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PRESBITERIANA DE COLATINA
Panorama
Bíblico
Antigo Testamento
Introdução .................................................................................................................................................. 6
O Antigo Testamento ................................................................................................................................. 7
I. EU SOU IMPORTANTE? .......................................................................................................... 7
II. SERÁ QUE DEUS SE IMPORTA? .......................................................................................... 8
III. POR QUE DEUS NÃO AGE? .............................................................................................. 8
INTRODUÇÃO BÍBLICA ........................................................................................................................... 9
I. O QUE É UMA INTRODUÇÃO BÍBLICA? ...................................................................................... 9
II. A SINGULARIDADE HISTÓRICA DA BÍBLIA:.............................................................................. 9
III. A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS ............................................................................................ 9
IV. A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO NAS ESCRITURAS: ............................................................ 10
V. DEFININDO A INSPIRAÇÃO: ....................................................................................................... 10
VI. Conceitos Errôneos Sobre a INSPIRAÇÃO:.............................................................................. 11
VI. LEITURAS SUPLEMENTARES:.................................................................................................. 11
O Manuseio da Bíblia. ............................................................................................................................. 12
I. NOMES E SIGNIFICADO:............................................................................................................... 12
II. MANUSEIO:...................................................................................................................................... 12
III. DIVISÕES: ....................................................................................................................................... 12
As Versões da Bíblia ............................................................................................................................... 14
Introdução: ............................................................................................................................................ 14
I. Os Idiomas da Bíblia: ....................................................................................................................... 14
II. O Valor de se Conhecer as Línguas Originais: ........................................................................... 15
III. As Versões Antigas: ....................................................................................................................... 15
V. Razões das Diferenças Nas Versões: ......................................................................................... 16
VI. Conclusão:....................................................................................................................................... 17
A Geografia da Palestina: ....................................................................................................................... 18
PANORAMA GERAL DO PENTATEUCO............................................................................................ 20
Introdução: ............................................................................................................................................ 20
I. A Autoria do Pentateuco: ................................................................................................................. 20
II. Análise de Gênesis:......................................................................................................................... 21
Implicações do Livro: ........................................................................................................................... 22
Introdução
O objetivo desse curso é proporcionar uma visão panorâmica de todas as categorias
bíblicas sem, porém entrar nos detalhes da análise de cada uma delas.
O Antigo testamento expressa de forma muito precisa meus anseios interiores. Encontro nele um
realismo a respeito da natureza humana que lamentavelmente está ausente em tanta propaganda cristã
do tipo”Sorria, Jesus te ama”. E, mesmo assim, os autores do Antigo Testamento, especialmente os
salmistas e os profetas, apontam adiante para um tempo em que Deus promete tratar desses anseios,
responder às perguntas que nunca cessam de incomodar. Essas perguntas angustiantes, prometem os
autores, encontrarão solução pelo menos parcial quando o Messias vier.
Deuteronômio prefigura o fracasso da aliança de Deus com seu povo, expressando em detalhes
aterrorizantes o que acontecerá quando os Hebreus voltarem as costas a Deus. As repetições tristes
que os profetas fazem do canto do cisne de Moises sublinham esse fracasso. Não só a nação fracassa,
mas cada individuo deixa de guardar a aliança. Os livros sapienciais, especialmente Eclesiastes,
demonstram cabalmente a impotência do conhecimento, da riqueza e dos genes na transformação da
base do caráter humano. Assim, no final do Antigo Testamento o abismo entre Deus e os seres humanos
está maior do que nunca.
O Antigo Testamento conta a historia da criação e da queda, depois os esforços incansáveis de
Deus para edificar uma nação a partir dos escombros do fracasso humano. O Novo Testamento mantém
a trama básica intacta, mas reinterpreta a moral da história. Identifica Jesus como o “descendente da
mulher” prometido no jardim do Éden, e então o vincula a outras personagens centrais: o “Segundo
Adão”, o “Filho de Abraão”, o “Filho de Davi”.
Em certo sentido, toda a história do Antigo Testamento serve de preparo para Jesus, e as
personagens de suas páginas proporcionaram uma família, uma identidade e uma raça na qual jesus
pudesse nascer. O que Deus tinha com a longa e tortuosa historia dos Hebreus? A resposta do Novo
Testamento é inequívoca: Jesus é o que Deus tinha em mente. Ele veio reconciliar a humanidade com
Deus, estendendo o reino divino alem das fronteiras da raça para o mundo todo.
Ao pensar no Antigo testamento, três perguntas continuam me incomodando. Porem o Antigo
testamento trata destas questões:
Eu sou importante? Será que Deus se importa? Porque ele não
age?
I. EU SOU IMPORTANTE?
“Quando contemplo os teus céus”, diz um salmista (que talvez enxergasse as coisas como
eu) ao admirar as estrelas, “que é o homem, que dele te lembres?”. Cada livro do Antigo Testamento que
analisei gira em torno dessa questão. Sofrendo no Egito, os Hebreus quase não conseguiam acreditar na
confiança que Moises tinha de que o próprio Deus estava se importando coma causa deles. Os amigos
de Jó se riram da noção absurda de que o ínfimo Jó era importante para o Senhor do universo. O
pregador de Eclesiastes teria formulado a frase de forma mais sarcástica: “Será que existe alguma coisa
debaixo do sol que importe? A vida não é completamente sem sentido?”.
Os Judeus estavam esperando com temor, não somente com esperança a vinda do Messias.
