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LUCAS ALVES FARIAS

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA PARA IDOSOS


COM SARCOPENIA

Cidade
Ano
LUCAS ALVES FARIAS

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA PARA IDOSOS


COM SARCOPENIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Anhanguera, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Educação Física Bacharelado.

Orientador: Rafael Vilela

Pelotas
2021
LUCAS ALVES FARIAS

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA PARA IDOSOS


SARCOPENICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Anhanguera, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Educação Física Bacharelado.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Dra. Suely Ribeiro Bampi

Prof(a). Me. Márcio Botelho Peixoto

Pelotas, 08 de dezembro de 2021


FARIAS, Lucas Alves. Benefícios do treinamento de força para idosos com
sarcopenia. Ano de Realização 2021. Número total de folhas 28. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física Bacharelado) – Faculdade
Anhanguera, Pelotas, 2021.

RESUMO

O objetivo geral deste estudo foi descrever os benefícios do treinamento de força


para os idosos com sarcopenia, citar quais as causas que a sarcopenia gera no
envelhecimento. Já a metodologia utilizada é a revisão bibliográfica, sem limitações
do ano, os principais locais de buscas dos artigos foram realizados no Google
acadêmico, sciELO e DeSC. As principais considerações finais sobre o estudo foram
identificar as causas da redução da massa muscular, com o passar da idade,
entende-se que a perda progressiva de massa muscular esquelética está
relacionada ao aumento da idade, com redução do número e tamanho das fibras
musculares e na diminuição paralela da força e resistência muscular. Com a prática
do treinamento de força para os idosos na terceira idade. O treinamento é um dos
meios de desenvolver competências para as pessoas se tornarem mais produtivas,
criativas e inovadoras, está comprovado que quanto mais a pessoa é ativa, menos
os riscos de limitação ela tem, além de melhorar a capacidade funcional, o exercício
físico promove uma melhora na aptidão física.

Palavras-chave: Sedentarismo. Sarcopenia. Treinamento de força. Idosos.

Farias, Lucas Alves. Benefits of strengh training in older adults sarcopenia. Ano
de Realização 2021. Número total de folhas 28. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Educação Física Bacharelado) – Faculdade Anhanguera, Pelotas,
2021.

ABSTRACT

The general objective of this study was to describe the benefits of strength training
for the elderly with sarcopenia, mentioning the causes that sarcopenia generates in
aging. On the other hand, the methodology used is the bibliographic review, without
limitations of the year, the main search places for the articles were carried out in
academic Google, sciELO and DeSC. The main final considerations about the study
were to identify the causes of the reduction in muscle mass, with age, it is
understood that the progressive loss of skeletal muscle mass is related to increasing
age, with a reduction in the number and size of muscle fibers and in the parallel
decrease in muscle strength and endurance. With the practice of strength training for
seniors in the third age. Training is one of the ways to develop skills for people to
become more productive, creative and innovative, it has been proven that the more
active a person is, the less limitation risks they have, in addition to improving
functional capacity, physical exercise promotes an improvement in physical fitness.

Keywords: Sedentary lifestyle. Sarcopenia. Strength training. Seniors .


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2. TREINAMENTO: CONCEITOS, OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS.............14
3. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO). .18
4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)..22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................26
REFERÊNCIAS...........................................................................................................27
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1. INTRODUÇÃO

