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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
COMPLEXO (PSICOLOGIA)..........................................................................................3
Definição...........................................................................................................................3
Realidade...........................................................................................................................3
HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DA IDEIA..........................................................3
Conceito.............................................................................................................................3
Teoria de Jung...................................................................................................................4
COMPLEXO DE MESSIAS.............................................................................................4
COMPLEXO DE ÉDIPO..................................................................................................5
COMPLEXO DE CASTRAÇÃO......................................................................................5
Literal................................................................................................................................5
COMPLEXO DE ELECTRA............................................................................................6
COMPLEXO DE SUPERIORIDADE..............................................................................6
Características....................................................................................................................6
CONCLUSÃO...................................................................................................................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................9
INTRODUÇÃO

Um complexo é um padrão central de emoções, memórias, percepções e desejos


no inconsciente pessoal organizado em torno de um tema comum, como poder ou status.
Principalmente um termo psicanalítico, neste contexto falaremos também do Complexo
de Messias e Complexo de complexo de Édipo entre outros.

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COMPLEXO (PSICOLOGIA)
Definição
Um complexo é um padrão central de emoções, memórias, percepções e desejos
no inconsciente pessoal organizado em torno de um tema comum, como poder ou status.
Principalmente um termo psicanalítico, é encontrado extensivamente nas obras de Carl
Jung e Sigmund Freud. Na psicanálise, o termo foi usado como equivalente para uma
estrutura de catexia da libido, Freud chamava um grupo de ideias catexizado de
complexo. Na terceira onda da psicologia cognitiva-comportamental, o conceito é
semelhante ao de esquemas de pensamento proposto na terapia do esquema por Jeffrey
Young.
Um exemplo de complexo seria o seguinte: se alguém tivesse uma perna
amputada quando criança, isso influenciaria profundamente a vida de uma pessoa,
mesmo que ela superasse a deficiência física. Uma pessoa pode ter muitos pensamentos,
emoções, memórias, sentimentos de inferioridade, triunfos, amargura e determinações
centradas nesse aspecto de sua vida. Se esses pensamentos fossem perturbadores e
difundidos, Jung poderia dizer que ele ou ela tinha um complexo sobre a perna.

Realidade
A realidade dos complexos é amplamente aceita na área da psicologia profunda,
um ramo da psicologia que afirma que a grande maioria da personalidade é determinada
e influenciada por processos inconscientes. Complexos são características comuns do
cenário psíquico, de acordo com o relato da psique de Jung, e frequentemente se tornam
relevantes na psicoterapia para examinar e resolver, principalmente na jornada em
direção à individuação ou totalidade. Sem resolução, os complexos continuam a exercer
influência inconsciente e desadaptativa em nossos pensamentos, sentimentos e
comportamento e nos impedem de alcançar a integração psicológica.

HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DA IDEIA


Conceito
O termo "complexo" (em alemão: Komplex; também "complexos
emocionalmente carregados" ou "complexo de ideias tonificado por sentimentos"), foi
cunhado por Carl Jung quando ele ainda era um associado próximo de Sigmund Freud.
Os complexos eram tão centrais às ideias de Jung que ele originalmente chamou seu
corpo de teorias de "psicologia complexa". Historicamente, o termo se originou com
Theodor Ziehen, um psiquiatra alemão que experimentou o tempo de reação nas
respostas aos testes de associação de palavras. Jung descreveu um "complexo" como um
"nó" no inconsciente; pode ser imaginado como um nó de sentimentos e crenças
inconscientes, detectáveis indiretamente, através de um comportamento intrigante ou
difícil de explicar.

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Jung encontrou evidências de complexos muito cedo em sua carreira nos testes
de associação de palavras realizados no Burghölzli, a clínica psiquiátrica da
Universidade de Zurique, onde Jung trabalhou de 1900 a 1908.[7] Jung desenvolveu a
teoria a partir de seu trabalho sobre o Teste de Associação de Palavras. Nesses testes de
associação, um pesquisador lê uma lista de 100 palavras para cada sujeito, sendo este
solicitado a dizer, o mais rápido possível, a primeira coisa que veio à mente em resposta
a cada palavra, e o tempo de reação do sujeito era medido em quintos de segundo. (Sir
Francis Galton inventou o método em 1879.) Os pesquisadores notaram reações
incomuns - hesitações, lapsos de linguagem, sinais de emoção. Jung estava interessado
nos padrões que detectou nas respostas dos sujeitos, sugerindo sentimentos e crenças
inconscientes.