“Mas que suportará o dia da sua vinda?”, clama o profeta Malaquias em angustia,”... Porque ele é como
fogo do ourives e como sabão dos lavadeiros”. Se o Senhor dos Exércitos fizesse uma visita pessoal ao
corrupto planeta terra, será que algum de sus habitantes sobreviveria? Será que a terra sobreviveria?
No entanto, como esclarece Isaias, o Deus que visita a terra não surge num vento violento, nem
num fogo devastador. “A virgem conceberá e dará à luz um filho, e será seu nome Emanuel [que quer
dizer Deus conosco]”. Em vez disso, aparece na forma menor e menos ameaçadora possível:... um bebe
salta do ventre de Maria pra unir ínfimos seres humanos....
Para a pergunta Será que sou importante? Jesus de fato é a resposta.
A Singularidade da Bíblia
a) Conteúdo:
A Bíblia é a revelação escrita do único Deus verdadeiro ao homem.
b) Propósito:
Ela tem por propósito a glorificação do nome de Deus e o anúncio da salvação do homem por meio do
sacrifício substitutivo de Jesus Cristo realizado na Cruz.
c) Historicidade comprovada:
Autoria Divina – II Tm 3.16,17; Sl 19; Ex 20.
Profecias cumpridas :
1. De Micaías quanto a Josias – c. de 250 anos antes (II Rs).
2. De Isaías quanto a Ciro – c. de 250 anos antes (Is). Quanto ao Messias – C. de 700 anos antes (Is
42; 45; 53; 61 etc.).
3. De Daniel quanto aos impérios mundiais (Dn).
4. De Jeremias quanto ao Cativeiro Babilônico (70 anos). O cumprimento é citado em Daniel.
5. O Messias – Sl 16; 22; Is 42; 45; 53; 61; Mq 5; Ag 2.
6. O derramamento do Espírito Santo – Ez 36; Jr 33; Jl 2.
Descobertas arqueológicas :
1. Nínive – Bota (1.843) – O trono de Sargão II (Is 20.1). as inscrições contendo o nome de reis de
Israel (Acabe, Onri e Jeú).
2. Ugarite – (1.929-37) – Os heteus; a poesia dos Salmos. A gramática do Hebraico do AT.
3. Qunran – Os Manuscritos do Mar Morto (1.948) – A datação dos livros do AT foi recuada mais
1.000 anos, entre 400 a.C. e 100 d.C.
4. Ebla – (1.964) – 350 tabuinhas de argila – comprovando o período de Abraão.
5. Egito – As cartas de Amarna. Túmulo de uma menina (anos 90) – um manuscrito de Salmos
datado de c. 450 a.C.
Este campo é da Apologética, porém, é determinante na formação de nosso conceito acerca das
Escrituras como um todo. Apresentamos a seguir algumas razões para a fé na Inspiração Bíblia.
1. Unidade Interna
Há uma unidade de propósito e programa marcante, evidenciando a atuação de uma mente única, a
mente de Deus.
4. A Transformação de Vidas .
Através da Bíblia, Deus tem transformado vidas de forma real, clara e definitiva.
O que pode mudar a personalidade ? A conversão cristã é uma incógnita para a Psicologia.
V. DEFININDO A INSPIRAÇÃO:
O termo INSPIRAÇÃO é usado para denotar a operação de Deus na formação das Escrituras Sagradas
(a Bíblia). Expressa o pensamento da origem e qualidades divinas da Bíblia, sendo usado para indicar a
influência divina e sobrenatural que capacitou as mentes humanas para receberem a Revelação de Deus
e escrevê-la fielmente.
A inspiração é verbal , plena e autoritativa, ou seja, todas as palavras são inspiradas por Deus para
cumprir os propósitos de Deus. II Tm 3.16 ( TODA, ESCRITURA, ÚTIL).
Para os neo-ortodoxos, Deus usa o texto mesmo cheio de erros e entra num relacionamento salvador
com os homens. Querendo salvaguardar a mensagem das Escrituras dos ataques à sua historicidade,
acabaram por negar a revelação proposicional das Escrituras (que Deus se revela por meio de palavras
formuladas em sentenças). Segundo eles, a revelação não passa de apenas um encontro direto entre
Deus e o homem através de uma crise existencial. A veracidade do que está escrito não tem importância
histórica, apenas religiosa. São “lendas piedosas”, que Deus usa para falar a nós.
A grande dificuldade desse ponto de vista é colocar a autoridade das Escrituras num nível de fé que não
se pode averiguar objetivamente. A fé aceita ser inconsistente e incoerente, pois a verdadeira base dela
fica sendo a subjetividade da experiência pessoal de cada um.
1
Norman Geisler & W. Nix., Introdução Bíblica, p. 11.
2
Ibid., p.10.
3
Ibid., p.11.
O Manuseio da Bíblia.
I. NOMES E SIGNIFICADO:
1. Bíblia (ta biblia = livros) = plural de livro (bibloj).
2. Escrituras.
3. Palavra de Deus.
4. A Lei de Deus.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Ele falou (e fala) através dos livros que Ele mandou escrever.
II. MANUSEIO:
Todos os livros da Bíblia são divididos em capítulos e versículos:
As Bíblias são divididas em capítulos e versículos. As versões mais modernas contêm também divisão
de parágrafos, titulações e notas auxiliares. Seu objetivo é auxiliar na leitura, contudo é bom lembrar que
esses auxílios não estão contidos nos textos originais inspirados.
Exemplos:
Versículo mal dividido: Ef 1.4.
Titulação incorreta:
o I Co 13 – O amor é o dom supremo. Na verdade o amor é fruto do Espírito.
Parágrafo mal dividido: Mt 5.13,14. Sal e luz são assuntos interligados. Essa divisão pode conduzir a
uma interpretação fragmentada pelo leitor desatento.