O processo irreversível do envelhecimento a todos os indivíduos, porém pode


variar de individuo para outro.
As pesquisas apontadas pelo IBGE, a população brasileira manteve a
tendência de envelhecimento dos últimos anos em 2012, essa população de 60 anos
ou mais teve um aumento de 18% nos últimos 5 anos ultrapassando a marcas dos
30,2 milhões em 2017, o que tem se tornado cada vez mais representativo no
Brasil, sendo os estados com maior proporção de idosos o Rio de Janeiro e o Rio
Grande do Sul, ambas com 18,6% de suas populações dentro do grupo de 60 anos
ou mais.  
Essa mudança na pirâmide etária mundial faz com que o estudo do
envelhecimento seja o foco da atenção, promovendo ações de agentes sociais e
governamentais, além dos profissionais da área da saúde.
A questão problema, ou seja, a pesquisa é encontrar quais os benefícios do
treinamento de força para os idosos com sarcopenia, que o envelhecimento
diretamente é relacionado com a capacidade funcional, ou seja, a habilidade para
realizar atividades que permitam o autocuidado e viver independentemente e com
qualidade de vida.
O objetivo deste trabalho é relatar de que forma o treinamento de força
contribui na autonomia dos idosos com sarcopenia, descrevendo as variantes do
treinamento de força, caracterizar o processo de envelhecimento no Brasil e
descrever o processo que causa essa perda progressiva de massa muscular,
verificando quais os benefícios que o treinamento de força proporciona na qualidade
de vida para os idosos com sarcopenia.
Diante disto o presente estudo, a pesquisa será realizada em forma de
revisão bibliográfica, literária, pesquisas em sites como o Google Acadêmico, mas
também outras pesquisas no SciELO e DeCS, com o objetivo de levantar as
informações e dados referentes ao processo de sarcopenia, treinamento de força e
qualidade de vida aos idosos.
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2. TREINAMENTO: CONCEITOS, OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS.

O treinamento é um dos meios de desenvolver competências para as pessoas


se tornarem mais produtivas, criativas e inovadoras, está comprovado que quanto
mais a pessoa é ativa, menos os riscos de limitação ela tem, além de melhorar a
capacidade funcional, o exercício físico promove uma melhora na aptidão física de
acordo com Meurer, Benedetti, Mazo (2009).
A sarcopenia é definida como um declínio na massa e na função muscular,
relacionada ao envelhecimento, o seu diagnostico baseia-se na avaliação da massa
e na força muscular, existindo vários métodos e técnicas recomendados para sua
avaliação. É um termo genérico para a redução da massa muscular, com o passar
da idade, entende-se que a perda progressiva de massa muscular esquelética está
relacionada ao aumento da idade, com redução do número e tamanho das fibras
musculares e na diminuição paralela da força e resistência muscular, no campo
fisiológico contribui principalmente para a perda de força, redução na taxa
metabólica, assim contribuindo um aumento em doenças crônicas degenerativas.
(PAPALÉO NETTO, 2007).
Atualmente a sarcopenia afeta milhões de pessoas no mundode acordo com
a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou
mais. O Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas nessa faixa etária, número que
representa 13% da população do país. E esse percentual tende a dobrar nas
próximas décadas, segundo a Projeção da População, divulgada em 2018 pelo
IBGE.
O treinamento é utilizado para diversas coisas, mas quase sempre indica uma
instrução organizada, cujo objetivo é aumentar o rendimento físico, psicológico,
intelectual ou mecânico dos indivíduos. É um processo organizado de
aperfeiçoamento que é conduzido com base em princípios científicos, estimulando
modificações funcionais e morfológicas no organismo, influindo significa-mente na
capacidade do rendimento do indivíduo. (ASSUMPÇÃO; SOUZA; URTADO, 2008).
O treinamento serve para a manutenção, melhora ou recuperação da
capacidade de rendimento e da saúde. Na literatura está se tornando comum o
termo “treinamento físico”, que significa o processo de fazer o uso propositado de
exercícios físicos, para desenvolver e melhorar a capacidade e os traços que afetam
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o nível de desempenho de atividades musculares específicas. O objetivo principal do


