valor x é dada
por:
M N  M
    
 x   n x 
P ( X  x )  b( x , N , M , n ) 
N
 
n 
com x  máx 0 , n  ( N  M ), ..., minn , M 

• Demonstra-se que se a variável aleatória X tem distribuição


hipergeométrica com parâmetros N, M e n, então:
M M  N  M   N  n
E( X )  n  Var ( X )  n    
N N  N   N 1
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

10
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição hipergeométrica

• Exemplo: Na produção de 1000 parafusos em uma máquina A


foi observado que 100 apresentam algum tipo de defeito. Como
vão ser utilizados 10 parafusos de cada vez, determine a
probabilidade de todos serem perfeitos.

- Neste caso, N = 1000, M = 100 e n = 10, a probabilidade


requerida, portanto, será:

 100   1000  100   900  899  ...  891 


 0    10  0  1   
P( X  0 )        1  2  ...  10   0 ,35
 1000  1000  999  ...  991
 
 10  1  2  ...  10

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição de Poisson
• A distribuição de Poisson (que deve o seu nome ao físico francês
Simon Poisson) está associada a um grande conjunto de situações
práticas cujos alguns exemplos são os seguintes:

- Número de mensagens que chegam em um servidor no intervalo


de uma hora.
- Número de partículas defeituosas em um cm3 de volume de um
certo líquido.
- Número de defeitos em um metro de comprimento, de um fio
produzido por uma máquina têxtil.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

11
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição de Poisson

• Todos os exemplos apresentados têm uma


característica comum: a variável aleatória em estudo
representa o número de ocorrências de um certo
evento ao longo de um intervalo (tempo,
comprimento, área ou volume).

• Os valores que a variável aleatória pode assumir são


valores inteiros não negativos: 0, 1, ..., n,... .

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição de Poisson
• Outras características que identicam uma distribuição de Poisson
são:

- O número de ocorrências em intervalos não sobrepostos são


variáveis independentes.
- A probabilidade de um certo número de ocorrências se verificar
é a mesma para intervalos da mesma dimensão; isto é, a
probabilidade depende apenas da amplitude do intervalo e não
da posição em que se situa nesse intervalo.
- As ocorrências do fenômeno descrito verificam-se uma a uma e
nunca em grupos.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

12
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição de Poisson
• Para encontrar a expressão que dá a probabilidade de x sucessos
num intervalo t, algumas hipóteses precisam ser admitidas:

H1. P(X = 1, ∆t) = λ ∆t (ou seja, a probabilidade de um sucesso


num intervalo ∆t é proporcional à amplitude do intervalo).
H2. P(X > 1, ∆t) = 0.
H3. P (X – 0, ∆t) = 1 – λ
H4. As ocorrências de sucessos em intervalos são independentes.

• Tem-se que ∆t = t/n, logo P(X = 1, ∆t) = λt/n.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição de Poisson
• Para encontrar a expressão que dá P(X,t), ou seja, a probabilidade
de X sucessos no intervalo t, pode-se calcular o limite de uma
distribuição binomial com parâmetros n e t/n. Assim:

n x
 n   t   t 
x

P ( x , t )  lim     1   
x 
 x  n   n
(  t ) x  t
 P( x , t )  e
x!

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

13
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição de Poisson
• Se o número médio de ocorrências no intervalo em estudo for λ >
0, a variável aleatória X, que é igual ao número de ocorrências no
intervalo, terá uma distribuição de Poisson, com parâmetro λ,
sendo a função de distribuição de X dada por

(  t ) x  t
f( x) e , x  0 , 1 , 2 , ...
x!

• Características:
Média : E ( X )  t
Variância : Var ( X )  t

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição de Poisson

• Exemplo: Mensagens chegam a um servidor de computadores


de acordo com a distribuição de Poisson, com uma taxa média de
10 por hora.

a) Qual a probabilidade de 3 mensagens chegarem em 1 hora?

b) Qual a probabilidade de 6 mensagens chegarem em 30


minutos?