III. DIVISÕES:
1. Antigo Testamento (AT) = Escrito antes do nascimento de Jesus Cristo.
2. Novo Testamento (NT) = Escrito Após a ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. A palavra
testamento significa aliança ou pacto. Não são duas alianças distintas, uma nova e outra velha, mas uma
mesma aliança em duas dispensações distintas. O NT está escondido no AT e o AT está revelado
plenamente no NT. O AT é sombra ou figura do NT (Hb 8.5; Cl 2.16,17). Veja o gráfico:
Em algumas seitas chamadas de igrejas para-cristãs podem chegar a mais ainda (Ex. Mórmons – livro
de Moroni). Essas diferenças todas têm a ver com livros do AT. No NT são todas iguais.
As Versões da Bíblia
Introdução:
Existem hoje no mercado várias edições da Bíblia. Não é difícil perceber algumas diferenças nelas. Isso
se deve, na maioria dos casos a questões de estilo e tradução. Nessa aula vamos entender um pouco
melhor porque isso acontece.
I. Os Idiomas da Bíblia:
A Bíblia não foi escrita originalmente em Português, mas ela veio até nós por meio de traduções e
revisões dessas traduções. As línguas nas quais a Bíblia foi escrita originalmente são:
1. O Antigo Testamento: Na sua maioria em HEBRAICO (semítica) e pequenas partes em
ARAMAICO (partes de Esdras, Neemias e Daniel).
O hebraico originalmente era uma língua não vocalizada na escrita. Por isso tornou-se uma língua
morta, ou seja não falada. Somente com o trabalho dos Massoretas, que vocalizaram a língua é que o
hebraico voltou a ser falado.
O Alfabeto hebraico:
4
Alguns estudiosos creditam a autoria de Hebreus ao apóstolo Paulo
O Alfabeto grego:
5
Bíblia, Edição Revista e Atualizada, 2ª edição, p.5.
6
TIDWELL, J.B., Visão Panorâmica da Bíblia, p.30.
7
Essa estatística é de 1.993. Veja EKDAHL, Elizabeth M., Versões da Bíblia, p.115.
Principais Planícies:
Planície Marítima ou da Filístia. Nela ficavam as cinco cidades dos filisteus (Gaza, Ecrom, Azoto,
Ascalom e Gate);
Planície da Fenícia: Entre Tiro e Sidom.
Planície de Sarom; Entre o Monte Carmelo e Jope (I Cr 27.29; Ct 2.1,2).
Principais Planaltos:
Planalto de Basã: Sl 22.12, 68.15, Ez 39.18.
Planalto de Gileade: Jr 8.22. Na época do NT é conhecido como Peréia.
Principais Montes:
Líbano: 3060 m. (I rs 5.1,6,9,13-15,18). De lá foi tirada a madeira de cedro para a construção do
templo de Salomão.
Tabor: Js 19.22, Jz 4.6,14.
Carmelo: è citado 21 vezes no AT. Lugar onde Elias confrontou os profetas de Baal (I Rs 18.17-40).
Ebal (924 m.) e Gerizim (853 m.): Dt 11.29. situados na Samaria e separados por um pequeno vale.
Sião (800 m.): Leste de Jerusalém. Citado 151 vezes na Bíblia. Sl 48.2.
Moriá (744 m.): monte do templo de Salomão (II Cr 3.1). Fica a leste do Monte Sião.
Hermom: Jz 3.3; I Cr 5.23; Sl 133.3. O rio Jordão nasce entre as suas cordilheiras.
Principais Rios:
Jordão (“declive” ou “o que desce”): Principal rio da Palestina, divide-a em duas partes distintas:
Canaã e Transjordânia. Tem três trechos distintos: (1) Da nascente ao Lago Merom. Profundidade
de 3 a 4 m. (2) Do Lago Merom ao Mar da Galiléia. Profundidade de 8 a 15 m. (3) Do Mar da Galiléia
ao Mar Morto. Região de muitas corredeiras. Percirre uma distância de 117 Km, atingindo 25 a 35 m.
de largura e somente 1 a 4 m. de profundidade.
Quisom: O mais importante depois do Jordão (Jz 5.21; I Rs 18.40). nasce das torrentes do Monte
Gilboa e do Tabor.
Soreque: nasce a sudoeste de Jerusalém e desemboca entre Jope e Ascalom (Jz 16.4). Seu vale é
famoso por seus vinhedos (Jz 14.1-5).
Besor: deságua ao sul de Gaza (I Sm 30.9,10).
Principais Desertos:
Neguebe: Sl 126.4. Fica ao sul da Palestina.
Deserto da Judéia: Jz 1.16, Mt 3.1.
Jericó: Lc 10.30-35.
Principais Estradas:
Real: Mencionada em Nm 20.17; 21.22.
Via Maris: saía de Damasco em direção a Ptolemaida no Mediterrâneo.
Estrada do Centro: Eram duas estradas que saiam de Jerusalém, uma para o norte e outra para o
sul. A estrada do sul se bifurcava, indo um ramal para Gaza (Filipe evangelizou o eunuco nessa
estrada) e o outro para Berseba.
Estrada da Costa: saía do delta do Nilo no Egito e seguia por uma região deserta por 120 Km até
chegar no Mediterrâneo. É chamada do “caminho dos filisteus” em Ex 13.17.
Estrada do Leste: saía de Jerusalém em direção a Damasco pelo caminho de Betânia. Nessa
estrada, Paulo foi encontrado por Cristo (At 9).
8
Ivete M. Pereira, Geografia Bíblica, Seminário Betel Brasileiro, 1998, p. 7. Trabalho não publicado.