treinamento físico é o desenvolvimento das capacidades motoras, necessárias para
obter rendimentos motores elevados, que se faz através dos exercícios corporais.
(FECHINE; TROMPIERI, 2011).
O envelhecimento é um processo difundido em diversos aspectos e inclui
vários fatores. A variabilidade fenotípica de cada indivíduo acaba evitando o
estabelecimento de padrões. Por isso, o uso apenas do tempo da idadecronológica
como medida exclui uma ampla faixa de dados. Aidadeem si não define o
envelhecimento, ela é apenas uma das variáveis presentes no processo de
desenvolvimento, servindo como um parâmetro da passagem do tempo (PINTO et
al., 2017).
O envelhecimento é um processo que gera variadas preocupações para a
população ao longo das décadas, em âmbitos sociais tal como para a saúde
populacional. Com isso, é notável a desvalorização deste processo que faz parte do
ciclo de vida dos seres vivos. A terceira idade causa sentimentos negativos nas
pessoas devido ás consequênciasprovocadas por esses fenômenos, que ocorrem
ao longo da vida (COLUSSI et al., 2019). Contudo, conforme o desenvolvimento
desta etapa da vida avança, acontece uma série de alterações biológicas e
fisiológicas que podem colaborar para a redução da massa muscular esquelética,
gerando uma diminuição da resistência fisiológica e maiores fragilidades. Por volta
dos 60 anos de idade é visto uma diminuição de força máxima muscular entre 30% e
40%, o que equivale a uma perda de força aproximadamente de 6% por década dos
35 aos 50 anos de idade, daí então, 10% por década (ROCHA et AL., 2019). Além
de trazer lentidão de respostas efetoras, diminuição da capacidade funcional,
alterações de marcha, menor resistência à fadiga e perda de amplitude de
movimento; não sendo difícil relacioná-las ao maior risco de quedas para essa
população (ISHIZUKA, 2003).
Neste período, os idosos apresentam problemas de saúde com maior
frequência e têm tendência a perda da densidade óssea e massa muscular. Com
isso, a articulações tornam-se menos resistentes e mais vulneráveis a danos. Desta
forma,pode-se apresentar problemas em realizar atividadesfísicas,antes
consideradas fáceis, como subir escada, trocar uma lâmpada e transportar compras
ou malas, quedas frequentes, normalmente, quando a perda muscular já está em
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estado adiantado, perda deequilíbrio ao andar em terrenos irregulares, como ruas


com buracos (BARBOSA et al., 2019).
Desta maneira, os dados apresentados reforçam que, embora o processo de
envelhecimento seja irreversível, há métodos para que ocorra de maneira que
preserve a saúde. Nesse aspecto, a prática do treinamento de força torna-se
importante para a qualidade de vida desta parte da população. Melhoras na força e
na potência muscular, tornam-se importantes para a manutenção da independência
e redução da diminuição das quedas de idosos, podendo ser evidenciadas após
poucas semanas de treinamento (SILVA et al., 2019).
De acordo com pesquisas realizadas, os exercícios físicos são eficazes no
aumento da força muscular e a formação óssea, intervindo diretamente nos fatores
de riscos relacionados a quedas e fraturas. Portanto, o uso de técnicas para realizar
um treinamento de força que objetive ganho de força muscular e hipertrofia
complementada por benefícios como melhora da saúde geral e condicionamento
físico (GENTIL e Colaboradores, 2006). Contudo, para o treinamento de força
muscular, utilizamos exercícios com o uso de resistências, seja com aparelhos ou
peso livre, associando a contração dos músculos, concêntrica e excêntrica, assim
gerando a hipertrofia necessária e podendo ser realizados de maneira combinada
com variações de séries, repetições, sobrecarga e intervalos entre os exercícios.
Deste modo, ganhando benefícios de força muscular em idosos após a aplicação
das combinações das variáveis do treinamento (SILVA; FARINATTI, 2007).
Com isso, o treinamento de força, também chamado como treinamento contra
resistência ou treinamento com pesos, é uma das formas mais comuns de exercícios
para aperfeiçoar a aptidão física do indivíduo e para o condicionamento físico
(FLECK et AL., 2017). A musculação é uma prática amparada nos princípios de
treinamento com pesos e é um meio eficiente no estímulo de respostas fisiológicas
ao exercício. É uma atividade desenvolvida por meio de exercícios analíticos, que
usam a resistência progressiva oferecida por recursos materiais, como barras,
anilhas, halteres, aglomerados, módulos, extensores, peças lastradas, ou até
mesmo o próprio corpo (PINHEIRO et AL., 2018).A relevância do treinamento de
força para minimizar os efeitos da sarcopenia e dos riscos de quedas, sendo assim
Os estudos citados demonstram a necessidade de realizar o treinamento
contínuo e progressivo para o ganho de força muscular em idosos, geralmente a
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primeira semana de treinamento, o necessário para o indivíduo se adaptar-se e


conhecer os aparelhos ou instrumentos utilizados no treinamento. É utilizar de 1 a 3
séries, de 8 a 15 repetições, com sobrecarga e intervalos. Com exercícios aeróbicos
a 50% da FCM ou série de alongamentos, o corpo será preparado para a realização
do treinamento.
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3. PROCESSO DO ENVELHECIMENTO NO BRASIL.