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

14
7/5/2017

4.2 Distribuições Teóricas Discretas

 Distribuição de Poisson

• Exemplo:
a) Seja X a representação do número de mensagens em 1 hora.
Então E(X) = 10 mensagens e
E ( x )  t  10
(  t ) x  t ( 10  1 )3  101 ( 10 )3  10
f( x) e  P( X  3 )  e  e  0 ,0076
x! 3! 3!

b) Seja X a representação do número de mensagens em 30


minutos (0,5 hora). Então E(X) = 10.0,5 = 5 mensagens e
(  t ) x  t ( 10  0 ,5 )6  100 ,5 ( 5 )6  5
f( x) e  P( X  6 )  e  e  0 ,1462
x! 6! 6!

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

IV – Modelos de Distribuições

 Introdução
 Distribuições teóricas discretas
 Distribuições teóricas contínuas

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

15
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição uniforme
• A distribuição uniforme é a mais simples distribuição contínua;
entretanto, é uma das mais importantes e utilizadas dentro da
teoria de probabilidade.
• Tem uma importante característica a qual a probabilidade de
acontecer um fenômeno de mesmo comprimento é a mesma.
• Consideremos uma variável aleatória contínua, cujos valores
podem ocorrer dentro dum intervalo limitado (aberto ou fechado)
[a,b]. Se quaisquer dois subintervalos de igual amplitude têm a
mesma probabilidade, então a variável aleatória tem distribuição
uniforme.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição uniforme

• Diz-se que a variável aleatória contínua X tem


distribuição uniforme no intervalo [a,b] se a sua
função de densidade de probabilidade for dada por:

 1
 a xb
f ( x )  b  a

0 para outros valores de x

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

16
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição uniforme
• Os parâmetros caracterizadores desta distribuição são a e b, que
satisfazem a condição −∞ < a < b < +∞.
• Sua função de distribuição cumulativa F(x) é dada por:
0 xa
xa

F( x )   a xb
b a
1 xb

• Características: Se a variável aleatória X tem distribuição


uniforme no intervalo [a,b] então:
ab ( b  a )2
E( X )  , Var ( X ) 
2 12
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição uniforme
• Exemplo: A ocorrência de panes em qualquer ponto de uma rede
telefônica de 7 km foi modelada por uma distribuição uniforme no
intervalo [0,7] . Qual é a probabilidade de que uma pane venha a
ocorrer nos primeiros 800 metros? E qual a probabilidade de que
ocorra nos 3 km centrais da rede?
1 1 1
f( x)   , para 0  x  7
ba 7 0 7
0 ,8 0 ,8
1 x 0 ,8
b
( a ) P ( 0  x  0 ,8 )   7 dx  7
0 0

7
 0 ,1142
P ( a  x  b )   f ( x ) dx 5
52
5
1 x
( b ) P ( 2  x  5 )   dx 
a
  0 ,4285
2
7 7 2 7
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

17
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição uniforme
• Exemplo: Um ponto é escolhido ao acaso no segmento de reta
(0,2). Qual a probabilidade de que este ponto esteja entre 1 e 1,5?

- Seja X a representação da variável escolher um ponto de (0,2).


A função densidade de probabilidade de X é dada por:
1 1
f(x)   0 ,5 , para 0  x  2
ba 20
Então: b
P ( a  x  b )   f ( x ) dx 
a
1 ,5

P ( 1  x  1 ,5 )   0 ,5dx  0 ,25
1
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Exponencial
• A distribuição exponencial está intimamente ligada à distribuição de
Poisson.
• Se o número de ocorrências de um certo acontecimento segue uma
distribuição de Poisson, a “medida de espaço” entre duas
ocorrências consecutivas ou a “medida de espaço” até à primeira
ocorrência segue uma distribuição exponencial.
• A distribuição de probabilidade de um intervalo entre dois sucessos
consecutivos de uma lei de Poisson é a distribuição exponencial.
• A distribuição exponencial é também usualmente utilizada na
descrição do tempo de vida de aparelhos, de organismos etc. (lei de
falhas exponencial).
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

18
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Exponencial
• Sua função densidade de probabilidadea é dada por

f ( x )  λ e  λx para x  0

onde λ é o parâmetro caracterizador da distribuição, sendo λ > 0.