Embora não possamos afirmar categoricamente que todas estas referências e outras mais sejam
explícitas ao Pentateuco é difícil fazer tal ligação.
O termo Pentateuco foi utilizado a primeira vez por Orígenes em seu comentário de Jo 4.25 “do
Pentateuco de Moisés”; e Tertuliano em sua obra “Contra Márcion 1.10”.
I. A Autoria do Pentateuco:
Há evidência Bíblica suficiente para crermos que Moisés foi o autor humano do Pentateuco. Isso não
quer dizer que Moisés tenha escrito cada palavra como temos hoje, mas que é seu autor fundamental e
real. É possível que Moisés tenha se utilizado de fontes anteriores e que revisões posteriores tenham
ocorrido debaixo da inspiração do Espírito Santo, atualizando informações geográficas e históricas para
facilitar sua leitura e entendimento.
a. No próprio Pentateuco: Ex 17.14, 24.4-8, 34.27; Nm 33.1,2; Dt 31.9,22 e ainda Dt 1.1,5.
b. No restante do AT: Josué está repleto (8.31,32,34;11.15,20; 14.2; 21.2, 22.5,9; 23.6 dentre
outras); Jz 3.4, I Rs 2.3; II Rs 14.6; II Rs 21.8; Ed 6.18; II Cr 34.14; Dn 9.11-13.
c. No NT: Mt 10.5; Mt 19.8; Mc 1.44; Lc 5.14; At 3.22; Rm 10.5-9; I Co 9.9; Ap 15.3.
Informações Gerais:
a) Nome, Autoria e Data:
Na Torá (TM): Bereshit – “No Princípio”. Na LXX: Genesij (Gênesis – origem, fonte, geração). Autor
e data: Moisés, cerca de 1.450 a.C.
b) Propósito:
Fornecer um breve sumário da história da revelação divina, desde o princípio até que os israelitas
foram levados para o Egito e estavam prontos para se tornarem uma nação teocrática.
c) Esboços:
A Criação:
A Queda:
O pecado da queda foi a desobediência motivada por um desejo de tornar-se como Deus. “Deus proveu
peles de animais para lhes servirem de vestes, o que envolveu o abate de animais, em favor do homem
9
pecaminoso” .
9
Samuel J. Shultz, A História de Israel no AT, p. 14.
.
.
Dilúvio:
Medida da Arca. Tomando-se o côvado como 46 cm = !37 m. (comprimento) / 22,5 m. (largura) e 13,5 m.
(altura). Deslocamento de água de 50 mil toneladas.
Novo Começo:
10
Terminado o dilúvio, começam as oferendas sacrificiais . Deus estabelece a pena de morte para o
homicídio e estabeleceu o arco-íris como promessa de mais destruir a terra com dilúvio.
Destaque para a construção da torre de Babel, quando Deus confundiu as línguas para que o povo se
dispersasse pelo mundo.
A lição que aprendemos desse período é que a corrupção do pecado se espalhou e contaminou a todos
de forma crescente.
A Era Patriarcal:
A narrativa desse período está contida em Gênesis 12-50. Novas descobertas arqueológicas (Mari, Nuzi
e Ugarite) têm trazido luz para esse período. O mundo patriarcal está identificado com o “Crescente
Fértil” (Mesopotâmia, Palestina e Egito).Sua história está associada aos desenvolvimentos dos Sumérios
e acadianos na Mesopotâmia e dos Egípcios no Egito.
Implicações do Livro:
Gênesis questiona:
1. O ateísmo – Existe um Deus que é criador de tudo.
10
Ibid., p. 16.
I. Composição:
Os livros históricos compreendem doze livros, que vão de Josué a Ester. A organização do TM segue
uma linha diferente. Diferem do Pentateuco quanto à sua ênfase. O Pentateuco traça a história redentora
da criação à morte de Moisés, destacando à aliança da Lei e aos alicerces legislativos de Israel como
povo da aliança. Os livros históricos, por outro lado demonstram o movimento histórico de Israel na
Palestina na sua obediência ou não à Lei e à aliança divina.
II. Autoria:
Os livros históricos têm em sua maioria autoria anônima, porém certamente foram compilados por:
Josué, Samuel, Jeremias e Esdras. Também haviam cronistas que eram oficialmente encarregados de
relatar os fatos históricos para registro oficial; além do que, há outros escritores que narraram histórias
específicas.
Davi = Samuel, Natã e Gade (I Cr 29.29).
Salomão = Natã, Aías e Ido (II Cr 9.29).
Roboão = Semaías e Ido (II Cr 12.15).
Baruque era o escrivão de Jeremias. Outros documentos históricos, não inspirados, foram
utilizados como fonte (Js 10.13 – O livro dos Justos. I Rs – A História dos Reis de Israel e Judá).
11
Leslie C. Allen, “Os Profetas Anteriores”. Em: Introdução ao AT, p.143.
12
Stanley A. Ellisen, Conheça Melhor o AT, p.63.
13
Leslie C. Allen, op.cit., p.143.
V. Auxílios Gráficos:
1. Livros do AT, Conheça Melhor o AT, Stanley A. Ellisen, p.10.
2. Os Livros Históricos - Mapas, Gráficos, Cronologias e Ilustrações, p.22.
I. O Livro de Josué.
1. Nome, Autoria e Data:
TM = Ieshuá ( u w h y ) – Josué = Deus é salvação. LXX = Ihsouj – Josué.
Provavelmente foi escrito pelo próprio Josué (Js 24.26) entre 1.406 – 1.380 a.C.