O envelhecimento da população brasileira é um fato irreversível, e que deverá


se acentuar, no futuro próximo imediato. O impacto desta nova "ordem demográfica"
é imenso, quando se observa que os fatores associados ao subdesenvolvimento
continuarão se manifestando por um tempo difícil de ser definido. Não estamos,
portanto, diante de uma situação como a européia quando o envelhecimento de
suas populações ocorreu, a maioria dos países europeus já apresentava níveis
sócio-econômicos que proporcionam, a grande parte de suas populações, condições
de vida satisfatórias. Com isso, os problemas consequentes ao envelhecimento
populacional puderam ser encarados como prioritários. Nem por isso tem sido fácil
resolvê-los. O desafio para nós é, portanto, considerável.
O processo do envelhecimento de nossa população está se processando em
meio a condições de vida, para parcelas imensas da população, ainda muito
desfavoráveis. Com a idade, há um aumento na massa de gordura corporal,
especialmente com o acúmulo de depósitos de gordura na cavidade abdominal, e
uma diminuição da massa corporal magra. Essa diminuição ocorre basicamente
como resultado das perdas da massa muscular esquelética. Essa perda, relacionada
à idade, foi denominada sarcopenia.
O desenvolvimento da sarcopenia é um processo multifatorial que inclui
inatividade física, unidade motora remodelada, nivelação de hormônio diminuído e
diminuição da síntese de proteína. A sarcopenia estabelece seus sintomas
principalmente em indivíduos fisicamente inativos, mas também é vista em sujeitos
que permanecem fisicamente ativos ao longo de suas vidas, com isso corroboram
fatores pertinentes à saúde pública.
Com isso, a sarcopenia, inclui alterações hormonais, perda de neurônios
motores, nutrição inadequada, inatividade física e baixo grau de inflamação crônica.
Essas alterações têm sido apresentadas até mesmo em indivíduos saudáveis,
fisicamente ativos, resultando em perda da massa muscular de, aproximadamente,
1% a 2% por ano, a partir dos 50 anos de idade. A diminuição do peso muscular, da
força e da potência do músculo pode influenciar na autonomia, no bem-estar e na
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qualidade de vida dos idosos, assim terá menor qualidade em sua contração
muscular, menor força, menor coordenação dos movimentos.
Segundo Deschenes, o decréscimo no número de fibras musculares é a
principal causa de sarcopenia, embora a atrofia da fibra, particularmente do tipo II,
também esteja envolvida.
Para Rebelatto et al. (19), com o passar dos anos as fibras de contração
rápida ou do tipo II vão diminuindo em número e volume e as fibras de contração
lenta ou do tipo I também diminuem, mas em menor proporção que as primeiras.
Esse fato talvez explique a menor velocidade que se observa nos movimentos do
idoso. A medida que a população envelhece torna-se cada vez mais evidente a
necessidade do estudo dos fatores associados à sarcopenia, visto que melhores e
mais eficazes estratégias e intervenções de prevenção e tratamento poderão ser
desenvolvidas para minimizar a incapacidade e otimizar a independência de idosos.
Durante muito tempo,na área de estudos do envelhecimento e atividade
física, a recomendação de exercício para essa população era
predominantemente de exercícios aeróbios, principalmente a caminhada, por
ser uma atividade acessível aos idosos e de fácil execução. Mas atualmente
temos vários estudos que mostram a segurança dos exercícios resistidos para
idosos, inclusive hipertensos e cardiopatas(Paula, Cunha,& Tufamin, 2014;
Queiroz, Kanegusuku,& Forjaz, 2010; ACMS, 2009).
Segundo Campos (2008), entre os efeitos positivos que podemos
destacar, em relação à aplicabilidade prática do treinamento de
força,especificamente com a utilização de exercícios físicos resistidos realizados
na musculação, podemos destacar seu efeito analgésico, preventivo,e de
tratamento de variadas lesões. Éindicado como recurso terapêutico e de
auxílio em distintas patologias crônicas e degenerativas principalmente em
indivíduos idosos, nos sistemas musculares e articulares.
A atividade física na terceira idade tem sido considerada um impotente
componente de um estilo de vida saudável, devido particularmente a sua associação
com diversos benefícios para a saúde física e mental. Por esse motivo, os exercícios
físicos tornam-se cada vez mais imprescindíveis no processo de envelhecimento
ativo, já que são capazes de preservar a capacidade funcional dos idosos,
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garantindo maior autonomia, independência, bem-estar e qualidade de vida


