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HISTÓRIA
Nos períodos que
antecederam sua
expansão à grande
massa o Yoga passou
por diferentes DO YOGA
NO
situações mostrando
como em tudo ocorre
a interferência do
homem, colocando
sua ação política e
seus interesses
BRASIL
pessoais acima dos
princípios que o
próprio Yoga
promulga. Portanto,
adiantamos que
mesmo diferenças de
visão e
posicionamentos
políticos que
ocorreram no
Quem inventou o Yoga?
estabelecimento do
Yoga no Brasil teve,
O Yoga pode assumir vários
além dos resquícios
caminhos diferentes desde que
de ego de alguns cheguem à iluminação e
líderes e mestres de transcendência do ser - não é
Yoga, forte uma tradição estática; é uma
influência das arte viva, decorrente da
condições experiência de grandes mestres
Institucionais e das percepções e adaptações
presentes na inerentes à evolução humana.
sociedade brasileira
nos períodos de
ditadura militar.
Nesta época, o
espírito ditatorial da política brasileira acabou por
influenciar o desenvolvimento do Yoga no Brasil, em
certo período. Pedimos aos leitores, desse modo, não
considerar as implicações morais e éticas que faltaram em
alguns momentos da História do Yoga no Brasil, mas
analisar os valores reais e imprescindíveis que o Yoga traz
a todos nós. Em outras palavras, é possível aplicar Yoga
na política, mas não é favorável fazer política com o Yoga.
A história do Yoga na América do Sul, começou em 1920,
na Argentina e de lá veio ao Brasil.
A CHEGADA NO BRASIL
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Brasileira de Professores de Yoga e da Federação de Yoga
do Brasil.
Em 1986, Vayuananda e Swami Maitreyananda, então
presidente da Associação Uruguaia de Yoga, levaram a
cabo a reestruturação da Escola no Uruguai e na
Argentina, assim como a estrutura da União Latino
Americana de Yoga e da futura Federação Argentina de
Yoga, conjuntamente com Gerard Blitz, líder
representante da União Europeia de Yoga.
Em 1987, pouco antes de presidir ao primeiro Congresso
Latino-Americano de Yoga, no Uruguai, Sri Vayuananda
deixou o seu corpo físico.
No mesmo ano, em 1987, Swami Maitreyananda tornou-
se, assim, o sucessor da linhagem de Swami Asuri Kapila,
ficando à frente da escola, coadjuvado
por Swamini Dayananda.
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professores brasileiros foram formados por Mestres da
Índia, tais como Swami Vishnudevananda, Dattatreya,
Dayananda, Yogendra, Swami Sivananda, B.K.S. Iyengar,
Sri Krishinamacharya, Sri Desikachararya, Maharishi
Mahesh Yogi, Dhirendra Bramachari, Gerard Blitz dentre
outros.
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Acesse:http://www.sociedadebrasileiradeyoga.com/#!histri
a-do-yoga-no-brasil/c1j6c
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década de 1.960, começa a lecionar em Fortaleza o Major
Dentista do Exército Milton Bezerra da Cunha, amigo
pessoal do General Caio Miranda, que exerceu grande
influência como professor de Yoga em Fortaleza. Com a
morte do Professor Caio Miranda (em 1.969) e de
Sevananda Svami (em 1.970), a liderança do Yoga no
Brasil se fragmentou. A filha de Caio Miranda, Leda
Miranda, não teve interesse em manter as sucursais
espalhadas pelo país e Neusa mudou o nome de seu
instituto para `Instituto Neusa Veríssimo’, em julho de
1.970.
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Associações Nacionais de Yoga (UEANY), liderada por
Gérard Blitz.[i] (nota final do texto)
Oficializando a Formação de
Instrutores de Yoga
Em 1.972, a paulista Maria Helena de Bastos Freire funda,
o 1º Curso em nível Universitário de Formação de
Professores de Yoga, com duração de três anos e meio
(2.200 horas), perdurando até os dias de hoje. Em 1.975,
ela cria a Associação Internacional de Professores de Yoga
do Brasil (AIPYB), filiada à International Yoga Teachers
Association, da Austrália. No mesmo ano surgiu a União
Nacional de Yôga (Uni-Yôga), liderada por De Rose, que
revive o Yoga Tântrico e recodifica o Yoga antigo, sendo
em sua obra muito polêmico e controverso.