• Características:
1
Média : E( X ) 

1
Variância : Var ( X ) 
2
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Exponencial
• O gráfico de f(x) é dado por:
f(x)
λ

0 x

• Função distribuição cumulativa:

F( x )  0 , para x  0
x

0 λe
 λx
F( x )  dx  1  e  λx , para x  0

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

19
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Exponencial
• Conhecida a função distribuição cumulativa de x, pode-se
facilmente determinar

 
P ( X  x0 )  1  F ( x0 )  1  1  e  x0  e  x0

f(x)
λ

e-λxo

0 xo x

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Exponencial

• Exemplo: Os defeitos de um tecido seguem a


distribuição de Poisson com média de um defeito a
cada 400 m de tecido. Qual a probabilidade de que o
intervalo entre dois defeitos consecutivos seja:

a) No mínimo de 1000 m;
b) Entre 800 e 1000 m.
Calcule a média e a variância.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

20
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Exponencial

• Exemplo:
- Sabe-se que na distribuição de Poisson E(x) = λt,
então:
1 defeito 1 / 400 defeito 1
E ( x )  t     defeito / m
400 m 1m 400
1000

a ) P ( x  1000 )  e  x  e 400
 0 ,081 ou 8 ,1%

b ) P ( 800  x  1000 )  P ( x  800 )  P ( x  1000 ) 


800 1000
 
e 400
e 400
 0 ,0532 ou 5 ,32%
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Exponencial

• Exemplo:
1 1
Média : E( X )    400 m
 1 400
1 1
Variância : Var ( X )    160.000 m 2
2 1 400 2

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

21
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal
• É a mais importante distribuição de probabilidade, sendo aplicada
em inúmeros fenômenos e utilizada para o desenvolvimento
teórico da estatística.
• A grande maioria das variáveis aleatórias contínuas que descrevem
processos físicos ou características humanas seguem uma
distribuição normal. Algumas vezes, as variáveis aleatórias não
seguem uma distribuição normal, mas aproximam-se muito desta.
Por outro lado, a distribuição normal desempenha um papel
crucial na inferência estatística.
• É também conhecida como distribuição de Gauss, Laplace ou
Laplace-Gauss

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal
• Seja X uma variável aleatória contínua, X terá uma distribuição
normal se
 ( x  μ )2
1
f(x) e 2σ 2 , para    x  
σ 2π

onde μ e σ são os parâmetros caracterizadores da distribuição.


• Se a variável aleatória X tem distribuição normal então:
E( X )   e Var ( X )   2

• A notação N(μ,σ2) é frequentemente usada para denotar uma


distribuição normal, com média μ e variância σ2.
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

22
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Quando se utiliza a distribuição normal na forma como se


apresenta, para o cálculo das probabilidades, surgem dois
problemas:

- A integração de f(x) fica difícultada, pois para o cálculo é


necessário o desenvolvimento da função em série;
- A elaboração de uma tabela de probabilidades única inexiste,
pois como f(x) depende de dois parâmetros, isto acarreta um
grande trabalho para tabelar essas propriedades considerando-se
as várias combinações de μ e σ2.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Esses problemas podem ser contornados por meio de uma


mudança de variável, obtendo-se, assim, a distribuição normal
padronizada ou reduzida.

• Distribuição normal padrão:


- Seja Z uma variável aleatória tal que:

Xi  
Zi 

em que X é uma variável normal de média μ e variância σ2.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

23
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal
• Distribuição normal padrão:
- A média e a variância de Z serão:
 X  1
  E ( X   )  E ( X )  E (  )       0
1 1
E( Z )  E
     
X  2
  2 Var ( X   )  2 Var ( X )  2  1
1 1
Var ( Z )  Var 
     

- Logo, a função densidade de probabilidade será:


 z2
1
( z )  e 2
,  z  
2
- Como a média de Z é 0 e a variância 1, as probabilidades podem
ser facilmente calculadas e tabeladas.
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

1. f(x) é simétrica em relação à média x = μ, ou φ(z) é simétrica em


relação a z = 0.

f(x)
φ(z)

μ
0

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

24
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

2. f(x) possui um máximo para x = μ, ou φ(z) possui um máximo


para z = 0.

φ(z) 0,39

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

3. f(x) tende a zero quando x tende para ± ∞, o mesmo acontecendo


com φ(z) quando z tende para ± ∞; isto é, x ou z são assíntotas de
f(x) ou φ(z).