(ASSUMPÇÃO; SOUZA; URTADO, 2008).
O exercício físico é considerado como uma das melhores maneiras de manter
a qualidade de vida durante o processo de envelhecimento, exercendo influência
favorável com a condição funcional do organismo e sobre sua capacidade de
desempenho.
Pessoas de mais idade que praticam exercícios físicos conseguem ser 10-12
anos mais jovens (Jager 1976, Hollmann 1975, Hollmann/Hettinger 1966). Os
exercícios de baixa intensidade, como a caminhada e hidroginástica são indicados,
porém, a musculação com a intensidade moderada tem sido prescrita como a
atividade mais adequada para a terceira idade, fortalecendo integralmente os
músculos e ossos. Praticando algum exercício físico apresentam os níveis de
hipertrofia muscular em idosos sedentários. Ao contrario dos idosos que envelhecem
praticando exercícios com pesos conservaram a massa muscular.
O treinamento de força pode minimizar ou retardar o processo de sarcopenia
para obter significantes respostas neuromusculares (hipertrofia muscular e força
muscular), por meio do aumento da capacidade contrátil dos músculos esqueléticos.
. Verificou-se que idosos com pouca força muscular apresentavam aumentos
acentuados e perigosos de frequência cardíaca e pressão arterial na realização de
atividades como subir escadas e levantar janelas, sendo esta situação tendo sido
revertida com o aumento da força muscular, induzido pelo treinamento com pesos
(McCartney et al, 1993). O Treinamento com pesos desenvolve não apenas a força
muscular e a flexibilidade, mas a capacidade de prolongar esforços, tanto de alta
quanto de baixa intensidade, apesar de não aumentar a capacidade aeróbia das
pessoas. (Ades et al, 1996; Dudley, 1988; Duples &Cortes, 1993; Frontera et al,
1994; Hickson et al, 1988; Marcinik et al, 1991; Thompson, L.V., 1994; Wilmore et al,
1978).
A prática regular de exercício físico pode ser capaz de promover benefícios
aos indivíduos idosos em diversos níveis, como: morfológicos, neuromuscular,
metabólico e psicológico, servindo tanto para prevenção quanto para o tratamento
das doenças próprias da idade (MATSUDO, 2009). Contribuindo para um
envelhecimento saudável, mostrando grande eficiência na manutenção e aumento
da massa muscular.
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O que se destaca como objetivo principal da atividade física na terceira idade


é o retardamento do processo de envelhecimento, através da manutenção de um
estado suficientemente saudável, senão perfeitamente equilibrado, que possibilite a
normalização da vida do idoso e afaste os fatores de risco comuns na terceira idade
(MEIRELLES, p.76, 2000).
O desempenho físico seja modificado com o passar dos anos, á pratica de
atividades físicas adequadas e regularmente, respeitando a individualidade de cada
individuo, favorecendo o prolongamento da qualidade de vida e contribuindo na
reabilitação das funções orgânicas independentes. (MEIRELLES, p.78, 2000).
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4. VERIFICAR OS BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA


SARCOPENIA.