Teoria de Jung
Na teoria de Jung, os complexos podem ser conscientes, parcialmente
conscientes ou inconscientes. Os complexos podem ser positivos ou negativos,
resultando em consequências boas ou ruins. Existem muitos tipos de complexos, mas o
núcleo de qualquer complexo é um padrão universal de experiência, ou arquétipo. Dois
dos principais complexos sobre os quais Jung escreveu foram a anima (um nó de
crenças e sentimentos inconscientes na psique de um homem em relação ao gênero
oposto) e o animus (o complexo correspondente na psique de uma mulher). Outros
complexos importantes incluem mãe, pai, herói e, mais recentemente, irmão e irmã.
Jung acreditava que era perfeitamente normal ter complexos, porque todo mundo tem
experiências emocionais que afetam a psique. Embora sejam normais, complexos
negativos podem nos causar dor e sofrimento.
A estrutura do complexo consiste em imagens associadas e memórias
congeladas de eventos, que podem por exemplo ter sido traumáticos e reprimidos no
inconsciente. A "cola" que tece e mantém os elementos associados ao complexo é a
emoção. O elemento nuclear é a imagem e experiência que compõe o complexo. Este
núcleo, por sua vez, é composto por duas partes:
 Uma imagem ou impressão psíquica da experiência original.
 Uma peça inata ou arquetípica ligada a essa experiência.

COMPLEXO DE MESSIAS
Complexo de Messias é um estado psicológico no qual o indivíduo acredita ser
ou estar destinado a vir a ser o salvador de algum campo de atuação específico, grupo,
evento, período de tempo ou até mesmo do mundo inteiro. Afligidos pelo Complexo de
Messias louvam sua própria glória ou alegam absoluta confiança em seus próprios
destinos e capacidades e nos efeitos que terão sobre um grupo de pessoas ou aspecto da
vida. Em alguns casos o complexo de messias pode estar associado à esquizofrenia onde
a pessoa ouve vozes, tem alucinações e acredita que é Deus, espíritos, anjos, deuses ou
outros que falam com ele o que, na visão da pessoa, confirmaria sua messianidade.

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Nos casos mais graves, pessoas com Complexo de Messias podem se ver
literalmente como Messias espirituais/religiosos com poderes transcendentes e
destinados a salvar o mundo. No Brasil, o possível portador do complexo mais famoso
é Inri Cristo, que se considera a "reencarnação de Jesus Cristo".
COMPLEXO DE ÉDIPO
O termo Complexo de Édipo criado por Freud e inspirado na tragédia grega
Édipo Rei designa o conjunto de desejos amorosos e hostis que o menino enquanto
ainda criança experimenta com relação a sua mãe, e embora seja muito discutido na área
da psicologia e psicanálise não é uma teoria cientificamente aceita por carecer de
evidências. O suposto fenômeno psíquico também ocorre nas meninas com relação ao
pai, mas a este se dá o nome de Complexo de Electra.
Na teoria clássica da psicanálise, o complexo de Édipo ocorre durante o estágio
fálico do desenvolvimento psicossexual (a idade de 3 até 6 anos), quando ocorre
também a formação da libido e do ego; no entanto, pode se manifestar em idade mais
precoce. É o primeiro estágio em que as crianças tornam-se conscientes das diferenças
sexuais. Com suas observações, Freud concluiu que nessa fase, tanto homens como
mulheres desenvolvem temores sobre questões sexuais.
Descobriu também em seus pacientes neuróticos manifestações inconscientes de
fantasias de incesto com o progenitor do sexo oposto. Comprovou-se depois que o
complexo de édipo não era somente recorrente em mentes doentias, mas sim um evento
comum possível a todas as pessoas. Sendo acontecimentos importantes para a
construção da personalidade normal ou patológica humana.
COMPLEXO DE CASTRAÇÃO
Complexo de castração ou Angústia de castração, em psicanálise é o medo da
castração, tanto no sentido literal quanto metafórico, uma das primeiras teorias
psicanalíticas de Sigmund Freud. A primeira discussão publicada de Freud sobre o
Complexo de castração aparece em seu estudo de caso Little Hans (1909), cuja mãe
relatou ter dito ao filho que se continuasse a tocar seu pênis, ela pediria ao médico que o
cortasse.
Literal
Na psicanálise freudiana, a angústia de castração (Kastrationsangst) refere-se a
um medo inconsciente da perda do pênis originário durante o Estágio fálico do
desenvolvimento psicossexual e durando toda a vida. De acordo com Freud, quando o
menino torna-se consciente das diferenças entre os órgãos genitais masculinos e
femininos, ele assume que o pênis do sexo feminino foi removido criando-se uma
angústia que seu pênis será cortado por seu rival, a figura do pai, como punição por
desejar a figura da mãe.