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

25
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

4. f(x) tem dois pontos de inflexão cujas abscissas valem μ + σ


e μ – σ, da mesma forma φ(z) tem dois pontos de inflexão cujas
abscissas valem +1 e –1.

μ-σ μ+σ -1 0 1
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

5. Em ambas as funções 99,99% dos valores da variável pertencem


ao intervalo [μ - 4σ, μ + 4σ].

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

26
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

6. Na figura (a) estão representadas duas distribuições que têm o


mesmo valor médio (μ1 = μ2), mas diferentes desvios padrões (σ1
< σ2). Na figura (b) estão representadas duas distribuições que
têm o mesmo desvio padrão, mas médias diferentes.
(a) 1 (b)

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

6. Alguns resultados úteis relativos à distribuição normal, são


sumarizados na figura abaixo. Para qualquer variável aleatória
normal,

P (     X     )  0 ,6827
P (   2  X    2 )  0 ,9545
P (   3  X    3 )  0 ,9975

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

27
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Propriedades da distribuição normal

- Pelo fato de mais de 0,9975 da probabilidade de uma


distribuição normal estar dentro do intervalo (μ - 3σ, μ + 3σ), 6σ
é frequentemente referida como a largura de uma distribuição
normal.

- A integração numérica pode ser usada para mostrar que a área


sob a função densidade de probabilidade normal de – ∞ < x < ∞
é igual a 1.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão


- Existem vários tipos de tabelas que oferecem as áreas
(probabilidades) sob a curva normal padrão.
- Essa tabela fornece a área sob a curva normal padrão entre z = - ∞
até o valor de z considerado, ou seja, P(Z ≤ z).

zo

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

28
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão


- O uso da tabela para encontrar, por exemplo, P(Z ≤ 1,53) é
ilustrado na figura abaixo:

P(Z ≤ 1,53) = Φ (1,53) z 0.00 0,01 0,02 0,03 ... 0,09

= área sombreada 0 0,500000 0,503989 0,507978 0,511967 ... 0,535856

0,1 0,539828 0,503795 0,547758 0,551717 ... 0,575345


.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
1,5 0,933193 0,934478 0,935744 0,936992 ... 0,944083
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
1,53
3,9 0,999952 0,999954 0,999956 0,999958 ... 0,999967

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

- Definição: A função Φ(z) = P(Z ≤ z) é usada para denotar uma


probabilidade proveniente da tabela anterior. Ela é chamada de
função distribuição cumulativa de uma variável aleatória normal
padrão.

- Uma tabela é requerida porque a probabilidade não pode ser


determinada pelos métodos elementares.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

29
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

- Outros exemplos:

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

- Exemplos: Os seguintes cálculos são mostrados de forma


diagramática na figura a seguir.

1 ) P( Z  1,26 )  1  P( Z  1,26 )  1  0 ,89616  0 ,10364

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

30
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

2 ) P( Z  0 ,86 )  0 ,19490

3 ) P( Z  1,37 )  P( Z  1,37 )  0 ,91465

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

4 ) P ( 1 ,25  Z  0 ,37 )  P ( Z  0 ,37 )  P ( Z  1 ,25 ) 


 0 ,64431  0 ,10565 
 0 ,53886

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

31
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão


5 ) P ( Z  4 ,6 )  P ( Z  3 ,99 )
P ( Z  3 ,99 )  0 ,00003
P ( Z  4 ,6 )  0 ,0003
P ( Z  4 ,6 )  0

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão

6 ) P ( Z  z )  0 ,05  P ( Z  z )  0 ,95
Da tabela : P ( Z  0 ,95 )  z  1 ,65 ( valor mais próximo ).

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

32
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal

• Uso da tabela de distribuição normal padrão


7 ) P (  z  Z  z )  0 ,99
Por simetria , a área em cada extremidad e da distribuição
é igual a ( 1  0 ,99 ) / 2  0 ,005. O valor de z correspond e a
probabilidade de 0 ,995 na tabela . A probabilidade mais
próxima desse valor na tabela é 0 ,99506 , quando z  2 ,58.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal
• Cálculo das probabilidades para uma variável aleatória
normal padrão arbitrária

- Todas as distribuições normais estão relacionadas algebricamente


e a tabela da distribuição normal padrão pode ser usada para
encontrar as probabilidades associadas com uma variável aleatória
normal arbitrária usando a transformação

Xi  
Zi 

onde X é a variável aleatória normal de média μ e variância σ2.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

33
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal
• Cálculo das probabilidades para uma variável aleatória
normal padrão arbitrária
- Exemplo: Suponha que as medidas de corrente em um
pedaço de fio sigam a distribuição normal, com uma
média de 10 miliampères e uma variância de 4
(miliampères)2. Qual a probabilidade de a medida
exceder 13 miliampères?