O Brasil vem se tornando um país cada vez mais de idosos, um aumento de


15 milhões de pessoas da década de 50 para cá. Estima-se que o Brasil estará entre
os seis países com maior número de idosos no mundo em menos de 10 anos.
 O processo de envelhecimento evidencia mudanças nos níveis
antropométrico, neuromuscular, cardiovascular, pulmonar, neural, além da
diminuição da agilidade, coordenação, equilíbrio, flexibilidade, mobilidade articular e
aumento na rigidez de cartilagem, tendões e ligamentos. Essas mudanças
associadas ao baixo nível de atividade física nos idosos levam ao declínio da
capacidade funcional.
Segundo Meirelles (2000) a atividade física direcionada para a terceira idade,
é um exemplo que irá contribuir para o prolongamento do tempo de vida, fazendo
com que o idoso que estava em repouso, não permaneça sedentário, inerte, mas
sim uma pessoa ativa, em progresso.
O treinamento de força, também conhecido como treinamento contra
resistência ou treinamento com pesos, tornou-se uma das formas mais populares de
exercício para melhorar a aptidão física de um indivíduo e para o condicionamento
de atletas (FLECK & KRAEMER, 2006).
Segundo Fleck & Kraemer (2006), o treinamento de força pode produzir as
alterações na composição corporal, na força, na hipertrofia muscular e no
desempenho motor que muitos indivíduos desejam.
O treinamento de força produz grande aumento na utilização de energia
durante uma sessão de exercício. Segundo, o treinamento de força resulta em
incremento moderado do metabolismo durante o período de recuperação pós
exercício. Terceiro, músculos adaptados ao treinamento de força necessitam de
mais energia ao longo do dia, o que leva a um aumento importante (7 a 8%) na taxa
metabólica de repouso” (BAECHLE & WESTCOTT, 2013).
Uma das modalidades mais eficaz de condicionamento para ajudar a
combater o processo de envelhecimento, permitir maior funcionalidade para
atividades diárias e promovendo o melhor perfil da saúde dos idosos.
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Nieman (1999) afirma que pessoas idosas que se exercitam com pesos,
recuperam uma boa parte de sua força perdida, o que as capacita para um melhor
desempenho das atividades diárias.
A fatores que provocam doenças e limitações nos idosos, dentre os principais
fatores de risco está o sedentarismo que é a ausência ou a insuficiência de atividade
física, que aumenta a probabilidade de doenças crônicas. A prática regular de
atividade física no idoso auxilia na prevenção de doenças e na diminuição e
probabilidade de aquisição de doenças crônicas, estas que atingem os idosos
sedentários. As pessoas idosas são as mais beneficiadas pela prática da atividade
física. O risco de muitas doenças e problemas da saúde comuns na velhice (ex:
doenças cardiovasculares, câncer, hipertensão, osteoporose, fraturas ósseas e
diabetes) diminuem com a atividade física regular.
A atividade física na terceira idade é o retardamento do processo de
envelhecimento, através da manutenção de um estado suficientemente saudável,
senão perfeitamente equilibrado, que possibilite a normalização da vida do idoso e
afaste os fatores de risco comuns na terceira idade (MEIRELLES, p.76, 2000).
É de suma importância para promover a saúde no envelhecimento, já que
atua fortalecendo a musculatura, na manutenção da densidade dos ossos,
controlando os níveis pressóricos e de glicose sanguínea. Dessa forma ajuda a
controlar as doenças crônicas que são tão comuns nessa fase (FECHINE;
TROMPIERI, 2011).
O Treinamento de Força tem sido utilizado como uma importante
ferramenta na melhora da condição física do indivíduo, seja este ganho voltado
para competições ou mesmo para ter uma melhor qualidade de vida (LACIO
et al., 2010).
Segundo Fleck e Kreame (2007), o Treinamento de Força é um tipo de
exercício que exige que a musculatura corporal execute ou tente
executar movimentos contra uma determinada força oposta. Esse tipo de
atividade tem como objetivo causar adaptações musculares, as quais se dão pelo
aumento gradativo da sobrecarga imposta ao indivíduo, o qual provoca
mudanças nas características contrateis das fibras (NOGUEIRA et al., 2007).
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Chodzko-Zajko et al (2009) através de estudos descreve que idosos teriam