3. Esboço Básico:
14
Ellisen aponta a data de 1.075 a.C. Conheça Melhor o AT, p.64.
15
Ibid., p. 65.
Eúde Canhoto
Sangar Arma insignificante (queixo de boi).
Débora Uma mulher
Gideão Medroso
Jefté Filho de uma prostituta
Jair Polígamo
Sansão Polígamo
4. A Explicação da Decadência.
Eles não expulsaram os inimigos como Deus ordenara, mas se conformaram com o que já tinham
conquistado e se acomodaram satisfeitos, perdendo o ânimo para completar a obra (1.19,21,27,29-
31,33,34).
Há um padrão notável na narrativa de Juízes:
CASTIGO SUPLICA
5. Teologia.
1. Deus é Justo. Uma nação que abandona o Senhor, rebaixa e compromete os seus padrões, não pode
Esperar a benção de Deus.
2. Deus é Soberano. Ele não depende do poder humano para atuar, mas humilha-o utilizando-se de
Instrumentos desprezíveis a seus olhos. A vitória é sempre de Deus no final!
3. Deus é magnânimo e Cheio de Graça. “A paciência de Deus e a maravilhosa possibilidade de um
16
novo começo, mediante Sua graça faz ressoar uma nota alegre neste livro” (Cundall & Morris).
4. A Fé é Importante. Os Juízes não tinham grandezas morais que nos inspire, mas notamos que há
neles um tipo de fé que coopera com Deus, através da qual Ele revela o seu poder (Hb 11.32,33).
3. Mensagens.
1. As circunstâncias não criam e nem destroem os crentes.
2. A fé é o segredo ou o teste do verdadeiro discípulo.
3. A pessoa que confia em Deus torna-se um instrumento nas Suas mãos.
4. Teologia.
1. Deus acolhe não israelitas na aliança. “Rute, a moabita”.
2. A benevolência é o estilo de vida correto para o povo de Deus. Rute nos mostra de modo prático o
que o estilo de vida hesed (Benevolência - dispor-se a ir “além da obrigação”).
16
Cundall & Morris, Juízes, Introdução e Comentário, Vida Nova / Mundo Cristão, p. ?
3. Deus é providente e sempre cumpre seus decretos. A linhagem real de Davi e a linhagem do Messias.
4. O parente redentor (go’el) como tipo ou prenúncio do Messias.
5. Esboço Básico.
A Vida de Rute, a Moabita.
http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/biblia_sept_3.htm
17
Samuel J. Shultz, História de Israel no AT, Vida Nova, p.150.
Introdução:
O TM divide os profetas em Profetas Anteriores (Josué, Juízes, Samuel e Reis) e os Profetas
Posteriores, que são os profetas propriamente ditos, indo do livro de Isaías até Malaquias. Estes, por sua
vez, são divididos em Profetas Maiores (Isaías a Ezequiel) e Profetas Menores (Os doze). Essa
subdivisão está baseada unicamente no tamanho dos livros.
Nessa aula vamos tratar mais especificamente do movimento profético de Israel, uma vez que é tema de
grande importância e debate nos dias atuais. Nossa intenção é refletir sobre sua importância para o AT.
O profeta também podia ser chamado de “homem de Deus” (‘ish Elõhim), ressaltando o grau de
intimidade do profeta com Deus.
Uma passagem importante na definição desses termos é I Samuel 9.9, onde é dito claramente que
houve mudança no uso dos termos profeta e vidente.
18
G. L. Archer Jr., Merece Confiança o AT? P. 222
19
Ibid., p.223.
20
J. A. Motyer, “Profecia, Profetas”. NDB II, p.1.319.
21
G. L. Archer Jr, op. cit., p.225.
22
J. A. Motyer, op. cit., p.1.320.
23
Ibid., p.1.324.
http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/biblia_sept_5.htm
24
A Lamorte e G.F. Hawtorne.Profecia, “Profeta”; Enc. Histórico teológica da Igreja Cristã, vol.III, p.189.
25
Dionísio Pape, Justiça e Esperança Para Hoje, ABU, p. ?
26
Anotações em sala de aula do Rev. Geraldo Silveira Filho, datada de 22/06/1988, no SPBC.
27
Stanley Ellisen, Conheça Melhor o AT, p.286.
28
Stanley Ellisen, Conheça Melhor o AT, p.272.
I. A Poesia Hebraica:
30 31
A poesia hebraica é lírica por definição, podendo ser classificada nos seguintes termos : Shir: Com ou
sem instrumento acompanhante. Mizmôr: Salmo ou hino (acompanhada com instrumentos). Qinäh:
Elegia ou lamento. Tehillâ: Hino de louvor. Mãshãl: Provérbio ou “cântico satírico”.
Os salmos são a maior coleção de poesia hebraica conhecida.
b) Antitético: No paralelismo antitético, a segunda reitera a primeira pelo contraste. Uma das partes é
contrária à outra. Exemplos:
29
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: Introdução ao AT (IAT), p.249.
30
W. J. Martin, “Poesia”. Em: Novo Dicionário da Bíblia (NDB), vol. II, p.1299.
31
Ibid.
32
F. F. Bruce, “A Poesia do Velho Testamento”. Em: Novo Comentário da Bíblia (NCB), vol. I, p.42.
33
G. L. Archer Jr., Merece Confiança o AT?, p.383.
34
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: IAT, p.252.
35
G. L. Archer Jr., Merece Confiança o AT?, p.384.
d) Climático: No Climático, há uma intensificação do efeito na segunda linha. A segunda linha repete
parte das palavras da primeira para então completar o pensamento. A frase repetida é o ponto de partida
36
para o clímax. F. F. Bruce o chama de Paralelismo Gradativo .