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição Normal
• Cálculo das probabilidades para uma variável aleatória
normal padrão arbitrária

- Seja X a representação da corrente em miliampères. A


probabilidade requerida pode ser representada por P(X > 13).
Usando a transformação de variável tem-se:
X  10 13  10
Z   1 ,5
2 2
Logo,
P ( X  13 )  P ( Z  1 ,5 )  1  P ( Z  1 ,5 ) 
1  0 ,93319  0 ,06681
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

34
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

• Trata-se de um modelo de distribuição contínua muito importante


para a teoria da inferência estatística.

• Seja X1, X2, ..., Xn, como uma amostra aleatória de uma
distribuição normal, com média µ e variância σ2 desconhecidas. A
grandeza
( n  1 )S 2
2 
2

tem uma distribuição qui-quadrado, com n-1 graus de liberdade,


abreviada como  n1 ou  .
2 2

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

Entendendo a ideia de graus de liberdade:


• Consideremos um conjunto de dados qualquer. Graus de liberdade
é o número de valores deste conjunto de dados que podem variar
após terem sido impostas certas restrições a todos os valores.
• Por exemplo, consideremos que estudantes obtiveram em um teste
média 8,0 . Assim, a soma das 10 notas deve ser 80 (restrição).
• Portanto, neste caso, temos um grau de liberdade 9 (10 – 1 = 9),
pois as nove primeiras notas podem ser escolhidas aleatoriamente,
contudo a 10ª nota deve ser igual a [10 – (soma das 9 primeiras)].

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

35
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado
• Em geral, a função densidade de probabilidade de uma
variável qui-quadrado é dada baixo, em que k é o
número de graus de liberdade e Γ(k/2) é a função gama:

1
f( x)  ( k / 2 ) 1 e   / 2 ,  ( m )   e  x x m  1dx
2 k/2
 (k / 2) 0

• Pode-se demonstrar que a média de uma distribuição


qui-quadrado é igual ao número de graus de liberdade,
e que a variância é igual ao dobro do número de graus
de liberdade: E 2    ( 2 )  
 
Var 2   2 ( 2 )  2
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

• A forma da curva que descreve a função densidade varia conforme


o valor do grau de liberdade (valor do parâmetro φ):

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

36
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- A distribuição qui-quadrado está tabelada. A tabela fornece a
abscissa da distribuição para diversas áreas (probabilidades) da
cauda à direita. Assim:

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 01: Admita φ = 9 e α = 5%.
Entra-se na 1ª coluna com φ = 9, e na 1ª linha com α = 0,05; na
intersecção dessas obtém-se o número 16,9.

φ=9

α = 5%

16,9

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

37
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 02: Considere uma distribuição qui-quadrado com
parâmetro 18. Encontre: (a) a média, a variância e o desvio
padrão; (b) a mediana; (c) o 1º quartil e (d) o 90º percentil.

a) A média, a variância e o desvio padrão:

 (  18
2
)    18
 2 (  18
2
)  2  36
 (  18
2
)   2  36  6

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 02:

b) A mediana

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

38
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 02:

c) O 1º quartil

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição qui-quadrado

• Uso da tabela de distribuição qui-quadrado


- Exemplo 02:

d) O 90º percentil

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

39
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição t de Student
• Trata-se de um modelo de distribuição contínua que se assemelha
à distribuição normal padrão, N(0,1).

• É utilizada para inferências estatísticas, particularmente, quando se


tem amostras com tamanhos inferiores a 30 elementos (Fonseca &
Martins, 1996).