a porcentagem de sua força elevada consideravelmente após um treinamento de
força, de inferiores a 25% para superiores a 100%.
A massa muscular humana consiste em 40% - 50% do peso corporal, 70% -
80% de células musculares e mais ou menos 50% das proteínas do corpo
(Royackers & Nair, 1997).
O pico de força no ser humano é atingido entre os 20 e 30 anos de idade.
Nesse período tem inicio uma redução gradual e progressiva, tornando-se
clinicamente mais perceptível a partir dos 60 anos de idade. Para Both et al (1994),
entre os 70 e 80 anos ocorre uma redução de 30%.
Estudos de Vandervoot (1992) e Porter et al (1995) indicam que indivíduos
saudáveis entre os 70 e 80 anos apresentam declínio de 20% a 40% e perda
superior a 50% em indivíduos mais idosos.
Ainda de acordo com Santos et al., (2008) ele afirma que o conjunto destes
resultados mostra uma evolução positiva, fortalecendo a hipótese de um efeito
favorável da prática de exercícios com pesos, como instrumento poderoso na
prevenção e promoção da saúde do idoso. Portanto, possibilitando a conquista de
mais autonomia para a realização das atividades rotineiras da vida diária do que
possivelmente interferirá diretamente na qualidade de vida do mesmo.
A redução da massa muscular com o envelhecimento também esta associada
aos decréscimos do dispêndio energético de repouso, da oxidação da gordura
corporal e do nível da atividade. Segundo Nair, a massa muscular é responsável por
cerca de 30% do dispêndio energético em repouso, ao passo que o nível de
atividade física pode corresponder em até 60% do gasto energético diário total.
Neste sentido, a alteração metabólica e funcional decorrentes da sarcopenia
tem forte contribuição para o aumento nos estoques de gordura corporal,
especialmente na região do abdominal. Modificações na composição corporal
apresentam impacto direto sobre o risco de gerar doenças cardiovasculares,
diabetes, hiperlipidêmica e hipertensão
O aumento na expectativa de vida e a vulnerabilidade a doenças crônico-
degenerativas e comorbidades remetem à busca de intervenções que minimizem os
efeitos deletérios do envelhecimento, com consequente melhoria da qualidade de
vida. O treinamento de força e sua relação com a qualidade de vida, considerando a
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capacidade funcional, limitações físicas, dor, estado geral de saúde, vitalidade e


variáveis de relação social em idosas institucionalizadas.
 A inatividade física, associada a doenças crônico-degenerativas e a hábitos
de vida inadequados, como o tabagismo e a má alimentação, dentre outros, resulta
na redução dos níveis de força, da resistência muscular, da flexibilidade e da
capacidade aeróbia, promovendo uma queda da capacidade funcional, bem como
na execução das atividades de vida diária (Araújo, 2003)
Ao se incluir exercícios contra resistência, como, por exemplo, a musculação,
no cotidiano de pessoas idosas, estar-se-á fazendo um bem inquestionável para a
população, desde que sejam respeitados os princípios do treinamento esportivo
(Simão et al., 2003).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No capítulo um foi conceituar as variantes do treinamento de força para os


idosos com sarcopenia e foi possível concluir que o treinamento serve para a
manutenção, melhora ou recuperação da capacidade de rendimento e da saúde.
Já no segundo capítulo foi caracterizar o processo de envelhecimento no
Brasil e acometimento de sarcopenia em idosos e com base no estudo foi
identificado que o treinamento de força ajuda na prevenção da sarcopenia e melhora
a qualidade de fica dos idosos na terceira idade, assim reduzindo os riscos de gerar
a sarcopenia na terceira idade.
No terceiro capítulo, foi verificar os possíveis benefícios do treinamento de
força dentro de um quadro de sarcopenia. Sendo assim, concluímos que a atividade
física é primordial para reduzir os riscos da perda de massa e a vulnerabilidade das
doenças crônico-degenerativas e comorbidades que remetem a busca de minimizar
os efeitos do envelhecimento. Com treinamento de força a capacidade funcional, o
aumento da expectativa de vida e a qualidade de vida favorecem aos idosos.
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REFERÊNCIAS

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