Exemplos:
Outra forma da poesia hebraica digna de nota é o Acróstico; Aplicado como ajuda mnemônica, onde
cada letra do alfabeto hebraico encabeça um dos versos. Seus exemplos mais conhecidos são o Salmo
119, organizado no padrão 8 X 1, e Lamentações 3, organizado no padrão 3 X 1.
Na Seqüência Numérica, acontece o padrão (x, x + 1). Seu efeito literário é destacar um item crucial,
40
específico; “a gota que fez o copo transbordar” . Exemplos:
36
F. F. Bruce, “A Poesia do VT”. Em: NCB, vol I., p.43.
37
ibid, p.384.
38
F. F. Bruce, “A Poesia Hebraica”, NCB, vol. II, p.42.
39
G. L. Archer Jr., Merece Confiança o AT? p.384, 385.
40
Robert L. Hubbard, “A Poesia Hebraica”. Em: IAT, p.258.
I. Definição41:
O termo apócrifo quer dizer “oculto”, sendo um termo técnico aplicado à relação de um certo grupo de
livros para com o Cânon do AT. Estes livros não foram aprovados, mas são importantes para auxiliar-nos
na compreensão do contexto do período intertestamentário. Os apócrifos dizem respeito aos livros
constantes em manuscritos da Septuaginta, bem como a outros lendários, históricos e teológicos, muitos
escritos originalmente em hebraico e aramaico e posteriormente traduzidos para o grego, que é a forma
nas quais chegaram até nós.
Sua posição diante da Igreja Cristã era meio ambígua, até o séc. XVI, quando o Concílio de Trento
(instalado em 1545), incluiu alguns deles no cânon Católico Romano.
Os que constam nas versões católicas são:
I e II Macabeus, Baruque, Eclesiástico, Sabedoria, Judite, Tobias. Acréscimos a Daniel (Bel e o Dragão,
Suzana, Cântico dos Três Jovens e a Oração de azarias), Acréscimos a Esdras ( O Debate dos Três
Jovens – entre 3.1 – 5.6) e Acréscimos a Ester (6 passagens).
II. Canonicidade:
Os principais argumentos em favor da inclusão dos Apócrifos no Cânon do AT estão relacionados com a
autoridade atribuída aos manuscritos da LXX.
Observamos, porém, que os Targuns aramaicos e a Pesita siríaca e os grandes unciais do quarto e
quinto séculos não contém os Apócrifos em seus manuscritos, mas somente a LXX.
Mesmo na LXX sua presença é incerta.
Defende-se um “Cânon Alexandrino” paralelo ao “Palestiniano”, contudo é certo que nem todos os livros
da LXX eram considerados canônicos entre os cristãos de fala grega. Filo de Alexandria era contrário à
sua inclusão.
Apela-se às citações que o NT faz do AT, usando a LXX, mas percebe-se que nenhum Apócrifo é citado.
Também é importante colocar que a mera citação não atesta a inspiração, visto que livros pagãos ( At
17.28 - Phaenomena de Arato; I Co 15.33 – Thaís de Menander) e até Pseudoepígrafos também são
citados ( Jd 14,15 - I Enoque).
Pelo quadro acima, percebe-se que até mesmo entre os três manuscritos mais antigos da LXX há
incerteza quanto à canonicidade dos Apócrifos.
Outro argumento são as citações dos Apócrifos feitas por alguns dos Pais Apostólicos.
Contudo, a mera citação não garante que defendiam sua canonicidade. I Clemente, a Epístola de
Barnabé e Agostinho de Hipona os defendiam. Agostinho de uma forma um tanto ambígua, ora
defendendo, ora depreciando. Atanásio e o próprio Jerônimo eram contrários à inclusão.
Os Apócrifos recebem um tratamento contrário em muitos documentos importantes:
41
Veja mais em NDB I, J. N. Birdsall, “Apócrifos”, p. 91-94.
2) Prólogo Galeatus de Jerônimo : “Este prólogo, pode ser aplicado a todos os livro que traduzimos do
Hebraico para o Latim, de tal maneira que possamos saber que tudo que é separado destes deve ser
colocado entre os apócrifos. Portanto, a Sabedoria comumente chamada de Salomão, o livro de Jesus
bem Siraque, e Judite e Tobias e o pastor (supõem-se ser o de Hermas) não fazem parte do Cânon... e
assim, da mesma maneira pela qual a Igreja lê Judite, Tobias e Macabeus (no culto público) mas não os
recebe entre as Escrituras canônicas, assim também sejam estes dois (Sabedoria e Eclesiástico {?})
úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer as doutrinas da Igreja”.
3) A Lista do Bispo Melito de Sardes : com a exceção da Sabedoria (que também pode ser
Provérbios), não cita nenhum Apócrifo.
4) História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia : Cita em VI.25 uma lista feita por Orígenes de
Alexandria, onde com a exceção da aparente inclusão da Epístola de Jeremias é igual à de Josefo.
Um fato interessante é que a Igreja grega, em 1672, reduziu a quatro o número dos Apócrifos
reconhecidos por ela ( Eclesiástico, Sabedoria, Tobias e Judite).
Entre as profecias de Malaquias e João Batista se estende um período de 400 anos, ou seja,
entre as palavras de Malaquias: "Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante
de mim: e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais...", e as palavras de
João Batista: "E naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia, e
dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus". Neste período há um profundo
silêncio divino de 400 anos, sem uma voz profética.