• Considere X1, X1, ..., Xn como uma amostra aleatória para uma
distribuição normal com média e variância desconhecidas. A
grandeza, X 
T
S/ n
tem uma distribuição t, com n - 1 graus de liberdade.
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição t de Student

• A função densidade de probabilidade t é dada abaixo, sendo k o


número de graus de liberdade:
 [( k  1 ) / 2 1
f( x)   x  
k  ( k / 2 ) [( x 2
/ k )  1 ] ( k 1 ) / 2

• Como visto, a distribuição t também possui um parâmetro


denominado grau de liberdade (k = φ = n - 1), e é simétrica em
relação à sua média.
• A média dessa distribuição é zero, e sua variância é dada por:

 
Var t   2 ( t  ) 
2
(  2 )

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

40
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição t de Student
• Gráfico da distribuição t de Student (para φ = 4):

• Observa-se que para valores de φ < 30 a distribuição t apresenta


maior dispersão do que a normal padrão N(0,1), já que o desvio
padrão, nesses casos, é maior do que 1, que é o desvio padrão da
distribuição normal padrão.
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição t de Student
• Exemplo:

- Para φ = 4 tem-se:
4
 ( t4 )   1 ,41
42

- Para φ = 35 tem-se:
35
 ( t 35 )   1 ,03
35  2

- Para φ = 60 tem-se:
60
 ( t 60 )   1 ,02
60  2
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

41
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição t de Student

• Uso da tabela de distribuição t de Student


- Trata-se de uma tabela unicaudal. Assim:

1–α α

Encontra-se na tabela

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição t de Student

• Uso da tabela de distribuição t de Student


- Procedimento de uso da tabela:

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

42
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição t de Student

• Exemplo: Considere uma distribuição t com parâmetro igual a


18. Encontre: (a) a média, a variância e o desvio padrão; (b) a
mediana; (c) o 1º quartil e (d) o 95º percentil.

a) A média, a variância e o desvio padrão:

Média :  ( t 18 )  0
18
Variância :  2 ( t 18 )   1 ,13
18  2
Desvio padrão :  ( t 18 )  1 ,13  1 ,06

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição t de Student

• Exemplo:
b) A mediana – Md(t18) :
Md =

c) O 1º quatil – Q1:

d) O 95º percentil – P95:


05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

43
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição F de Snedecor
• Trata-se de um modelo de distribuição contínua também útil para
inferências estatísticas.
• A distribuição F é a razão entre duas variáveis aleatórias
independentes com distribuições qui-quadrado. Assim, uma
distribuição F com υ (pronuncia-se upsilon) graus de liberdade no
numerador e ν (pronuncia-se ni) graus de liberdade no
denominador é expressa por:
2
2 
F (  , )  2  2 
  

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição F de Snedecor
• Sejam W e Y variáveis aleatórias independentes qui-quadrado,
com υ e ν graus de liberdade, respectivamente. Então a razão
W /
F
Y /
tem a função densidade de probabilidade
/2
       (  / 2 ) 1
   x
 2   
f( x) (   ) 1
0 x
         
       x  1
    2     

e é dita seguir a distribuição F com υ graus de liberdade no


numerador e ν graus de liberdade no denominador, geralmente
abreviada com Fυ,ν.
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

44
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição F de Snedecor
• A função F possui dois parâmetros: o grau de liberdade do
numerador e o grau de liberdade do denominador, que são
denominados, comumente, por υ e ν ou φ1 e φ2 .
• A média, a variância e a moda dessa distribuição são dadas por:

2
Média : 
2  2
2 22  1   2  2 
Variância : 2 
 1  2  4  2  2 
2

  1  2   2 
Moda :   
  1   2  2 
05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição F de Snedecor

• Formas de gráficos da distribuição F :

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

45
7/5/2017

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição F de Snedecor

• Uso da tabela de distribuição F


- A tabela fornece as abscissas que deixam α na cauda à direita,
dados os parâmetros φ1 e φ2.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

4.3 Distribuições Teóricas Contínuas

 Distribuição F de Snedecor

• Uso da tabela de distribuição F


- Para se encontrar o valor da abscissa F1-α(u,v) utiliza-se a
fórmula:
1
F1 ,u ,v 
F ,v ,u

- Exemplo: Admita uma


distribuição F com u = 9,
v = 5 e α = 5, determine as
abscissas.

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

46
7/5/2017

IV – Modelos de Distribuições

FIM

05/07/2017 19:22 ESTATÍSTICA APLICADA I - Modelos de Distribuições

47

Você também pode gostar