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Universidade Federal de São Carlos

Física Experimental A (turma L)

Prática 5 - Estudo da flexão de barras pelo

método científico

Autores

Gabriela Lopes de Oliveira - 792252


Mariana Barbosa Roje Sanches - 792299
Miguel Lauris Torres - 792309

São Carlos

22/10/2021
Resumo
A prática foi realizada a partir das informações disponibilizadas na atividade prática
7: “Estudo de flexão de barras pelo método científico”, em que houve a coleta de medidas
de 5 barras e seus diâmetros, cálculo da flexão em função dos diâmetros, flexão em relação
às distâncias entre os pontos de apoio e da flexão em relação às massas suspensas das
barras. Para o encontrar a flexão, foram coletados os valores marcados no micrômetro no
momento anterior à colocação da massa (d0) e após a colocação do sistema de massa (df)
para cada barra, sendo que o valor da flexão da barra (h) foi calculado a partir da diferença
entre esses valores ditos pelo micrômetro.
A partir das medidas, foram feitos três gráficos em papel dilog para descrever a
equação empírica e, a partir da sua definição, foi possível determinar os expoentes e,
consequentemente, os valores dos coeficientes angulares das retas de cada gráfico com a
equação. Por fim, com a equação empírica determinada, foi possível determinar os valores
dela e identificar o material das barras, por meio do valor do Módulo de Young (E), seguindo
os valores dados pela tabela de medidas de referências destacada no apêndice.

Objetivos
● Obter através do método visual os coeficientes de gráficos di-log;

● Determinar através do método científico a equação empírica que descreve a


deformação elástica, por flexão, de uma barra de seção transversal circular;

● Determinar o módulo de Young do material e identificar o material de que são feitas


as barras.

Material utilizado
● Sistema para medir:
○ Flexão de barras
○ Paquímetro
○ Micrômetro
○ Barras metálicas cilíndricas
○ Massas para suspensão
○ Balança
● Papéis de gráfico:
○ Di-log
○ Milimetrado.
Apresentação dos resultados
Tabela 1: Diâmetro (d) das barras

Tabela 1 - Diâmetro (d) das barras


Barra 1 Barra 2 Barra 3 Barra 4 Barra 5
d1 ± 0,02 [mm] d2 ± 0,02 [mm] d3 ± 0,02 [mm] d4 ± 0,02 [mm] d5 ± 0,02 [mm]
1 4,88 6,38 7,96 9,52 12,70
2 4,90 6,30 7,98 9,56 12,66
3 4,88 6,26 7,98 9,56 12,70
4 4,86 6,24 7,98 9,60 12,68
5 4,86 6,26 8,00 9,70 12,72

Tabela 2: Medições das flexões (h) em função do diâmetro médio <D>, mantendo a
distância entre os pontos de apoio fixo em L ± u(L) e a massa fixa m ± u(m).

Tabela 2 - Medições das flexões (h) em função do diâmetro médio (D)


Barra 1 Barra 2 Barra 3 Barra 4 Barra 5
d ± u(d) [mm] 4,876 6,288 7,980 9,588 12,692
h ± 0,007 [mm] 8,885 2,870 0,620 0,570 0,160

Tabela 3: Medições das flexões (h) em função da distância entre os pontos de apoio (L),
mantendo o diâmetro da barra fixo em <D>3 ± u(<D>3) e a massa fixa m ± u(m).

Tabela 3 - Medições das flexões (h) em função da distância entre os pontos de apoio (L)
Barra 1 Barra 2 Barra 3 Barra 4 Barra 5
L ± 0,05 [cm] 20 40 60 80 95
h ± 0,007 [mm] 0,090 0,865 2,860 6,770 11,250

Tabela 4: Medições das flexões (h) em função da massa suspensa (m), mantendo o
diâmetro da barra fixa em <D>3±u(<D>3) e a distância entre os pontos de apoio fixa L±u(L).

Tabela 4 - Medições das flexões (h) em função da massa suspensa (m)


Barra 1 Barra 2 Barra 3 Barra 4 Barra 5
m ± 0,1 [g] 199,8 328,4 537,0 197,8 420,6
h ± 0,007 [mm] 0,620 1,070 1,690 2,175 2,845
A partir das tabelas, foram construídos os seguintes gráficos em papel dilog:

Gráfico 1: h versus <D>

Gráfico 2: h versus L
Gráfico 3: h versus m

A partir da aplicação do critério de ajuste da reta mais provável pelo método visual
nos gráficos, concluiu-se que 𝑘 =− 4, 𝑛 = 3, 𝑗 = 1. Aplicando análise dimensional na
equação, foi possível determinar 𝑝, como demonstrado a seguir:
−4 3 1 𝑝
𝑟 𝐿𝐹𝐸
ℎ= 12π
−4 3 1 𝑝
[ℎ] = [𝑟 ][𝐿 ][𝐹 ][𝐸 ]
−4 3 1 𝑁 𝑝
[𝑚] = [𝑚 ][𝑚 ][𝑁 ][ 2 ]
𝑚
−1 𝑁 𝑝
[𝑚] = [𝑚 ][𝑁][ 2 ]
𝑚
2
[𝑚 ] 𝑁 𝑝
[𝑁]
=[ 2 ]
𝑚

Resolvendo a equação, concluiu-se que 𝑝 =− 1. Portanto, a equação empírica


encontrada para a flexão das barras foi:
−4 3 1 −1
𝑟 𝐿𝐹𝐸
ℎ= 12π

Para determinar < 𝐸 > (módulo de Young médio), foram utilizados os valores da
coluna 3 das tabelas. Assim, a partir do isolamento do E na equação empírica, foi possível
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encontrar o valor do módulo de Young aproximado de < 𝐸 > = 19, 2 × 10 𝑑𝑖𝑛𝑎/𝑐𝑚².
Portanto, comparando o valor com o da tabela dos módulos de elasticidade contida no
apêndice, o tipo de material utilizado no experimento foi o aço. Segue a descrição do
processo abaixo:

Conclusões
A partir das medições do diâmetro das barras e do cálculo da flexão delas em
função dos diâmetros, das distâncias entre os pontos de apoio e das massas suspensas
das barras e da construção de gráficos dessas relações em papel dilog, foi possível
determinar a equação empírica da flexão das barras, a partir dos expoentes encontrados
pelo método visual.
Para determinar o valor do Módulo de Young (E), foi necessário partir da equação
empírica realizar manipulações para isolar a variável de interesse e substituir os valores das
demais, com isso, foi obtido o valor de 19,2 x 10¹¹ dina/cm², valor que, de acordo com a
tabela de referência de materiais, representa que o material em análise das barras é o aço.
Apêndices
● F = m.g
● g = 9,81 m/s²
● E = (1/12*π)*(((L^3)*F)/(r^4)*h))

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