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COMPLEXO DE ELECTRA
O Complexo de Electra define-se como sendo uma atitude emocional que,
segundo algumas correntes psicanalíticas, todas as meninas têm para com a sua mãe;
trata-se de uma atitude que implica uma identificação tão completa com a mãe que a
filha deseja, inconscientemente, eliminá-la e possuir o pai.
Sigmund Freud referia-se a ele como Complexo de Édipo feminino, tendo Carl
Gustav Jung dado o nome "Complexo de Electra", baseando-se no mito grego de
Electra, filha de Agamemnon, a qual quis que o irmão se vingasse da morte do pai de
ambos matando, por fim, sua mãe Clitemnestra. Freud rejeitava o uso de tal termo por
este enfatizar a analogia da atitude entre os dois sexos. O complexo de Electra é, muitas
vezes, incluído no complexo de Édipo, já que os princípios que se aplicam a ambos são
muito semelhantes.

COMPLEXO DE SUPERIORIDADE
Complexo de superioridade refere-se a um mecanismo subconsciente de
compensação neurótica desenvolvido por um indivíduo como resultado de sentimentos
de inferioridade. Os sentimentos de inferioridade deste complexo específico são
frequentemente despertados por rejeição social. A expressão foi criada por Alfred
Adler, como parte de sua escola de psicologia individual.

Características
Aqueles que manifestam o complexo de superioridade geralmente projetam seus
sentimentos de inferioridade nos outros que percebem como seus inferiores,
possivelmente pelas mesmas razões pelas quais podem ter sido colocados em
ostracismo, isto é, encarando os outros como "feios" ou "estúpidos", e inferiores.
Acusações de arrogância e insolência são frequentemente feitas por outrem quando se
referem ao indivíduo que manifesta o complexo de superioridade.
Comportamentos relacionados a este mecanismo podem incluir uma opinião
exageradamente positiva do valor e capacidade próprias, expectativas exageradamente
altas em objetivos e realizações pessoais e para outrem, vaidade, vestuário extravagante
(com o intuito de atrair atenções), orgulho, sentimentalismo e exaltação afetada,
convencimento, tendência para desacreditar opiniões alheias, esforços direcionados à
dominação daqueles considerados mais fracos ou menos importantes, credulidade e
outros.

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CONCLUSÃO

Como podemos concluir, os nossos complexos são ativados sem que saibamos
deles. Além disso, eles acabam sendo condutores da nossa vida psíquica. Uma pessoa
que tem um forte complexo de dinheiro e de poder irá reger a sua vida conforme isso.
Aliás, Jung reconhece ao final dos seus estudos, que há dois complexos mais
presentes na vida das pessoas. Um deles é o poder (dinheiro, reconhecimento, bens
materiais) e o outro é o sexual (paixão, amor, afetividade e sexualidade).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Verena Kast (1997). Pais e filhas, mães e filhos: caminhos para a auto-
identidade a partir dos complexos materno e paterno. Edicoes Loyola. p. 123. ISBN
978-85-15-01477-4. J.E. Roeckelein (2006). Elsevier's Dictionary of Psychological
Theories. Elsevier. p. 111. ISBN 978-0-08-046064-2. Mario Jacoby (2003). Jungian
Psychotherapy and Contemporary Infant Research: Basic Patterns of Emotional
Exchange. Routledge. p. 101. ISBN 978-1-134-63472-9.1. ↑ Verena Kast (1997). Pais e
filhas, mães e filhos: caminhos para a auto-identidade a partir dos complexos materno e
paterno. Edicoes Loyola. p. 123. ISBN 978-85-15-01477-4.2. ↑ J.E. Roeckelein (2006).
Elsevier's Dictionary of Psychological Theories. Elsevier. p. 111. ISBN 978-0-08-
046064-2.3. ↑ Mario Jacoby (2003). Jungian Psychotherapy and Contemporary Infant
Research: Basic Patterns of Emotional Exchange. Routledge. p. 101. ISBN 978-1-134-
63472-9.4. BYINGTON, Carlos Amadeu Botelho (1985). O Conceito de Self
Terapêutico e a Interação da Transferência Defensiva e da Transferência Criativa no
Quatérnio Transferencial. Junguiana, Revista da Soc. Bras. de Psicologia Analítica. São
Paulo, 1985, Nº 3, pp 5-18.5. _________ (2008). Psicologia Simbólica Junguiana. A
viagem de humanização do cos-mos em busca da iluminação. São Paulo: Ed. Linear
B.6. _________ (2013). A Viagem do Ser em Busca da Eternidade e do Infinito. As
Sete Eta-pas Arquetípicas da Vida pela Psicologia Simbólica Junguiana. São Paulo: Ed.
do Autor, 2013.

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