Hist. Gentios - Referem-se apenas superficialmente aos assuntos judeus daqueles dias,
provavelmente por não apreciarem o povo da aliança e devido a sua incapacidade para avaliar
corretamente os aspectos espirituais dos conflitos entre os judeus e os povos idólatras.
Depois de um longo período de apostasia, o Reino do Norte foi conquistado e levado para o
cativeiro pelos assírios em 721AC, lá desapareceu misturando-se. Igual tratamento recebeu o
Reino do Sul nas mãos dos babilônios sob Nabucodonosor em 586 AC.
Já em 597 AC. Nabucodonosor tinha colocado fim ao Estado judaico onde o rei Joaquim e os
principais tinham sido levados cativos 2Rs. 24:10-17. Nabucodonosor nomeou Matanias, em
Em 590 Zedequias tenta aliar-se ao Egito, mas Nabucodonosor novamente sitia a cidade até
ser tomada totalmente e ser destruída, e o seu templo profanado (Jr:39:4-10).
AS RESTAURAÇÕES
A queda da Babilônia deu-se aproximadamente em 538 AC. Ciro rei da Pérsia tomou-a por
meio do estratagema de afastar as águas do Eufrates que passavam pela cidade.
Ciro publicou um decreto (536AC) que autorizava os judeus voltarem a sua pátria com os
despojos do seu templo e a sua reconstrução seria financiada pelo tesouro real (Ed:6:1-5).
Nesta primeira leva nem todos voltaram, alguns preferiram ficar com os seus negócios. Cerca
de 50.000 exilados voltaram, principalmente das tribos de Judá, Benjamim e Leví sob a direção
de Zorobabel. Começaram com a reconstrução do templo e o povo que tinha ficado na terra fez
oposição para retardar a reconstrução (Ed:1:3,5-11 e 4:1-5). Nada mais se fez durante quase
20 anos embora que tiveram prosperidade (Ag:1-4).
Sob a pregação de Ageu e Zacarias (Ed:5:1-2) a obra foi recomeçada, havendo oposição mas
os judeus apelaram para Dario Ed:6:1-15 ficando pronto em 516 AC.
Em 446 AC (Ne:2:1) Neemias dirige-se ao rei ao ser informado da situação das muralhas de
Jerusalém (parece ter sido uma recente devastação e não algo que ocorreu a um século meio
antes)
A participação de Neemias:
c) Foi renovado o conhecimento da lei sob a direção do escriba Esdras, que leu e interpretou
as Escrituras (Ne:8:2,7,8; 8:9,13-18)
d) Fazia aplicação rigorosa dos princípios da Lei. O culto do templo foi renovado e as
contribuições para o sustento foram exigidas. Os casamentos mistos proibidos (Ne:10:30),
a quebra do sábado condenada (10:31) e foi estabelecida a administração regular dos
dízimos (Ne:12:44).
No final de Malaquias os judeus se achavam ainda sob o reinado persa e permanecerem nessa
situação durante praticamente sessenta anos da era intertestamentária.
A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e sumo sacerdote recebeu ainda maior
poder civil além de seus ofícios religiosos, embora tivesse de, naturalmente, prestar contas ao
governador persa da Síria.
Em 2Reis 17:24-4, lemos que bem antes, em 721 AC, depois destruir o reino das dez tribos de
Israel e dispersar os israelitas através das cidades dos medos, o rei da Assíria repovoou as
cidades de Israel com um povo misto que veio a ser chamado de “samaritanos”, seu território
sendo conhecido como Samaria, o nome da cidade principal, ex-capital de Israel.
O PERÍODO GREGO
Assim com Daniel tinha profetizado (Dn:8:1-7 “chifre notável”), o império persa caiu perante o
rei da Grécia. Este era Alexandre o Grande. Ele expandiu o helenismo com maior ímpeto já que
praticamente se tornou o senhor do antigo oriente médio.
O idioma grego se tornou a língua franca, foi a língua que foi usada no comércio e na
diplomacia. Ao se aproximar a época do Novo Testamento, o grego era a língua comumente
falada nas ruas de Roma, onde o proletariado indígena falava latim, mas onde os escravos
libertos falavam gregos.
Alexandre o Grande fundou setenta cidades moldando-as ao estilo grego. Ele e os seus
soldados se casaram com mulheres orientais misturando as culturas grega e oriental.
Com a morte de Alexandre o império se divide em quatro partes, governadas pelos quatro
generais de Alexandre (Ptolomeu, Lisímaco, Cassandro e Seleno, Cf. Dn:8:21-22). As partes
que influenciam o pano de fundo do Nono Testamento são: Ptolomeu( os Ptolomeus) e Seleno
ou Seleuco (os Seleucidas). O primeiro centralizava-se no Egito, tendo Alexandria como
Houve constantes lutas até que a Palestina caiu sob o domínio da Síria, mas o que mais
importa para compreensão do Novo Testamento é a figura de Antíoco Epifanio (176-164) e os
seus atos. O seu nome significa “deus manifesto”.
Quando o rei anterior à Antíoco IV, chamado Antíoco III tinha derrotado os egípcios
(Ptolomeus), já os judeus estavam divididos em duas facões: A casa de Onias (Pró-Egito) e a
casa de Tobias (Pró-Siria). Quando subiu Antíoco IV, rei da Síria, substituiu o sumo sacerdote
judeu Onias III, pelo irmão deste Jasom, helenizante, o qual planejava transformar Jerusalém
em uma cidade grega.
Foi erigido um ginásio com pista de corrida. Ali se praticavam corridas despidos, à moda grega,
isto era um ultraje para os judeus piedosos. As competições eram inauguradas com invocações
Jasom o sacerdote helenizante foi substituído por outro judeu helenizante que parece não ter
pertencido a uma família sacerdotal, este pagou um tributo mais elevado (simonia), o nome
deste era Melenau.