Posteriormente, os grupos da Associação Brasileira de
Professores de Yoga (ABPY) e da Associação
Internacional de Professores de Yoga do Brasil (AIPYB),
uniram-se e criaram a Federação de Yoga do Brasil (um
erro legal, pois deveria ter sido fundada uma
Confederação, pois as Federações são estaduais),
fomentando uma união entre os grupos do Rio de Janeiro e
de São Paulo. A professora Maria Helena de Bastos Freire,
então, presidiu a Federação e representava o Yoga no
Brasil, juntamente com De Rose. Após certos
desencontros entre Vayuananda e a ABPY, e entre esta
última e a AIPYB, os grupos do Rio de Janeiro e São
Paulo terminaram por se separar, cancelando sua aliança
anterior. Além disso, as políticas completamente
divergentes da International Yoga Teachers Association (a
quem a AIPYB era filiada) e da União Européia de
Federações Nacionais de Yoga (a quem a ABPY era
filiada), impossibilitaram um acordo final. Assim, a
Federação de Yoga do Brasil (FYB) passou a ser
comandada apenas pelos membros da AIPYB de São
Paulo, que passaram a nomear representantes criando
associações estaduais.
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com a mensagem de Bhaktivedanta Swami Prabhupada,
um mestre espiritual indiano, que chegara ao Ocidente
com 70 anos de idade.
Valendo-se do simples e imediato processo de Mantra-
yoga, muitas pessoas tiveram uma experiência mística
fundamentada em grande obra literária e filosófica
produzida ao longo dos séculos por teólogos e bhakti-
yogis, e que comprovavam documentadamente as
experiências vividas pelos bhakti-yogis. Vinda da região
West-Bengal, Índia, a escola de Bhakti-yoga de
Bhaktivedanta Swami Prabhupada foi sendo estabelecida
numa trajetória paralela à conturbada política do Yoga no
Brasil.
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(COBAPEPY), cuja primeira presidência recaiu na ABPY,
na pessoa da professora Marilda Velloso.
O Brasil tinha, então, a Federação de Yoga do Brasil
(comandada por Maria Helena de Bastos Freire), nove
Federações estaduais (comandadas por De Rose) e duas
Confederações Brasileiras, uma administrada pela ABPY
e outra por De Rose. Na prática continuavam existindo
apenas três entidades nacionais: a Federação de Yoga do
Brasil (FYB), a Uni-Yôga e a ABPY.
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de Yoga, porém as divergências destas eram tão fortes que
obrigaram que a vice-presidência do organismo fosse dada
a alguém neutro e independente. Foi assim que Claudio
Duarte assumiu a vice-presidência da ULY e começou a
fazer-se conhecer no campo do Yoga. Porém, valendo-se
desta estratégia, longe de unir o Yoga do Brasil, a
iniciativa da ULY só fomentou um quarto poder que
passou a disputar seu espaço, com um Claudio Duarte
desafiando ostensivamente a De Rose, Hermógenes e
Maria Helena.
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Swamini Dayananda) e Vayuananda (linha Swami Asuri
Kapila) e De Rose (linha Swasthya), Claudio Duarte (linha
Yoga Classico), Fernando Pintos ABPY e Gerad Blitz da
União Européia de Associações Nacionais de Yoga
(UEANY) fundam a Federação Internacional de
Professores e Profissionais de Yoga (Federação
Internacional de Yoga) com sede em Montevidéu,
contando com apoio do próprio Vayuananda e de Indra
Devi.
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Brasileira de Yoga e Comissões Brasileiras de Yoga.
Todos participavam dos mesmos eventos da ULY, mas,
em vez de uma união, havia uma desunião e competição
egoísta velada nos bastidores. Firme mesmo, só a intenção
da ULY de criar um Conselho Latino-americano de Yoga.
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Como resultado, Swami Maitreyananda declara que
“Yoga é Educação Espiritual e não Educação Física”.
Em 2.002, a Federação Internacional de Professores e
Profissionais de Yoga se transforma na Federação
Internacional de Yoga “International Yoga Federation”,
após fusão com o Conselho Mundial de Yoga (World
Yoga Council), World Union of Yoga, instituição fundada
por Bhagavan Krishna Kisore Das (New Delhi – India) e
Swami Miatreyananda, em 1.980.
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que aproximam o Yoga dos estudos científicos numa visão
moderna.
Saúde, bem estar e espiritualidade passam a ser os mais
buscados propósitos da prática de yoga em 90% dos atuais
praticantes. Como é descrito no Bhagavad-Gita, Yoga é
equanimidade. E pela História do Yoga no Brasil, vemos
que o melhor caminho para uma prática é aquele que nos
conduz à equanimidade diante das situações adversas.
Estamos ainda neste processo infinito de amadurecimento
espiritual e maturidade prática. Estamos fazendo parte de
pelo menos a história de nossa trajetória por esta breve
vida. E devemos fazer por merecer.
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