ENG03343 – Processos de

Fabricação por Usinagem

Aula 8 – Força e Potência de

Usinagem
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 Força de Usinagem

 Força de usinagem  função {condições de corte (f, vc, ap), geometria da

ferramenta (, , ), desgaste da ferramenta, lubrirrefrigerante, outros}

 Em Torneamento:
o F = Força de Usinagem
o Fc = Força de Corte
o Ff = Força de Avanço
o Fp = Força Passiva
o Fa = Força Ativa

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 Força de Usinagem

Fa2  Fc2  Ff2

F2  Fa2  Fp2

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 Forças no Fresamento

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 Forças na Furação

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 Grandezas do Processo
 Grandezas do processo de usinagem:
A  ap  f  b  h
o r= ângulo de posição (ou direção)
Fc  k s  A
o ap = profundidade de corte
o f = avanço
o b = largura de usinagem
o h = espessura de usinagem

r .
ap
b
r
h
ap h
h
senr  
b f

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 Força de Corte

 Força de corte é o principal fator no cálculo da potência necessária a

usinagem. Depende principalmente:
o do material a ser usinado;
o das condições efetivas de usinagem;
o da seção de usinagem;
o do processo.

 A equação fundamental da força de corte (também denominada de

equação de Kienzle) permite relacionar as constantes do processo de
usinagem com o material a ser usinado.

 Conceitualmente, esta equação independe do processo de usinagem:

Fc  ks  A Fc  ks  ap  f Fc  ks  b  h

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 Pressão Específica de Corte
 Pressão específica de corte – ks
k
k s  s1z
h
 Pressão específica de corte, fatores de influência e considerações
o ks = fator puramente matemático;
o Influenciado pelo material, em especial a resistência e os elementos de liga;
o Influenciado pela geometria da ferramenta.

 ks1 representa o valor da pressão específica para um cavaco com área da

seção transversal A = 1 mm2 (b = 1 mm, h = 1 mm).
o Para cada material existe um valor de pressão específica de corte ks1 e um
expoente z.
1 z ks1  ap  f 1z
Fc  k s  A  Fc  k s1  b  h  Fc 
 senr 
z

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 Equação de Kienzle
 Equação:
Fc  ks1  b  h1z

 Condições de experimentação:
o vc = 90 a 120 m/min ap = 1 mm
h = 0,1 a 1,4 mm corte a seco
o Ângulos da ferramenta para corte de aço:
 = 5o r = 79o  = 6o  = 4o r = 90o
o Ângulos da ferramenta para corte de fofo:
 = 5o r = 83o  = 2o  = 4o r = 90o

 OBS: Kienzle sugere um aumento ou redução de 1 a 2% de ks para cada

diminuição ou aumento de 1o no ângulo , respectivamente.

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 Fatores de Influência em ks

 Velocidade de corte:  Avanço:

 Profundidade de corte:  Fluido de corte:

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 Fatores de Influência em ks

 Material da Peça:  Material da Ferramenta:

 Ângulo de Saída:  Ângulo de Posição:

r

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 Potência de Corte

 A potência de corte Pc é o mais importante fator para selecionar uma

máquina-ferramenta:
o Pc = potência de corte [kW]
Fc  v c
o Fc = força de corte [N] Pc 
60000
o vc = velocidade de corte [m/min]

 A potência de avanço Pf é calculada por:

o Pf = potência avanço [kW]
o Ff = força de avanço [N] Pf  Ff  v f  Pc
o vf = velocidade de avanço [mm/min]

 A potência do motor Pm é dada por:

o Pm = potência do motor [kW] Pc
o Pc = potência de corte [kW] Pm 

o  = rendimento ou eficiência 1 cv = 735,55 W

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 Taxa de Remoção de Material

 A Taxa de remoção de material Q mede a produtividade em termos da

quantidade de material removido pela máquina-ferramenta em período
específico de tempo ou volume específico de material removido.
o Q = volume removido no tempo [cm3/min]
o A = área da seção de corte [mm2]
Q  A  vc  ap  f  v c
o vc = velocidade de corte [m/min]

Exemplo Numérico:
Deseja-se tornear um eixo de aço ABNT 1040 com  100 mm usando ap = 2,0 mm e
f = 0,5 mm/volta. Para tanto, tem-se uma ferramenta MD com r = 85o e  = -6o.
Se Pm = 10 CV:
(a) determine o valor da velocidade de corte para que   90%;
(b) se n = 600 rpm, determine qual deve ser o valor de r para que   80%.

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 Solução do Exemplo Numérico
(a) determine o valor da velocidade de corte para que   90%

ap 2
b   2,008 mm Pc F v
senr sen 85o   0,9  c c  0,9  Pm
Pm 60000
h  f  senr  0,5  sen 85o  0,498 mm

Para o aço ABNT 1040 com  = -6o , tem-se:

ks1  (1  0,015  (6  (6)))  2110  k s1  2490

1  z  0,83
Então:

Fc  ks1  b  h1z  2490  2,008  0,4980,83  2,803 kN

54000  Pm 54000  7,3555
vc    v c  142 m / min
Fc 2803

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 Solução do Exemplo Numérico
(b) se n = 600 rpm, determine qual deve ser o valor de r para que   80%.

ks1  ap  f 1z 60000  Pm 2490  2  0,50,83 60000  7,3555

Fc     Fc   0,8 
 senr   senr  ( 100  n / 1000)
z 0,17
vc

Considerando que 75o < r < 90o, tem-se portanto:

0,8  60000  1000  7,3555   sen 75o 

0,17

n1   398,81 rpm (mínimo)

 100  2490  2  0,5 0,83

0,8  60000  1000  7,3555   sen 90 

0,17
o

n2   401,17 rpm (máximo)

 1000  2490  2  0,50,83

Então, para uma rotação n = 400 rpm, calcula-se o ângulo de posição:

   100  400  0 ,17 
1

1  2490  2  0,5
0,83
r  sen     r  79,4
o

 0,8  60000  1000  7,3555  

OBS: para uma rotação
n = 600 rpm,  = 150%!
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