Antíoco tenta anexar o Egito ao seu domínio mas termina falhando. Isto chega aos ouvidos de
Jasom de que Antíoco era morto. Jasom retornou a Jerusalém retirou Melenau do controle da
cidade. Antíoco na sua volta interpretou isto como uma revolta de Jasom e enviou seus
soldados a reintegrarem Melenau e saquearam a cidade e o templo de Jerusalém e passaram
ao fio de espada os seus habitantes.
Dois anos mais tarde (168 AC), Antíoco enviou seu general Apolônio com um exército de 22 mil
homens para coletar tributo, tornar ilegal o judaísmo e estabelecer o paganismo à força e assim
consolidar o seu império e refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam Jerusalém,
incendiaram a cidade, os homens mortos e as mulheres escravizadas.
Novas leis e Proibições: Ofensa capital é circuncidar-se; proibido observar o sábado; celebrar
festas judaicas, possuir copias do Antigo Testamento. Os sacrifícios pagãos tornaram-se
compulsórios. Foi erigido um altar consagrado a Zeus, possivelmente no templo. Foram
sacrificados animais imundos no altar e a prostituição sagrada passou a ser praticada no
templo de Jerusalém.
Neste período houve em torno de oito guerras. Judas Macabeus morreu na sétima luta sendo
sucedido por Jônatas o quinto mais jovem filho de Matatias.
A revolta começou com Matatias, sacerdote de Modim (167). Após a sua morte seu filho Judas
(166-161) continuou a luta com seis mil homens. Quando Antíoco mandou sessenta mil
homens para subjugá-lo, Judas mandou os temerosos para a casa. Com três mil homens
derrotaram os sírios.
Em seguida Judas entrou em Jerusalém e reedificou o templo (25 de dezembro de 166 AC). A
festa da dedicação foi instituída no ano 164 (Cf.Jo:10:22).
O Período Romano.
O General Pompeu subjuga a Palestina (63AC) e o período do Novo Testamento fica sob o
domínio do Império Romano.
Herodes o Grande
A Dinastia de Herodes
Os sucessos de Herodes: usou de muito mais tato na sua tentativa de helenizar os judeus, que
Antíoco Epifanio. Com espetáculos, jogos, etc. ganhou a lealdade dos jovens que se tornaram
herodianos. Aumentou a fortaleza de Jerusalém denominada “Antonia”(At:21:34). Edificou a
Cesaréia (At:10:1); 23:23-24). Reconstruiu o templo de Zorobabel, cuidando de não ofender os
judeus. Começou em 20AC. completando o santuário em 18 meses e o templo todo só em 64
DC) (Cf.Jo:2:20
A sinagoga era dividida em duas partes. Numa parte ficava a arca com o livro da lei. Diante
desta seção estava o lugar para os adoradores. No centro do auditório ficava o palco onde o
leitor lia as Escrituras em pé e sentava-se para ensinar. Assentos foram colocados em volta do
palco - os homens dum lado e as mulheres do outro.
Observações importantes:
1. Escribas - Com a ânsia de aprender a palavra, aparece uma classe de pessoas que foram
os responsáveis por guardar copiar e organizar a Bíblia da época. Estes foram os
Escribas. (Ed 7.11). Eles tinham a responsabilidade de estudar e interpretar a lei e os
profetas, e ensiná-lo ao povo.
2. Fariseus - Quando a cultura e a vida religiosa dos judeus começaram a sofre a influencia
dos gregos, surgiu no meio do povo um grupo de pessoas denominadas Fariseus, que
foram contra tais costumes, procurando preservar a tradição judaica. Eles foram
extremamente legalistas, defendiam a prática de toda a tradição judaica, embora muitas
vezes nem eles fossem capazes de seguir.
Do tempo de Esdras e Neemias até Jesus, muita coisa mudou no que diz respeito a Lei.
Com o objetivo de fazer com que cada Judeu fosse um fiel cumpridor da lei, foi se criando
um código de normas baseado nas interpretações da lei, que foi assumindo maior
importância do que a própria lei. Mt 23.13-14; 23-24; 27-28;
3. Sinagoga - Onde houvesse judeu ali haveria uma, com o objetivo de ensinar a palavra de
Deus – No cativeiro supria a necessidade do estudo da palavra.
5. Diáspora - Nos dias do Novo Testamento, a população judaica encontrava-se dispersa por
vários lugares. Além da própria Palestina, havia inúmeros judeus em Roma, Egito, Ásia
Menor, etc. (Atos 2.9-11; Tiago 1.1; I Pedro 1.1). Tal dispersão, que recebe o nome de
Diáspora, tem razões diversas, começando pelos exílios para a Assíria e Babilônia, e se
completando por interesses comerciais dos judeus, e até mesmo em função das
dificuldades que se verificavam em sua terra natal. Esse quadro se apresenta como
cumprimento claro dos avisos divinos acerca da dispersão que viria como conseqüência do
pecado de Israel (Dt.28.64).
Para muitos judeus conservadores, o judaísmo era propriedade nacional e não devia
ser propagado entre outros povos. Já os judeus da Diáspora se dedicaram a conquistar
gentios para a religião judaica. Tal fenômeno recebe o nome de proselitismo. Os novos
convertidos eram chamados prosélitos (Mateus 23.15 Atos 2.9-11; 6.5; 13.43). Essa
prática difusora da religião também foi adotada por judeus de Jerusalém, mas em
escala bem menor.
Professores:
Dc Samuel de Paula